Obrigada pela visita!

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sábado, 28 de maio de 2011

Sonho de discórdia...


Faltava algumas horas para o meu casamento e, embora não fosse me vestir de noiva, estava sem uma roupa adequada para o mesmo. Minha mãe estava me ajudando a encontrar alguma no meu vasto armário de roupas. Experimentei um macacão branco, mas era velho e estava pequeno. Nisso tia “Pituca” chegou e minha mãe foi recebê-la. Irritada por não encontrar um traje adequado fui até a sala e querendo uma solução perguntei para mamãe (como se ela tivesse obrigação de resolver o problema) o que eu ia fazer. Com arrogância “Pituca” foi logo dizendo que tinha roupas finas e que até poderia me emprestar, mas que não ia fazê-lo uma vez que não lhe havia pedido. Respondi que não estava interessada nas roupas dela e que não gostava de pegar roupas emprestadas. Minha irritação era pelo fato de “Pituca” estar ali nos atrapalhando justo naquele momento em que precisava da ajuda de mamãe para arrumarmos um traje. Ela começou a brigar comigo falando ao mesmo tempo em que eu falava. Houve um momento em que ela apenas repetia o que eu falava de modo instantâneo. Então eu continuei minha fala interrupta: “Não adianta falar me remedando que nem um espelho porque sou eu quem está falando com você e não você comigo, pois eu nunca perco meu tempo conversando com ninguém e se estou fazendo isso com você agora é por achar que você tem capacidade para entender alguma coisa do que estou falando. Será que tem?” - desafiei e fui saindo quando ela um tanto esbabacada me chamou de volta. Nesse momento ela tomou a fisionomia da minha irmã. Percebendo isso continuei minha fala: “Assim como todo mundo da família você é farinha do mesmo saco para ficar intrometendo na minha vida. Eu sou muito diferente de todo mundo e todo mundo é muito diferente de mim, portanto é muito improvável a gente dar certo”. Sem querer mais conversa ou aproximação, retirei-me da sala e logo em seguida acordei ainda irritada.



As cartas do tarô valete de espadas, dois de ouros e dois de espadas me disseram que estou num momento de aprendizado que inclui intrigas. Estou tomando atitudes por impulso sem ter um objetivo, uma meta ou um foco certo. A força da expressão e da atitude se faz maior do que o resultado em si. Além disso o sonho claramente mostra que há discórdias mantidas presas e encobertas pelo meu jeito introvertido e tímido, sendo que as mesmas são reveladas e expressas nos sonhos como uma forma de equilibrar as pulsões internas. Impor respeito e limitar a opressão dos outros sobre mim sem via de dúvidas é bem mais fácil de ser executado nos sonhos do que na vida real. Interessante como nos sonhos eu não acato desaforo. Eu bem que deveria e adoraria saber me defender assim nas imprecisões do dia a dia. Muitas vezes é preciso entrar em briga para não se subjugar a arrogância alheia. Espero um dia adquirir na vida real a potência de interação e resposta que mostro ter dentro do mundo onírico.

sábado, 14 de maio de 2011

Assim caminha a vida...


Dei muita risada tanto ontem quanto hoje. É que eu e mamãe fomos dormir na vovó novamente, mas dessa vez eu quis levar tudo o que precisava e tivemos de subir pela avenida afora carregando várias sacolas super volumosas. Parecíamos estar de mudança carregando meus três travesseiros, uma cobertas, um edredom, uma espuma de casal dobrada que colocamos sobre a dura cama de solteiro, sem falar nas bananas que levamos para merendar, o crochê da mamãe e minha prancheta de desenhos. Era tanta coisa sobre nós que nem dava para ver que eramos duas mulheres a caminhar ao anoitecer e amanhecer do dia. Adoro essas aventuras malucas, desajeitadas e impróprias. Foi difícil carregar tanta coisa para passar apenas uma noite, mas só de lembrar do sufoco dou muita risada. Além desse fato, encontrei uma nova diversão: abraçar travesseiro. Mateus me disse que quando sentir saudade dele posso abraçar o travesseiro e pensar nele. Mesmo que ele não se faça presente, sentirá meu abraço e me enviará energias de animo. Fiz isso três vezes pela manhã e também ri muito, pois a princípio me sentia uma donzela carente totalmente sem juízo. Era como se eu houvesse voltado a ser criança. Lembrei de quando, ainda muito pequena, vivia carregando um saco de arroz de cinco quilos fazendo de conta que era meu bebê. As bonecas não me serviam, pois eu achava-as leve em comparação a um bebê de verdade. Por vezes é muito bom fazer algo fora do normal, algo um tanto descomunal. Abraçar um travesseiro (adoraria se houvesse uma árvore para tal) fez-me lembrar das minhas travessuras infantis e garanto que farei isso muitas outras vezes. Espero que isso alivie a falta e saudade que sinto de Mateus.

domingo, 8 de maio de 2011

A desventura de não dormir!


Que noite trágica! Dormir na casa da vovó é algo terrível! Vamos aos motivos: primeiro que estava eu e mamãe dormindo numa cama de solteiro. Nem preciso dizer que estava bem apertado. Segundo: o colchão é muito duro, tanto que nem o chão deve ser mais duro do que aquela pedra de colchão. Terceiro: eu estava sem meus três travesseiros (um do pescoço, outro do braço e outro da perna). Sou mais do que viciada neles e nem se fosse casada os deixaria. É literalmente impossível conciliar o sono sem os mesmos e, quando chego a conseguir dormir, acordo com dor nos braços, pescoço, e daí por diante. Quarto: tia “Pituca” pintou o quarto que estava mofado, mas não tampou as rachaduras, de modo que não adiantou de nada a pintura e, agora, além do cheiro insuportável de mofo abafado, ainda tem o cheiro de tinta úmida. Quinto: por causa do odor, deixamos a porta do quarto aberta e estava um vento frio de estremecer o corpo todo. Mamãe que não levara travesseiro usou a coberta dela para colocar embaixo da cabeça e passei um frio lascado. Sexto: os roncos da vovó lá do outro quarto estavam me incomodando: ela dormindo no bem bom e eu com dor de cabeça de tanto sono sem conseguir dormir. O pouco que dormi me fez mal, pois acordei com uma super dor na nuca, nas costas e no quadril, isso sem falar na cabeça que não parou de doer. Mamãe que também quase não dormir, levantou entrevada que levou uns vinte minutos para conseguir endireitar o corpo. Sétimo motivo: havíamos ido para lá sem janta e fiquei das cinco da tarde até o dia raiar sem nada para comer, apenas resmoendo na cama dura. Por vezes eu levantava para ir ao banheiro e tomar água, ao menos assim aliviava o corpo daquela cama horrível e enganava o estômago. E agora vou me despedindo, pois quero dormir na minha cama, ou melhor, barraca, até recuperar a vitalidade. Tudo dói e meus olhos estão ardendo de sono. Prezo tanto por uma noite bem dormida... juro que não vou mais dormir na vovó! Sinto muito, mas desse jeito não dá!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A sardinha e a costela...


Alguém sempre me olha com ar de espanto quando converso com mamãe em meio público. Acho que sou uma piada ambulante junto de minha mamãezinha. No supermercado eu disse para ela que a sardinha em lata daquele preço tão caro era para durar no mínimo uma semana. Embora brincando, meu tom de imponência e seriedade fez uma senhora olhar com ar de dúvida e incredulidade. Mamãe achou graça e riu. A senhora, ao contrário, sem graça, comentou que não gosta de peixe de jeito nenhum. Na volta, mamãe reclamou que estava com dor nas costas. Num tom um tanto alto, quase como se estivesse brava, disse-lhe repentinamente: Já falei para você não mexer a costela. Um rapaz que passava chegou a olhar para trás tentando entender se estava tudo bem. Mamãe e eu caímos na gargalhada. Rimos tanto que foi preciso parar no meio da calçada, pois as pernas de mamãe ficaram bambas. Quem passava não entendia que baderna era aquela e quanto mais os outros olhavam cheios de curiosidade, mais o nosso riso ficava incontrolado. Quando já estávamos parando de rir e voltando a compostura, mamãe comentou que quase disse para o povo rir também. Imaginando a cena caímos noutro acesso de riso. Parecíamos duas doidas rindo sem parar, mas a verdade é que rir sem controle por uma fala tão espantosamente banal é maravilhoso! O inesperado sempre tem dessas coisas!

domingo, 1 de maio de 2011

Sonhar com remédio...


Eu estava assistindo um programa nada agradável na televisão. Era uma perseguição policial sobre uma estrada muito embarrelada. Nisso eu desliguei a televisão e peguei um comprimido da minha mãe, o qual coloquei na boca e comecei a chupar. Não sei ao certo o que eu achava que era aquele remédio, mas sei que me espantei quando constatei ser Sinvastatina. No verso da cartela dizia ser anestesio causador de alívio e bem-estar. Depois disso acordei com alguém me chamando. Como já estou acostumada com isso, não dei importância e já estava começando a dormir novamente quando uma voz feminina (como sempre) voltou a me chamar. Era uma voz longe. Acabei levantando para tomar água, ir ao banheiro e depois disso já não consegui dormir novamente. O sono se foi e ainda eram quatro horas da madrugada. Como o tempo estava meio frio, fiquei na cama até as seis horas e já cansada de revirar de um lado para outro, levantei, comi algo e vim ao computador escrever o sonho. Minha avó ( e não minha mãe) toma esse remédio e ele é indicado para abaixar o colesterol LDL e aumentar o HDL. Que eu saiba, ao menos até a época dos últimos exames, eu não tenho problemas com colesterol. No sonho eu fiquei com vontade de voltar o comprimido que chupava para a cartela com receio dele abaixar a minha pressão arterial, a qual já é consideravelmente baixa. Estranho é que tenho praticamente aversão a remédios e no sonho eu coloquei um na boca como se fosse uma balinha ou melhor, uma pílula de farinha, já que o mesmo não tinha gosto. Quando tirei ele da boca na intenção de voltá-lo para a cartela, notei que o interior dele era preto. Intrigante esse sonho! Sem perceber, ao menos a princípio, eu estava ingerindo um remédio que, dentro do sonho, dizia ser para anestesia e bem-estar. Quando vim a saber o que era, recusei. Que mensagem meu inconsciente está querendo me passar com tanta ênfase a ponto de chamar meu nome por duas vezes na intenção de me fazer ficar acordada e dar mais atenção e valor a esse sonho?
Buscando resposta no tarô, ele me disse que tenho em mãos a escolha ou opção de fugir da dor e buscar estar bem (namorado). O remédio é de auto-cura, mesmo que eu fique na incerteza de chupá-lo até o fim ou não. Ao tirá-lo da boca o sonho me diz que minha tendência está sendo ou será rejeitar algo que pode ser benéfico, mesmo que esse benefício possa ter efeitos colaterais, mesmo que não tenha sido receitado diretamente para mim (caixão). Por receio eu o tiro da boca antes de notar seus efeitos. Minha decisão é visando a praticidade (cavaleiro de ouros) e isso gera atitudes impulsivas seguidas de atitudes planejadas tendo por base a incerteza e o medo. Talvez eu deva ter cuidado com isso. Analisando por outro lado, o sonho me mostra que estou ingerindo alívio e bem-estar mesmo sem um conhecimento antecipado. Isso obviamente é algo bom que remete a cura, fortalecimento e desenvolvimento interior (sol). Algo dentro de mim está em constante momento de transformação e renovação (foice). Espiritualmente eu estou ou estarei me medicando e será bom guardar esse sonho em mente para analisar os acontecimentos decorrentes do mesmo nos próximos três meses da minha vida. O remédio é mais espiritual do que físico (torre cigana). A decisão do que fazer com ele será inteiramente minha e, ao menos por enquanto, é um mistério o que decorrerá dessa decisão. Diante de quais benefícios ou efeitos colaterais estarei sujeita? Difícil saber, mas espero que o tempo me diga.