Obrigada pela visita!

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

O tapete da mamãe!

Sonho (respondido) com briga de mulheres...


“Alra” acordou assoberbada e enquanto sua mãe foi para a chácara, ela tratou de ir logo lavar a área dos fundos, aguar as plantas e fazer sua ginástica. Nesse meio de atividades ela relatou-me a seguinte lembrança onírica: “Essa noite sonhei muito que atendia ligações, que conversava a respeito de médicos, de exames, etc. É como se eu saísse do meu trabalho, mas continuasse a trabalhar nele mentalmente ou psiquicamente durante a noite. Acho que minha mente anda sobrecarregada, pois ultimamente toda noite tem sido assim. Diferente disso lembro que estava num local aguardando alguma coisa e haviam várias pessoas que não sei ao certo se eram conhecidas ou desconhecidas. Sei que haviam duas amigas minhas que por duas vezes começaram a se agredir. Houve um momento que uma delas puxou a outra pelo braço e depois de levá-la para um canto deu-lhe dois tapas tão fortes no rosto que fiquei chocada com aquilo. Era muita agressividade e humilhação, independente de quais fossem os motivos daquela briga. A que apanhava não se colocava como vítima e nem revidava, era como se ela entendesse a revolta e raiva da outra, mesmo que não fosse justo aquela reação tão pesada. Embora sem defender-se, ela parecia muito segura de si encarando a outra de frente, enquanto eu, na posição de espectadora, parecia sentir medo por ela, pois a outra poderia machucá-la muito daquele jeito ou até mesmo matá-la de repente. A postura da que apanhava parecia dizer por si mesma: 'a verdade é essa e estou aqui para encarar os fatos, mesmo que seja sendo agredida fisicamente'. Era como se ela assumisse não a culpa dos fatos, mas a culpa da irritabilidade provocada na outra. Fiquei observando a cena, achando aquilo uma insanidade e, ao mesmo tempo, curiosa, pensando no motivo que ocasionara tamanha agressividade. Era como se eu não pudesse acreditar que aquilo estivesse mesmo acontecendo.
Pouco depois fui chamada para comparecer numa sala e assim fiz junto de uma outra jovem (não lembro se entrou mais alguém). Haviam duas cadeiras: eu sentei numa delas e a jovem ao meu lado apoiou o joelho na outra cadeira ficando em pé. Em seguida entrou um homem e indiretamente demonstrou que queria sentar. Falei para ele usar a cadeira ao lado já que a jovem não estava sentada na mesma. Sendo mais direto ele disse que queria sentar no meu lugar. Então eu me levantei o ofereci o lugar para ele. Interessante que eu me senti um tanto honrada por isso. É como se ele não fosse um homem qualquer, ou como se a escolha dele valesse mais do que o mero interesse de sentar-se. Embora ele parecesse superior a mim de alguma forma, a cena do sonho o colocou num nível figurativamente abaixo e por vontade dele próprio. Ele não quis ficar lado a lado comigo em igualdade, mas quis tomar a minha frente, embora abaixo de mim. Ao menos essa foi a sensação que captei. Não sei qual assunto seria tratado ali, mas meu posicionamento de participação ficou diferente e não sei se isso significa algo bom ou mal. Se ele for uma representação interna talvez seja bom, mas se for externa, provavelmente seja ruim. Estou certa?”
Respondi-lhe que o fato de ficar com a mente sobrecarregada é um sinal significativo de que os centros compulsivos, pela ultrapassagem dos limites funcionais, estão sendo acionados em decorrência de suas exigências e pela forma como funciona-os mentalmente. A atividade na vigília é repetida de forma onírica pelo excesso de estímulos repetitivos (no caso algo ligado ao trabalho) ou pela forma como a pessoa responde à realidade. Muitos são aqueles que mesmo em atividades práticas e corriqueiras, desenvolvem a repetição das tarefas ao nível do pensamento, ou seja, a pessoa revisa mentalmente a ação tanto antes quanto depois de realizá-la. Desta forma promove-se registros seguidos e repetitivos, a memória recente fica congestionada e, no repouso, a psique realiza uma ação de refiltragem e de ordenação para descartar o lixo mental, os resíduos das imagens mentais, podendo então registrar apenas o que é necessário. Este fenômeno é uma prova de que os sonhos de atualização são sonhos de regularização e registro na ordenação tempo/espaço da memória, para que quando estes centros sejam evocados, o cérebro possa responder de forma rápida à necessidade do individuo. Por isso, o sonho sinaliza a importância de desenvolver novas formas de responder às exigências da realidade, ou seja, renovar as maneiras mentais de funcionar ou de lidar com o processamento cerebral. Neste caso, frente às exigências das atividades de “Alra”, o cérebro reprograma seus limites para atender suas necessidades. Naturalmente ela leva o organismo para zonas de perigo, pois funciona nos limites de suas possibilidades mentais, algo que leva à descompensações, irritabilidade, angústia, depressão, insonia e, em vigília, à hiperatividade mental, às atividades compulsivas. Este é um aviso de alerta para evitar o esgotamento mental. É preciso descansar a mente, relaxar a cabeça, desconectar-se do ambiente de trabalho, do enfadonho e caótico emaranhado de repetições mentais já vivenciado na prática.
O sonho seguinte sinaliza conflito entre dois conteúdos distintos ou princípios divisos em unificação, ou seja, um conteúdo bipolarizado. O que não se unifica tem a tendência de manter uma tensão de quebra ou fragmentação. Esses conteúdos são: A verdade (a pulsão transformada) e a força (a pulsão primária, instintiva). A verdade como formação de princípio nasce na configuração genética. Enquanto arquétipo é conteúdo que, a partir do inconsciente, serve de referência para vários outros princípios, entre eles aquele que define a relação com a realidade. Quando o individuo não fortalece o princípio da verdade, desenvolve respostas de evitação e abre espaço para que a força, a configuração energética que sustenta o arquétipo, promova a deformação de sua configuração. Em geral isso acontece por medo, necessidade de sobreviver a ambiente hostil, ou para compensar desequilíbrios internos decorrentes da existência de figuras ou imagens ameaçadoras. Isso se revela na geração de respostas instintivas e agressivas, geradas por conta da desestabilização do sistema. É importante que se entenda que “a verdade” é mais do que questão ética, moral ou religiosa. Ela é o arquétipo que referencia a relação saudável do sujeito frente à duas realidades: a realidade externa e a realidade interna.
A realidade externa, o mundo, exigi-nos uma configuração de compreensão e compressão que permite seu enquadramento dentro de parâmetros aceitáveis pela fragilidade psíquica. Daí a necessidade dos nossos filtros sensoriais terem a função limitadora. A realidade interna é representada pelo inconsciente que é um conteúdo complexo, infinito e desconhecido. Se o externo se caracteriza pela expansão infinita para o macro, o interno se faz pela expansão infinita para o microcosmo. Se não há distinção ou limites para o perceptível, a realidade externa se confunde com a interna produzindo um perfil esquizofrênico, psicótico, enfim, produz infinitos fragmentos que não se associam e não permitem o surgimento de um núcleo composto que faça a conexão entre esses dois universos, distinguindo a realidade externa e a interna. Quando deixamos de nos referendar no princípio da verdade, temos várias consequências imediatas, mesmo que não perceptíveis. Isso causa a perda da ordenação e a reconstrução de realidades psicóticas, dissociadas, fragmentadas, dissolúveis, desconstruídas e imaginárias. Inicialmente isso surge como neurose que avança para estados mais complexos de distúrbios e dissociação. Nossa natureza permitiu a existência de dois hemisférios cerebrais, mas somos nós quem os unifica. Esses conceitos não são Junguianos, eles são Pós-Junguianos.
No sonho surge o confronto entre um conteúdo diviso que busca equilíbrio e integração. Se o princípio que fortalece a conexão com a realidade fica frágil, a força prevalece ao simbólico. A verdade aparece frágil, em processo de desenvolvimento, constituindo formação de configuração mental (referências de princípios de conduta constituídos na sociabilização e transformação de conteúdos de inconsciente). A força aparece de forma reativa, como pulsão primitiva, agressiva e castradora. Assim surge o princípio destrutivo dos núcleos de desconstrução, polarização e divisão; resistência; ausência de codificação social; figura de autoridade imposta; e transgressão. No conflito entre opostos de mesma natureza de conteúdo, ou de natureza de conteúdos opostos, vemos a postura passiva e a atitude ativa, reativa. “Alra” surge como mediadora-observadora. Em princípio é omissa e observa as naturezas antagônicas. Ela percebe a irracionalidade, a insanidade, a força destrutiva dos conteúdos não desenvolvidos ou não amadurecidos. A verdade frágil sofre impacto, apanha, se permite firme no propósito, aparenta resistência, mas se deixa vulnerável frente à força da pulsão destrutiva que ameaça sua integridade. A pulsão sinaliza o fortalecimento reativo a partir da irritabilidade.
Esta irritabilidade, seja decorrente da liberação, formação de conteúdos autônomos ou como sintoma da descompensação energética do corpo, tende a desestabilizar as funções psíquicas em decorrência de polarizações que são geradas (polarizações de sub-campos eletromagnéticos que passam a interferir na configuração cerebral). Com a descompensação energética o cérebro tenta equilibrar suas funções liberando energias ou abrindo filtros de resistências e bloqueios mentais que estavam sob controle. As condições cerebrais propícias permitem que estes núcleos autônomos passem a circular e a ter poder de se manifestar. A consequência pode ser uma energia que o sujeito ainda não tem o poder de controlar e que se manifesta promovendo ações musculares, reação de alarme que alteram as funções orgânicas através da liberação de adrenalina, impostação de voz decorrente das alterações circulatórias e respiratórias e, em caso extremo, reações comportamentais agressivas projetadas no exterior como ação destrutivo-defensiva.
A força não tem razão: é uma energia que, quando liberada no corpo, precisa de um estímulo que a acione. O acontecimento aciona a resposta do individuo que, por sua vez, promove a mobilização do comportamento. No sonho o conflito provavelmente se dá entre o novo conteúdo (referência de princípios) que reordena as configurações conceituais, os limites, as atitudes, e os velhos conteúdos (atitudes defensivas, impulsivas e reativas) que anseiam por transformação, mas que precisam ser reeducados, reformados e transformados. São os dois lados de uma mesma moeda. Internamente não adianta se permitir ser conduzida. É mais sensato interferir nas próprias pulsões, fazer escolhas sensatas e comandar a vida aceitando riscos, pagando o preço e as consequências pelos próprios atos. É necessário não apenas que “Alra” se referende em princípios, sejam eles de ordem moral, ética, religiosa, científica, filosófica ou ideológica, mas também que seja firme no seu propósito de mutação. Esse foi o significado de mais um sonho.


COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Essencia...


“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Essa noite não foi fácil, minha mente hiperativa fez-me ter um sono tumultuado com sonhos que mais pareciam pensamentos irrequietos e dos quais nem adianta eu tentar lembrar. As novidades são poucas. Minha mãe, desde o início da semana, já foi olhar a sorte com duas pessoas diferentes e, adivinhem, uma contradisse a outra. Não sei o que minha mãe tanto procura saber, o que tanto ela quer tomar conhecimento sobre o futuro. Eu sinceramente não acredito nesse povo que cobra (e não é nada barato) para dizer uma porção de absurdos. Eu mesma consulto o tarô e só acredito depois que acontece o fato consumado, mas nem assim eu me vejo como uma sábia ou profeta. Quando há acerto eu apenas confio na mera coincidência ou indução energética dos fatos. E o pior é que minha mãe retorna nos mesmos sem ter acontecido nada do que lhe foi dito outrora. Eu sou mística, mas tenho meu lado descrente e cético. Não há de ver que o 'guru' falou para ela que eu tenho o corpo entregue ou vendido (endividado espiritualmente), que não vou constituir família pois minha tarefa aqui será voltada para a mediunidade e tal? Primeiro alguém lhe confirmou o anúncio da “Neci” de que eu ia constituir família pois teria que trazer um filho ao mundo que supostamente seria karma meu e, agora, exatamente o oposto. Revelando um segredo, tomara que eu fique sozinha mesmo, pois acho vantagem! Isso diminui minhas preocupações e responsabilidades de um lado para direcionar num outro sentido, o do religioso, do qual dou preferência. Também lhe foi dito que meu local de trabalho é um 'ninho de cobra' por causa de fofoca e intriga. Foi por conta disso que tratei de tomar um banho reforçado de casca de alho com arruma e sal grosso. O resto eu nem vou comentar, pois é demais e muito negativo para eu dar crédito. Sobre meu trabalho tudo caminha normalmente e inclusive recebi meu crachá hoje.
Falando de outra coisa, terminei a leitura do livro Essênciai. O livro relata que presença e essência são a mesma coisa. Essência é a experiência direta da existência. Naturalmente, ela pode ser experimentada como outras coisas, tais como o amor, a verdade ou a paz, mas o sentido da existência é a característica básica da essência. É o aspecto mais claro, definido e distinto de outras categorias de experiência. A percepção e a experiência mais diretas pertencem à identidade, quando somos aquilo que experimentamos, quando a percepção é tão direta que o que percebemos e o que é percebido são a mesma coisa. Esta é exatamente a experiencia da essência. A essência não é um pensamento ou uma ideia que a pessoa tenha sobre si mesma. Não é uma auto-imagem. Na verdade, a auto-imagem, coleção de conceitos que se tem sobre si mesmo é uma das principais barreiras para o reconhecimento e desenvolvimento da essência. Uma pessoa pode desenvolver uma capacidade de ver diretamente a essência como ela é. Não há imaginação envolvida. O que existe é a participação de um olho interior. Os antigos sábios da Índia eram chamados de videntes porque possuíam esta faculdade essencial de ver. A sensação de não saber de onde um pressentimento ou uma intuição vieram indica que partiram do inconsciente, uma parte da mente com a qual não mantemos um contato comum. O inconsciente sabe tudo sobre os outros, em quaisquer relacionamentos, incluindo os seus inconscientes. Isso significa que o inconsciente possui algum tipo de capacidade para perceber qualquer coisa nas outras pessoas. Estamos, então, falando da empatia, da telepatia, além de outros tipos de ligações entre as pessoas.
Também é dito que o servir não é uma ação moralmente boa. Não tem nada a ver com a moralidade. É um trabalho ou uma ação útil e necessária para a realização e desenvolvimento da essência, sem considerar as fronteiras do self do outro. A essência é uma satisfação pura, um prazer que existe apenas nela mesma e não uma reação, uma resposta ou resultado de alguma coisa. A essência é a verdadeira pessoa, o self real e verdadeiro. A personalidade é chamada de falsa, porque tenta tomar o lugar da essência. A morte da crença da personalidade em si mesma como a definição do ser é a condição precisa e necessária para a realização da essência, para que a essência se torne o centro da nossa existência. Portanto, a essência vive em guerra com personalidade. Esta fará todo o possível para preservar a sua identidade e manter o seu domínio. Quando nos identificamos com uma auto-imagem adquirida no passado, não estamos sendo verdadeiros com a nossa natureza. Isto significa que, para a realização da essência, o primeiro passo é a não-identificação, em nos vermos não como uma auto-imagem que tenhamos (auto-representação), que não somos o conteúdo que descobrimos, seja ele físico, emocional ou mental. Esta perda de identificação afrouxará a estrutura rígida da personalidade. Haverá mais espaço criado dentro de nós. O resultado final do processo da desidentificação é a experiência da dissolução da estrutura psíquica, ou auto-imagem. É a experiência do espaço, do que algumas vezes é chamado de vazio: quando a auto-imagem é dissolvida, a pessoa experimenta uma ausência de fronteiras, tanto física quanto mental. A natureza da mente é revelada como um vazio, um vácuo, um espaço imaculadamente vazio. O resultado é um sentido interior de expansão e amplidão. Num nível mais profundo, a auto-imagem desaparece, se dissolve. Existe somente a experiência de um espaço vazio e aberto, sem fronteiras, claro e nítido. Esta experiência é da maior importância, pois nos mostra que não somos a personalidade. Cria um espaço para a expansão e para o desenvolvimento essencial.
A essência não está viva, ela é a vida; não está consciente, é a consciência; não tem a qualidade da existência, é a existência; ela não ama, ela é o amor; não está alegre, é a alegria; não é verdadeira, é a verdade. O trabalho do desenvolvimento interior não visa somente ter uma experiência da essência, mas a sua realização completa e à nossa existência permanente como essência. Ser livre é simplesmente ser. E ser é simplesmente viver como essência. Na verdade, enquanto não formos conscientemente essência, não estaremos existindo. A vida da personalidade é uma não-existência, uma vida perdida e inútil. Há vida somente quando há existência, e a existência é a essência.

O que uma pessoa realmente deseja e sente falta é a parte da sua essência, o amor fundido e não o parceiro ou a relação com ele ou ela. O indivíduo acredita que é a sua outra metade o que está faltando, ou um relacionamento íntimo, porque era o que em criança podia sentir antes de haver a perda original com a mãe. Tanto o adulto quanto a criança não sabem, conscientemente, que aquilo que faz falta para elas é uma parte de si mesmos. Por isso, a busca da plenitude está voltada para fora, embora a única coisa que realmente adiantará para ela será a recuperação do aspecto perdido da essência, a fusão do amor.
Realmente acreditamos equivocadamente que a nossa personalidade é nós mesmos. A perda da essência, a repressão dos órgãos e capacidades interiores, o fechamento e a distorção dos centros energéticos e sutis e a insensibilidade geral resultante conduzem a uma perda geral e devastadora da perspectiva. O indivíduo não sabe mais qual o significado da vida, do ser, da existência. Não sabe mais por que vive, o que deve fazer, para onde está indo, e quem ele é. Está, na verdade, completamente perdido. Consegue ver apenas a sua personalidade, no ambiente que a criou, e viver segundo os padrões desta sociedade em particular, tentando o tempo todo manter e reforçar a sua identidade do ego. Acredita que não está perdido, porque tenta continuamente viver segundo determinados padrões de sucesso ou de desempenho e almejando os sonhos da sua personalidade, embora durante o tempo todo ele não enxergue a finalidade de tudo isto. Não é mais a vida do ser, mas somente a vida da personalidade, que na sua natureza é falsa e cheia de sofrimentos. Existe contradição, tensão e restrição. Não há liberdade para ser e desfrutar. A verdadeira orientação em direção à vida da essência, a orientação que trará a vida do ser humano harmonioso, está ausente ou deturpada. A perda da perspectiva e da orientação conduz à perda da realidade. O indivíduo vê somente as ilusões e as segue, pois acredita que elas sejam a realidade.
O poder, a elasticidade e a força da essência são enormes. É a própria força da vida, o esteio principal da vitalidade e do vigor. Mas, em quase todas as comunidades humanas, ela é desesperadamente controlada e conduzida até ser subjugada. A maioria das forças e das influências do seu ambiente é hostil a ela e, se não o for, no mínimo não a compreenderá. Quase todas as forças, a social, a educacional, a religiosa e até a familiar, são contrárias ou hostis à essência da criança, intencionalmente ou não. A essência da criança é sempre mal compreendida, ignorada ou rejeitada e, com frequência, é insultada, esmagada e ultrajada. Isso não é referência somente a experiências traumáticas isoladas, mas a quase todas as interações com as pessoas do dia a dia. Quando detectamos nossos modos de agir como expressões de deficiência e não como de plenitude, temos a oportunidade de nos libertar destes atos inúteis e defensivos. Experimentaremos assim a própria deficiência, o vazio, o buraco. Este vazio será experimentado como uma cavidade, uma ausência de plenitude, se a pessoa conseguir não se defender contra ele. Neste ponto a pessoa deve continuar a experimentar-se como um espaço vazio, privado de qualquer plenitude ou qualidade.
Se lidarmos com as associações que fazemos em relação a esse vazio (tal como a dependência e a necessidade) e os medos produzidos por eles (provavelmente da desintegração, do desaparecimento e outros), nos lembraremos da antiga dor que eliminou nossa essência. Assim desenterraremos uma situação ou situações dolorosas que finalmente nos conduziu para a perda deste aspecto específico da essência. Além das memórias e dos sentimentos, experimentar-se-á a dor emocional como uma ferida que será sentida fisicamente no sistema energético que corresponde à ferida emocional e à perda da essência. Quando a pessoa se permite pacientemente experimentar a ferida dolorosa e as memórias a elas ligadas, fluirá dela o elixir dourado, curando-a, preenchendo o vazio com a doce e bela plenitude que derreterá o coração, apagará a mente e trará o contentamento que o indivíduo tanto busca. O medo da desintegração é um dos obstáculos que deve ser superado no processo da abertura dos centros para o fluxo da essência. Este medo é uma mistura, porque é inconsciente e, portanto, irracional. Isto pretende trazer para a consciência todos os conflitos, medos, distorções e deficiências na estrutura.
A ansiedade é em primeira instância o medo na infância dos agentes coercivos, representado, sobretudo, pelos pais. Sempre que eles desaprovam uma determinada ação ou sentimento da criança, o que acontece com frequência, ela aprende, pelo medo da desaprovação e da ausência do amor dos pais, a suprimir e, finalmente a reprimir esta ação ou sentimento. Com o tempo, esta desaprovação internaliza-se como parte do próprio superego da criança. Finalmente, sempre que uma situação provoque esta ação ou um estado emocional, o superego da criança desaprova e a pune através da culpa, da vergonha e de outros efeitos dolorosos. O medo torna-se o medo do próprio superego. A criança, através deste medo do superego e da punição, aprende a se defender da mesma forma que fez em relação aos pais. Ela reprime uma determinada ação ou sentimento. Afasta a conscientização dos seus próprios impulsos, sentimentos e ações. Para que isto se torne realmente eficaz, é preciso que toda operação passe a ser inconsciente e automática. A possibilidade da dissolução completa do superego não é prevista na psicoterapia, e nem admitida como um fim desejável. Devemos aprender a nos defender consciente e intencionalmente do superego e dos seus ataques. Para começar a trabalhar este superego, primeiro o homem precisa estar consciente dos ataques, do seu conteúdo e do conteúdo do julgamento. Ao aprender a se defender conscientemente contra o superego, o indivíduo na realidade está rejeitando, ou se separando da identificação com o genitor do mesmo sexo, que finalmente traz para a consciência a base da identificação.
A personalidade não é vista somente como uma barreira; ela tem as chaves. Isto traz ao ser uma atitude de aceitação, de compaixão, de um desejo verdadeiro de compreender a verdade da personalidade. Esta é a atitude realmente necessária para o trabalho de desenvolvimento interior. A experiência da inteireza e da satisfação é inefável e traz um efeito precioso e surpreendente sobre a mente. Toda a agitação subitamente cede. Toda a preocupação é abandonada. Essa é a experiência de ser nós mesmos e não uma resposta ou uma relação a alguma coisa. Não é ser alguma coisa para alguém. É, em certo sentido, a liberdade completa de ser o que se é em essência.
Da leitura é isso. De resto troquei minha frase do MSN e Orkut por: 'Que falta estou sentindo daquela soneca depois do almoço!' É isso. Muita luz a todos e até outra hora...”
i ALMAAS, A. H. Essência: um guia para a realização interior. Trad.: Ângela Machado. Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos, 1992.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sonho (respondido) com Toigá...


“Sonhei que o filho da inquilina (Toigá) ia dormir na minha casa. Nisso eu deixei o que estava fazendo e fui dar atenção para ele. No que cheguei perto ele pediu-me num tom de imploração para que eu não pegasse os brinquedos dele. Disse-lhe que não ia mexer em nada e acaricie-lhe os braços. Ele agradeceu-me de uma maneira tão afetuosa que estranhei. Ele não aparentava ter apenas três anos, pois sua postura era muito madura, inteligente e educada. Eu sabia que com a mãe ele era super manhoso, mas comigo ele pareceu um verdadeiro, embora pequeno fisicamente, ser iluminado. Pensei comigo que tal idade só poderia ser a representação de Deus na Terra por causa da simplicidade, meiguice e espontaneidade tão pura e transbordante. Nisso ele foi dormir no sofá vendo televisão e deitei ao lado. Quando deixei de ver a televisão para conferir se ele dormira, era minha mãe quem estava deitada no lugar dele e estranhei como ela o carregara para a cama e ali se deitara sem eu nada perceber.
Em segundo eu dirigia um carro e até parecia saber dirigi-lo, mas estava com medo de atropelar alguém. Quando fui estacionar resgatei um bebê que uma menina acabara de colocar num terreno vago dentro de uma sacola de papel. Tanto ela quanto o bebê e a mãe eram de cor negra. O bebê era muito pequeno, mas ao pegá-lo pude ouvir seu coração batendo forte e não consegui não me importar com ele. A menina havia dito para a mãe que ninguém notaria que aquilo era um bebê, pois tinha muita semelhança com uma boneca. Entretanto, ela viu eu recolhendo o bebê e contou para a mãe. Essa deu-lhe uma bronca dizendo que era para colocar lá num momento em que não houvesse ninguém na rua. A mãe pareceu aflita pensando que eu fosse entregá-la para a polícia e eu realmente ia fazer isso, principalmente por não pretender ficar com aquele bebê para mim. Saí meia fugida com medo que a mãe viesse atrás de mim e, como se já não houvesse mais carro, tive que subir uma ladeira caminhando mesmo. Por fim escutei a mãe dizendo que ninguém ia dar atenção ao fato e que eu é que ficaria com o problema sem resolução.
Em terceiro eu estava chegando em casa quando notei o portão e a porta de entrada aberta. Pensei de entrar para conferir, mas notei que ainda havia alguém ali dentro e supus que fosse ladrão. Imediatamente tranquei a porta julgando trancar o ladrão lá dentro e fui até a casa dos fundos. O marido da inquilina dormia. Acordei-o alarmada com o ladrão, mas ele não deu a mínima e só fez virar para o outro lado. Conversei com a inquilina e o irmão dela, mas nenhum dos dois nem se quer pararam o que faziam para me ouvir. Vendo que não conseguia ajuda, comecei a gritar por socorro, a dizer que havia um ladrão na minha casa e decidida resolvi enfrentá-lo sozinha. Quando voltei ele estava tentando abrir a porta do lado de dentro. Corajosamente abri a porta e encontrei minha irmã e cunhado, os quais haviam chegado de viagem. Tudo fora apenas um mal-entendido da minha parte. Minha irmã havia destruído um enfeite de flores, batendo-o na porta, desesperada para que alguém abrisse-a antes que eu conseguisse chamar a polícia sem precisão. Em quarto sonhei que havia no quintal da minha casa um monte de gatinhos e cachorrinhos filhotes de várias espécies. Não entendia como aqueles filhotes, principalmente os cachorros de raça, haviam ido parar exatamente ali. Acariciei-os com prazer, mas sem vontade de ficar com nenhum deles para mim. Todos eram muito dóceis, brincalhões, fofos e bonitos.
Em quinto eu estava saindo de uma espécie de palestra e precisava de uma carona. Qualquer um ali poderia me oferecê-la, pois o destino seria um outro local específico para outra atividade do gênero. Entretanto, notei que algumas pessoas iam lanchar primeiro e, enquanto umas já estavam se retirando, outras ainda estavam conversando numa parte recanteada do estacionamento donde havia uma lanchonete. Foi então que um homem todo vestido de preto igual a um segurança particular colocou-se a minha esquerda e disse que o pessoal com quem eu fora de carona ainda ia demorar um pouco, querendo saber se eu ia esperar ou não para avisá-los posteriormente. Comentei que estava querendo arrumar outra carona, mas estava indecisa no meio de tantas pessoas. Foi então que ele mostrou-me um rapaz que estava sozinho num dos cantos a remexer no seu celular e, como se soubesse tudo a respeito de todos, passou-me várias informações a cerca do mesmo, como nome, idade, graduação, filiação, etc. Decidida fui ao encontro do rapaz desconhecido e me apresentei. Infelizmente não recordo o resto. Essas foram as únicas lembranças que conservei
Respondi por partes. O primeiro sonho demonstra o comportamento do menino, a atitude de subjugo frente à imagem de poder ou ao medo de perder o que possui. Isso indica que existe em “Alra” sentimento de apego e angústia pelo não vivido. Este o menino inferiorizado, possessivo e angustiado habita o interior de “Alra” e, mesmo enquanto inquilino, ele aparece dentro de sua casa. Ele pode ser meigo e espontâneo, mas é frágil, manhoso, defensivo e sofrido de modo que necessita do abrigo alheio para se proteger. Mas essa criança se transmutando em mãe pode ser a chave para entender de onde vem a baixa estima, o apego, a astúcia do dengo e principalmente do seu lado regredido: vem de sua mãe, ou nascida na relação com ela. Outro detalhe é a atenção voltada para um foco que tira a consciência do entorno a ponto de não perceber mudanças significativas. “Alra” precisa avaliar seu grau de dispersão, de fuga ou ausência. É relevante considerar que a criança possa ser uma imagem resultante da construção ou configuração psíquica de novas formas que nascem e se desenvolvem para o restabelecimento da relação de “Alra” com o mundo. Neste caso a criança é seu espelho como pessoa defensiva, cheia de medo, mas astuciosa.
Para finalizar a atualização psíquica é possível que a construção dessa realidade onírica tenha se formado para focar sua atenção na necessidade de estabelecer com o mundo novas formas de se relacionar, de buscar relações mais afetivas, criteriosas e também para despertar compaixão pelos que se angustiam frente à realidades desfavoráveis. Realcei-lhe que é sumamente importante ter paciência consigo mesma, com suas limitações e dificuldades. Quando aceitamos nossos limites podemos melhor compreender os limites alheios e aceitá-los. Naturalmente “Alra” repete comportamentos de sua infância, mas é preciso superá-los, romper com esses padrões de repetição para encontrar novas atitudes e respostas mais maduras. Interessante analisar a sentença: “Ele não aparentava ter apenas três anos, pois sua postura era muito madura, inteligente e educada.” Não adianta aparentar mais que a idade, ser mais maduro, inteligente e educado se mantivermos o comportamento de criança suplicante diante da vida. Há o momento de pedir e há o momento de conquistar. Quando pedimos, entregamos a satisfação ao poder de escolha do outro. Quando conquistamos, fazemos-o por mérito, postura e coragem. Superamos os desafios a partir do empenho, da dedicação, do esforço, de nossos próprios propósitos e da força aplicada ao trabalho. Essa é a conquista e a vitória que “Alra” precisa.

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No segundo sonho o carro é o veiculo que nos simboliza o corpo, o qual é um veículo mediador entre o espírito e a realidade. Simbolicamente, independente de “Alra” ter ou não um carro que favoreça seu deslocamento, a representação onírica demonstra a conquista da habilidade de dirigi-lo enquanto superação de um estágio de aprendizagem que dá-lhe o direito de condução do veículo. Isto representa um símbolo de mobilidade e autonomia pessoal. No sonho “Alra” aprende a dirigir a sua vida, ainda que tenha receio de passar por cima de interesses alheios com sua autonomia e decisões pessoais. “Alra” se identificou com o bebê abandonado no lote vago. Isso demonstra que ela sempre nutriu o conceito de abandono e carrega a cruz de sentir-se internamente carente. As crianças vêm aparecendo no sonho como indício de que “Alra” está se resgatando do abandono que se infligiu. Ainda permanece o conceito de culpabilidade materna, de julgamento, autoridade e busca de justiça. Além disso existe confusão conceitual, pois a vítima sai como que fugida e os papeis ficam invertidos: a vítima passa a ser perseguida e o culpado passa a ser autoridade. Um sinal bacana é a subida da ladeira com seu esforço pessoal, pois esse é o movimento pessoal de mudança, a energia que liberada serve para romper com os obstáculos. É o sinal de transformação pessoal que surge quando somos tomados de uma força que, nascendo na profundez de nós mesmos, aciona a resposta, impulsiona o sistema e promove a revolução pessoal. No final “Alra” ainda é provocada, ou se provoca, acreditando que seu movimento é inútil, que não faz diferença nenhuma aquilo que optou por fazer. É preciso não se deixar levar por esses boicotes internos, pois são conteúdos que diminuem seu poder e intenção de transformar sua realidade e vida.

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Sobre o terceiro sonho realcei que há uma mudança significativa na dinâmica do inconsciente de “Alra” frente aos acontecimentos. No passado vimos com recorrência o surgimento de ladrões, os quais representavam ameaças ao equilíbrio pessoal além do desconforto que promoviam. Agora é perceptível que a capacidade de defesa é mais adequada: “Alra” encontra o portão, a porta aberta, se defronta com a ameaça e busca o socorro, uma solução, denuncia o problema e decide encará-lo. No passado recente sua tendência era a defesa antecipada, algo que não a protegia e cuja ameaça a descompensava. O fantástico do sonho e que vem como surpresa é que não há ameaça! “Alra” foi confrontada assim como no passado, mas agora, mesmo que venha abrindo mão de defesas como máscaras, bloqueios, medos e dificuldades, sua resistência psíquica aparece mais fortalecida, pois “Alra” não sucumbe de pavor ao pânico. Sua reação é a busca de proteção e, uma vez não encontrando-a, faz o que deve fazer, encarar as dificuldades, superar os medos com atitude e postura. E um desempenho ótimo!
“Alra” é agraciada com a não ameaça e consequentemente com a realidade do mal entendido. Isso significa que ela mudou a atitude para enfrentar seus fantasmas e descobriu que eles se dissolveram, que eles eram criações mentais. Como que aconteceu? A modificação conceitual, a reflexão, as mudanças de atitudes, o entendimento, a compreensão, a consciência de suas dificuldades, etc. Suas respostas diante da vida modificam a vida diante de seus olhos. O inconsciente aceita a nova dinâmica, aponta o confronto e a nova resposta diante do mundo, do fato e da realidade. Isso indica o fechamento de um ciclo interno de crescimento. É um passo à frente, mas não basta, pois a profundidade do que precisa ser transformado pode ser mais amplo. Esse avanço pode ser apenas uma configuração básica que mudou e que exigirá mudança nas subsequentes. Neste momento de maturação perante as dificuldade emocional e instabilidade psíquica, “Alra” foi levada a procurar respostas para seus dilemas e encontrar novos instrumentais e conceitos. Basicamente pode-se dizer que ela está fechando uma configuração, estabelecida em sua adolescência, de defesa frente à seus medos e inseguranças. Felizmente as respostas que surgem são mais adequadas à vida adulta. Dois detalhes: 1. “Alra” chega a conclusões de forma muito rápida (esse foi o impacto ao ver o portão aberto e deduzir na possibilidade de ladrão ter invadido sua casa). Disse-lhe para ser mais cautelosa mediante diagnósticos da realidade. É preciso abandonar o achismo e fazer avaliações mais criteriosas do seu entorno; 2. A avaliação acelerada leva-a à defesa de se bloquear ou aos pensamentos imaginários e persecutórios.
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No quarto sonho “Alra” já conhece seu lado gata, felina e arisca. Chamou-me a atenção o quintal cheio de bichos, o cuidado e as carícias expressas, a diferenciação e o não envolvimento configurado pela ausência do desejo de posse. Há um pragmatismo materialista no foco de percepção pessoal que define a conduta e as escolhas. Naturalmente bicho não representa objeto que desperte ou que mobilize o encantamento de “Alra”, pois ela só se encanta com coisas extraordinárias. Este pode ser um referencial magistral, um diferencial e um desafio. Precisamos nos libertar, não do que não nos seduz, mas daquilo que nos atrai, nos encanta e nos coloca em um nível perigoso de suscetibilidade. Precisamos nos libertar daquilo que gostamos e que nos faz prisioneiros e não daquilo que não nos prende a atenção. Neste aspecto “Alra” tem um parâmetro perfeito. O inconsciente oferece uma bela referência para ela se ligar no que a faz presa fácil. Fica evidente que ela se mostra afetiva, mas não se mistura, mantêm-se distanciada, sem confusão emocional. Ela sabe o que quer e o que não quer. É sem dúvida uma atitude segura diante dos fatos e da vida em si.
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No quinto e ultimo sonho a dependência define os acontecimentos, os contatos e aproximações. Isso é semelhante a ter uma chave, abrir uma porta, mas não ter condição de passar pela mesma. Finalizando, disse que ela precisa repensar seus caminhos pessoais e fortalecer a sua libertação.
COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

O homem à procura de si mesmo...


“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Hoje levantei cedo como de rotina e iniciei o dia trocando a frase do MSN e Orkut por:'Que falta eu sinto de um bem; Que falta me faz um xodó; Mas como eu não tenho ninguém; Eu levo a vida assim tão só...' Em sequencia fui caminhando até a biblioteca trocar os livros. Depois de chegar de volta em casa e tomar um banho preparado com folhas de romã, enrolei meu cabelo fazendo cachinhos, algo que gasto de cinco a dez minutos para fazer. Daí, ao invés de ficar com o cabelo cacheado ao natural, fico com uns rolinhos estilo canudo bem definidos. Estou acostumada ao visual, pois faço esses cachinhos de vez em quando, mas como foi a primeira vez que fui com eles para o trabalho, o pessoal olhou-me com mais atenção e quatro pessoas me elogiaram (duas falaram que eu estava diferente e outras duas falaram que meu cabelo estava bonito). Além disso, quando vou com o cabelo solto dou uma leve pincelada de blush nas bochechas, passo lápis no olho, sombra suave e batom. Não estou fazendo da maquiagem uma constante, mas até que estou achando interessante dar uma realçada na minha beleza. O trabalho hoje estava no meio-termo: nem cansativo e nem moleza. No final a coordenadora do faturamento me disse que é para eu ir amanhã ao invés de domingo, pois haverá uma reunião dos funcionários novatos, como eu, com os demais coordenadores. Espero que isso não seja entediante ou complicado.
De resto, acabei a leitura de um livro chamado O homem à procura de si mesmoi. De modo geral o livro trata de temas que já conheço bem. O autor comenta que o maior problema do ser humano é o vácuo. Se não estivermos voltados para alguma coisa, acabamos por estagnar e as potencialidades transformam-se em morbidez e desespero. A sensação de vazio provém, em geral, da ideia de incapacidade para fazer algo de eficaz a respeito da própria vida e do mundo em que vivemos. A apatia e a falta de emoções são defesas contra a ansiedade. Quando alguém continuamente defronta-se com um perigo que é incapaz de vencer, sua linha final de defesa é evitar a sensação de perigo. O medo de estar só deriva, em grande parte, da ansiedade de perder a consciência de si mesmo. Essa consciência, em verdade, perdemos quando não entramos em contato com nosso Eu interior, quando nos deixamos ser dominados por nossas personas inconscientes. A maioria das ansiedades neuróticas provêm de conflitos psicológicos subconscientes. A pessoa se sente ameaçada como que por um fantasma; não sabe onde se encontra o perigo, como combatê-lo e dele fugir. Esses conflitos inconscientes em geral se iniciaram numa situação ameaçadora anterior donde a pessoa não teve forças para enfrentar um determinado problema ou perigo. Fico imaginando quantas dessas situações eu já não sofri. Esses foram os pontos principais que extraí do livro. Eis que isso é tudo por momento...”
i MAY, Rollo. O homem à procura de si mesmo. 6ª. Ed. Trad.: Aurea Brito Werssenberg. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1978.



Sonho (respondido) com ser admirada...


“Sonhei que estava com um casal de amigos numa sala-refeitório. O rapaz estava mais próximo, sentado no mesmo sofá que eu, enquanto a moça permanecia do outro lado numa cadeira. Eu comia um pedaço de rosca e enquanto isso dizia que queria o contato deles, explicando que muitas pessoas haviam passado pela minha vida e eu nem sabia o paradeiro. Comecei a dizer que não sabia se ainda estavam vivos quando a moça me interrompeu e disse: 'ou se já morreram'. Confirmei, pois de fato era isso. Comentei que das antigas amizades e conhecidos eu mantinha contato virtual apenas com uns três e que o resto ficara apenas na lembrança. Na sequencia do assunto o rapaz me disse que o Tulinho tinha muita admiração por mim. Perguntei: 'Qual Tulinho, o Túlio?' Ele não soube me dizer se estávamos falando da mesma pessoa, mas eu supus que seria e nem dei tempo dele explicar os motivos pelos quais o Túlio me admirava (embora tenha ficado curiosa para saber), pois fui logo afirmando que também gostava bastante do Túlio, explicando que ele era calmo, delicado e divertido. Eu não disse isso como consequência ou compensação por saber que ele me admirava, pois independente da maneira como ele me via, eu realmente sentia simpatia por ele. No momento meu sentimento foi de surpresa pela descoberta. De todo modo, saber que ele tinha admiração por mim fez o meu ego inflar e senti isso muito claramente no sonho. Não era uma pessoa qualquer que me admirava e sim alguém por quem eu também nutria afeto, mas cuja amizade mantinha certo distanciamento formal. Entendi do sonho que ainda estou presa na armadilha de querer ser apreciada pelas pessoas, pois isso de certa forma mexe com meu ego e auto-estima. É isso mesmo? Como fortalecer meu ser sem ter que basear-me na opinião alheia à meu respeito? Não que isso tenha sentido racional, pois tenho minha auto-opinião sobre quem eu sou, sobre meus pontos admiráveis e abomináveis, entretanto, sentimentalmente ainda me faz diferença saber ou sentir que sou admirada, apreciada e desejada. O que tal sonho poderia me dizer?”


A pertinência da leitura deixa claro a impermanência da vida e do universo. No sonho aparece o relato que deixa isso a mostra: “... explicando que muitas pessoas haviam passado pela minha vida e eu nem sabia o paradeiro. Comecei a dizer que não sabia se ainda estavam vivos quando a moça me interrompeu e disse: 'ou se já morreram'...” Uma dinâmica de inconsciente é isso, existe uma continuidade, um fluxo natural. Se “Alra” acompanha o rio que corre, pode ver tudo que ele trás da nascente e o que ele leva para o oceano primordial. A dinâmica do inconsciente, como a vida, é cíclica. Na lei da vida e do crescimento espiritual, até que tenhamos oportunidade de nos libertar, os fatos se repetirão. É assim que passamos de graduação interior para vivermos novas experiências, novos desafios que se não forem fechados serão repetidos pela eternidade por nossos descendentes até que se realize, se completem e possam ser pulverizados. O inferno que vivemos é o inferno que criamos. A dinâmica foi vista e antecipada. A vida é impermanente. Tudo é passageiro, temporário e imprevisível. E essa é a armadilha do afeto, do apego, da dependência. Quando dependentes queremos aprisionar o tempo, para prender as pessoas, para segurar a “felicidade”, e o que conseguimos é o sofrimento, o aprisionamento no passado.
Essa me pareceu outra característica do que “Alra” chamou de “meu ego inflado”. Existe inflação, mas pareceu-me que ela é decorrente do apego e da obsessão de se vincular a alguém. Ser só pode ser muito mais interessante do que estar mal acompanhada. É preciso cuidado para não aceitar propaganda enganosa. A união mais fabulosa e interessante que podemos realizar, não é a união de nós mesmos com um parceiro, a do acasalamento exterior, mas a do casamento interior, a união dos nossos opostos. Outro detalhe: muitas vezes recuamos em busca de estabilidade, compensações ou proteção, frente aos riscos que o futuro nos acena. Mas não devemos levar isso muito a sério, pois o passado não é solução e sim uma armadilha. Respondendo a sua primeira pergunta, disse que a armadilha da vaidade, da dependência de apreço é insaciável e não resolve o problema de ninguém, pois é mera ilusão. “Alra” pode conseguir satisfação temporária, mas a fome logo reaparece. Durante um tempo conseguirá sentir-se satisfeita, mas a infelicidade e a frustração se fazem permanentes. É preciso encontrar o verdadeiro interior. Quando fazemos isso, a vida nos dá uma chance de descobrir a nossa grandeza como seres vivos à imagem e semelhança divina. Respondendo sua segunda pergunta, disse-lhe que o melhor a fazer é fortalecer sua independência, pessoal, financeira, econômica e emocional. O que “Alra” chama de fazer a diferença vem sendo mais decisivo na sua vida do que as suas próprias opiniões. Isso apenas encobre o tamanho de sua carência, a qual completa a lacuna do seu vazio interior. Respondendo a ultima pergunta disse-lhe que na vida, nada mais nos resta do que a aceitação de nossos desígnios. Não adianta chorar, ter pena de si mesmo, fazer drama, papel de vítima, negociar com o diabo, implorar a Deus. Só nos resta, nesta vida, SERMOS GUERREIROS IMPECÁVEIS.

COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Complexo de perfeição



“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Acabei de ler um livro chamado O complexo de perfeiçãoi. A autora relata que toda a vida de uma mulher super-realizadora é inconscientemente dedicada à criação do que os psicólogos denominam um 'eu idealizado', ou seja, de uma persona. Quem ela é deixa de ser tão importante quanto como ela parece. Essa mudança de ênfase é fundamental no desenvolvimento psicológico de uma super-realizadora. Sua necessidade de impressionar faz com que ela perca finalmente a capacidade de distinguir entre os suas crenças e sentimentos verdadeiros e aqueles que são artificiais, distinguir o que é real do que é apenas uma imagem vazia. Quando alcança esse ponto, já perdeu o único elemento que pode possivelmente fazer com que se sinta segura: a ligação com seu verdadeiro Eu. Além disso, é importante ressaltar que o desenvolvimento é prejudicado sempre que mantemos um relacionamentos em que a outra pessoa funciona como um substituto psicológico dos nossos pais, e nos quais permanecemos crianças.
Na opinião da autora, a timidez funciona como um disfarce. Debaixo dela encontra-se um desejo escondido de sermos vistos. Oculto dentro do constrangimento está a vontade de que o mundo gire em torno do próprio umbigo e que o todos se importem conosco. Sou obrigada a concordar com isso, pois no fundo sei que é verdade. Mas é preciso sempre lembrar que a admiração dos outros por nós nunca será suficiente para nos satisfazer. O que precisamos é de um sentimento verdadeiro de amor-próprio. Esse sentimento não é apenas admissível; ele é fundamental se quisermos algum dia transcender os ocultos sentimentos de inferioridade que nos tolhe. Lacrada do lado de dentro, intocada pela realidade, a crença na inexistência de limites pode crescer à medida que os anos passam. Externamente, podemos nos mostrar submissos e conformados. Sempre fui assim e talvez ainda o seja. A verdade é que, assim como eu e a autora, as pessoas geralmente temem não ser apreciadas e procuram fazer o máximo para que os outros gostem de si, ao mesmo tempo que, em segredo, despreza aos demais. É proveniente daí a sensação de ser medíocre e incompetente. Quando aprendemos a nos dar valor, a reação das demais pessoas passa a ser bem menos importante. É difícil perceber isso na prática, mas já experimentei e valido essa filosofia.
Quando a antiga necessidade infantil de aceitação é finalmente reconhecida, ela se transforma. O que antes fora uma necessidade irresistível, e portanto vergonhosa, torna-se uma necessidade comum, que pode ser preenchida através de relacionamentos comuns. Podemos abandonar a busca da glória, a crença vã na nossa perfeição, e relaxar aceitando as esquisitices da nossa personalidade. O truque é desistir da crença de que podemos controlar tudo. A humanidade procede de um Eu que não se aprecia por seus talentos especiais, e sim por sua sensibilidade humana. Vale saber e ressaltar também que aprovação e reconhecimento não são a mesma coisa. A aprovação se relaciona com a maneira como nossas mães nos viam. O reconhecimento tem relação com o Eu. Em suma o livro fala do que estou cansada de saber e luto arduamente para conseguir: não desejar ser perfeita, admirada ou apreciada. Do livro é isso.
i DOWLING, Colette. Complexo de perfeição. Trad.: Claudia Gerpe Duarte. Rio de Janeiro: Record, 1988.

Mamãe fazendo um tapete de cordão...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Banho da semana!



Alfazema, mel, manjericão, hortelã e margaridas brancas....

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dhanwantari....

“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Acabei de fazer minha ginástica e tomar um banho energético de alfazema, mel, manjericão, hortelã e três flores de margarida branca. Estou satisfeita com meu emprego embora ele tenha lá suas complicações, seus momentos mais estressantes e cansativos. Tirando isso posso dizer que ele é maravilhoso e que estou adorando-o mesmo! Hoje ganhei um bombom Ouro Branco da Kelly, a coordenadora do faturamento. Engraçado: desde a semana passada que me veio na cabeça a ideia de levar alguma guloseima de agrado para algumas pessoas com quem me simpatizo mais. Logicamente eu não ia dar em primeiro lugar para a Kelly, pois isso ia parecer paparicamento meu, já que ela acaba sendo a principal responsável por mim lá dentro. Além do mais, creio que só colocarei em prática o plano de retribuir o mimo e agradar outros colegas de trabalho depois que eu receber o meu primeiro salário. Não pretendo 'comprar' o afeto alheio com isso e longe de mim causar essa impressão. Portanto, talvez eu demore um bom tempo para sair distribuindo bombons por lá. De toda forma, ressalto que isso cria um clima amigável e agradável do qual aprovo e quero participar. O interessante foi eu ter planejado de fazer isso e, mesmo sem estar imaginando de fazê-lo por agora, já ter tido alguém que o fez comigo. Além do gesto demonstrar simpatia da parte dela, cabe também um dos três motivos: primeiro, ela gosta de mim. Segundo, ela quis me agradar para incentivar-me a continuar trabalhando lá. Terceiro, as duas opções anteriores juntas. Isso de certa forma é algo super banal, mas eu nunca esqueço os mínimos detalhes do que recebo ou proporciono. Quanto a leitura, hoje umas três ou quatro pessoas entraram na sala enquanto eu estava lendo. Em verdade eu nem estava de fato lendo, mas apenas com o livro aberto. É difícil ler, pois sempre o telefone toca e eu interrompo de duas a três vezes por pagina. Em todo caso, tem momento que dá para ler um monte e até esqueço que estou em ambiente de trabalho.
E falando em leitura, acabei de ler mais um livro chamado Dhanwantarii. É um livro bastante teórico e cheio de detalhes mais aprofundados sobre temas específicos como alimentação, respiração, sono, exercícios físicos, meditação, etc. Nele diz que não somos independentes como tanto buscamos ou dizemos ser, pois somos todos interdependentes. Também ressalta que a mente pode ser programada, desprogramada e reprogramada. Precisamos programar nossa mente para que ela seja amistosa com toda a vida existente. Conseguimos isso ao nos elevar acima dos ganhos e conquistas pessoais, e usar todo nosso ser em prol da felicidade universal. Se nossas ações são corretas e benéficas aos outros, recebemos um bom retorno, o que, por sua vez, torna-nos felizes e nos inspira a continuar a agir no interesse coletivo. Aquietar a mente e compreender a diferença entre necessidades e desejos é a nossa primeira tarefa. Autoconfiança, fraternidade universal e contentamento são as três pedras fundamentais sobre as quais podemos construir uma nova estrutura de vida que irá fortalecer nossa vontade. Devemos começar a perceber o mundo sem apegos, sem juízos de valor, sem desejos. O fracasso, segundo o autor, é tão real e instrutivo quanto o sucesso. Devemos agir segundo aquilo que o momento necessita, e não segundo aquilo que nos trará benefícios.
Interessante saber que o simples ato de mudar a respiração de uma narina para a outra reverte a predominância do hemisfério cerebral, alternando as reações químicas que ocorrem em todo o organismo. O controle intencional do padrão respiratório permite o controle consciente da química do corpo. A mudança do padrão respiratório alterna a química do corpo e, se feita no período de instalação de sintomas físicos, tem efeito na prevenção de doenças. O conhecimento e a prática dos princípios da ciência da respiração nos permitem controlar nosso estado de consciência e prevenir estados doentios. Eu nem sabia que não respirávamos pelas duas narinas juntas ao mesmo tempo. O livro também diz que no silêncio prolongado a pessoa logo descobre até que ponto a maior parte das comunicações faladas são absolutamente triviais, desnecessárias para a vida, para a saúde ou para a felicidade. Eu que sou introspectiva e converso pouco concordo plenamente com isso. Falar cansa, enquanto o silêncio rejuvenesce.
O autor dá uma dica bacana para manter o rejuvenescimento: sempre que lavar as mãos, lavar também o rosto e, sempre que lavar a boca, lavar também os olhos. Sempre que os olhos aparentarem cansaço ou tensão, a pessoa deve lavar a boca três vezes com água fria. Não sei até que ponto acredito na vantagem disso. O livro indica massagem com óleo de base vegetal no corpo todo, inclusive na cabeça e no couro cabeludo. Lavar os pés antes de ir dormir ajuda a ter um sono profundo. Tomar banho mais de duas vezes por dia deve ser evitado, pois isso sobrecarrega o organismo. Do mesmo modo, devemos evitar o banho com água muito quente ou muito fria. O melhor indicador da temperatura certa do banho é o estado da pessoa depois de se enxugar. Se ela se sente refrescada, revigorada, animada e inspirada, a temperatura do banho foi adequada. A condensação no espelho mostra que a temperatura da água está muito quente, mas se a pessoa arrepiar-se indica que a água está fria. Cantar ou murmurar sons durante o banho é benéfico e ajuda a uniformizar a temperatura do corpo.
Outro aspecto importante que eu desconhecia: as necessidades de sono para organismos normais variam com a idade. Nos sete primeiros anos de vida, uma criança precisa de dez a doze horas de sono por noite. No seu segundo ciclo de sete anos (dos 8 aos 14), ela precisa de oito a dez horas de sono. Um jovem, no terceiro ciclo de sete anos (dos 15 aos 21), requer de seis a oito horas. Um adulto jovem, no quarto ciclo de sete anos (dos 22 aos 28), precisa de cinco a seis horas de sono. A pessoa que ultrapassou o quarto ciclo de sete anos e entrou no quinto (dos 29 aos 35) requer de quatro a cinco horas. No sexto ciclo de sete anos (dos 36 aos 42) uma pessoa precisa ter de três a quatro horas de sono. Já no sétimo ciclo de sete anos (dos 43 aos 49) a pessoa precisa de bem pouco sono. Independente da idade, o indivíduo que passou dos 21 anos não deve dormir mais do que outo horas por noite. Mais sono do que isso criará um excesso de tamas no organismo e o fará se sentir cansado e apático no decorrer do dia. Isso ocorre porque a pessoa sonha durante 1/3 das suas horas de sono e sonhar consome energia. O sono profundo com duração mais curta é mais reparador do que um longo sono com muitos sonhos. Durante o sono recomenda-se sempre deitar-se sobre o lado esquerdo.
A caminhada de manhã cedo é uma das formas mais benéficas de exercício. Caminhar vagarosamente e harmoniosamente, com um padrão respiratório profundo e uniforme, sincroniza todo o corpo com as condições do dia. Correr de manhã cedo constitui o melhor exercício pesado segundo pesquisas do autor. Nessa hora não há movimento, nenhuma partícula de pó se agita na atmosfera e o ar está carregado de energia vital. Correr num ritmo moderado, sem nenhuma pressa na mente e nenhum sentimento de competição, limpa todo o sistema nervoso e aumenta a força, a resistência e a capacidade pulmonar. Como sei que tenho o signo ascendente em peixes, minha pedra preciosa é a safira amarela, tenho Júpiter como meu planeta regente e devo usar ouro três quilates preferencialmente nas quintas-feiras. O livro indica usar uma joia (anel) que possibilite que a base da pedra fique em contato direto com o corpo. Esse toque permite que se estabeleça um circuito direto entre o usuário e a gema, assegurando a livre passagem da energia da pedra. Como o metal no meu caso é o ouro, o anel deve ser usado na mão esquerda. Foi isso o que mais me interessou da leitura.
De resto troquei minha frase do MSN e Orkut por: “Quem cultiva a semente do amor; Segue em frente, não se apavora; Se na vida encontrar dissabor; Vai saber esperar sua hora. As vezes a felicidade demora a chegar; Aí é que a gente não pode deixar de sonhar; Guerreiro não foge da luta, não pode correr; Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer. É dia de sol, mas o tempo pode fechar; A chuva só vem quando tem que molhar; Na vida é preciso aprender, se colhe tem que plantar; É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar. Ergue essa cabeça, mete o pé e vai na fé; Manda essa tristeza embora; Basta acreditar que um novo dia vai raiar; Sua hora vai chegar”. Um grande abraço a todos, muita luz, amor, paz, saúde, felicidade e sucesso!”

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i JOHARI, Harish. Dhanwantari: um guia completo para uma vida saudável segundo a tradição ayurvédica. São Paulo: Pensamento, 1998.

frase de hoje!


Sonho (respondido) das frutas tomates...


Tenho a relatar apenas o ultimo sonho que tive antes do despertar, pois foi o único que mantive em mente. Eu estava com minha irmã num ambiente que não sei definir qual era. Houve uma espécie de terremoto muito rápido e o local encheu-se de frutas idênticas a tomates (do tipo tomate caqui) bem grandes e vermelhinhos. Provei-os e eles tinham um gosto muito semelhante ao do tomate, mas era um sabor levemente diferente e menos acentuado (diferente de qualquer coisa real que já tenha provado). Pensei em minha sobrinha, pois por algum motivo indefinido pensava que era para ela estar ali. Não sei se logo em seguida ou se houve mais alguma coisa depois disso, algo que eu não me lembre, aconteceu outro tremor geral e caiu um jipe (estilo Willys Militar) e uma infinidade dos mesmos tomates verdes e numa cor de meio-maduro. Provei das frutas tomates que não eram tomates e notei que elas eram saborosas mesmo estando verdes, ou seja, a cor não era da madurez, mas da espécie em si. Não sabíamos que frutas eram aquelas, mas eram boas e podíamos comer ilimitadamente, pois haviam tantas que quase podíamos ter a certeza de que nunca acabariam. Também quase podia crer que elas não apodreceriam. Interessante que minha irmã estava muito gentil e próxima comigo. Nisso notamos que minha sobrinha (que até então não constava na cena) estava saindo do carro e indo deitar-se na cama. Minha irmã comentou que aquele ritual milagroso significava o desenvolvimento dela, mas era algo complicado para eu entender, pois um fenômeno ritualístico externo não pode fazer criança alguma crescer interiormente. Ademais, como entender aquele feito e aquelas frutas vindas do nada? De todo modo, não duvidei, pois sabia que aquela série de acontecimentos extraordinários tinham uma razão no mínimo nobre e poderosa para estarem acontecendo naquele momento. No que minha sobrinha deitou-se na cama para dormir dizendo que estava com sono, minha irma me chamou e ficamos as duas deitadas debaixo da cama saboreando as frutas que haviam coberto o chão do local. Estranho termos ficado debaixo da cama. Realmente esse é um sonho com uma simbologia que não sei definir do que se trata. Vale dizer que em momento algum senti medo ou tensão, pois como já foi visto nos sonhos anteriores, sou aberta a situações inéditas que agucem minha curiosidade e foquem minha atenção ao extraordinário.

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Respondi-lhe que terremoto é movimento de terra, um elemento passivo. No terremoto a perfeição passiva recebe a ação de um principio ativo. Isso simboliza fecundidade e regeneração, pois é o mesmo movimento interno que, noutros contextos, promove o afloramento dos frutos, a riqueza que alimenta e mantêm a vida. O elemento terra se movimenta e transforma-se dentro de “Alra”. O significado do carro poderia ser genérico, mas enquanto sendo um jipe, é preciso considerar sua utilização especial na história do homem. É diferenciado de todas as outras marcas e participou como símbolo da transformação do mundo no último século, sendo portanto um dos mais significativos ícones da sociedade moderna e industrial. Mesmo que “Alra” nunca tenha tido nenhuma indicação da presença deste símbolo em sua vida, podemos considerar que o acaso não existe e que o inconsciente é mais abrangente, vasto e inexplicável do que possamos imaginar. Não se pode relevar a característica militar deste veículo. Pela designação de jipe é relevante considerar a autoridade e a relação com o movimento que supera a força que movimenta a terra em “Alra”, ou seja, sua fecundação, seu interior despertando-se para realizar as transformações que se fazem necessárias no encaminhamento de seu destino.
Na afirmação sobre a certeza de que as frutas nunca acabariam, acrescentei uma reflexão: isso foi uma avaliação equivocada, e naturalmente, pode estar associada à formação de conceitos que a levam a acreditar que existe alguma forma de manter o conforto dos cenários em que vive. Reforcei-lhe a ideia de que nada é permanente. Vivemos num sistema que a cada instante se transforma e se readapta. Um sistema impermanente que faz da vida um acontecimento imprevisível. Há o tempo da fartura e o tempo da carência, o tempo da presença e da ausência, da estabilidade e da instabilidade, das facilidades e das infelicidades, etc. Os tempos bons e de fartura podem sinalizar a importância de darmos valor ao presente, e para nos prepararmos para os tempos de dificuldades, ou de provações que enfrentaremos à frente. Reapareceu no sonho a questão do ritual: “Minha irmã comentou que aquele ritual milagroso significava o desenvolvimento dela, mas era algo complicado para eu entender, pois um fenômeno ritualístico externo não pode fazer criança alguma crescer interiormente.” O comentário chama a atenção para uma verdade essencial: Deus não negocia. O ritual não pode ser o essencial, o fim. Ele é uma porta admirável, uma porta que aprendemos a abrir para realizar a conexão com o divino, um formato que nos prepara para a devoção, para a condição do encontro, mas não é o encontro. Vejo muitos que se entregam às práticas ritualísticas acreditando que desta forma encontram a salvação ou a conexão com o divino. Não basta apenas isso. Elas podem acabar no inferno como pessoas bem intencionadas. O sonho demonstra que “Alra” fica acreditando e se entregando aos pensamentos mágicos e indo parar debaixo da cama. Em suma, muita coisa em seu interior está em mutação, mas muito ainda precisa ser compreendido, percebido e aceito para desencadear as forças propulsoras de verdadeiras mudanças.

COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

sábado, 17 de julho de 2010

Sonho (respondido) com bruxas...

Tenho dormido pouco e sonhado muito. São tantos sonhos que tudo se mistura na minha mente e quase não lembro de nada. É como se fosse uma descarga energética mental. Ultimamente os sonhos pareceram-me bastante diferentes: tenho sonhado com muitas pessoas, geralmente estou próxima da multidão, me vejo nos sonhos sendo uma pessoa mais simpática, especial, dada aos relacionamentos, literalmente pública e, ao mesmo tempo, sendo eu mesma, mas num meio completamente oposto da minha realidade ou dos sonhos passados. Vou tentar relatar os sonhos dessa noite. Vi-me analisando outras vidas minhas. Era como se eu não fosse apenas eu, mas uma mistura de muitas de mim divididas entre milhares de vivências. Era como se houvesse uma rede com uma infinitude de acontecimentos e fatos marcantes e moldantes de minha personalidade.
Além disso havia sobre mim uma influenciação externa, tanto material quanto espiritual, tanto de pessoas vivas quanto de espíritos desencarnados. E mais, havia uma regência do inconsciente coletivo de forma que eu era eu e ao mesmo tempo estava sendo como milhares de seres, agindo, sentindo e pensando em uníssono, ou seja, eu fazia parte de milhares de indivíduos e estes faziam parte de mim, mesmo que cada um fosse um ser criado individualmente. Senti-me ligada ao todo, ao cosmo, a amplitude universal. Isso foi estranho, senti-me muito, mas muito mais do que sou. Senti-me como se fosse unicamente eu e ao mesmo tempo fosse tudo o que existe. Eu era eu e me sentia fazendo parte das outras pessoas de uma forma que não sei explicar. Havia uma ligação indissolúvel, mais real do que afinidade ou amor. Existia uma integração mirabolante. Numa das visões do passado eu fui a um local donde há tempos atrás fora um precipício e algumas pessoas houveram se suicidado lá. Não lembro qual a história em si. Andei pelo local enquanto muitas cenas surgiam na minha mente. Era como se o local fizesse aflorar em mim tudo o que ali já existira, tudo o que as pessoas ali já haviam passado. Estranho que ali também havia um riacho e vi um esquilo nadando. Apenas o focinho dele ficava a vista.
Além de poder adentrar em vivência pretéritas, eu podia ver o mundo oculto aos olhos carnais. Outra vez sonhei que via espíritos. Foram muitas cenas que não lembro direito. Numa delas eu visualizava (e eu parecia estar ali apenas espiritualmente também) uma mesa redonda com várias mulheres de meia idade jogando cartas. Havia três espíritos de bruxas vestidas de preto com chapéu rendado (mas não pontudo), típico das pinturas dos mitos gregos ou talvez da Idade Média. Elas não pareciam más, mas entediadas. Uma delas quebrou uma taça que estava sobre a mesa como se quisesse chamar a atenção ou brincar causando medo, mas ninguém se importou achando que o fato ocorrera por mero acidente. Elas estavam ali não por vingança, mas por algo que não consegui perceber. Elas tinham consciência da união e influência que exerciam naquele ambiente, sempre seguindo uma ou outra daquelas mulheres que jogavam. Não sei ao certo, mas uma daquelas mulheres da mesa pareceu ser minha avó. Queria muito lembrar de mais coisas, pois embora não recorde, tenho acordado com sensações muito boas. Acho que os sonhos tem compensado a interação afetiva e religiosa que na vida real não consigo ter. Tenho sonhado que estou prestando auxílio ás pessoas de forma indireta e isso está ligado ao meu trabalho, mas realmente não tenho memória suficiente para relatar os detalhes. Também houve um sonho donde eu estava numa casa enorme e não podia ser vista por ninguém, apenas por um menino que estava me refugiando.
Tenho uma outra lembrança vaga: eu estava num local donde havia uma mesa cheia de frascos de perfume de amostra. Havia um rapaz que era supervisor e tínhamos um plano secreto de cumprir um ritual igual ao mito do perfume. Esse mito consistia dele derramar um vidro exato de perfume de modo que eu fosse atingida pelo líquido. Nisso ele se aproximou me mostrando um frasco e esbarrou noutro que caiu e espirou no meu pé direito molhando a barra da minha calça. Embora o estrago não houvesse sido grande e tivesse apenas espirrado no meu pé, eu senti-me naquele momento como se de algum modo invisível eu houvesse sido toda banhada de perfume. Ele recolheu o frasco rachado e disfarçou para ninguém notar que o mesmo estava vazando. Enquanto outro supervisor vinha para verificar o que acontecera, esse rapaz saiu mostrando o tal perfume para outras mulheres e com isso deu a entender que estava tudo normal. Passei do perfume que ele me mostrara para experimentar, pois cada fragrância era melhor que a outra. Pareceu-me que o intuito desse ritual estilo simpatia era fazer o dono daquela empresa de perfumes se apaixonar por mim. Notei que o perfume escolhido, o qual fora derrubado em mim, era de alfazema. Fiquei curiosa tentando entender por que tivera de ser exatamente o de alfazema. Depois do fato realizado fiz-lhe sinal e saí do local como se nada houvesse sucedido. Senti do sonho que tenho a tendência de querer tirar proveito das situações ou de querer me dar bem através dos outros. Essa foi a minha percepção pessoal tanto pelo que fiz no sonho quanto pela postura do supervisor que poderia ser uma projeção ou um arquétipo meu. Seria isso? O que podem significar esses sonhos?”

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Respondi-lhe que carregamos como memória genética não apenas o que nos constitui e nos diferencia, pois isso é pouco. Nós carregamos a história da espécie, de nossa evolução e de nossa estirpe, a memória da matéria que se transformou, perecível como plasma, em forma diferenciada de energia e luz. Necessariamente isso não precisa ter ligação com a reencarnação espiritual, pois também podemos ser a reencarnação de um projeto em dinâmica evolutiva, ou seja, podemos viver a reencarnação de memórias vivas provindas das histórias evolutivas dos nossos antepassados e contendo, consequentemente, toda a experiência e a vivência do passado, registrada na constituição a partir da matriz que nos originou. Reencarna-se assim conosco, a cada dia, as necessidades de melhoria, bem como as qualidades e vitórias já galgadas ao longo da evolução, seja pessoal e individual ou familiar e coletiva. O inconsciente coletivo é isso e carrega a memória da espécie humana. A experiência onírica de “Alra” pode ser apenas memória, ou pode ser uma vivência espiritual. Pode ser uma porta aberta de uma vivência numinosa, onde conteúdos de sua origem afloraram lhe permitindo o toque da visão, assim como também pode ser uma vivência extracorpórea. Suas sensações podem ser originadas desse contato com a memória registrada (do inconsciente), aquela que carrega e origina todas as experiências extra-dimensionais. A mente tende a nos proteger do impacto de realidades para as quais não estamos preparados para lidar. Assim possuímos filtros sensoriais que limitam a audição, a visão e até a consciência. Dessa forma, livre do impacto, a consciência é preservada, mas à medida que conquistamos resistência mental, blindamos o sistema nervoso, como se uma leve película de verniz envolvesse o sistema. Dessa forma aumentamos e fortalecemos a nossa resistência ao impacto devastador de certas realidades e ampliamos nossas possibilidades de compreensão do universo. Sua vivência holística pode ser um avanço na realização de seus desígnios, na reafirmação de seu destino. A sensibilidade não apenas permanece, mas se sofistica. Mesmo que mais sensível, mais fortalecida, agora, possivelmente mais resistente, “Alra” pode se perceber mais preparada para novas experiências em sua vida.
Para Jung o espírito se aplicava ao aspecto não material de uma pessoa viva, ou seja, pensamento, intenção, ideal, assim como a um Ser incorpóreo, não material: sombra, fantasma, espectro, alma ancestral. Como aspecto não material, não pode ser descrito nem definido, é indefinido, ilimitado, infinito, sem forma, sem imagem intemporal. É o outro que promove uma resposta emocional, de afeto, positiva ou negativa. Para ele o fenômeno dos espíritos é uma verificação da realidade de um mundo dos espíritos. Os sonhos são a maior evidência da existência do mundo diferenciado do reino corpóreo e mais significativo do que a questão da existência ou não dessa manifestação é a forma como nos relacionamos com essa dimensão. Do ponto de vista psicológico, para ele os espíritos são complexos autônomos inconscientes que aparecem como projeções, ou manifestações de complexos pertinentes ao coletivo que alteram ou substituem a atitude de todo um povo, possibilitando que se instale uma nova forma de resposta coletiva. As intervenções dos chamados espíritos parecem corresponder a necessidade de ampliação da consciência. A aparição de espíritos compõe o simbolismo de uma tensão elevada entre mundos materiais e imateriais. São fenômenos fronteiriços que parecem querer ganhar existência de alguma forma.
O triângulo (tríade) remete a um poderoso campo de força e de magia. Três mulheres reunidas pode representar poder. Já havia lhe alertado para a tríade familiar (você, a irmã, e a mãe). Este encontro pode indicar uma correlação interna e pessoal de poder na sua formação por base na frase “Elas tinham consciência da união e influência que exerciam...” A taça quebrada pode simbolizar a formação do elo dessa tríade feminina, como em um casamento consagrado donde se concretiza o ritual de quebra da taça em que se celebrou, em que se brindou o compromisso. A aparência de Avó indica essa possibilidade de formação de uma configuração triangular de poder interno com sinal de mudanças no comando arquetípico. Os sinais da transformação vêm ocorrendo há mais tempo e sinalizam a continuidade desse processo. Sem dúvida o sonho diz que é hora de crescer.

COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

frase do dia


quarta-feira, 14 de julho de 2010

We: a chave da psicologia do amor romântico - Cap. 16 ao final


A ilusão é um relacionamento distorcido entre o interior e o exterior. Fazemos nascer a ilusão ao sobrepormos nosso mundo interior de imagens, nosso fluxo contínuo de fantasia, ao mundo exterior e às pessoas que vivem nele. O mundo ilusório é o mundo projetado, que assim distorce tanto o interior quanto o exterior, de maneira que não conseguimos envergar nenhum deles tal como é. Quando não temos vida religiosa suficiente, o reino divino precisa encontrar-nos onde quer que seja possível, até mesmo nos preparando armadilhas. Nós temos igrejas, dogmas, doutrinas, opiniões, grupos e reuniões; mas muitas vezes não temos vida religiosa porque damos pouca atenção à nossa alma e à nossa vida interior. Ser capaz de um verdadeiro amor significa amadurecer, ter atitudes realísticas para com o outro. Significa aceitar a responsabilidade pela nossa própria felicidade ou infelicidade; e não esperar que o outro nos faça feliz, nem culpá-lo por nosso mau humor ou por nossas frustrações. Dentro do amor humano está a amizade, seja no casamento ou em qualquer relacionamento. Quando um homem e uma mulher são verdadeiramente amigos eles conhecem os pontos difíceis e as fraquezas do outro, mas não cedem à tentação de criticá-los. Estão mais interessados na ajuda mútua e no prazer que sentem na companhia um do outro, do que em descobrir os defeitos ou se desgastarem com exigências e imposições. A amizade acaba como o teatro, com as emoções artificiais de um relacionamento, com o egocentrismo e com a improdutividade, e substitui o frama por algo humano e real. Concordo com o autor que devemos aprender a ser amigos, a viver juntos no espírito da amizade, a ter como guia a virtude da amizade para sair do emaranhado que fizemos do amor.