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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sonho da páscoa e de outras épocas...


Essa noite eu não sei se sonhei que rezava ou se estava conversando com Jesus de fato, mas prefiro crer na primeira possibilidade para não ser pretensiosa. Eu fiquei com a imagem Dele na minha cabeça e, embora parecida com essa normal que todos conhecemos, era muito mais serena e confortadora. Eu dizia a ele, não sei se pessoalmente ou em prece: ‘Se conseguistes suportar tanto, eu também vou conseguir suportar esse pouco que me cabe’. Sei que foi um sonho longo do qual daria tudo para lembrar com detalhes, mas não recordo nada além dessa vaga impressão. Eu acordei com a sensação de ter rezado a noite toda e isso foi uma espécie de alivio para mim. Claro que não consigo acreditar em algo mais profundo como faria uma pessoa fanática, e tenho isso como apenas como um reflexo da minha carência espiritual, da necessidade de estar em paz num nível mais completo, de ser encorajada e amada de maneira mais pura e segura, bem como do meu desespero para crescer e cumprir meu senso de utilidade. Por mais benéfico que seja um sonho assim, posso dizer que ele me assustou, pois parecia existir em mim uma cota de responsabilidade gigantesca daquelas donde sabemos que o fardo vai ser pesado, mas do qual estamos resignados a cumprir, custe o que custar, tendo necessidade muito maior de apoio espiritual. Será que isso tem a ver com essa época de Páscoa? Depois disso sonhei que conversava com meu marido e estava dentro de uma cena de séculos passados, com vestido rodado, de mangas com franzido, anáguas, corpete e cabelos pretos bem presos em transas que rodeavam a parte de trás formando um topete firme na frente (parecia quase um capacete). Também conservei uma lembrança muito vaga. Meu marido usava cartola, fraque, colete e bigode fino. Era um homem imponente, de fibra e muito esbelto. Deveríamos estar na faixa etária de uns trinta anos, não sei ao certo. Parece que estávamos separados ou brigados por algum motivo e eu lhe disse olhando-o de lado, numa postura submissa, porém firme: ‘Senhor meu marido, por acaso achas que nosso casamento está consolidado apenas entre os homens por meios de meros papeis e posturas formais?’ Com isso eu queria dizer que, ao menos de minha parte, existiam sentimentos reais e responsabilidade afetiva perante o matrimonio, algo que ele sabia sim existir pelo meu profundo respeito aos deveres matrimoniais e pela admiração que demonstrava por tê-lo enquanto marido. Eu sentia presente um amor de conivência mútua que está muito além do sentimento de mera paixão romântica. Não lembro mais nada. Por que tais sonhos? Pareceram-me tão vívidos!

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