O que senti enquanto "Alra" relatava foi à dinâmica do processo, o sinal de libertação, diferenciação, elaboração. Expliquei-lhe em duas vertentes: ela se liberta de sentimentos, afetos projetados em sua mãe, advindos de uma relação simbiótica indissolúvel; e também se liberta da criança ressentida, carente e sofrida que existe em si. Podemos pensar que mudanças de consciência, ou da luz jogada em conteúdos que antes eram ignorados, indicam uma construção e objetivação dessa realidade antes diferenciada e que agora se mostra em forma projetada. Outro aspecto é a possibilidade de sonho catártico e compensador. Frente a uma elevação de seu nível de tensão a psique lhe favorece com a elaboração a partir da construção de imagens. Essas imagens já surgem como composição de conteúdos que antes eram fragmentados e que agora já formam um mosaico da integração destes fragmentos. O sonho apresenta a catarse para re-equilibrar sua tensão, criada e mobilizada na sua relação com a realidade Filha X Mãe. Possivelmente, se a relação com a mãe é complexa, "Alra" está envolvida em uma tensão na qual precisa ser compensada. Neste caso a relação com a mãe ainda mobiliza na criança de "Alra" uma tensão elevada e reativa. Significativamente neste momento surge um grande diferencial: uma jovem mulher mais amadurecida e consistente, que busca compreender a realidade da relação, desfavorável ou ainda indiferenciada, e que sente e identifica o impacto desta relação no seu humor e no seu equilíbrio emocional, mas considera a verdade das responsabilidades tentando se desvencilhar de julgamento e culpas.
Neste caso os indícios são de que "Alra" começa a sentir os resultados de sua mudança de consciência, já que a partir de sua compreensão, a consciência diferenciada começa a ordenar os conteúdos passionais e pulsionais, elaborando os sentimentos, administrando as emoções, superando a reatividade e reordenando conceitos que redefinem a sua relação Filha X Mãe. É interessante, já que no final do sonho anterior este cenário havia sido mostrado na formação do triangulo Avó X Mãe X Filha e agora aparece no triangulo: Mãe X Filho X Filha, onde "Alra" já diferenciada aparece na vinculação como estranha. É quase uma reafirmação do mesmo triângulo relacional. "Alra" realiza a vivência do idealizado superando os conteúdos formadores e geradores desta transferência negativa. Em relação aos sentimentos projetados na mãe, disse-lhe que é interessante saber que cultua a idéia de que seu próprio amadurecimento e libertação desperta na sua mãe um sentimento de perda filial. Neste caso, tal fato é apenas uma justificativa para que "Alra" mantenha-se no vínculo simbiótico, na dependência, sob a barra da saia. De todo jeito "Alra" sabe que o jogo realmente existe além da sua vã justificativa. Em geral as mães exerce esse domínio fascinante sobre os filhos aprisionando-os em nome do sentimento sagrado da maternidade, o que caracteriza e define o aprisionamento de "Alra". Essa foi a análise que fiz do sonho.
COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDONeste caso os indícios são de que "Alra" começa a sentir os resultados de sua mudança de consciência, já que a partir de sua compreensão, a consciência diferenciada começa a ordenar os conteúdos passionais e pulsionais, elaborando os sentimentos, administrando as emoções, superando a reatividade e reordenando conceitos que redefinem a sua relação Filha X Mãe. É interessante, já que no final do sonho anterior este cenário havia sido mostrado na formação do triangulo Avó X Mãe X Filha e agora aparece no triangulo: Mãe X Filho X Filha, onde "Alra" já diferenciada aparece na vinculação como estranha. É quase uma reafirmação do mesmo triângulo relacional. "Alra" realiza a vivência do idealizado superando os conteúdos formadores e geradores desta transferência negativa. Em relação aos sentimentos projetados na mãe, disse-lhe que é interessante saber que cultua a idéia de que seu próprio amadurecimento e libertação desperta na sua mãe um sentimento de perda filial. Neste caso, tal fato é apenas uma justificativa para que "Alra" mantenha-se no vínculo simbiótico, na dependência, sob a barra da saia. De todo jeito "Alra" sabe que o jogo realmente existe além da sua vã justificativa. Em geral as mães exerce esse domínio fascinante sobre os filhos aprisionando-os em nome do sentimento sagrado da maternidade, o que caracteriza e define o aprisionamento de "Alra". Essa foi a análise que fiz do sonho.
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