“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Antes que me esqueça de contar, a construção do prédio no terreno ao lado da minha casa já está no segundo andar. Tomara que não tenha janelas na lateral. Vamos ao meu dia: logo cedo fui a biblioteca trocar meus livros de leitura. O dia seguiu com 'Alra' indo trabalhar e depois veio a surpresa da 'Yllaria' me chamar para ir dançar. Impossibilitada de recusar uma chance de passear, mesmo que o local em si não seja dos melhores, aceitei de ir ao Inácio's me divertir um pouco. Entretanto, antes não tivesse ido, pois conforme alertava minha intuição, não ia me agradar de lá pela segunda vez. Realmente aquele local não oferece nada para mim além de tédio. Primeiro não foi a 'Yllaria' quem apareceu aqui em casa para me pegar e sim um amigo dela sem o mínimo senso de responsabilidade, pois ele só bebeu o tempo inteiro sabendo que ia dirigir na volta. Sou rigorosa entre a linha do que é certo ou errado e não gosto de quem tenta ludibriar o erro ficando no meio-termo. Até então ainda consigo relevar, o pior é já estar com dor nas costas de ter ficado o dia todo sentada trabalhando e ainda ter que ficar até três horas da madrugada sentada passando vontade de dançar. Além de ser pequeno, lá é um local que só dá casal ou gente de academia que dança entre si. Quando por acaso surge um homem que convida para dançar, ou ele não sabe e fica desagradavelmente te arrastando pelo salão, ou então ele dança mais ou menos e depois fica na maior chatice querendo o número do telefone. Sinceramente, se é para passar vontade, eu prefiro ficar em casa, pois ao menos economizo tempo e dinheiro. Eu queria ter um namorado dançarino para ir junto e não ter que ficar na mão dos homens disponíveis no local. Realmente voltei desgastada do 'passeio' e postei a seguinte frase no Orkut e MSN: '...Ando devagar porque já tive pressa; E levo esse sorriso, porque já chorei demais; Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe; Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei... É preciso amor pra poder pulsar; É preciso paz pra poder sorrir; É preciso a chuva para florir. Todo mundo ama, um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega, no outro vai embora. Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz...'
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Deixando o desagradável desfecho da noite de lado, tenho a relatar que acabei a leitura do livro A psicologia do amori. O autor define o amor romântico como uma ligação espiritual-emocional-sexual apaixonada entre um homem e uma mulher, que reflete uma grande estima pelo valor pessoal de cada um. Nas culturas primitivas não existia a ideia do amor romântico. O ponto principal e regulador era a sobrevivência da tribo. O indivíduo era subordinado às necessidades e leis da tribo em praticamente todos os aspectos da sua vida. A mentalidade tribal, antiga ou moderna, tende a encarar o amor romântico como algo socialmente subversivo, como se de algum modo prejudicasse o bem-estar da tribo, ou seja, da sociedade.
Deixando o desagradável desfecho da noite de lado, tenho a relatar que acabei a leitura do livro A psicologia do amori. O autor define o amor romântico como uma ligação espiritual-emocional-sexual apaixonada entre um homem e uma mulher, que reflete uma grande estima pelo valor pessoal de cada um. Nas culturas primitivas não existia a ideia do amor romântico. O ponto principal e regulador era a sobrevivência da tribo. O indivíduo era subordinado às necessidades e leis da tribo em praticamente todos os aspectos da sua vida. A mentalidade tribal, antiga ou moderna, tende a encarar o amor romântico como algo socialmente subversivo, como se de algum modo prejudicasse o bem-estar da tribo, ou seja, da sociedade.
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Os gregos idolatravam os relacionamentos amorosos espirituais, e não os carnais, e para eles este amor profundo e espiritualmente significativo só era possível entre homossexuais, normalmente entre homens mais velhos e garotos. Com exceção deste conceito de elevada admiração, que podia existir somente entre homens, o amor era tido como um jogo prazeroso e divertido, uma diversão sem muita importância ou significado duradouro. O amor sexual apaixonado, quando aparecia, era em geral visto como uma trágica loucura, uma aflição que tomava conta de um homem e o tirava daquela calma e fria imparcialidade tão admirada pelos gregos. Uma mulher custava caro, era um fardo, frequentemente um obstáculo à liberdade do homem. No entanto, ter filhos era uma obrigação que o homem tinha para como Estado e a religião; ele precisava de uma dona de casa; e a noiva possuía seus dotes. O casamento era um mal necessário e uma aliança entre desiguais.
Os gregos idolatravam os relacionamentos amorosos espirituais, e não os carnais, e para eles este amor profundo e espiritualmente significativo só era possível entre homossexuais, normalmente entre homens mais velhos e garotos. Com exceção deste conceito de elevada admiração, que podia existir somente entre homens, o amor era tido como um jogo prazeroso e divertido, uma diversão sem muita importância ou significado duradouro. O amor sexual apaixonado, quando aparecia, era em geral visto como uma trágica loucura, uma aflição que tomava conta de um homem e o tirava daquela calma e fria imparcialidade tão admirada pelos gregos. Uma mulher custava caro, era um fardo, frequentemente um obstáculo à liberdade do homem. No entanto, ter filhos era uma obrigação que o homem tinha para como Estado e a religião; ele precisava de uma dona de casa; e a noiva possuía seus dotes. O casamento era um mal necessário e uma aliança entre desiguais.
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Os romanos, como os gregos, não se casavam por amor. Nas classes sociais mais altas, os casamentos normalmente eram combinados pelas famílias por razoes financeiras ou políticas; um homem casava para ter uma dona de casa e para ter filhos. O crescimento da valorização da unidade doméstica foi acompanhado de uma elevação da posição da mulher. Num relacionamento amoroso, elas provavelmente assumiam uma posição de igualdade. Com relação a isto, alcançaram pelo menos uma das condições do amor romântico. Entretanto, não tardou e o cristianismo assegurou a homens e mulheres um ideal de amor coerentemente abnegado e não-sexual. De fato, o amor e o sexo deveriam estar em polos opostos: a fonte do amor era Deus; a origem do sexo era o Diabo. A abstinência sexual era proclamada como o ideal moral. O casamento descrito mais tarde como um remédio para a imoralidade, era uma hesitante concessão do cristianismo à depravação da natureza humana, que tornava este ideal então possível.
Os romanos, como os gregos, não se casavam por amor. Nas classes sociais mais altas, os casamentos normalmente eram combinados pelas famílias por razoes financeiras ou políticas; um homem casava para ter uma dona de casa e para ter filhos. O crescimento da valorização da unidade doméstica foi acompanhado de uma elevação da posição da mulher. Num relacionamento amoroso, elas provavelmente assumiam uma posição de igualdade. Com relação a isto, alcançaram pelo menos uma das condições do amor romântico. Entretanto, não tardou e o cristianismo assegurou a homens e mulheres um ideal de amor coerentemente abnegado e não-sexual. De fato, o amor e o sexo deveriam estar em polos opostos: a fonte do amor era Deus; a origem do sexo era o Diabo. A abstinência sexual era proclamada como o ideal moral. O casamento descrito mais tarde como um remédio para a imoralidade, era uma hesitante concessão do cristianismo à depravação da natureza humana, que tornava este ideal então possível.
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No final da Idade Média surgiu uma segunda concepção da mulher, que passou a coexistir com a primeira. De um lado, o símbolo da mulher era Eva, a tentação sexual, a causa do declínio espiritual do homem. Do outro lado, ela existia na imagem de Maria, a Virgem Mãe, o símbolo de pureza que eleva e transforma a alma do homem. A procura pelos valores de cada um, o exercício do julgamento das próprias condutas e alegrias do prazer sexual, todos são atos de auto-afirmação ligados à escolha e à experiência do amor romântico. Todos eram condenados pelo cristianismo. Originária do sul da França, no século XI, a doutrina do amor cortesão foi desenvolvida por trovadores e poetas das cortes da nobreza, muitas vezes administradas pelas mulheres de nobres que partiram com as Cruzadas. A doutrina era baseada na ideia de uma imensa paixão entre um homem e a mulher de outro. O amor, então, no sentido passional e espiritual, se encontrava especificamente em envolvimentos extraconjugais.
No final da Idade Média surgiu uma segunda concepção da mulher, que passou a coexistir com a primeira. De um lado, o símbolo da mulher era Eva, a tentação sexual, a causa do declínio espiritual do homem. Do outro lado, ela existia na imagem de Maria, a Virgem Mãe, o símbolo de pureza que eleva e transforma a alma do homem. A procura pelos valores de cada um, o exercício do julgamento das próprias condutas e alegrias do prazer sexual, todos são atos de auto-afirmação ligados à escolha e à experiência do amor romântico. Todos eram condenados pelo cristianismo. Originária do sul da França, no século XI, a doutrina do amor cortesão foi desenvolvida por trovadores e poetas das cortes da nobreza, muitas vezes administradas pelas mulheres de nobres que partiram com as Cruzadas. A doutrina era baseada na ideia de uma imensa paixão entre um homem e a mulher de outro. O amor, então, no sentido passional e espiritual, se encontrava especificamente em envolvimentos extraconjugais.
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No campo dos relacionamentos homem/mulher, os pensadores do Iluminismo não elaboraram conceitos significativamente diversos ou superiores àqueles de seus predecessores. Ao aceitar a secular divisão da pessoa em conflitantes metades de corpo e espírito, eles assumiam que a paixão física e a valorização espiritual permaneciam dissociadas dos relacionamentos ente homens e mulheres. A industrialização e o capitalismo significaram muito mais que bem-estar material. Pela primeira vez na história da humanidade foi reconhecido explicitamente que os seres humanos deveriam ser livres para escolher seus próprios compromissos, um contexto no qual a busca da felicidade na terra pareceria natural, normal e possível. No século XIX, o antifeminismo e o anti-sexualismo produzidos pela religião não haviam de forma alguma desaparecido; sua influência, apesar de já ser pequena, sucumbiria no século XX. De fato, a batalha ainda não tinha acabado. Mas sua morte foi inevitável com o aparecimento da industrialização, do capitalismo e da filosofia do individualismo. Hoje, o anti-sexualismo e o antifeminismo são um anacronismo histórico.
No campo dos relacionamentos homem/mulher, os pensadores do Iluminismo não elaboraram conceitos significativamente diversos ou superiores àqueles de seus predecessores. Ao aceitar a secular divisão da pessoa em conflitantes metades de corpo e espírito, eles assumiam que a paixão física e a valorização espiritual permaneciam dissociadas dos relacionamentos ente homens e mulheres. A industrialização e o capitalismo significaram muito mais que bem-estar material. Pela primeira vez na história da humanidade foi reconhecido explicitamente que os seres humanos deveriam ser livres para escolher seus próprios compromissos, um contexto no qual a busca da felicidade na terra pareceria natural, normal e possível. No século XIX, o antifeminismo e o anti-sexualismo produzidos pela religião não haviam de forma alguma desaparecido; sua influência, apesar de já ser pequena, sucumbiria no século XX. De fato, a batalha ainda não tinha acabado. Mas sua morte foi inevitável com o aparecimento da industrialização, do capitalismo e da filosofia do individualismo. Hoje, o anti-sexualismo e o antifeminismo são um anacronismo histórico.
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O início da Revolução Industrial coincidiu com outra revolução que deveria influenciar os relacionamentos homem/mulher. Era o movimento literário conhecido como Romantismo. De uma forma ou de outra, as peças, os poemas épicos, as sagas e crônicas que antecedem o aparecimento s da literatura romântica traziam a mesma mensagem: homens e mulheres são fantoches do destino, encontrados em um universo essencialmente antagônico aos seus interesses e, se por acaso têm sucesso, não é por méritos seus, mas por circunstâncias externas fortuitas. Esta era a visão da vida contra a qual o Romantismo se rebelava. A implicação filosófica é, claramente, que nossa vida está em nossas mãos, a nós cabe conceber nosso destino, e esta escolha é o acontecimento mais importante da nossa existência. Este é o ponto mais estreito de contato entre o Romantismo, na literatura, e o amor romântico, no sentido moderno. Entretanto, o amor romântico precisa da integração da razão com a paixão, um equilíbrio entre a subjetividade e a objetividade com o qual os seres humanos podem conviver, e isto o Romantismo do século XIX deixou completamente de prover. Os críticos gostam de frisar que o país onde o amor romântico encontrou maior aceitação é o mesmo onde há o maior índice de divórcios no mundo. Experiências liberais, como a troca de casais, o casamento grupal, famílias de múltiplos casais, casamentos de três pessoas, representam caminhos alternativos que mais e mais pessoas percorrem em busca da satisfação pessoal, mas nenhum deles tem obtido graus de sucesso significativo.
O início da Revolução Industrial coincidiu com outra revolução que deveria influenciar os relacionamentos homem/mulher. Era o movimento literário conhecido como Romantismo. De uma forma ou de outra, as peças, os poemas épicos, as sagas e crônicas que antecedem o aparecimento s da literatura romântica traziam a mesma mensagem: homens e mulheres são fantoches do destino, encontrados em um universo essencialmente antagônico aos seus interesses e, se por acaso têm sucesso, não é por méritos seus, mas por circunstâncias externas fortuitas. Esta era a visão da vida contra a qual o Romantismo se rebelava. A implicação filosófica é, claramente, que nossa vida está em nossas mãos, a nós cabe conceber nosso destino, e esta escolha é o acontecimento mais importante da nossa existência. Este é o ponto mais estreito de contato entre o Romantismo, na literatura, e o amor romântico, no sentido moderno. Entretanto, o amor romântico precisa da integração da razão com a paixão, um equilíbrio entre a subjetividade e a objetividade com o qual os seres humanos podem conviver, e isto o Romantismo do século XIX deixou completamente de prover. Os críticos gostam de frisar que o país onde o amor romântico encontrou maior aceitação é o mesmo onde há o maior índice de divórcios no mundo. Experiências liberais, como a troca de casais, o casamento grupal, famílias de múltiplos casais, casamentos de três pessoas, representam caminhos alternativos que mais e mais pessoas percorrem em busca da satisfação pessoal, mas nenhum deles tem obtido graus de sucesso significativo.
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Ser um indivíduo não só consciente, mas autoconsciente, é encontrar, ainda que brevemente na privacidade do pensamento, a nossa imutável solidão que implica responsabilidade por si mesmo. Ninguém pode pensar, sentir ou viver nossas vidas por nós e ninguém, a não ser nós mesmos, pode dar significado à nossa existência. Para a maioria das pessoas, esta é uma realidade assustadora. Pode ser a realidade a que resistimos e que negamos com mais intensidade e veemência. Como habitantes do universo, estamos ligados a tudo o que nele existe. Temos uma cadeia infinita de relacionamentos. A separação e a união são extremos que se vinculam um ao outro. A origem do nosso desejo de amar está na nossa profunda necessidade de valorizar, de encontrar no mundo algo com que se importar, se estimular e se inspirar. São nossos valores que nos amarram ao mundo e que nos motivam a continuar vivendo. Todos os atos são praticados com o propósito de ganhar ou de proteger aquilo que imaginamos que irá beneficiar nossa vida ou aumentar nossas experiências. O amor representa uma disposição de ver o ser amado como a personificação de valores pessoais profundamente importantes e, consequentemente, como uma potencial fonte de alegria.
Ser um indivíduo não só consciente, mas autoconsciente, é encontrar, ainda que brevemente na privacidade do pensamento, a nossa imutável solidão que implica responsabilidade por si mesmo. Ninguém pode pensar, sentir ou viver nossas vidas por nós e ninguém, a não ser nós mesmos, pode dar significado à nossa existência. Para a maioria das pessoas, esta é uma realidade assustadora. Pode ser a realidade a que resistimos e que negamos com mais intensidade e veemência. Como habitantes do universo, estamos ligados a tudo o que nele existe. Temos uma cadeia infinita de relacionamentos. A separação e a união são extremos que se vinculam um ao outro. A origem do nosso desejo de amar está na nossa profunda necessidade de valorizar, de encontrar no mundo algo com que se importar, se estimular e se inspirar. São nossos valores que nos amarram ao mundo e que nos motivam a continuar vivendo. Todos os atos são praticados com o propósito de ganhar ou de proteger aquilo que imaginamos que irá beneficiar nossa vida ou aumentar nossas experiências. O amor representa uma disposição de ver o ser amado como a personificação de valores pessoais profundamente importantes e, consequentemente, como uma potencial fonte de alegria.
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Uma significativa reciprocidade de intelecto, de valores e premissas básicos, de atitudes fundamentais diante da vida, é a precondição da proteção de mútua visibilidade essencial para a autêntica amizade e, acima de tudo, para o amor romântico. Para Aristóteles, um amigo é um outro eu. É precisamente isto, em sua forma mais intensa, que sentem os amantes. Amando encontramo-nos no outro. Um amante reage a nós exatamente como nós reagiríamos a nós mesmos se fôssemos outra pessoa. Assim, podemos identificar uma das principais raízes do desejo humano pela companhia, pela amizade e pelo amor: o desejo de compreender nosso interior como uma verdadeira identidade, de experimentar a perspectiva da objetividade através das reações e das respostas de outras pessoas. O desejo de visibilidade muitas vezes é vivido como o desejo de ser compreendido. Se eu estou feliz e orgulhosos com alguma realização, quero sentir que aqueles que estão ao meu redor, aqueles com quem me importo, compreendem meu feito e seu significado pessoal para mim, entendem e dão importância às razões subjacentes às minhas emoções. A experiência da visibilidade pode implicar simpatia, empatia, compaixão, respeito, apreço, admiração ou amor, ou em uma combinação deles. Entretanto, a visibilidade não implica necessariamente em amor. Mas o amor sem visibilidade é uma ilusão. O propósito do amor romântico, entre outras coisas, é louvar a auto-estima (e não proporcioná-la a quem não a possui). Ao conhecer uma nova pessoa, o indivíduo autônomo tende a começar pela pergunta: o que eu penso desta pessoa? O indivíduo imaturo ou dependente tende a começar pela pergunta: o que esta pessoa pensa de mim?
Uma significativa reciprocidade de intelecto, de valores e premissas básicos, de atitudes fundamentais diante da vida, é a precondição da proteção de mútua visibilidade essencial para a autêntica amizade e, acima de tudo, para o amor romântico. Para Aristóteles, um amigo é um outro eu. É precisamente isto, em sua forma mais intensa, que sentem os amantes. Amando encontramo-nos no outro. Um amante reage a nós exatamente como nós reagiríamos a nós mesmos se fôssemos outra pessoa. Assim, podemos identificar uma das principais raízes do desejo humano pela companhia, pela amizade e pelo amor: o desejo de compreender nosso interior como uma verdadeira identidade, de experimentar a perspectiva da objetividade através das reações e das respostas de outras pessoas. O desejo de visibilidade muitas vezes é vivido como o desejo de ser compreendido. Se eu estou feliz e orgulhosos com alguma realização, quero sentir que aqueles que estão ao meu redor, aqueles com quem me importo, compreendem meu feito e seu significado pessoal para mim, entendem e dão importância às razões subjacentes às minhas emoções. A experiência da visibilidade pode implicar simpatia, empatia, compaixão, respeito, apreço, admiração ou amor, ou em uma combinação deles. Entretanto, a visibilidade não implica necessariamente em amor. Mas o amor sem visibilidade é uma ilusão. O propósito do amor romântico, entre outras coisas, é louvar a auto-estima (e não proporcioná-la a quem não a possui). Ao conhecer uma nova pessoa, o indivíduo autônomo tende a começar pela pergunta: o que eu penso desta pessoa? O indivíduo imaturo ou dependente tende a começar pela pergunta: o que esta pessoa pensa de mim?
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O sexo é mais intenso quando é, simultaneamente, uma expressão do amor por nós mesmos, pela vida e pelo nosso parceiro. A fascinação, a atração e a paixão podem nascer a primeira visa. O amor não, pois requer conhecimento, o qual requer tempo. Somos mais propensos a nos apaixonar por uma pessoa com quem temos simultaneamente, afinidades básicas e diferenças complementares. Quando um homem e uma mulher veem as diferenças complementares, eles as veem como algo estimulante, desafiador e excitante, uma força dinâmica que realça a vida, a expansão e o crescimento. Muitas vezes maridos e mulheres brigam e reclamam de características do outro que eles próprios possuem, mas que gostariam de ignorar. Na realidade, uma das formas de obtermos uma profunda compreensão nos relacionamentos é nos perguntarmos: com que parte de mim meu amante me lava a ter contato? Como eu me vejo neste relacionamento? O que está mais vivo dentro de mim com a presença desta pessoa? Respondendo a estas perguntas, podemos conhecer um dos motivos mais importantes pelos quais nos apaixonamos por uma pessoa em particular.
Da leitura de hoje isso é tudo. Encerro por aqui minhas escritas do dia. Até breve...”
i BRANDEN, Nathaniel. A psicologia do amor: o que é o amor, por que ele nasce, cresce e às vezes morre. Trad.: Monica Braga. Rio de Janeiro: Record Rosa dos Tempos, 1998.
O sexo é mais intenso quando é, simultaneamente, uma expressão do amor por nós mesmos, pela vida e pelo nosso parceiro. A fascinação, a atração e a paixão podem nascer a primeira visa. O amor não, pois requer conhecimento, o qual requer tempo. Somos mais propensos a nos apaixonar por uma pessoa com quem temos simultaneamente, afinidades básicas e diferenças complementares. Quando um homem e uma mulher veem as diferenças complementares, eles as veem como algo estimulante, desafiador e excitante, uma força dinâmica que realça a vida, a expansão e o crescimento. Muitas vezes maridos e mulheres brigam e reclamam de características do outro que eles próprios possuem, mas que gostariam de ignorar. Na realidade, uma das formas de obtermos uma profunda compreensão nos relacionamentos é nos perguntarmos: com que parte de mim meu amante me lava a ter contato? Como eu me vejo neste relacionamento? O que está mais vivo dentro de mim com a presença desta pessoa? Respondendo a estas perguntas, podemos conhecer um dos motivos mais importantes pelos quais nos apaixonamos por uma pessoa em particular.
Da leitura de hoje isso é tudo. Encerro por aqui minhas escritas do dia. Até breve...”
i BRANDEN, Nathaniel. A psicologia do amor: o que é o amor, por que ele nasce, cresce e às vezes morre. Trad.: Monica Braga. Rio de Janeiro: Record Rosa dos Tempos, 1998.