Obrigada pela visita!

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lazanha de peixe - filé de tilápia


PROJEÇÃO 54 – Data programada: 30 de fevereiro de 2011.

Acabei de andar por uma das ruas mais movimentadas do mundo. Incrível como esses prédios enormes, com janelas de vidros espelhados e essa multidão de carros dão-me a sensação de estar noutro planeta, mas em verdade, figurativamente posso dizer que estou. Quando comecei a andar por aqui parecia uma boba, pois olhava para o alto em frente de cada prédio, mas a verdade é que senti-me encantada com cada construção. Os taxes todos amarelos fazem um colorido bem legal no meio da multidão de carros. Tudo é grande, até os portais das lojas e do comércio em geral. Engraçado é escutar todo mundo falando outra língua e, embora entenda alguma coisa, por momentos fico com uma sensação tão estranha que não consigo deixar de rir sozinha. O engarrafamento em algumas dessas avenidas centrais transparece claramente a sensação estressante pela qual passa os motoristas, pois é buzina de todos os lados. Algumas outras ruas são mais tranquilas. Para todos os lados que olhava via apenas prédios e cheguei a ficar com o pescoço doído de tanto olhar para cima. As árvores estão sem folhas e o clima está bem quente. Interessante que tem umas construções estilo antigo misturada com outras novas e adoro esse contraste. O melhor de andar por aqui é constatar fisicamente a minha insignificância, entretanto, por outro ângulo, sinto que também carrego o poder humano, algo maravilhoso que se dá pela união, pelo trabalho e pelo progresso da humanidade. Estou curtindo muito todos esses contrastes e me sinto uma moradora do mundo, pertencente ao universo e não tolhida por barreiras geográficas, culturais ou pessoais. Sinto-me livre como um pássaro que pode voar pelo céu e mudar de morada a cada árvore que pousa. Indescritível a paz, o conforto e a segurança dessa liberdade, dessa oportunidade de estar apenas comigo mesma, mas conectada ao todo. Onde quer que eu esteja, vou tentar sentir isso sempre e se preciso for, vou sempre lembrar desse lugar e dessa maravilhosa experiência!

sábado, 28 de agosto de 2010

Bolo com fundo de chocolate branco...


Eu e a rosa vermelha...

O milagre

“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Acordei com a cabeça pesada, o pescoço doendo e um mal-estar geral. Ainda assim, fui com “Carlotinha” até a biblioteca trocar os livros. Ao chegar de volta em casa, tive que lavar o cabelo e penteá-lo sem tocar no couro cabeludo que estava ardendo bastante. Ao secar o corpo após o banho de sal grosso, notei pequenas bolhas espalhadas pelos braços, peito, bariga, e desconfiei que pudesse estar com catapora. “Alra” foi trabalhar e assim que chegou mostrou seu braço para a moça que fica no PABX na parte matutina. Em menos de cinco minutos todo o UAI estava sabendo da sua suposta catapora. Por sorte o mal estar diminuíra. Ela era a terceira pessoa do setor administrativo que parecia estar com tal doença. Isso sem falar na inquilina do fundo e “Toigá” que também estavam com a enfermidade. Por volta das cinco horas da tarde, quando o movimentos das ligações diminuiu, ela foi ao pronto atendimento, esperou um tempo e conseguiu falar com um médico clínico geral que receitou-lhe o composto de maleato de dexclorfeniramina, 8ml de oito em oito horas. Era o mesmo remédio que ela tomara quando tivera alergia no pé cerca de um ano e quatro meses atrás. Segundo o médico ela estava com alergia de catapora e, se acaso seu estado piorasse, ela receberia licença de cinco dias para ficar em casa. Ao chegar em casa, troquei a frase do MSN por: Estou sempre pronta e preparada para um novo romance, uma inédita inspiração ou o retorno de uma velha paixão. Quando surpreendentemente o destino não me trás novidades, continuo de cabeça erguida, com um sorriso no rosto, e sigo adiante toda tranquila de que não perco nada por esperar mais um pouco! Além disso também troquei a do Orkut por: Impossível recompensar a todos: sou muito fiel a mim mesma!
Mudando de assunto, terminei de ler o livro O milagrei. Segundo o autor, mediunidade, premonição e intuição são simplesmente um produto da interação entre experiência, bom senso e conhecimento acumulado. A maioria das pessoas subestima a quantidade de informações que adquire ao longo da vida, mas o cérebro humano tem a capacidade de fazer a correlação imediata das informações de um modo que nenhuma outra espécie ou máquina é capaz de fazer. A história é de suspense e ficção, mas não é das melhores que já li. De lição os personagens demonstram na história que viver numa 'zona de conforto' pode ser uma forma de escondermos os próprios medos e ansiedades. Bem, é isso. Até outra hora...”
i SPARKS, Nicholas. O milagre. Trad.: Thereza Christina Rocque da Mota. São Paulo: Ed. Prestígio, 2006.

Muitos mestres...

“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Ontem a 'Alra” tomou a injeção de Hepatite B (a dose de reforço foi marcada para outubro) ao final do expediente de trabalho, aliás, como ela trabalhou em tal dia! Embora fosse uma aparente tarde tranquila de sexta-feira, foi o dia do mês em que ela mais fez ligação para avisar sobre encaminhamento e sobre consultas adiada. Para terminar o exaustivo dia de rotina sem novidades, trocamos a frase do Orkut por: '...Não me canso de dizer, todo mundo vai saber, que você é o grande amor da minha vida...' e do MSN por: 'Toda mulher gosta de ser tratada; Com muito carinho... Uma mulher não quer uma cantada; Prefere um sentimento; Com a pessoa certa e a hora exata; No clima do momento. Uma mulher tem os seus desejos loucos, mais no fundo; Seu coração só quer as coisas mais simples do mundo; Espera um homem de verdade pra mudar de vez; A sua vida... Vou te amar de um jeito lindo; Como orvalho vindo pra molhar a flor. Toda mulher, já nasce pra morrer de amor...' As frases não ficaram muito em destaque, pois hoje troquei-as por: 'Guardo no peito esse amor por você... Sou como a estrela que o dia não vê; Que espera a noite chegar... Hoje meu mundo é só eu e você; E é nos sonhos que eu vou te encontrar... Sou como o sol que precisa nascer; E nas sombras não pode brilhar... Guardo essa paixão no meu coração...'
Falando sobre outro assunto, terminei a leitura do livro Muitos mestresi. Vejamos os aprendizados retirados de grandes sábios: com Pitágoras e Blaise Pascal aprendemos que através da meditação alcançamos o silêncio. O vazio total ou silêncio é indivisível. Independente de quantas vezes o silêncio é cortado ao meio, o resultado ainda será silêncio. Esse é o significado de agora. Talvez seja a essência de Deus, cuja unidade não pode ser dividida. Com Buda aprendemos que devemos saber não pela crença, mas pela experiência direta. Devemos viver de acordo com nosso próprio saber, em vez de viver segundo as experiências e os testemunhos de outros. Quanto mais experiências 'opostas' (sistemas de crenças opostos aos que nos são familiares) nos permitimos, mais conheceremos a nossa verdade. Com Lao-tsé aprendemos que os verdadeiros líderes gostam da confiança dos outros, o que é muito diferente de gostar de posturas arrogantes, bajulações e poder que o ego insiste em considerar como sinal de liderança. Precisamos confiar nos outros para que confiem em nós. Para ser um verdadeiro líder em nossa própria vida e na dos outros é primordial resistir à necessidade de sermos reconhecidos, isto é, liderar sem pôr-nos em evidência e proporcionando confiança sempre que possível.
Confúcio nos ensina que a paciência manifesta-se como confiança, decisão e uma sensação de satisfação pacífica. Sejamos tão pacientes conosco mesmo, em todos os nossos sucessos e desapontamentos, quanto sentimos que Deus sempre foi conosco. Quando podemos transferir um problema a uma autoridade mais elevada com quem nos relacionamos, imediatamente assumimos a condição infinita de paciência e paramos de buscar insignificantes indicadores de sucesso, válidos apenas para o momento presente. Com Patanjali aprendemos a importância de perguntar a nós mesmos: Quando me sinto mais realizado? Quando me sinto extraordinário ou me vejo como uma pessoa fantástica? Qualquer que seja a resposta a tais questões, tem algo a ver com servir ao próximo, ao planeta ou a Deus. Diminuindo a influência do ego e comprometendo-se a estar inspirado e envolvido em algum projeto extraordinário que não beneficie apenas ao ego, saberemos o que fazer. Dentro de cada um de nós existe uma pessoa mais notável do que alguma vez imaginamos.
Com Marcus Tullius Cicero aprendemos os seis erros humanos: A ilusão de que o progresso pessoal é obtido esmagando outros; A tendência a preocupar-se com coisas que não podem ser mudadas ou corrigidas; Insistir que uma coisa é impossível porque não podemos realizá-la; Recusar-se a abandonar preferências insignificantes; Negligenciar o desenvolvimento e o refinamento mental, e não adquirir o hábito de ler e estudar; e Tentar obrigar outras pessoas a acreditarem em nós e a viverem como nós. Com Jesus aprendemos que quando conseguimos ser como crianças, compreendemos que em todos os adultos existe uma criança que quer, desesperadamente, ser conhecida. A criança é plena e o adulto, vazio. A plenitude da criança evidencia-se pela paz, pelo amor, pela ausência de julgamentos e pela tolerância. O vazio dos adultos revela-se no medo, na ansiedade, nos julgamentos precipitados e nas lutas. O esclarecimento pode ser visto como um processo de recordação de que no coração de uma criança há pureza, e esse puro e divino amor e aceitação permitem a entrada no paraíso.
Com Epiteto aprendemos que são as nossas opiniões sobre as coisas e não as coisas propriamente ditas que provocam os transtornos nas nossas vidas. É uma grande fonte de libertação saber que ninguém pode nos perturbar, que nada pode causar-nos infelicidade, que controlamos como nos sentimos e como decidimos processar coisas, eventos e outras pessoas e suas opiniões. Quando sabemos que somos uma manifestação de Deus, fazemos contato consciente com Ele e tratamos a nós mesmos e aos outros como expressões divinas. Era o que, há dois mil anos, Epiteto dizia em Roma e na Grécia. Confiemos na nossa natureza divina, jamais questionemos a nobreza do nosso verdadeiro eu e reverenciemo-nos do mesmo modo que veneramos a Deus. Quando se sentir transtornado, pergunte a si mesmos: como posso mudar a minha opinião sobre essas coisas para acabar com a minha intranquilidade? Depois trabalhe nisso até que o problema seja removido. Isso pode ser conseguido com bastante rapidez se estivermos dispostos a substituir a culpa pela realização em Deus como Epiteto incentivou há dois milênios.
Com o Provérbio Zen aprendemos que o esclarecimento não alterará nosso mundo exterior, mas mudaremos o modo de processá-lo. O esclarecimento não é uma coisa que nos libertará, mas seremos nós mesmos que nos transformaremos na própria liberdade. Esse pequeno e simples provérbio zen, transmitido por quem busca o esclarecimento por milhares de anos, é um grande presente. Por dentro ou por fora de nós mesmo, nunca precisaremos mudar o que vemos, apenas a maneira de ver. Isso é esclarecimento! Com Omar Khayyám aprendemos a importância de viver o agora. Isso livra-nos de todas as amarras do passado e não as usamos como desculpas para as nossas condições de vida atuais. Nós somos o resultado das escolhas que fazemos neste momento, e nada na nossa trilha pode afetar-nos se ficarmos atento a essa simples conclusão. Com São Francisco de Assis aprendemos que jamais estamos sozinhos. Se Deus está em todos os lugares, então Ele também está em nosso interior. Com isso em mente, podemos rezar e pedir por nada mais que nossa força moral. Em vez de pedir proteção contra o perigo pedimos força para sermos destemidos. Em vez de pedir a eliminação da dor, buscamos a habilidade para transcendê-la e conquistá-la. Não supomos mais saber do que necessitamos e não desejamos mais ter do que nos ajudará nesse momento. Nossa experiência nos ensina que muitas das coisas que nunca teríamos pedido acabam sendo as mais benéficas. Como uma vez disse William Shakespeare: 'Nós, ignorantes de nós mesmos, muitas vezes suplicamos nossos próprios males, que os sábios poderes nos negam para nosso próprio bem.'
Com Jalaluddin Rumi aprendemos que as quedas na nossa vida nos fornecem a energia que nos impulsiona a níveis mais elevados. Não precisamos fingir que gostamos da tragédia, apenas prometer usá-la para gerar a energia que nos impulsionará a um lugar mais elevado na vida. É possível sentir a perda, expressá-la e ainda saber interiormente que em tudo isso há uma bênção. Talvez tenhamos aceitado sofrimento e dor como inseparáveis porque nos ensinaram que agir de outro modo mostra frieza e falta de humanidade. Entretanto, sabendo que todas as quedas são bênçãos e que todas as perdas estão na ordem divina, gradativamente suavizamos a dor e ganhamos a energia para pairar a uma altitude mais elevada em todas as áreas da nossa vida. Com Leonardo da Vinci aprendemos que para evitar ser consumido por alguma coisa, precisamos ser capazes de nos afastar dela. De acordo com Leonardo, no processo de afastamento começamos a ver nosso trabalho, família ou projeto, segundo uma perspectiva aparentemente menor. O grande mestre da Renascença nos diz que devemos nos afastar, relaxar, não tentar com tanto esforço, parar de lutar e permitir que nossa orientação divina nos ajude. Quando nos distanciamos fisicamente do nosso trabalho, e nesse espaço relaxamos, esse processo é um convite à intervenção divina em nossa atividade. Quando relaxamos e deixamos de nos preocupar, envolvemo-nos naturalmente no processo e, como num passe de mágica, o resultado final aparece. Leonardo incentiva-nos a termos equilíbrio nas nossas vidas, independentemente das atividades. Envolvemo-nos por completo na nossa atividade, mas tentemos gostar dela pelo que ela é, em vez de pensar no resultado final. Além disso, estejamos pronto a nos afastar de uma atividade quando sentirmos que nosso julgamento não está em harmonia ou proporção. Fazendo isso recuperaremos a perspectiva e, paradoxalmente, aguçaremos, em vez de perder, nosso poder criativo.

O conselho de Michelangelo é válido para os dias de hoje do mesmo modo que há quinhentos anos: Nunca dê atenção àqueles que tentam influenciá-lo com seu pessimismo. Tenhamos objetivos elevados, recusemos pensamentos mesquinhos e baixas expectativas e, acima de tudo, não nos deixemos seduzir pela ideia absurda de que ter demasiada esperança é perigoso. Sir Edward Dyer em sua poesia declama: '...Alguns têm demais, e mesmo assim ainda anseiam; Eu tenho puco e não busco mais... Minha riqueza é saúde e perfeito bem-estar. Minha consciência limpa é a defesa que escolhi; Não busco agradar ninguém com subornos, nem por fraudes ofender...' Com ele aprendemos que a necessidade de obter mais do que o necessário, de buscar o sucesso a qualquer custo, de insistentemente querer a aprovação dos outros não nos é imposta, é função de como escolhemos empregar aquele mistério invisível dentro de nós, nossa mente. Muitos à nossa volta têm demais, e ainda estão insatisfeitos. Nosso reino consiste em como usamos a mente frente a todas e quaisquer circunstâncias. Somos o regente final. Ninguém pode perturbar-nos sem o consentimento da nossa mente. Com William Shakespeare aprendemos a buscar a justiça conciliando-a com a misericórdia. Transfiramos as inquietações mais importunas a Deus. Tenhamos por nós mesmos a compaixão merecida pelas ações do passado. Paremos de nos julgar com severidade. Todos os erros e atitudes erradas foram necessárias para a nossa evolução. Tratemo-nos com amabilidade e eliminemos todos os ressentimentos que nutrimos em relação a nós mesmos. Com John Donne aprendemos que, quando nos consideramos conectados a todos, imediatamente paramos de julgar o próximo e vemo-nos conectado àquela pessoa por fios invisíveis, do mesmo modo que os tornozelos e cotovelos compartilham a mesma força vital silenciosa e não visível. Por esse motivo a compaixão torna-se uma reação automática a todos. Vemos a humanidade como uma família indistinta e indivisível.
Com John Milton aprendemos que a constância da verdade, da paz e do amor nos dão os instrumentos para olhar o tempo diretamente nos olhos e dizer com convicção: 'Não o temo porque sou eterno e você não consegue me alcançar'. Com Alexandre Pope aprendemos que a medida da grandeza e da felicidade é a capacidade de subjugar o ego até ser desnecessário qualquer crédito por realizações, de estar além da gratidão ou do aplauso, de não necessitar da boa opinião dos outros, de apenas se fazer o que se faz, porque o objetivo é esse. Aprendamos a viver despercebido e desconhecido, sem necessidade de chamar a atenção. Façamos o que fazemos porque nos sentimos guiados e retiremo-nos com dignidade e em paz. Com Percy Bysshe Shelley aprendemos a importância de sermos apaixonados por qualquer coisa ou pessoa, sem interferência do crítico interior. Quando ele tentar fazer com que nos sintamos tolo, gentilmente, mas com firmeza, devemos dizer-lhe para esperar na esquina e convida-lo a se juntar mais tarde, se quiser. Com Samuel Taylor Coleridge aprendemos que, quando conversamos com alguém num sonho, somos nós mesmos e, no mesmo instante, também somos a pessoa com que estamos falando. Falamos conosco mesmos no sonho, pois podemos vermos em muitas de nossas personalidades simultaneamente. Podemos estar em muitos lugares ao mesmo tempo. E a grande lição é que, todo o feito em um terço da vida, ao dormir, também podemos realizar, se o quisermos, nos outros dois terços. Devemos curtir o dom de viver gratuitamente na imaginação e dar-nos a liberdade para perambular no estranho território da nossa mente, explorando novas possibilidades nas fantasias, sem exceção. Esse vaguear imaginativo se torna o catalisador de uma vida ilimitada.
Com Ralph Waldo Emerson aprendemos a recusar-nos de fazer o que quer que seja apenas porque todos estão fazendo. Se estamos de acordo com a nossa definição de ética e justiça, continuemos, independente do que os outros digam ou falam.

Bem, isso é tudo por hoje. Até depois...”

i DYER, Wayne W. Muitos mestres: sabedoria de diferentes épocas para a vida diária. Trad.: Roberto Argus. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2005.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sonho respondido com bebê...

Sonhei que estava fazendo uma regressão ao meu passado. Eu me vi bebê, junto de minha mãe e uma outra mulher. Nisso eu bebê comecei a chorar e essa mulher deu dois violentos tapas na minha boca que engoli o choro, não porque entendesse que não era para chorar, mas por susto e pânico. Fiquei chocada. Minha mãe não fez nada e a mulher disse que era assim que ensinava desde cedo a ter obediência e que uns tapas de vez em quando não fazia mal, mas ali eu era um bebê. Toquei meu rosto bebê com carinho e peguei-me no colo. Elas não me viam pois eu não estava na cena em si quando ela ocorreu. Peguei-me no colo e aconcheguei-me em meu peito dando-me total proteção e amor. Quanta estupidez agir daquele modo com um ser tão indefeso. Abracei o bebê escondendo-o entre as mantinhas a ponto de verificar posteriormente se ele não ia sufocar-se, de tão agarrado que coloquei-o junto a mim.
Na sequência eu estava com minha irmã, que estava grávida, meu cunhado e sobrinha. Estávamos num local de muita neve e procurávamos um restaurante para comer. Nisso comentei que esquecera a máquina fotográfica e separei-me deles para ir buscá-la. Embora parecesse vantajoso estar com eles, eu preferia estar sozinha. Pensei comigo que na próxima viagem eu ia pensar melhor entre ir só ou ir com eles. Houve um momento no meio desse sonho, cujas lembranças parecem vagas, donde entrei num ônibus com um monte de mochilas. Do lado de fora havia muita neve e embora estivesse atenta a tudo, sumiram duas de minhas mochilas. Comentei com o motorista sobre o possível roubo e disse que o endereço para donde ia, meus documentos e todo o meu dinheiro estava numa das mochilas que sumira. Embora preocupada, eu não estava tensa, pois sentia que a situação não ia ficar por isso mesmo, ou seja, tinha comigo a certeza de que há males que vem para bem. Ele disse que ia desviar a rota, mas não entendi em que isso poderia ser útil. Desconfiei de três homens que estavam dentro do ônibus, pois eles me olharam com jeito desafiador. Notei que eles deveriam ser os malandros e fui falar pessoalmente com eles. Primeiro aproximei de um que parecia coreano e comentei que a vida dele poderia mudar totalmente se suas atitudes mudassem. Ele pareceu entender o recado, disse que ia pegar um voo para algum outro local e começar vida nova. Enquanto isso, um dos outros dois quis saber que intimidade verbal era aquela e comentei que quando ele estivesse a altura de entender-me, eu passaria o recado. De certa forma eu já não estava preocupada com as minhas mochilas, pois sabia que estava cumprindo meu dever e que o roubo das mesmas fora providencial para algo além da minha racionalidade. Infelizmente só lembro até aí. O que tais sonhos querem me dizer?

Um recém-nascido é um ser completamente independente e indefeso, e quando levado pelo impacto da violência, ao ápice da suscetibilidade, seu sistema se desarranja, se desconfigura da situação de relaxamento para a polaridade oposta, de tensão, por isso se protege e se defende criando um filtro que possa amortecer os impactos de uma realidade ameaçadora. A formação do filtro dependerá de cada individuo. Inúmeros são os tipos possíveis de filtro, e cada resposta definirá o tipo de filtro que a psiquê construirá para se blindar e se proteger de desarranjos, ou má formação, deformação. Neste momento, a criança não sabe o que é um tapa, mas pode identificar a dor, o desconforto, a ardência, o corpo queimando, o sistema reagindo e liberando adrenalina. As sensações ainda são percebidas de forma difusa, ou seja, sem identificação e localização da região afetada, portanto o corpo responde como uma massa que se contrai para se proteger. O estimulo, necessariamente, não precisa ser um tapa, pode ser um susto, um esbarrão, um balanço mais agressivo, um ambiente tumultuado e conturbado, um apertão na bochecha, um puxão no corpo, etc., mas a resposta sempre existirá e dependerá da forma como cada um identifica o sinal como ameaça ou de sua natureza biológica, desenvolvimento de gestação, ocorrências na gravidez, sensibilidade, entre vários outros eventos. A resposta? Bem, cada individuo terá a sua, desde uma leve contração e tensão, a elevados níveis de tensão que levarão o individuo para a formação de defesas que possam blindar seu sistema, ou deformações que definirão posteriormente suscetibilidades de caráter, dificuldades severas no estabelecimentos de vínculos afetivos e comportamentos destrutivos e autodestrutivos.
Muitos são os que agridem a criança para fazê-las silenciarem e, muitas vezes, os silenciam por toda uma vida. É possível que o sonho seja o resgate de memória de uma vivência semelhante. Neste caso, ele lhe oferece a possibilidade de se reconstruir, de se reconfigurar dentro deste seu momento. Em sonhos anteriores detectamos a necessidade de sua reconciliação com seu lado criança. Este lado pueril difere do adulto infantiloide. É a natureza original, espontânea e natural que precisa ser cuidada e protegida para que possa se manifestar na plenitude de suas potencialidades. E no sonho você cuida de sua criança. Pode ser compensação, mas não creio. Em todo caso, olhe com mais carinho para você, para sua natureza, seus desejos, suas necessidades. Cuide mais de si mesma, se leve mais em consideração, sem precisar se esconder no ego centrado. Dê mais valor aos seus sentimentos, emoções, percepções, enfim, privilegiei-se. Sua resposta de proteção difere da defesa neurótica, da blindagem agressiva e reativa. Elas, as mulheres, nem a percebem, sinal possível de que sua privacidade esta melhor constituída. E esta proteção é resposta afetiva que se desenvolve, é comprometimento, consigo mesmo e com o mundo. Se sua psiquê lhe permitiu viver esta cena foi para que se reconcilie consigo e com o mundo, foi por dar mérito ao seu esforço. Já não há apenas a menina ressentida, severa e critica que julga e condena a todos, mas aflora a mulher que se protege, Mãe de Si Mesma, maternal, afetiva, que tem a exata dimensão daquilo que deve ser feito, e o faz sem dramaticidade, mas apenas com o poder do amor. Muitas vezes só nos damos conta de fatos e ocorrências quando estamos preparados para olhá-los de frente sem sermos desconstruídos pelos acontecimentos, sem sermos devastados pela memória de nossa tragédia.

Vejamos o sonho seguinte: o seu movimento, a sua ação, ou suas escolhas, podem indicar uma dinâmica de fortalecimento de sua individualidade, um processo de desgarramento e de libertação. Quando fortalecemos a individualidade, aprendemos a conviver conosco mesmo. O que parece uma coisa natural, saber conviver com si mesmo, se mostra uma conquista de poucos. Em geral as pessoas pensam que se amam, que se adoram, que se bastam, mas vivem apenas a idealização deste desejo. Elas não sabem estar só, consigo mesmo, envolvidas em projetos pessoais, envolvidas em suas dinâmicas de aprimoramento, estudos e desenvolvimento. Na verdade vivem uma profunda solidão inseridas em contextos sociais turbulentos e cheios de movimentos, e dessa forma elas conseguem aplacar a dificuldade de terem de conviver consigo mesmo. Este é um dos grandes males da vida moderna. O externo chama em excesso, é sedutor, envolvente, e quando se entrega a essa babilônia pós-moderna, abre-se mão da privacidade, das buscas pessoais, do prazer de viver consigo mesmo, na ilusão de preencher o buraco existencial. Só que este buraco permanece presente, como um buraco negro, que 'come tudo', que a cada dia mais matéria e esforço exige. E o individuo já sem a riqueza da pessoalidade, sem saber conviver consigo mesmo, é enredado na trama da armadilha que construiu para si mesmo, ou seja, acaba sendo consumido pelo coletivo. O coletivo é essencial, mas não é tudo. É preciso trabalhar a pessoalidade, nossa singularidade para que encontremos em nós o sentido existencial, caso contrário, podemos passar pela vida como perdidos, que se 'acham', mas que não se encontram. Perdidos de si mesmo, na ilusão de um universo fantástico, mas sutilmente ardiloso, se não agirmos como guerreiros. Naturalmente ninguém se basta, mas cada um nessa vida tem um encontro marcado com a existência. Um encontro que não pode ser relevado. E para este encontro precisamos nos preparar. Hoje em dia, infelizmente, o simplismos leva a maioria à buscas que apenas lhes dão o conforto de estarem fazendo alguma coisa. No fundo sabem que pouco ou quase nada estão fazendo para se preparar para este encontro fatal com o destino.
Na sequência do sonho aquela velha forma de focar suas obsessões reaparece: o medo de ser lesada, roubada, enganada, o medo de perder, o medo da perda da referência do poder e da representação de sua imagem. Mas em seguida a nova mulher reaparece com novas respostas, com uma forma diferente de lidar e responder aos desafios da realidade, não mais como aquela que apenas sofre as consequências das mudanças inoportunas, da imprevisibilidade, mas como uma mulher que tem escolha e atua, intervém, indica o erro, o descompromisso, sem o medo do subjugado. Essa é a conquista, sua vitória que aparece: a mudança do padrão de resposta. Não mais como a menina vítima, mas como mulher, como individuo que faz escolhas e interfere na construção da própria realidade. Você diz: 'eu já não estava preocupada com as minhas mochilas, pois sabia que estava cumprindo meu dever e que o roubo das mesmas fora providencial para algo além'. Este é o espírito da coisa. Não se pode focalizar a força no que é pouco importante, é preciso cumprir o dever pessoal e entender que existem forças superiores que nos propõem desafios que precisam ser superados e que geralmente à frente poderemos compreender um pouco melhor os desígnios para nossa vida. Quando nos damos mais importância do que ao divino, damos importância às ilusões de tirania e poder que ansiamos e projetamos, assim fortalecemos a vaidade, o narcisismo, e deixamos de aperceber e apreender os sinais divinos que indicam o sentido de nossa existência. Quando caminhamos em sintonia com os desígnios da vida, a providencia divina nos ampara, nos guia, nos protege e nos encaminha para aquilo que é nosso dever realizar: o pleno sentido da existência.

COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O terceiro Jesus


“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Hoje fui logo cedo até a biblioteca trocar os livros e, não obstante, tenho a relatar sobre o ultimo livro que li chamado O terceiro Jesusi. O autor nos mostra que temos de ser específicos a respeito de quem estamos falando quando nos referimos a Jesus. Podemos dividi-lo em três: o primeiro é histórico, e praticamente não sabemos nada sobre ele. O segundo é aquele do qual o cristianismo se apropriou. Ele foi criado pela igreja para cumprir a sua programação. O terceiro, sobre o qual trata o livro, ainda é tão desconhecido que nem mesmo os cristãos mais devotos desconfiam de que ele exista. No entanto, este é o Cristo que não devemos ignorar. Jesus prometia salvar o mundo mostrando aos outros o caminho para a consciência de Deus. Esta interpretação do Novo Testamento proposta pelo autor não diminui os dois primeiros Jesus. Ao contrário, eles são destacados com mais intensidade. No lugar da história perdida e da teologia complexa, o terceiro Jesus oferece um relacionamento direto que é pessoal e está presente. Como Jesus declarou no Sermão da Montanha, a pessoa que viver naturalmente, como os pássaros do ar ou o lírios do campo, não precisará trabalhar exaustivamente. Deus ama os seus filhos pelo menos tanto quanto ama os pássaros e as flores. Ele nos concederá uma existência não menos bela e despreocupada. Analogamente, as almas não precisam planejar para o futuro, armazenar riqueza ou se preocupar com futilidades como roupas elegantes. Todas essas coisas seriam garantidas ela Providência. Jesus tinha a intenção de levar os outros à mesma condição dele, como quando declarou para os seus seguidores: 'Vós sois a Luz do mundo.' (Mateus 5:12). Ao que diz que o Reino de Deus está dentro de nós, a implicação é para que mergulhemos dentro de nos mesmos e que, para tal, precisamos estar despertos. Deus não pode se relacionar com uma pessoa de uma maneira diferente da que se relaciona com outra. Jesus deixa isso bem claro quando afirma que Deus ama e perdoa as pessoas perversas. Elas não conquistaram o amor por meio de nenhuma ação ou amor dirigido a Deus. Tudo que precisamos fazer fazer é existir. Viver, portanto, já é ser amado por Deus. Jesus amava os humildes porque eles não colocavam empecilhos diante do seu amor. Eles serviam sem o ego, já que não tinham uma posição social para perder. No entanto, a lição mais ampla neste caso é que o ego bloqueia o crescimento espiritual.
Quando surgem os milagres, a fé em Deus identifica-se com a fé em você mesmo. O mundo físico veio da mente de Deus, e quando nos aproximamos de Deus, toda a criação se torna parte de nós. Em um sentido muito real somos vestidos pela glória divina. Na ausência da fé, essa glória fica oculta. Sentimos que o mundo é separado de nós e frequentemente hostil às nossas necessidades. É necessário que Jesus, no seu estado de consciência superior, estenda uma visão que nos liberte dessa percepção limitada. Os milagres começam conosco. Temos que encontrar o lugar dentro de nós onde nada é impossível. A palavra fé indica todo o caminho espiritual que precisamos percorrer para chegar onde Jesus já está. Jesus apresenta a questão de maneira concisa: 'O que é impossível para os homens é possível para Deus.' (Lucas 18:27) Jesus põe a culpa das orações não respondidas na pessoa que reza e não em Deus. Em vez de ficarmos desanimados, precisamos aceitar isso como uma exposição dos fatos. A prece não é mágica. Ela é consciência aplicada. Não podemos esperar que Deus realize o nosso pedido na ausência de uma ligação íntima com o espírito. Jesus estava intensamente consciente desse fato, já que vivia a partir da origem da realidade e, por conseguinte, era capaz de modificar a realidade ao seu bel-prazer. Quanto mais estreita a nossa ligação com Deus, maior o nosso poder espiritual.
Jesus queria que os seus discípulos estabelecessem uma união com Deus. Qualquer outro tipo de vida estaria imerso na ilusão. O ego mantém forte essa ilusão porque o 'eu, o mim o meu' estão extremamente arraigados nos assunto mundanos. A maneira mais vantajosa de passar a vida é buscando a essência espiritual e construindo a sua existência baseado nela. Se fizermos isso, seremos o primeiro aos olhos de Deus, mesmo que sejamos o último aos olhos do mundo. O Jesus místico estava descrevendo a sua essência e a nossa ao mesmo tempo. Essa essência é uma partícula de Deus, a substância da alma que existe dentro de todo mundo e que nunca se separou da sua origem. A essência é separada do mundo material e das suas considerações. Ela se volta para Deus para satisfazer todas as suas necessidades. Ela age espontaneamente, sem um plano fixo. Ela vê a si mesma como intemporal. Ela sente compaixão pelo sofrimento e deseja encerrá-lo. Ela sente que o sofrimento começa na consciência e que a consciência superior põe um fim ao sofrimento.
Ao descrever a si mesmo, Jesus estava descrevendo a essência que é a sua origem e a nossa. Devemos escutar as palavras dele como sendo proveniente dessa origem. Jesus nos apresentou o desafio de viver a partir da nossa essência, como ele fez. Jesus não agiu sozinho, mas sim como um veículo da vontade de Deus. Ele não foi uma pessoa do jeito que pensamos em nós mesmos como pessoas. Ele não tinha nenhuma individualidade. A sua vontade e o seu propósito pertenceram a Deus. No Padre-Nosso ele diz: 'Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu', para enfatizar a sua própria experiência. Na consciência de Deus, o pequeno ego se fundo com o ego cósmico. Em certo nível de consciência, todo o eu da pessoa é entregue a Deus. As ações não são mais oriundas do ego; elas têm uma origem divina. Na consciência de Deus, a pessoa continua a pensar e agir, mas não existe mais o sentimento de que 'Eu' estou agindo. Em vez disso, Deus faz as coisas acontecerem através de nós. O tema é novamente reforçado pelo evangelho: 'Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.' (João 6:38) Devemos sentar em silêncio e buscar as qualidades específicas que desejamos, como o amor, a compaixão ou o perdão. Essas são energias arquetípicas que estamos pedindo para expressar por intermédio dos nossos pensamentos, emoções e ações. Ao invocar o nosso arquétipo superior (anjo, santo ou ser sagrado), nos damos conosco pensando e fazendo coisas que nunca esperamos.
O mundo parece ser uma enorme entidade e nós uma bem pequena. Mas, em verdade, o mundo está brotando de nós. Nós somos a origem dele. Para tornar realidade essa verdade, nós precisamos começar a viver como se isso fosse verdade. Se operamos a partir da convicção de que somos a fonte e o mundo é secundário, os eventos evoluirão com suavidade, com tempo e espaço para distribuir. As soluções dos problemas começarão a chegar sem esforço. O universo passa a cooperar conosco assim que sabemos ser nosso desejo o mesmo de Deus. A mecânica de dar e receber está dentro de nós. Por conseguinte, na próxima vez em que rezarmos pedindo alguma coisa, ou simplesmente desejando-a, devemos cumprir os seguintes passos: expressar claramente para nós mesmos o resultado desejado; desligar do pedido depois de fazê-lo; adotar uma atitude não exigente com relação ao resultado; permanecer aberto a qualquer resposta que venhamos a receber do universo; e saber que sempre existe uma resposta. Neste caso, 'resposta' não significa um sim ou um não da parte de Deus. Nenhum juiz está decidindo se somos ou não meritórios. Esse tipo de concepção nasce da separação. Quando Jesus disse aos seus seguidores que Deus tudo vê e tudo sabe, ele estava descrevendo a completa intimidade entre o eu e a inteligência que permeia o universo. Como você não pode existir sem ser parte dessa inteligência, rezar para Deus é um processo circular, um circuito de auto-resposta. Expressemos a disposição de nos livrarmos do que não é real. Peçamos aos antigos sentimentos e às energias bloqueadoras que se dissipem e voltem para a sua origem. Procuremos ouvir uma resposta. A culpa, como qualquer energia bloqueada, vai ficando mais sonora e forte na mente quando não recebe atenção. Para resolver a nossa incerteza, precisamos nos expandir além da limitação importa pela confusão, pelo medo, pela necessidade de controlar e pelas expectativas rígidas. Ao sentarmos quietos e ver a nós mesmos expandindo-nos além da personalidade do ago, iremos perceber coisas novas, até que com o tempo, o conhecimento mais profundo despontará e reconheceremos a realidade de Deus.
Ficar remoendo as nossas características negativas não vai trazer a sombra para a luz. Uma ação que obterá esse resultado é a confissão. Em um momento que nos pareça adequado, devemos revelar algo que nos provoca vergonha ou culpa. O objetivo é relacionarmos com nossa sombra de uma nova maneira. Todos temos interesses em ser aceitos, e a sombra encerra todas as nossas coisas mais inaceitáveis. A única maneira de aplacar a sombra é relacionar-se com ela de maneira diferente, e quando você revela um segredo para alguém, a sua vida oculta começa a mudar. Nesse segredo deve-se responder: por que estou escondendo este mau pensamento, impulso ou ação? Do que estou envergonhado? De que maneira eu acho que serei prejudicado se isto for exposto? Estou sendo afetado por memórias de uma punição passada? Quando ouço uma voz interior me julgando com severidade, quem em meu passado esta na verdade falando comigo? De que maneira a minha autoimagem seria afetada se eu revelasse isto? Tenho atuado dentro de um sistema de crenças que encara os seres humanos como inerentemente pecaminosos? Por que escolho viver com culpa em vez de viver sem ela? Precisamos fazer todas essas perguntas sempre que penetrar na região da sombra. Os encontros não são agradáveis, mas são fortalecedores e trazem a verdade à tona. O ago se apoia no familiar. Ele tem relutância em experimentar o desconhecido, que é a verdadeira essência da vida. A única maneira de recuperar o presente é limpar o passado, que significa tudo que seja rotineiro, aborrecido, sapiente, calculado, ansioso e traumático. Em vez de lutar para tornar a vida estável, imutável, sem ambiguidade e certa, aceitemos que somos produto de uma criação incerta e ambígua. Isso não é uma falha. Fruir e mudar constantemente é a glória do processo criativo. Quando mais conseguirmos aceitar isso, mais fácil será aceitar a própria transformação.
Devemos manter em mente que o nosso eu real é amor, verdade, é Deus. Ao remover os obstáculos e resistências que escondem nossa essência, revelamo-nos a nós mesmos. A essência enquanto ser permanente não pode ser destruída, apenas mascarada. Ela espera pacientemente o dia em que acordemos para quem realmente somos. Jesus provou que ser iluminado significa existir sem um objetivo pessoal no mundo, ou seja, cumprir a vontade divina, e não a do Ego. Da leitura é isso. De resto troquei a frase do Orkut por: '...Tenho um coração; Dividido entre a esperança; E a razão...' e do MSN por: '...No meu mundo só quero você; Pra valer os meus sonhos de amor; Só você é capaz de acender; Essa luz de intenso prazer...' É isso. Até outra hora e muita luz a todos!”
i CHOPRA, Deepak. O terceiro Jesus: o Cristo que não podemos ignorar. Trad.: Cláudia Gerpe Duarte e Constantino K. Korovaeff. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

Sonho respondido com porta baixa...


Meu dia começou comigo relatando o seguinte sonho para “Alra”: Sonhei que eu e minha mãe estávamos numa casa nova, diferente, recém-construída, cujas decoradoras ainda se encontravam fazendo uns últimos ajustes. O tamanho era aconchegante, tudo tinha aspecto de estar limpo, arejado, claro e agradável, entretanto, a porta da cozinha, local donde estávamos, era muito pequena na altura e comentei que para passar por ela eu teria que agachar. Fiquei a me indagar se ninguém tivera atenção com algo tão obvio. Todos os armários da cozinha e inclusive essa porta eram de vidro. A transparência dava a boa sensação de acesso rápido por estar tudo às vistas, o único inconveniente era a porta. O que ela significa dentro desse contexto?


Conheço uma história sobre um fiel que disse que Deus já não escutava os homens, e o rabino disse que os homens é que não se silenciavam mais para escutar a Deus. A primeira associação que me veio neste sonho é sobre a necessidade de agachar, abaixar, ser humilde. A porta limitada, restrita, exige esforço para ser transposta e esse esforço pode ser a necessidade de humildade. A porta é literalmente o portal, a passagem, a mudança de estado de consciência, a transição entre o antes e o depois, entre uma margem e a outra margem, entre um estado e o outro estado, entre um sistema e outro. Nesta última colocação, quero indicar a relação entre a realidade interior e a exterior, e os impedimentos que impedem o fluxo natural das trocas. A casa é nova, está bem organizada, clara e transparente, entretanto há dificuldades para sair e entrar dela. Isso é ótimo, mas não é o bastante, pois a necessidade de transformação permanece na jornada pessoal. Não basta a transparência, você podia estar rodeada de transparência, mas como numa bolha de vidro se manter blindada de contatos e de relações com o exterior.



COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Buddha...


“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Acabei de ler mais um livro chamado Buddhai. Há uma parte que diz o seguinte: o caminho da completa transformação do homem consiste em oito tópicos, sendo que cada um deve ser primeiramente vivido, antes de podermos entrar no item seguinte. Não podemos saltar nenhum deles, porque um decorre do outro. Vejamos quais são esses itens: 1. Fé verdadeira: tudo depende da fé, e que seja verdadeira. Sem fé estaremos desarvorados; 2. Resolução: a fé no Senhor dos Mundos (nomenclatura do livro) deve ser tal que tomamos a resolução firme de servir unicamente a Ele, de considerar que individualmente somos insignificantes; 3. A palavra: devemos ser parcos de palavras, e, mesmo a palavra que vamos proferir, deve ser bem examinada se é ou não de verdadeiro conteúdo; 4. Ação: devemos empregar todas as nossas forças no sentido de não deixar passar um dia sequer sem que tenhamos feito pelo menos uma boa ação. Exerçamos domínio disciplinando a nós mesmos. Exercitemos em realizar tarefas que nos pareçam difíceis. Se o fizermos, com muito mais facilidade nos tornaremos senhores deste grau de realização; 5. Viver: trata propriamente de aproveitarmos ao máximo todos os momentos; 6. Esforçar-nos: em cada existência terrena, nos esforcemos, elevando-nos sempre mais e mais. No momento em que tivermos atingido esse grau do viver que torna a nossa vida um esforçar-se contínuo na direção certa, a nossa existência se converterá ao passo seguinte; 7. Gratidão: devemos ser gratos para com Aquele que nos deu essa oportunidade de existir, ou seja, devemos ter profunda sensação de reconhecimento dominando nosso ser, ao passo de nos tornarmos contentes unicamente por isso. Quem é grato não tem tempo para lamuriar-se, e todo aquele que é grato o quanto deve ser, converterá em ação esse reconhecimento. Terá prazer em ajudar os outros, assim como foi ajudado. Assim chegamos ao último degrau que só se oferece àqueles que conseguiram fielmente, passo a passo, transpor os anteriores; 8. Introspecção: quando tivermos atingido esse ponto final, ser-nos-á dada a faculdade de mergulharmos dentro de nós mesmos e de ouvirmos a voz interior. Grandes coisas nos serão aí reveladas. Não o que porventura imaginamos, mas sim aquilo que o Eterno irá anunciar-nos. É no silêncio que Ele envia seus mensageiros para falar conosco. Assim, todo aquele que já atingiu esse ponto de mergulhar em si mesmo, seja em meditação ou em oração, ouvirá vozes e saberá que mesmo aqui, neste mundo, já estamos em conexão com o divino, com o Além. Chegando a esse ponto já nos tornamos um novo ser, pois conseguimos superar todos os desejos e sofrimentos. Para finalizar gostei da parte explicativa de que o nosso dever é o cumprimento incondicional da vontade de Deus nos limites da missão que temos por cumprir. Isso é tudo o que quis destacar da leitura. Muita luz a todos e até breve”.
i O mundo do Graal. Buddha: recebido por inspiração especial. 4ª Ed. São Paulo: Ordem do Graal na Terra, 1993

Sonho respondido com exus e morte...


Sonhei que estava numa festa com uma jovem que deveria ter por volta de uns dez anos. Parecíamos ser a melhor amiga uma da outra. Nisso vi uma conhecida de longa data (que na vida real foi minha professora), mas ela passava por mim como se não me notasse. Resolvi eu mesma ir cumprimentá-la. Cheguei perto e perguntei se ela não ia me abraçar, pois eu queria um abraço. Nos abraçamos, ela foi cordial e saudosista. Depois ela fez-me algumas perguntas, traçou alguns comentários e me chamou dizendo que queria me mostrar algo. Disse para minha amiga me esperar e saí abraçada com essa conhecida. Nesse meio tempo escutei-a comentar que criança era uma tristeza e me indaguei se ela estava se referindo a minha amiga. Sem entender o comentário não dei importância. Depois de tanto tempo sem nos vermos, era para eu senti-la como uma estranha, mas eu estava bem à vontade, sentindo-me intima de nossa velha amizade. Acompanhei-a até uma casota retirada do local da festa. Na frente da mesma haviam três homens e pensei que deveriam ser seguranças do local, mas me questionei porque aquele local precisaria de tal tipo de proteção. Ao chegar mais perto notei que eles bebiam e fumavam charuto. Se eram vigilantes disfarçados em homens comuns (sem uniforme) não deveriam estar bebendo, pois bêbados não iam fazer a menor diferença no local.
Ao passar por eles percebi que os três homens estavam incorporados com exus e acenei a mão em cumprimento. Apesar das minhas indagações, até então tudo estava tranquilo. Fiquei a me perguntar se as pessoas sabiam do fato deles estarem incorporados, mas minha atenção foi desviada quando a conhecida pegou a bolsa e começou a procurar algo. Novamente ela disse que criança era uma tristeza e não entendi onde ela queria chegar dizendo aquilo. A qual criança ela se referia e por qual motivo dizia aquilo? Fiquei calada esperando que ela justificasse seu comentário, mas ela não prolongou o assunto. Em seguida ela pegou uma linha de pesca, trancou a porta com a chave e começou a amarrar a fechadura com a linha. Tive a plena sensação de que ela ia me matar e fiquei desesperada. Estariam os três exus vigiando o local contra ou a favor de algo anormal ocorrer nele? Porque pessoas (isso incluía os exus) pelas quais eu tinha tanta consideração estariam querendo me matar? Era eu a criança referida? O que estava de fato acontecendo? Mil perguntas passavam pela minha cabeça desesperada. De repente a conhecida sumiu e fiquei ali trancada. A minha sensação era de estar enterrada viva. Entretanto, enquanto chutava a porta com toda força, tive a certeza de que eu ia conseguir sair dali, mesmo que não soubesse como. Foi com alívio que acordei. Foi um sonho estranho e não compreendo que significado poderia ter. O que acha?


“Alra” assim respondeu: “O sonho sinaliza mudanças e uma recorrência marcante, alem do triângulo de poder dos três homens incorporados. A mudança envolve sua conquista e o conflito repetido entre a polaridade da autonomia e a força polarizada da submissão. Na conquista você não permite, inicialmente, que a prevalência de conteúdos que aflorem sua tendência à baixa-estima determine sua resposta diante da expectativa frustrada de não reconhecimento. Antes de entrar na noia, a partir da suposição da rejeição alheia, você se apresenta e supera a crítica severa que faz de si mesma. Este é o comportamento saudável. Eu reconheço a pessoa e ela não me reconhece, eu me apresento, sem fantasias de rejeição pelo outro. Quando abrimos espaços para que conteúdos se utilizem de nossas fragilidades a fim de manifestarem, eles se alimentam energeticamente aumentando sua sobrevida e, desta forma, se fortalecem na psique abrindo espaços para promoverem mais desequilíbrios. Eles crescem, pois quando focados, recebem fluxos energéticos. Nós sabemos que esses conteúdos ainda não foram dissolvidos, e a psique, no sonho, lhe favorece esta distinção entre conteúdos pessoais e autônomos e lhe permite no confronto buscar respostas mais saudáveis. E você se supera apresentando novas respostas mais saudáveis. Isso favorece a formação de referencias internas de comportamento, de formação de atitudes, de respostas diante da realidade.
Há dificuldades pessoais em colocar limites. Você ainda se deixa levar, se permite ser conduzida, o que pode representar perigo iminente. É necessário cautela. A carência ou a disponibilidade em excesso pode representar renúncia à autonomia ou perigo à individualidade constituída. Na frase '...escutei-a comentar que criança era uma tristeza' percebemos que, quando sempre se dá mais valor ao que o outro faz, o banal se transforma em essencial e o insignificante te envolve como coisa importante. Quando se é conduzido, o outro define as prioridades que serão importantes para nós. Há submissão em evidência. Você se torna presa do imponderável. A fantasia é terra de ninguém. Quando nos tornamos presas das fantasias, os fantasmas e as assombrações, a ilusão, o mundo do impossível se mostra tangível, possível, e ameaçam o equilíbrio conquistado. Produzir fantasias e criar ilusões é dar vida a fantasmas, criar exércitos de inimigos que tentam se sobrepor à força do real, guerreando contra seu criador. Mais importante do que a possibilidade de escapar do aprisionamento é não se permitir perder a liberdade. Você fica suscetível à influencia alheia quando abre mão de definir seus caminhos. Quando o suposto aliado não atende suas expectativas confortáveis, ele se torna ameaçador e favorece o seu desequilíbrio, seus medos, suas angustias.
Vejamos a indicação: '...me chamou dizendo que queria me mostrar algo'. O que ela queria lhe mostrar? Que você é criança? Que se coloca em situação de risco em decorrência de necessidade em ser aceita? Bem, há em você uma observadora impaciente, que define os acontecimentos em sua vida a partir de um pré-diagnóstico precipitado. Há conflito frente à Exu que é o orixá do movimento, irreverente, brincalhão e a forma como é representado como um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade. De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele. E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. É astucioso e vaidoso. Mostra evidência de conflito e disputa. De todo modo, as mudanças, mesmo que pequenas e graduais, estão se manifestando.


COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

domingo, 22 de agosto de 2010

Mulheres e seus arquétipos...

A deusa da caça e da lua, Ártemis; a da sabedoria e das artes, Atenas, e a da lareira, Héstia são consideradas deusas virgens, não por serem intocadas sexualmente, mas por serem independentes e ativas. Portanto, representam estas características nas mulheres. Virgem, significa "não pertencente ao homem", ou seja, não há dependência do homem e nem de sua aprovação. Por isso, não faz nada com a única finalidade de agradar a um homem, faz porque quer, porque sente que assim deve fazer; ela segue, sua própria escala de valores que não foram afetados pela coletividade. As mulheres com aspectos das deusas virgens são aquelas que sacrificam os relacionamentos com os homens para relacionarem-se mais profundamente consigo próprias. Mas cada uma das Deusas virgens tem sua peculiaridade.

Ártemis, apartou-se do convívio com os homens, e hoje podemos observá-la nas feministas convictas e nas mulheres extremamente rígidas e individualistas. Já, Atenas, não se apartou e conviveu com os homens como uma igual; é a mulher atual que compete, lado a lado, profissionalmente, com os homens. E, Héstia, é a que se retraiu e ficou sozinha. É a mulher que abandona a sua feminilidade assim evitando atrair o interesse masculino e se recolhe em tarefas diárias.
As mulheres Ártemis: São aquelas do estilo "selfmade", que sabem cuidar de si mesmas, autoconfiantes e independentes. Apresentam aguda concentração e direção no que fazem, não se importando ou se incomodando se vão agradar ou não a alguém. São extremamente objetivas. Gostam de estar no meio de um grupo de mulheres, é o arquétipo da irmã, por isso, construindo "irmandades". Apreciam a natureza e por isso podem se dedicar ao camping, em explorar cavernas, etc., como as atividades esportivas e competitivas. No trabalho são objetivas, competitivas e não temem oposição. São do tipo que desenvolve amizade profunda com outras mulheres, tendo, por isso, uma ou mais, melhores amigas, com as quais compartilham seus interesses.Sua sexualidade pode ser não desenvolvida ou não expressa. As relações são algo secundário e o sexo pode ser visto como uma atividade esportiva e competitiva.Preferem homens bem dotados intelectualmente com os quais possa compartilhar idéias e ideais. Quando se casam, o relacionamento é feito mediante a igualdade e pouco sexualizado, ficando mais no campo fraternal. Podem se casar, também, com um homem que venha a sustentá-las. Se não conseguirem manter o aspecto competitivo fora do relacionamento, e estiverem se relacionando com um homem forte, fatalmente, acabarão por destruí-lo ou ao relacionamento. Como mulheres desse tipo não se envolvem emocionalmente, são frias e distantes no que tange o sentimento alheio Tendem a ferir muito os outros pois, desprezam a vulnerabilidade e o desejo de envolvimento, são ferinas e cruéis, altamente destrutivas frente às oposições. Julgam em termos de "tudo ou nada" e não perdoam. Para abrandar esta deusa, as mulheres devem atentar para a passagem do tempo, isto é, que a juventude não é eterna e devem olhar à frente e pensar bem no caminho que escolherão; devem desenvolver a consciência da importância do amor e o instinto gerador e criativo, assim, poderão diminuir sua unilateralidade.

As mulheres Atenas

Atenas era denominada de "filha do pai", por ter nascido da cabeça do pai (Zeus) e não ter conhecido sua mãe (Métis). Ela nasceu "pronta", adulta.

As mulheres tipo Atenas são lógicas, estrategistas, racionais, práticas, desinibidas, seguras, não se deixam levar por emoções e sentimentos e são fisicamente ativas. Estão sempre no meio-termo, visto que os extremos são caracterizados por fortes emoções. Suas defesas são caracterizadas pelo extremo intelectualismo. Não se apartam dos homens; muito pelo contrário, sentem-se bem entre eles pois compartilham dos mesmos valores patriarcais (tradição, o poder masculino, as normas vigentes, conservadorismo). Escolhem homens poderosos e bem sucedidos; repudiam os mal-sucedidos, oprimidos ou rebeldes. Não esperam por um príncipe que venha salvá-las.Não possuem amigas íntimas, em função de se darem melhor com os valores masculinos do que com os femininos; exasperam-se com as outras mulheres que se queixam, principalmente, contra os homens. Pessoas sensíveis são tidas como idiotas. Gostam de saber como as coisas funcionam, de que são feitas e para que servem. O desafio intelectual é uma diversão. Tendem a desvalorizar suas mães, tratá-las como incompetentes. E, como mães, não são maternais, geralmente, transferem os cuidados a outrem. Tendem a valorizar os filhos e a manterem distância emocional das filhas que não se mostrem independentes como elas. Sexualmente, quando decidem ter uma vida sexual, aprendem a "arte" e desempenham com muita habilidade. O casamento é o tipo parceria; elas ajudam os maridos a crescerem, a alcançarem sucesso. Têm pouco ciúme sexual pois, na verdade, seu casamento pode ser visto como um bom acordo comercial. A mulher Atenas é insensível aos sentimentos dos outros, é fria e calculista, denotando grande poder para intimidar os outros. Quando se relaciona ou conversa busca as falhas do interlocutor. Por isso, sempre consegue manter os outros a uma distância razoável. Para minimizar os efeitos negativos dessa deusa, as mulheres devem aprender a ouvir o que os outros dizem sem julgar suas emoções e sentimentos. Devem, portanto aprender a valorizar estes aspectos. Também, podem desenvolver trabalhos artesanais (costura, bordado, tricô, pintura, modelagem). Devem aprender a descobrir e vivenciar a criança interior, e, por fim, re-descobrir a mãe, aceitando-a sem depreciá-la.

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As mulheres Héstia
A deusa Héstia é consagrada à lareira. Seu símbolo era um círculo e os rituais a ela consagrados usavam o fogo. Era relacionada ao deus Hermes, o mensageiro, astuto, protetor e guia dos viajantes, além de protetor dos ladrões. Héstia protegia dentro do lar e Hermes a entrada.
Diferente das outras duas deusas virgens que têm a consciência enfocada para aspectos externos, Héstia tem a consciência enfocada para seu próprio interior, portanto, mais subjetiva. Como as outras duas deusas, por estar com a percepção enfocada, isto é, dirigida apenas para seu foco de interesse, o restante, sejam pessoas ou coisas, são meros detalhes sem importância.

Este é o arquétipo da mulher que valoriza o lar, que aprecia tomar conta de casa. Gosta de fazer as tarefas domésticas para agradar a si mesma. Também é comum àquelas que se dedicam a uma vida religiosa ou à meditação. Ela é quieta, reservada, calma, introvertida e aprecia a solidão (muitas vezes, sente-se alienada do mundo que a cerca).Ela representa a sabedoria que transcende os conflitos, um motivo centralizador interior.No trabalho, não é competitiva, sendo que trabalhar não é seu forte. Falta-lhe ambição, desejo de poder e de reconhecimento. Quando desempenha uma atividade profissional o faz com esmero mas de modo nada apelativo - apenas faz o que tem que fazer. Tem poucas amizades pois não gosta de conversas triviais. A sexualidade não é muito importante. Será uma boa esposa e poderá ser uma boa mãe, cuidando dos filhos com amor e atenção, mas não é o tipo de mãe que estimula o franco desenvolvimento de potenciais.Expressa seus sentimentos e interesses de maneira indireta, através de gestos amáveis. Para atenuar os efeitos dessa deusa a mulher deverá aprender a expressar de maneira mais efetiva seus sentimentos e necessidades, desenvolver uma persona mais sociável para poder interagir socialmente, desenvolver assertividade ou através de outras deusas ou de seu animus (o homem que habita o interior de cada mulher).

As deusas vulneráveis: As três deusas vulneráveis são: Hera, deusa do casamento e que representa a esposa, Deméter, do cereal e que representa a mãe e Perséfone, do inferno que representa a filha. São denominadas de vulneráveis, pois foram vitimadas de alguma forma por deuses ou humanos. São deusas orientadas para o relacionamento, sendo motivadas pelas recompensas que um relacionamento traz. Sua percepção e consciência são difusas, percebendo tudo ao seu redor. Portanto, estão atentas aos estímulos sensoriais que o meio oferece. São capazes de perceber o tom emocional de uma conversa ou idéia; são sensíveis e empáticas com os outros.

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As mulheres Hera
Hera foi a esposa ciumenta de Zeus; muito vingativa com as deusas, com as mortais, ou com os filhos que Zeus teve fora do casamento, mas jamais com o próprio Zeus.
As mulheres tipo Hera são aquelas que almejam e sonham com o casamento; não lhes bastam relações informais. Todo o ritual da cerimônia de casamento é imprescindível. São fiéis e leais e capazes de suportar dificuldades com o marido. São dependentes do marido e por isso tendem a transferir a culpa deles para outrem. E quando traídas ou sofrem uma perda, a reação é de pura raiva vingativa. Para elas, a outra, é a vagabunda, a sem-vergonha, a desqualificada, não importando se esta outra foi vítima de sedução. Algumas mulheres do tipo Hera, cansadas de viverem o relacionamento conturbado dos pais fogem através do casamento, que foi extremamente idealizado. Os estudos e o trabalho são algo secundário para estas mulheres, exceto que isto possa repercutir positivamente para seu cônjuge. Costumam ter poucas amigas e se afastam assim que conseguem um relacionamento estável. Terá amizades pertinentes ao casal, mas nada íntimo, viverão apenas para o social, mas desprezarão as pessoas, principalmente, as mulheres solteiras ou separadas que são vistas ou como perigosas ao seu casamento ou apenas não são nada pois não possuem um marido. As mulheres tipo Hera tendem a julgar os outros muito mais por sua aparência do que por outros motivos. Elas vivem exclusivamente para o marido em detrimento a todo o resto. Escolhem homens competentes, de sucesso, que possam preenchê-las, completá-las. Via de regra, o sexo é vivido apenas com o casamento ou com o possível marido e, freqüentemente, é o tipo de sexualidade passiva. O casamento é o fato mais importante para sua vida. A rotina diária, o fazer passeios e viagens juntos são suas metas após o grande dia. Muitas vezes, o homem que escolhe casar com uma mulher tipo Hera, é aquele que deseja ter uma mulher para apresentar socialmente, é apenas uma fachada. Por maior que seja sua insatisfação no casamento, a mulher tipo Hera, dificilmente pedirá o divórcio. E quando se divorcia, tem muita dificuldade em aceitar: espera pelo arrependimento e volta do parceiro, perturba a nova companheira ou filhos deste, gerados do novo relacionamento. Este tipo de mulher terá filhos, mas não por desejos maternais e sim porque ter filhos faz parte dos casamentos tradicionais. Mas os filhos, ficarão sempre em segundo plano. É aquele tipo de mãe que não intervem entre os filhos e o marido, mas se o fizer, estará ao lado do marido, independente de ele estar certo ou errado. Por isso, não sofrem a síndrome do "ninho vazio" (saída dos filhos) mas, a separação ou a viuvez são seus maiores martírios, muitas vezes, insuperáveis. Algumas mulheres precisam aprender a cultivar Hera para que possam desfrutar de relacionamentos mais íntegros e significativos, principalmente aquelas que já se consolidaram na profissão e/ou já tiveram muitos romances. Elas precisarão aprender conscientemente a cultivar uma ligação ou a predisposição a uma. Algumas terão que desistir da imagem de um homem idealizado e aceitar o homem possível. Para diminuir o poder dessa deusa é conveniente que a mulher resistisse a se casar até estar certa do que quer e estar mais madura para perceber que pode fazer uma escolha errada por projetar características irreais num homem. Deve cultivar outros interesses, controlar sua fúria interior transformando essa energia numa atividade criativa, artística ou mental (artesã, trabalhar com argila, pintura ou escrita). Precisam aprender a conviver com os dados de realidade e partir "para outra", se este for o caso; terá que se desvincular do relacionamento anterior para que possa confiar novamente num relacionamento. Também poderá aprender a desvincular-se de um mau casamento simbolicamente, ou seja, desistir da aceitação incondicional do vazio que essa relação lhe oferece e desistir apenas de viver o papel de esposa, clamando o auxílio de outras deusas.

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As mulheres Deméter
É a deusa do cereal e, também, venerada como uma deusa mãe. Ela foi a mãe de Perséfone, raptada por Hades e levada aos infernos. Deméter não descansou até encontrar e ter a filha de volta. Ela é a responsável pelos chamados Mistérios de Elêusis, os mais sagrados e importantes rituais religiosos da Grécia antiga. Deméter é, portanto, um arquétipo materno, representando o instinto maternal no seu todo (gestação e nutrição) tanto física como psicológica e espiritual dos outros.

As mulheres com essa deusa proeminente desejam, mais do que tudo, ser mães. Mas não é apenas no sentido biológico; elas cuidam e nutrem todas as formas de relacionamento, quer afetivos, sociais ou profissionais. Elas são nutridoras, prestativas e doadoras em todos os relacionamentos. Elas são nutridoras e cuidadosas, também, mesmo dos filhos adultos e que já deixaram o lar. Não sabem dizer não a ninguém. Algumas mulheres que engravidam "acidentalmente", possuem essa deusa dominando no seu mundo inconsciente. As mulheres Deméter são as mais passíveis de sofrerem a síndrome do "ninho vazio" e intensa solidão, levando-as a fortes crises depressivas, pois toda a realização está no desempenho do papel de mãe. Elas não se desenvolveram, não cresceram enquanto viviam para serem mães.Outra característica é seu lado de não permitir que os filhos "cresçam". Elas dificilmente os incentivam a tornarem-se confiantes, seguros e com autonomia. São aquelas que mostram, constantemente, o quanto são necessárias pois seus filhos "nunca sabem o suficiente". Mas elas jamais estão conscientes de suas negatividades (fomentar a dependência e a inoperância, jamais dizer não, gerar sentimentos de culpa e remorso), tudo o que fazem é para o bem e ficam extremamente magoadas quando os filhos as censuram ou desconversam. Para elas, essa atitude é de rejeição emocional. Também, costumam achar que coisas ruins vão acontecer aos seus filhos, provavelmente, em função do temor da perda da afetividade. Os filhos das mulheres Deméter são aqueles que permanecem como filhinhos ou filhinhas da mamãe, que encontrarão dificuldades para se casarem e, se o fizerem, os laços com a família de origem serão mais fortes que o próprio casamento ou relação. Via de regra, as mulheres Deméter casam-se cedo, e se não o fazem, cursam faculdades para profissões de cunho assistencial ou educacional., tradicionalmente carreiras femininas. No trabalho, terão dificuldades para limitar ou corrigir um funcionário incompetente pois se sentirão culpadas por machucá-los ou sentirão pena; portanto, são extremamente condescendentes. São amistosas e não competem com outras mulheres seja por realizações ou por um homem, mas podem competir pelas "proezas dos filhos". Elas não escolhem o homem com quem casar, acabam sendo escolhidas por homens que são acolhidos como "meninos" (normalmente, são homens imaturos, egocentrados ou até cafajestes e sociopatas). A sexualidade não é muito importante, tem mais a função reprodutiva. As mulheres Deméter preferem ser acariciadas e abraçadas a fazer amor. Para muitas delas, amamentar o bebê lhes proporciona mais prazer sexual do que estar com seu parceiro. As mulheres Deméter devem aprender a dizer não às pessoas, situações e a si mesma. Devem aprender a escolher quando e com quem ter um filho. Devem aprender a expressar sua raiva que, normalmente, é somatizada em fadiga, enxaquecas, dores nas costas e auto-sabotagens de toda espécie (prazos, promessas, atrasos). Devem aprender a renunciarem a possessividade e apego. Devem aprender a enfocar outros interesses, permeando o surgimento de outras deusas.

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As mulheres Perséfone
Perséfone foi adorada como deusa ou rainha do Inferno, ou como Coré (jovem garota). Foi raptada por Hades, e com a ajuda de Hermes (deus mensageiro) saiu do Inferno e pode reencontrar a mãe, passando a viver com ela em dois terços do ano e um terço viveria com Hades.

As mulheres do tipo Perséfone são de pouco agir, são conduzidas pelos outros, não sabem o que querem ou para onde vão. Se Atenas é a filha do pai, Perséfone é a filha da mãe. Fazem de tudo para agradar a mãe, são as boas meninas obedientes, cautelosas, recatadas, passivas e dependentes. Possuem fortes tendências para a mentira e manipulação (para evitar o confronto ou a raiva do outro), como também para o narcisismo. Elas fazem de tudo para se adaptarem, posteriormente, aos desejos de um homem, são uma tela em branco que o homem pinta como quer. Os homens que as escolhem são inexperientes, malandros e os que não se sentem confortáveis com mulheres maduras. Parecem não ter uma personalidade própria. São do tipo mulher-criança combinando forte poder de atratividade e ingenuidade (na mídia temos exemplos típicos como a Angélica e a Sandy).
Muitas vezes, sua sexualidade está adormecida, há falta de paixão, de emoção, parecem esperar pelo "príncipe encantado" que virá acordá-las, ou são sexualmente não responsivas que se sentem estupradas ou submissas quando fazer amor. O casamento pode livrá-las do jugo da mãe ou deixá-las num conflito entre a mãe e o marido, repetindo-se o mito. Não se sentirão como autênticas mães ao terem os filhos, pois sempre haverá a intromissão da mãe possessiva. As mulheres Perséfone são joviais e até mesmo infantis. Muitas vezes são incapazes de fazerem as coisas mais simples, como comprar roupas, sozinhas, e, preferem a opinião e supervisão da mãe, que também escolhe amigos, o que fazer, pelo que se interessar, ler ou ouvir. Enquanto profissionais, não são dedicadas; mudam constantemente de emprego pois vivem procurando algo que lhes agrade. Mas se elas estiverem identificadas com o aspecto da rainha do Inferno, serão muito competentes, principalmente no campo psicológico ou espiritual por saberem sintonizar-se com o mundo do inconsciente.
As mulheres Perséfone tendem a sofrer de depressão, principalmente próximas da meia-idade, pois não aceitam o envelhecimento, a perda da jovialidade, nem a dura realidade que terão que abandonar alguns sonhos há muito acalentados. Deprimem-se, também, por não expressarem a raiva, que quando reprimida se transforma em depressão. Mas sua depressão é aquela que se caracteriza por forte isolamento do mundo que a cerca, voltando-se pra o mundo interior. Entretanto, podem caminhar para uma psicose por se afastarem tanto da realidade. As mulheres Perséfone devem aprender a estabelecer compromissos e a viver em conformidade com estes. Devem lutar contra a indecisão, a passividade e a inércia. Devem tomar a decisão por se casar, aprender a dizer sim, pois senão o casamento será visto como uma prisão que as levará ao divorcio. Devem aprender a responder com a sexualidade genuína, entregando-se aos seus sentimentos e emoções de maneira confiante.

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A Deusa Alquímica - AFRODITE
Afrodite é a deusa alquímica por seu grande poder de transformação pois, simboliza o poder transformativo e criativo do amor. Ela, também, representa a composição harmoniosa entre os aspectos das deusas virgens e das vulneráveis. Não é vulnerável pois jamais sofreu, seus relacionamentos eram correspondidos, e, não é virgem pois valorizava as experiências emocionais e os relacionamentos, mas não como permanentes e duradouros. Ela impregna de beleza e amor os relacionamentos, não apenas os sexuais. Ela permite a empatia entre as pessoas. Ela visa seus próprios objetivos e interesses (consciência enfocada) sem abrir mão da receptividade ao outro. Ela pede pela conexão com o outro pois, sem essa conexão nada se cria e, portanto, não há transformação. Afrodite era capaz de acreditar no sonho de seus homens. Que o sonho era possível. Isto fazia com que eles se sentissem, realmente, importantes e especiais. Acreditar no sonho de alguém gera expectativas positivas no comportamento do outro, desperta o outro para o seu melhor.É uma atitude receptiva e doadora ao mesmo tempo, recebe-se o sonho e se encoraja o outro a buscar a realização. Isso confere segurança e dinamismo ao outro, esse é o poder de Afrodite.Afrodite: é a deusa do amor e da beleza. Teve vários relacionamentos eróticos com deuses e com mortais. Mas também ajudou a muitos quando invocavam seus poderes. Enquanto arquétipo rege o prazer do amor, da beleza, do sexo e da sensualidade. Nas culturas patriarcais esses valores são desvalorizados, a mulher pode ser vulgarizada por expressá-los. Também, rege as forças criativas que tem por fases: atração, união, fertilização, incubação e nova criação. Para se cultivar Afrodite temos que nos envolver em atividades sensoriais ou sensuais. Temos que nos afastar de atitudes culposas ou críticas, pois estas nos afastam da possibilidade de desfrutar o prazer, o lazer e qualquer outra atividade considerada não produtiva.

As mulheres Afrodite São atraentes, não, necessariamente, belas. Possuem carisma e por isso não precisam vestir-se ou porta-se de maneira chamativa. É algo interior, que vem de dentro para fora.Elas possuem vivacidade, espontaneidade e sensualidade natural. Desde bem jovem, a mulher Afrodite, manifesta seu poder. E, se seus pais são esclarecidos e se não possuir uma mãe que queira competir, seguirá, naturalmente, sua tendência sem sentir-se culpada. Entretanto, poderá enfrentar a má reputação e rebaixamento da auto-estima caso deixe-se levar por seus impulsos sexuais. Uma gravidez indesejada é possível. Estas mulheres não enfocam tanto os estudos ou carreira. Mas, certamente, se estiverem envolvidas emocionalmente com o que fazem cultivarão o interesse. Dificilmente, se esforçam para se sair bem. Só se dão bem se estiverem envolvidas e puderem usar muita criatividade. Elas ou estão num trabalho que detestam ou num que amam demais. As mulheres Afrodite costumam relacionar-se com homens errados, pois escolhem homens criativos, complicados, mal-humorados ou emotivos (com relação amor/ódio pelas mulheres, intolerantes a frustração, "supermachos", agressivos, imaturos ou dissimulados). Mas, também, para essas mulheres, é muito difícil manter um casamento monogâmico. Normalmente, são boas mães, sempre incentivando os filhos com seu entusiasmo. As outras mulheres não apreciam as Afrodite, por sua conduta. Mas elas estarão cercadas de pessoas que admiram sua espontaneidade. A meia-idade é uma fase difícil, pois é nesta época que costumam perceber o quão tolas e erradas foram suas escolhas no que tange aos relacionamentos com os homens. Mas tanto na meia-idade como na velhice tendem a manter sua maneira de ver a vida, com beleza e paixão. As mulheres do tipo Afrodite encontram dificuldades, principalmente, se este arquétipo for o dominante. Elas gostam de exercer seu poder de atratividade sobre os homens e se não estiver muito consciente, agirá conforme seus desejos e impulsos sem avaliar as conseqüências. Por isso, precisarão se conscientizar de Afrodite para minimizar alguns desconfortos. Terão que exercer o controle algumas vezes sobre seus impulsos; terão que aprender a fazer escolhas sensatas. Para isso, devem aprender que não é o tempo presente, o aqui e agora, que importa, mas também o futuro, pois nossas atitudes de hoje refletem no futuro. Em função disso, fazem extravagâncias em gastos, seus planos apaixonados se transformam em desinteresse antes mesmo de pô-los em prática. As mulheres Afrodite, se apaixonam com extrema facilidade, e é sempre para valer. E, com isso, acabam por machucar muitos que acreditam em seu afeto pois, acabam sentindo-se usados. Para sair dessa roda-viva, elas precisam se apaixonar por alguém real, com imperfeições humanas. Devem deixar de ver em todo homem, um deus. O arquétipo de Afrodite pode deixar uma mulher "doente de amor", são aqueles amores doentios em que pelo objeto amado vale tudo: vale ser mal tratada por ele, agredida, tiranizada, menosprezada. Ou seja, são vivenciados amores destrutivos e, abandoná-los não é um empreendimento fácil para elas. Outra forma de amor doentio é aquele em que a mulher se apaixona por um homem que definitivamente não a quer, mas ela, obsessivamente, vai atrás dele. As mulheres Afrodite devem reconhecer sua sensualidade e forte sexualidade (por serem e sentirem-se diferentes das outras mulheres) para se livrarem de sentimentos de culpa ou remorso. Também, devem reforçar outras deusas para que possam viver com maior responsabilidade e compromisso. Devem aprender a fazer escolhas e prever conseqüências das mesmas.

Devem realizar as quatro tarefas que Afrodite deu a Psiquê para que ela pudesse rever Eros, a saber:1. separar as sementes: desembaraçar-se dos sentimentos conflituosos antes de tomar uma decisão; aprender a começar a escolher.

2. adquirir alguns flocos de lã dourados: ganhar poder e assertividade para não ser inferiorizada, ou tomar posse da energia masculina (animus) destrutiva.

3. encher a jarra de cristal: manter certa distância emocional dos relacionamentos.

4. aprender a dizer não: aos outros e a si mesma; aprender a fazer diferença entre as próprias necessidades e as necessidades dos outros.

Fonte:http://www.meiodoceu.com/Jung_21.htm

Homens e seus arquétipos...

A psicologia Arquetípica é um estudo que relaciona os Deuses gregos aos homens modernos. Ela (de base junguiana) estabeleceu oito arquétipos masculinos. Eles foram batizados com os nomes dos principais deuses da mitologia grega, porque sua personalidade apresenta muitos traços destas divindades. Conheça as características de cada um dele e veja como elas estão relacionadas com os simples mortais:

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Poseidon - Netuno na mitologia Romana - deus do reino das águas, ele tinha comportamento semelhante ao seu irmão Zeus. Mas, enquanto Zeus era frio e racional, Poseidon era sentimental e emocionalmente explosivo. Casou-se uma vez com Anfitrite - uma Deusa vingativa e ciumenta - e colecionou inúmeros casos fora do casamento. Teve filhos monstruosos por quem nutriu muita afeição.
Homens - Os mortais cujo perfil se assemelha ao de Posêidon costumam ser impetuosos e também dominadores. Traem, mas não toleram ser traídos. No amor e no sexo, são apaixonados e se empenham em dar prazer ás mulheres. Eles não tem medo de expressar seus sentimentos, ainda que não durem muito, já que costumam ser aventureiros.
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Zeus - Júpiter na mitologia romana - Senhor do céu e da terra, era o principal deus do Olimpo. Por isso, os homens que exercem liderança e poder se identificam com ele. Casou-se sete vezes, a ultima com Hera, deusa ciumenta e vingativa. Teve dezenas de amantes inclusive algumas mortais, as quais seduziu, valendo-se de disfarces, do poder e da força. Prolífico, teve muitos filhos.
Homens - tem comportamento semelhante ao do deus que os inspira. Emocionalmente imaturos, não são bons amantes , em geral são egoístas em relação ao sexo, porque sua finalidade principal é a conquista. Normalmente, soa materialmente generosos, inclusive com gastos supérfluos. Quando envelhecem é comum procurarem companhia feminina bem mais jovem.
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Hades - Plutão, irmão mais velho de Zeus, ele governava o mundo subterrâneo (dos mortos) também conhecidos como Hades ou Pluto (que quer dizer rico), já que o subsolo contém metais e sementes. Foi visto na terra duas vezes, uma dia quando raptou Core - ou Persérfone ou Prosérpina - a filha virgem, da DEUSA Deméter, que levou para o Hades, onde reinaram por toda aeternidade. Fiel, não teve filhos.
Homens - São introspectivos, reclusos em tudo o que fazem se aplicam profundamente. Não trafegam bem no mundo dos exibicionsitas e quando nele aparecem só tachados de estranhos. Quando escolhem uma mulher para companheira é comum que seja para sempre. Quase não são infiéis. Sexualmente podem ser ardentes ou abstêmios, já que seu comportamento sexual depende do entrosamento com a companheira.
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Apolo - Idem na mitologia romana - filho favorito de Zeus, representava o equilíbrio e a temperança.Reverenciado por suas qualidades intelectuais e dons de adivinhar, ele se interessou por Dafne, Corônis e Cassandra, mas não se casou com ninguém. À última, concedeu o Dom de profetizar e depois fez com que suas profecias fossem desacreditadas, pois ela já não se importava com ele. Foi o pai de Asclépio, o deus da medicina.
Homens - São racionais e direcionados para objetivos claros. Para eles o trabalho e o mundo dos negocios são mais importantes do que as mulheres. Mas escolhem com cuidado as parceiras, preferindo as de seu nível social e cultural. Intolerantes com a infidelidade, eles tem dificuldades em expressar sentimentos. Podem amar uma mulher a vida toda sem jamais se declararem a ela.
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Ares - Marte - filho de Zeus e Hera, o deus da guerra era um tanto desprezado por conta de seu caráter belicoso e jeito rude. Sentimentalmente e emocionalmente desequilibrado, alem de guerreiro, foi o principal amante de Afrodite (esposa de sue irmão Hefesto). Ciumento e vingativo, ele matou Adonis jovem mortal por quem Afrodite se apaixonou.
Homens - Amantes por excelência, demostram apreço pelas formas femininas e seus mistérios ainda meninos. Fazer amor para um homem com o perfil de Ares é um prazer físico, que envolve todos os sentidos. Incansáveis no sexo, adoram fazer a vontade das mulheres e só cultivam a amizade com homens, companheiros de boêmia. Quase nunca são fiéis mas se forem traídos, podem cometer um crime.
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Hermes - Mercúrio - Filho de Zeus e Maia, o deus da comunicação usava sandálias de ouro com asas, que lhe permitiam andar e voar, para entrar em todos os reinos. Precoce, inventivo e bem humorado, e sobretudo, um grande sedutor. Ninguem resistia ao seu charme e lábia. Eterno adolescente, permaneceu solteiro mas teve vários filhos, entre eles, Hermafrodito, com a deusa Vênus (Afrodite).
Homens - Irresistíveis e isentos de preconceitos, inspiram confiança graças a seu jeito moleque e amigável. Suas relações (de amor e de amizade) são superficiais - não conseguem se ligar a ninguém profundamente. Sabem como agradar uma mulher, cumprindo todos os rituais que tornam o encontro inesquecível. Assim como não se comprometem, nunca terminam um realacionamento. As mulheres é que se cansam da sua indefinição.
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Hefesto - Volcano - Filho desprezado de Zeus e Hera . Apreciador da arte e da beleza foi casado com a mais exuberante de todas as deusas, Afrodite, que o traiu com o irmão, Ares. Também se interessou pela deusa Atena, que o rejeitou.
Homens - reclusos e devotados ao trabalho, mas não necessariamente as artes, muitos sao cirurgiões, arquitetos, operarios especializados, etc . Tímidos, só abordam uma mulher se seguros de sua aceitação. Quando amam são fieis embora não dediquem muito tempo a relação. Sexualmente ardentes valem-se da sua criatividade para inventar jogos amorosos. Apesar disso, passam longos períodos sem sexo.
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Baco - Dionisio - Filho protegido de Zeus e Semele, foi criado como menina para fugir da ciumenta Hera. Assim, conheceu o mundo feminio profundamente. Enquanto Apolo obedecia regras, Dionisio as transgredia. Introduziu as bacanais em tebas, inventou o vinho, disseminou gosto pelo prazer e pela alegria. Levou sal mãe, Ariadne a mulher que amou, em uma constelação.
Homens - libertários e exagerados, eles levam as experiências afetivas e eróticas as últimas conseqüências. De sexualidade natural e intensa, eles adoram a alma e o corpo femininos e adoram levar sua parceiras ao êxtase. Podem permanecer fiéis a uma musa ou apaixonados. Para eles, o sexo pode ser uma forma de transcender o conhecido.
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