“Olá 'Pessoal do mundo todo'! Acabei de ler um livro chamado O complexo de perfeiçãoi. A autora relata que toda a vida de uma mulher super-realizadora é inconscientemente dedicada à criação do que os psicólogos denominam um 'eu idealizado', ou seja, de uma persona. Quem ela é deixa de ser tão importante quanto como ela parece. Essa mudança de ênfase é fundamental no desenvolvimento psicológico de uma super-realizadora. Sua necessidade de impressionar faz com que ela perca finalmente a capacidade de distinguir entre os suas crenças e sentimentos verdadeiros e aqueles que são artificiais, distinguir o que é real do que é apenas uma imagem vazia. Quando alcança esse ponto, já perdeu o único elemento que pode possivelmente fazer com que se sinta segura: a ligação com seu verdadeiro Eu. Além disso, é importante ressaltar que o desenvolvimento é prejudicado sempre que mantemos um relacionamentos em que a outra pessoa funciona como um substituto psicológico dos nossos pais, e nos quais permanecemos crianças.
Na opinião da autora, a timidez funciona como um disfarce. Debaixo dela encontra-se um desejo escondido de sermos vistos. Oculto dentro do constrangimento está a vontade de que o mundo gire em torno do próprio umbigo e que o todos se importem conosco. Sou obrigada a concordar com isso, pois no fundo sei que é verdade. Mas é preciso sempre lembrar que a admiração dos outros por nós nunca será suficiente para nos satisfazer. O que precisamos é de um sentimento verdadeiro de amor-próprio. Esse sentimento não é apenas admissível; ele é fundamental se quisermos algum dia transcender os ocultos sentimentos de inferioridade que nos tolhe. Lacrada do lado de dentro, intocada pela realidade, a crença na inexistência de limites pode crescer à medida que os anos passam. Externamente, podemos nos mostrar submissos e conformados. Sempre fui assim e talvez ainda o seja. A verdade é que, assim como eu e a autora, as pessoas geralmente temem não ser apreciadas e procuram fazer o máximo para que os outros gostem de si, ao mesmo tempo que, em segredo, despreza aos demais. É proveniente daí a sensação de ser medíocre e incompetente. Quando aprendemos a nos dar valor, a reação das demais pessoas passa a ser bem menos importante. É difícil perceber isso na prática, mas já experimentei e valido essa filosofia.
Quando a antiga necessidade infantil de aceitação é finalmente reconhecida, ela se transforma. O que antes fora uma necessidade irresistível, e portanto vergonhosa, torna-se uma necessidade comum, que pode ser preenchida através de relacionamentos comuns. Podemos abandonar a busca da glória, a crença vã na nossa perfeição, e relaxar aceitando as esquisitices da nossa personalidade. O truque é desistir da crença de que podemos controlar tudo. A humanidade procede de um Eu que não se aprecia por seus talentos especiais, e sim por sua sensibilidade humana. Vale saber e ressaltar também que aprovação e reconhecimento não são a mesma coisa. A aprovação se relaciona com a maneira como nossas mães nos viam. O reconhecimento tem relação com o Eu. Em suma o livro fala do que estou cansada de saber e luto arduamente para conseguir: não desejar ser perfeita, admirada ou apreciada. Do livro é isso.
Na opinião da autora, a timidez funciona como um disfarce. Debaixo dela encontra-se um desejo escondido de sermos vistos. Oculto dentro do constrangimento está a vontade de que o mundo gire em torno do próprio umbigo e que o todos se importem conosco. Sou obrigada a concordar com isso, pois no fundo sei que é verdade. Mas é preciso sempre lembrar que a admiração dos outros por nós nunca será suficiente para nos satisfazer. O que precisamos é de um sentimento verdadeiro de amor-próprio. Esse sentimento não é apenas admissível; ele é fundamental se quisermos algum dia transcender os ocultos sentimentos de inferioridade que nos tolhe. Lacrada do lado de dentro, intocada pela realidade, a crença na inexistência de limites pode crescer à medida que os anos passam. Externamente, podemos nos mostrar submissos e conformados. Sempre fui assim e talvez ainda o seja. A verdade é que, assim como eu e a autora, as pessoas geralmente temem não ser apreciadas e procuram fazer o máximo para que os outros gostem de si, ao mesmo tempo que, em segredo, despreza aos demais. É proveniente daí a sensação de ser medíocre e incompetente. Quando aprendemos a nos dar valor, a reação das demais pessoas passa a ser bem menos importante. É difícil perceber isso na prática, mas já experimentei e valido essa filosofia.
Quando a antiga necessidade infantil de aceitação é finalmente reconhecida, ela se transforma. O que antes fora uma necessidade irresistível, e portanto vergonhosa, torna-se uma necessidade comum, que pode ser preenchida através de relacionamentos comuns. Podemos abandonar a busca da glória, a crença vã na nossa perfeição, e relaxar aceitando as esquisitices da nossa personalidade. O truque é desistir da crença de que podemos controlar tudo. A humanidade procede de um Eu que não se aprecia por seus talentos especiais, e sim por sua sensibilidade humana. Vale saber e ressaltar também que aprovação e reconhecimento não são a mesma coisa. A aprovação se relaciona com a maneira como nossas mães nos viam. O reconhecimento tem relação com o Eu. Em suma o livro fala do que estou cansada de saber e luto arduamente para conseguir: não desejar ser perfeita, admirada ou apreciada. Do livro é isso.
i DOWLING, Colette. Complexo de perfeição. Trad.: Claudia Gerpe Duarte. Rio de Janeiro: Record, 1988.
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