Obrigada pela visita!

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domingo, 31 de agosto de 2008

17.1 - Continuação da ultima carta

Outro livro que li chama-se Documentação de hoje e de amanha[i]. O conteúdo não vai muito além do livro que conseguira emprestado e cuja leitura já houvera comentado anteriormente. Posso complementar dizendo que a palavra biblioteconomia está cada vez mais sendo substituída por ciência da informação, tanto é que já em 1976 o IBBD (Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação) transformou-se em IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia). Assim, a biblioteca tradicional e a documentação (suporte físico de informação que permita o seu armazenamento) não são mais do que aplicações particulares da ciência da informação.
O ciclo documental apresentado por tal livro é: seleção, aquisição, registro ou tombamento, descrição bibliográfica, análise, indexação, armazenagem dos documentos, armazenagem da representação condensada dos documentos, processamento dessas informações condensadas, produtos do processamento, interrogação e busca, recuperação da informação, disseminação seletiva da informação e recondicionamento da informação. Também pude perceber que eu ainda estava fazendo confusão entre índice (composto por palavras-chaves que ficam no final do livro) e sumário (parte pré-textual composta do titulo dos capítulos e demais divisões do livro). Também pude reforçar o processo tido com os livros da seguinte maneira mais resumida: primeiramente a indexação (considerada quase como uma parte da catalogação) feita principalmente por tesauros. Em segundo vem à própria catalogação (catálogos internos e externos) feita através do AACR2 ou MARC (legível por computador. Por ultimo passa-se para a classificação com a CDU e a CDD, tendo também a utilização da tabela de Cutter. A classificação provem do latim e quer dizer ação de fazer classes enquanto a catalogação, do grego, significa ação de subdividir o conhecimento. O tesauros, ou thesaurus (nome original) é um instrumento de controle terminológico que permite traduzir a linguagem natural dos documentos, dos indexadores e dos usuários numa linguagem sistêmica mais rígida. A organização do thesaurus pode se dar por relação de equivalência, hierárquica ou de associação/afinidade. Um dos conceitos que achei difícil de entender foi a tal da indexação e, portanto, vale destacar novamente a sua definição. Segundo esse livro, tal pratica pode ser considerada como o processo de descrever e identificar um documento mediante seu conteúdo. As etapas do processo são: identificação do assunto, retirada de palavras, frases ou códigos que representem o assunto, tradução destas para a linguagem de indexação e organização das descrições padronizadas. É bom levar em consideração que a especificidade adequada deve ser conseguida no momento da indexação, já que não existe sistema de recuperação, por melhor que seja, capaz de acrescentar, no momento de saída, a especificidade que não foi alcançada na entrada. Os termos escolhidos são como códigos descritores que podem ser escolhidos do titulo e/ou do resumo (termos derivados) ou até mesmo do texto do documento (termos atribuídos), seguindo por regras de validação por/em comparação com os termos de dicionários adequados (adentrando aqui o próprio tesauros). Ah, e ainda existe a indexação automática, determinando os assuntos principais, traduzindo-os em forma de códigos, cabeçalhos de assunto ou palavra-chave, retirados do sistema de classificação. Deu para entender melhor o assunto? Parece que até para mim ele ainda está um tanto confuso. Será que em breve poderei ter a honra e graça divina de aprender isso na prática? Espero que sim!
[i] ROBREDO, Jaime; CUNHA, Murilo B. da. Documentacao de hoje e de amanha: uma abordagem informatizada da biblioteconomia e dos sistemas de informação. São Paulo: Global, 1994.

sábado, 30 de agosto de 2008

carta 17

“Olá ‘Ami’! Tudo bem contigo? Não queria dizer isso, mas aqui em casa está parecendo um inferno com a reconstrução do murro: é tanta poeira, barulho, minha mãe que fica transitando num sobe e desce constante e o mais detestável, o dinheiro que está literalmente ‘indo embora’. A verdade é que estou uma pilha de nervos e não estou tendo cabeça para nada: que situação! Estou me sentindo em choque de agastamento: tanto que nem pareço estar em mim mesma. De todo modo, como não suporto deixar para depois o que tenho pretensão de escrever, vou contar-te agora um pouco de outro livro que aos trancos de concentração consegui efetuar a leitura. Ele chama-se Os 100 segredos dos bons relacionamentos[i]. Primeiramente aprovei a explicação de que a busca de um relacionamento feliz não é como um processo de satisfação imediata, mas como uma forma de ir em busca das necessidades fundamentais. Para isso é preciso imaginar a pessoa companheira estando contigo para o resto da vida. Por mais que a realidade buscada fosse realmente essa, nunca nenhum dos meus casos amorosos puderam carregar tal ênfase e acho que nisso reside uma falha cometida: é impossível buscar durabilidade em algo que nitidamente se faz temporal.
Mais adiante o autor diz que viver feliz não é sentir-se bem em relação a uma parte da vida e ignorar as outras, mas encontrar satisfação em tudo o que é importante. Embora concorde, acho que isso não é algo muito simples para mim. Outro ponto fundamental que já constate
i na prática é o seguinte: manter o senso de autonomia individual, a independência e a igualdade é um fator importante nas decisões dos relacionamentos. Em qualquer envolvimento é importante saber que somos uma pessoa a parte, devendo assim assimilar tudo o que pudermos aprender com os erros e os acertos testemunhados e principalmente não nos influenciarmos por experiências que não são nossas. Cada pessoa tem um ponto de vista de acordo com gostos e valores. Isso quer dizer que não devemos depender da opinião alheia para executarmos nossa vida, muito menos buscá-la como um escape da responsabilidade pessoal de tomarmos determinadas decisões e atitudes. É bom também saber que quando não revelamos nossos sentimentos e nem a visão tida do problema, somos responsáveis pela decepção que nos é causada. Gostar e acreditar em si própria são fatores indispensáveis para ser uma pessoa feliz e realizada, independente de ter encontrado um parceiro ideal. Quem se sente satisfeito consigo próprio tem mais chances de manter um relacionamento feliz com as outras pessoas. A verdade é que cada pessoa possui o essencial em si mesmo para crescer, desenvolver-se e ser feliz. Outro ponto válido é que podemos ganhar todas as discussões que quisermos e nos sentir bem por ter vencido, mas isso não contribuirá em nada para a nossa felicidade. Muitas discussões poderiam ser evitadas se as pessoas tivessem isso nítido nos momentos de nervosismo. Para mim que já sabia disso, posso justificar que o mais difícil é controlar o impacto de ira e não o simples fato de querer ganhar a discussão saindo dela com a razão. Além do que, a única pessoa com quem consigo discutir algo e expressar meu nervosismo é com minha mãe. Para todo o resto do mundo eu me porto como uma quase muda que concorda com qualquer coisa e se faz de tranqüila o tempo todo, mesmo que esteja explodindo de irritação por dentro. Se eu aprender a aceitar parte da responsabilidade pelos problemas e a dividir o credito pelos sucessos, estarei contribuindo para um relacionamento mais feliz e pacifico dentro de casa. Outra coisa que já comprovei na prática é que idade, renda e status não influem na probabilidade de satisfação de um relacionamento.
Acho muito válido acreditarmos que tudo vai dar certo, desde que essa nossa convicção não nos impeça de tomar todas as providencias necessárias para que as coisas aconteçam como imaginamos. Ter fé nos outros e no futuro é fundamental, mas devemos crer também no nosso trabalho como algo necessário para fazer do futuro àquilo que tanto se deseja. Para mim é importante ter em mente que não existem historias perfeitas de amor, mas sim historias de dedicação mútua e de um enorme desejo de investir para vencer os tempos difíceis. Não existem relacionamentos sem dificuldades e sem o desempenho da flexibilidade de um para com o outro. Por fim, mais um detalhe que também já comprovei na prática: proximidade física não é sinônimo de intimidade emocional. Em resumo, existe uma grande diferença entre procurar algo satisfatório e procurar algo que seja perfeito. Para mim, a busca pela perfeição deve ser trocada pelo esforço de ser feliz na luta constante de fazer um relacionamento simples ser satisfatório e consequentemente saudável para todos os envolvidos. É isso. Não tenho condições de escrever mais nada, pois estou muito atordoada com essa bagunça aqui de casa. Abraços e até depois...”
[i] NIVEN, David. Os 100 segredos dos bons relacionamentos. Trad.:Simone Lemberg Reisner. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

carta 16


olá ami! Estive olhando todas as cartas que escrevi para voce e para outras pessoas, algo que fui juntando e compondo uma especie de diário ou biografia. Tenho desde 2006 tudo anotado em forma de inumeras cartas e em certos momentos fico pensando em montar uma história um pouco melhor elaborada, mas nao consigo ter uma ideia que realmente me agrade e nao seja muito trabalhosa. nao quero de forma alguma reescrever as inumeras paginas de word e gostaria que voce me desse alguma sugestao.
Uma historia tem que ter comeco, meio e fim. Nao cheguei ao fim de minha vida, mas seria bom se eu pudesse montar esses tres anos numa unica história que pudesse ser continuada depois, tipo esses livros em série.
Pensei de intercalar os tres anos num só, mas acho que a historia ia ficar super bagunçada.
Pensei de criar tres personagens diferentes (um para cada ano) e juntar tudo num relacionamento de mim para comigo, sabe como? mais ou menos assim: eu seria a personagem A (do ano de 2006), com uma amiga B (vivendo o meu ano 2007) e outro alguém qualquer C (intercalando meu ano 2008).
Depois pensei de fazer um relato de terceira pessoa como se fosse eu quem houvesse recebido as cartas que enviei, mas isso ficaria impossivel uma vez que enviei cartas nao apenas para voce, mas para varias outras pessoas e nao quero descartar parte do material.
Enfim, já nao tenho mais nenhuma ideia e nao sei como resolver esse dilema. Queria criar algo diferente, mas está dificil.
O que voce sugere?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

carta 15

“Olá Ami!


Acabei de ler outro livro chamado Vivendo, amando e aprendendo[i]. Eis um pouquinho do que mais me chamou a atenção: primeiramente concordo com o autor de que a coisa mais difícil do mundo é ser alguma coisa que você não é.

Obviamente a maneira mais fácil de viver é poder assumir a própria personalidade sem nenhum faz de conta daqui e outro dali, tendo de apresentar múltiplas caras de acordo com quem queira agradar. Ainda carrego esse dilema comigo e espero extirpa-lo com a oportunidade do desenvolvimento profissional, algo que certamente me garantirá um senso de auto-valorização maior.
É péssimo ter de mentir achando que as pessoas vão te julgar, criticar ou ver-te com maus olhos, mas infelizmente o mundo sempre recriminou as pessoas desempregadas tendo-as como inúteis e até mesmo vagabundas. Já viu como quem não trabalha é taxado como alguém a toa que não faz nada?
Realmente entendo perfeitamente bem que é muito difícil ser o que os outros desejam que a gente seja, mas para isso é preciso desdobrar-se em mil personalidades e confesso que não é nada agradável, é horrível e continuo na luta para mudar isso em minha vida.
Autenticidade e espontaneidade precisam adentrar dentro de mim e sair assim como o ar que respiro e expiro. Já sei quem eu sou e quem desejo ser, mas revelo que nem mesmo minha mãe e muito menos qualquer outra pessoa me conhece veridicamente.
Aprendi a ser falsa e isso arraigou-se muito na minha personalidade pela constante vergonha que sempre tive de ser eu mesma. Sinceramente preciso parar de me menosprezar, até porque, ninguém tem nada a ver com o que eu sou, faço ou penso, até porque, procuro sempre agir dentro dos princípios éticos e isso por si só deve me bastar.
Vou continuar tentando arduamente para viver com a simplicidade de ser eu mesma. Também gostei da citação do autor de que o conhecimento não é sabedoria, pois o primeiro é teoria enquanto o segundo é a aplicação pratica seguida de fatos e conseqüências que serão sempre pessoais. Concordo em dizer que sabedoria é perceber que não sabemos nada e colocar a mente aberta para os mistérios infinitos desse mundo vasto donde não sabemos ao certo onde começa ou termina.
Todas as vezes que penso nisso fico realmente a imaginar o quanto ainda temos para descobrir, revolucionar, mudar e aperfeiçoar numa melhoria infindável dia após dia. E o primordial é ter consciência de que não é apenas a ciência, a tecnologia e o progresso intelectual que tem de seguir adiante, mas principalmente o nosso desenvolvimento moral.
É triste ver pessoas lutando em prol do conforto humano e esquecendo do amor para com os mais íntimos. Você e todo mundo sabe que entre a tecnologia e o amor eu fico com o segundo sem pestanejar. Prefiro morar num cantinho rústico no fim do mundo, naqueles em que ninguém sabe o que é eletricidade, mas que possui pessoas humanitárias, a ter de morar numa cidade extremamente urbanizada e com murros de três metros de altura a separar as pessoas, fazendo das residências verdadeiras prisões de isolamento. Outro ponto em que concordo plenamente com o autor, é o fato de o essencial ser invisível aos olhos. Se olharmos para o exterior de tudo o que existe, vamos notar que falta algo, ou melhor, falta tudo.
Acho uma boa técnica pensar que o modo de vida adotado por cada um é apenas uma possibilidade. Existem sim milhares de possibilidades para tudo como ressalta o autor, mas aí eu faço a minha pergunta: será que a vida, nosso comportamento, pensamento, grupo familiar, social, cultural, etc, não limita completamente tais possibilidades? Acho que o autor deixou sua explanação muito simplista nesse ponto. Se for pensar bem, as possibilidades parecem infinitas, mas quando tentamos encaixa-las dentro das situações pessoais de nossa vida, aí a coisa complica e tudo se reduz a chegarmos num extremo de dizer ‘não me resta alternativa’. Quantas vezes eu já não disse isso para mim mesma? É claro que toda alternativa, independente da variedade de possibilidades, deve ser cravada no bom-senso e não no desespero ou no medo. Mas concordo em dizer que desde criança não somos treinados para executar o bom-senso, mas sim seguir obrigatoriamente os parâmetros paternos que nos são impostos. Para mim o mundo vira um inferno com as benditas teorias das dicotomias: isso é bom, aquilo é mal, isso é certo, aquilo é errado, assim é normal, do outro jeito é anormal e daí em diante.
Se for me auto-analisar, sei que vivo muito baseada no que imagino que os outros imaginas sobre mim e obviamente isso me faz muito mal. Pensando por esse ponto poderia até me conceituar como uma escrava inconsciente dos outros. Eu não quero viver papeis que me são atribuídos, muito menos tolices que sobre mim são formuladas. Um exemplo simples disso é quando a minha mãe diz que não tenho condições de trabalhar, porque sou tímida, porque sou muito econômica, porque isso e aquilo. Com desculpa das palavras: mas quem é ela para formular as minhas condições perante cada situação da qual tenho de enfrentar? Em casos assim só me resta dizer basta e largar os outros com suas crenças tolas meu a respeito: cada um pense o que quiser, mas longe de mim me influenciar com essas baboseiras sem sentido. Se alguém disser que eu sou linda, maravilhosa, inteligente, merecedora de toda a felicidade desse mundo eu acredito com gosto, mas do contrário eu só faço de conta que acreditei e continuo tocando a vida normalmente. Realmente cansei de acreditar nas idéias estapafúrdias que muitos têm de mim ao me colocar na posição de coitadinha. Eu não me vejo assim e não tenho de ser assim por ser vista de tal modo pelos outros. O que tinha a dizer sobre minhas reflexões do livro era isso. Reflita também e tudo de bom” Até depois...”

[i] BUSCAGLIA, Leo. Vivendo, amando e aprendendo. Trad.: Luzia Caminha Machado da Costa. 26ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2004.

Eta tecnologia... essa daqui eu sempre aprovei - amo fotos!



Em 1975, a Kodak apresentou o primeiro protótipo de câmera sem filme baseado no CCD da Faichild Imaging, A máquina pesava (pasme) 4 quilos e gravava as imagens em uma fita cassete.
Mas o primeiro grande impulso para o mercado consumidor ocorreria em 1981, quando a Sony lançou a primeira câmera digital.
O modelo Mavica, que capturava imagens de 0,3 megapixels (300.000 pixels), custava algo em torno de US$ 12 mil.
Ela tinha capacidade para armazenar até 50 fotos nos Mavipaks, que eram disquetes de 2 polegadas percursores dos disquetes de 3 ½ polegadas, inventados também pela Sony.
Em 1988, a Sony lança as Mavicas C1 e A10 Sound Mavica, com captura de áudio, que custavam US$ 230 e US$ 350 respectivamente, tornando a tecnologia digital mais acessível ao consumidor. Em 1994 a Apple lançou a Quick Take 100, uma câmera digital colorida com resolução de 800 x 640 pixels e lentes de foco fixo de 50 mm.
Ela podia guardar apenas 8 fotos em sua memória interna, o que era pouco, mas abriu as portas para um novo modelo de negócios. Enquanto isso, também em 1994, a Olympus lançava a Deltis VC-1100, a primeira câmera com um sistema de transmissão de fotos integrado, que permitia enviar as imagens por modem ligados a telefones fixos ou celulares para outras câmeras ou computadores.
A Deltris fazia imagens com resolução de 768 x 576 pixels e já armazenava as fotos em cartões de memória removível.

A corrida continuou, e em 1995 a Ricoh lançou a RDC-1, primeira câmera digital a capturar imagens em movimento com som, além é claro, de imagens estáticas. A Hitachi, em 1997, colocou no mercado sua MP-EG1, que foi a primeira câmera digital a transferir para o computador vídeos no formato MPEG.
Neste mesmo ano, a Sony lançou a Cybershot DSC-MD1, que foi a primeira a gravar imagens a laser em pequenos discos plásticos no formato JPEG. Em 1998, a Fuji introduziu a IN-Printer Camera, que gravava as fotos em cartão e permitia imprimir imagens do tamanho de um cartão de crédito diretamente da máquina.
A partir daí as empresas começaram uma disputa por dar mais resolução e capacidade de armazenamento para as máquinas.
Hoje em dia, enquanto as câmeras de uso pessoal estão chegando aos 10 megapixels de resolução, as câmeras profissionais já ultrapassam os 15 megapixels.
Ainda não sabemos que novidades e tecnologias vão surgir nesta área, mas não é difícil imaginar transmissão sem fio de fotos para o PC, impressão remota, publicação direta em blogs...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Eu ainda vou plantar uma dessa!


Duvida?
Eu nao!

domingo, 24 de agosto de 2008

carta 14.1

Ainda falando das minhas leituras, tem outro livro que não posso deixar de comentar: Paulo e Estêvão. Num resumo breve o livro conta a história de Saulo de Tarso que era um rabino do Sinédrio (uma espécie de senado dos israelitas em Jerusalém) e estava sendo preparado para se tornar o sumo sacerdote pelos seus dotes familiares e intelectuais. Saulo apaixona-se por uma desconhecida que havia chegado à cidade há pouco tempo e faz suas pretensões de casar-se com ela. Simultaneamente, cria-se em Jerusalém uma nova seita seguidora de Cristo chamada ‘O Caminho’. Os sacerdotes desconfiam de tal seita, principalmente pelo medo de perder o poder. Saulo vai até a igreja do Caminho, ouve uma palestra de Estevão e sai disposto a acabar com aquilo, pois além de representar um perigo para Israel, também desejava reforçar seu poder. Após assistir à palestra e discordar de Estevão, convoca o mesmo a um debate no Sinédrio, e lá mesmo o julga e o condena à morte por lapidação (morte por apedrejamento, castigo comum na época). Mas Saulo não podia imaginar que Estevão era o irmão desaparecido de Abigail, sua noiva. Ela assiste, sem querer, seu apedrejamento. Fica transtornada e Saulo termina o noivado. Estevão morre.
Meses depois, Saulo vai rever a ex-noiva, doente, que morre em seus braços de tristeza. Ele diz que a perseguição a Cristo não terminará e organiza uma caravana para Damasco a fim de destruir os seguidores do Caminho de lá, principalmente Ananias, quem vinculara em Abigail as idéias cristãs. Entretanto, às portas da cidade, Cristo aparece para Saulo e numa cena memorável para toda a história cristã, Jesus questiona porque Saulo o persegue. Nisso Saulo fica cego por alguns dias, até que o homem que ele procurava para matar, Ananias, o procura na estalagem e lhe restitui a visão. A partir daí, Saulo muda. Vai para o deserto, passa alguns anos reajustando-se, e volta a Jerusalém como um outro homem. O amor por Jesus toma conta de sua vida, mas ninguém o compreende. Além de ser repudiado pela família, é julgado pela desconfiança dos apóstolos (exceto Pedro) e preso pelo Sinédrio. Sua trajetória a partir disso constitui-se de abnegação e sofrimentos. Na segunda parte do livro, Saulo se transforma em Paulo e sai pregando o evangelho pelo mundo civilizado da época, sempre perseguido pela incompreensão. Preso, torturado, chicoteado, humilhado, desmoralizado, Paulo nunca desistiu de sua obrigação dada por Deus: pregar a mensagem de irmandade entre todos nós. Paulo morreu em Roma, decapitado, tentando levar esta mesma mensagem a Nero. A igreja, com respeito posterior, elevou Paulo ao título de Santo.
O que mais gosto nessa história é o ensinamento de que Jesus nos conhece por inteiro e sabe de nossas competências, podendo no momento certo fazer com que nossas forças dirigidas para o mal (conseqüência de nossa ignorância), sejam dirigidas para o bem (através do sofrimento e do aprendizado). Acho bela a frase que Jesus disse para Ananias sobre Saulo: ‘Vai, porque este para mim é o vaso escolhido’. Jesus deixou claro que não importa o quanto atuamos erradamente, mas sim a nossa capacidade de mudança e reforma intima. Deus não dá valor as nossas imperfeições, mas sim ao nosso lado perfeito ainda em lento desenvolvimento. O livro deixa uma boa esperança no ar: Deus tem um propósito em cada vida e compreende que a grandeza de nossos erros, um dia, cedo ou tarde, converter-se-á na altivez de nossos acertos. Foi assim que Saulo, o fariseu fanático e obstinado perseguidor de cristãos se transformou em Paulo, o arrependido que mudou sua vida e tornou-se o grande mártir do cristianismo nascente.

carta14


“Olá ‘Ami’! Vou continuar comentando sobre alguns dos livros que havia lido e resenhado na minha agenda. Neste momento quero falar de um chamado Os segredos da mente milionária[i]. O essencial do livro é perceber que o sentimento de não ser merecedor não impede ninguém de ser bem-sucedido e do ponto de vista estritamente financeiro isso pode funcionar até mesmo como um principio motivacional. Analisando as idéias principais que o autor coloca como maneira de condicionar a mente para produzir pensamentos alinhados com o objetivo de enriquecer, vou fazer uma lista da boa mentalidade.
Os tópicos são bons para fazer-nos analisar o nível de nossa mente, de nossos pensamentos e a percepção que temos de nós mesmos. Então vamos lá: pessoas com crença otimista 1º pensam que criam a própria vida e não que as coisas acontecem simplesmente ao acaso ou porque tinham de acontecer; 2º entram no jogo do dinheiro para ganhar mais dinheiro e não unicamente para manter o que já possui; 3º assumem o compromisso de serem ricas e não simplesmente a vaga ilusão de que gostariam de ser ricas; 4º pensam grande e não com a moderação dos temores; 5º focalizam as oportunidades e não os obstáculos; 6º admiram os outros indivíduos ricos e bem-sucedidos sem guardam ressentimento
destes mesmos; 7º buscam a companhia de indivíduos positivos e bem-sucedidos e não de indivíduos negativos e fracassados; 8º gostam de se promover apreciando vendas e autopromoção; 9º são maiores do que os seus problemas e não o contrário; 10º são excelentes recebedoras e não apenas doadoras; 11º são remuneradas por seus resultados e não pelo tempo que despendem; 12º pensam que podem ter mais de uma coisa e não que precisam escolher entre uma coisa ou outra; 13º focalizam o seu patrimônio líquido (rendimentos, poupança, investimentos, simplificação) e não o seu rendimento mensal; 14º administram bem o seu dinheiro (mais ou menos assim: 55% para necessidades básicas, 25% para poupança ou investimento, 10% para doações e 10% para lazer); 15º trabalham de forma inteligente e não de forma intensa (a idéia é que o seu dinheiro trabalhe em seu lugar); 16º agem apesar do medo e não se deixam paralisar por nada (sair da zona de conforto aumenta a própria zona de conforto, pois você domina as zonas desconhecidas e medrosas); 17º aprendem e se aprimoram o tempo todo e não acreditam que já sabem tudo ou que nada têm para aprender.
Enfim, o livro é muito bom e me fez realmente perceber os erros que cometo e também as inúmeras desculpas esfarrapadas que uso como justificativa para atos fracassados, mesquinhos, medrosos ou ignorantes. Realmente valeu a pena lê-lo. Agora me cabe colocar aqui um pouco das minhas longas reflexões baseadas em minha personalidade, ou seja, minha auto-desmistificação. Vejamos também por tópicos: 1º eu não sou tímida, apenas sou reservada e não tenho hábito (e nem gosto muito) de conversar verbalmente; 2º eu não sou incapaz profissionalmente, ap
enas não sabia com o que gostaria de trabalhar ou no que meu perfil se encaixaria. É amplamente licito ter insegurança ao pensar que vai fazer algo pela primeira vez, isso sempre aconteceu nos primeiros dias de aula na escola, na primeira (e única) prova de vestibular, na primeira viagem sozinha, no primeiro estágio, no primeiro relacionamento amoroso incluindo o primeiro beijo e a primeira transa, no primeiro dia de trabalho na umbanda, e dentre tantas outras primeiras atitudes, assim já é também quanto ao primeiro emprego/trabalho. Depois a rotina se instalará e a segurança assumirá seu comando integral. Só não posso me acomodar dentro da própria insegurança e transforma-la em incapacidade vivendo tão facilmente o papel de vitima da vida; 3º eu não sou anormal, apenas sou diferente e tenho personalidade própria; 4º eu mereço o melhor que a vida e o universo têm a oferecer pelo que sou e não pelo que faço, pois minhas atitudes são apenas continuidades de meu ser, ou seja, um reflexo do que eu penso e sinto. Estou trocando o conceito ‘tenho de fazer por merecer’ pelo conceito ‘mereço o que tenho e tudo o que desejo ter pelo que já sou e serei’. Indo mais a fundo neste ultimo tópico, vou adentrar nas minhas duas únicas maneiras diferentes de experimentar o merecimento: 1º revolta por viver algo ruim donde me julgo não merecedora de tal dificuldade/sofrimento; 2º gratidão por viver algo maravilhoso donde me julgo não merecedora de tal dádiva. Esta segunda maneira é dominante e me causa tanto sentimento de culpa quanto uma sensação de ser devedora. Eu me sinto endividada perante a própria existência. É como se as coisas caíssem do céu de graça em minhas mãos. Daí surge a minha resistência à própria sorte e felicidade. Numa frase tipicamente popular eu digo a mim mesma que ‘não mereço tanto’. Existem varias coisas positivas que aconteceram na minha vida que não fiz o mínimo empenho em conseguir e elas ocorreram como se fosse algo predestinado. Algumas realizações ou fatos posso inclusive designar (de minha parte) como intermediáveis. Minha postura é sempre a mesma: fico meia surpresa à principio, espero a ‘ficha cair*’, uso um pouco de resistência (talvez uma falsa modéstia) e recebo o ocorrido com gratidão, agindo (nele, com ou por ele) com total responsabilidade, disciplina e dedicação. Por outro lado tem a revolta por não conseguir as coisas em que empenho e realmente desejo. Eu sinto como se houvesse algo por trás de cada acontecimento, seja ele bom ou ruim. É como se a vida permitisse alguns e bloqueasse outros de forma misteriosa. Como entender isso? O que você acha? Bem, vou continuar pensando sobre isso e depois continuo essa escrita. Até breve e tenha um ótimo dia!”
[i] EKER, T. Harv. Os segredos da mente milionária. Rio de Janeiro: Sextante, 2006

sábado, 23 de agosto de 2008

carta 13

“Olá ‘Ami’!
Lembra que contei sobre os panfletos que rasguei? Pois então, também encontrei algumas coisas interessantes de tempos atrás e estive relendo uma agenda donde houvera marcado algumas entrelinhas comentando sobre alguns livros dos quais sinceramente eu nem me lembrava mais de tê-los lidos. Resolvi, portanto, repassar para o computador e publicar aqui. O primeiro chama-se O doce veneno do escorpião[i]. Tal livro conta a vida real de uma jovem entremeio a prostituição. A narradora e personagem principal é uma moça adotada por um casal com duas filhas legítimas. O cenário da riqueza tendo uma mãe do lar (apesar de formada) é desmoronado quando seu pai sofre um grave acidente e não pode mais trabalhar. De tal modo, a família precisa se adequar a nova situação tendo que morar em um sítio, uma vez que não conseguem manter o mesmo status. O livro descreve uma parte de sua adolescência, seus relacionamentos com rapazes e sua vida de colegial, onde o limite sempre era desafiado. Durante sua adolescência ela começa a mostrar certa curiosidade pelo prazer do mundo da sexualidade. Enquanto jovem, bonita e muito inteligente, precisava apenas de um pequeno empurrão para que ela partisse definitivamente para o mundo da prostituição. Daí a leitura prossegue incluindo todas as dificuldades de alguém que perde uma posição superior e não consegue encaixar-se muito bem noutra de nível inferior, incluindo atos de roubo, brigas e por fim a prostituição e o mundo das drogas com sua saída de casa. Sinceramente não gosto muito de leituras do gênero por achá-las sem utilidade, mas também não as desprezo, pois sendo história verídica, existe uma fusão interessante de ser analisada: a moça de família cercada de valores éticos e a profissão dela como prostituta. Creio que nada mais vale a pena do livro para ser comentado. Retirando o sadismo sexual de um lado, o livro vale como reflexo de que a vida dá muitas voltas e tudo pode proporcionar aprendizado. Ao menos ela conseguiu sair da prostituição e ainda ter sua ‘boa’ fama com direito a autógrafos, matérias de televisão, viagens internacionais para lançamento dos livros e tudo o mais.
Outro livro que eu também lera chama-se Faça dar certo
[ii]. O autor diz que somos cem por cento responsáveis pelo nosso destino e sendo assim, o acaso é teoria dos ignorantes. A repetição da frase seguinte é básica para todo e qualquer livro de auto-ajuda: o sucesso é para quem acredita que tudo pode dar certo em sua vida. Só é próspero quem tem mentalidade próspera. Achei legal notar na leitura que as pessoas ‘pobres’ são vistas como seres incapazes de passar por um processo de desenvolvimento que possam transformá-las em indivíduos auto-suficientes e bem estruturados. A cultura está acostumada a discriminar os coitadinhos tornando-os mais incapazes e inferiores sem uma real possibilidade de ascensão social. È uma falsa idéia que precisa ser mudada. Gostei da definição de pobre como sendo aqueles que acreditam na carência de seu próprio valor, de seus dons e talentos. São aqueles que se negam enquanto parte do poder Universal e não enxergam as boas oportunidades nas situações que a vida lhe apresenta. Também achei válido a menção de que a religião instigou no homem a crença no pecado. Ao mesmo tempo, passou a idéia de que o acúmulo de riquezas poderia ser sinônimo de avareza, tentação e egoísmo. E no final a igreja sempre saiu lucrando com isso. É preciso resgatar a idéia de que a humildade independe da condição financeira.
É uma grande verdade dizer que somos constantemente ameaçados pelos pensamentos e sentimentos negativos, mas podemos reagir. Não é justo para conosco mesmos aceitar a posição de vítima. Quando reagimos, aprendemos e lucramos. Tudo é conquista. Estou me esforçando para construir uma atitude mais positiva e progressista. Essa talvez seja a maior peleja de minha vida e se reflete em tudo o que sou e já vivi. A vida não quer abstinência, sofrimento, nem escassez. Ela nos proporciona os meios para evitarmos isso. Consigo entender que riquezas são conquistas alcançáveis quando possuo uma mentalidade próspera. Estou cansada de saber que meu caráter é o resultado dos meus pensamentos e atitudes, que não há privilégios no Universo, que cada um retira da abundância universal aquilo que crê, que ser normal não é sinônimo de ser natural, que sou única podendo ter a ousadia de ser eu mesmo, etc, mas porque mesmo assim ainda tenho momentos donde acredito mais nas dificuldades e fracassos? Não quero estar cercada pela minha resistência interior e é por isso que estou escrevendo tudo isso.
Eu ainda me sinto sendo uma pessoa ‘boazinha’ demais. Preciso aprender que bondade é um ato de generosidade e não uma obrigação. É a ajuda sem paternalismo, sem temor e sem expectativa. Ainda continuo lutando para deixar de buscar a aprovação dos outros e não ser manipulável. E é com a dignidade de ser uma pessoa autêntica que quero direcionar minha vida rumo ao sucesso e à prosperidade.
O autor divide a mente em três níveis: o consciente que é lúcido e limitado, o inconsciente que é profundo e sem limites, e o subconsciente que funciona como uma porta entre o consciente e o inconsciente. Na mente consciente temos o poder de escolher os pensamentos. No subconsciente temos a habilidade de materializar na vida tudo aquilo que pensamos. Isso quer dizer que, quanto mais eu prestei atenção nos comentários dos outros a meu respeito, mais eu me impressionei de forma errada e destoante. Foi dessa forma que criei um padrão de personalidade incapaz, tímida e anormal em meu subconsciente. Foi daí que surgiram as energias para as diversas situações de tudo o que já vivi e venho vivendo. Estou dando duro para não dar importância às coisas que não vão me trazer benefícios. Quero mudar por completo o meu senso de realidade apagando tais padrões de pensamentos. Não acreditarei mais no que os outros pensam a meu respeito, pois me vejo como uma pessoa especial, amada por Deus e sinto que a vida está pronta para me dar tudo que é importante para meu crescimento. Reconheço que minhas mãos podem produzir fartura em tudo que tocam e para mim não há problemas. Toda situação é uma a ventura cheia de lições interessantes para aprender. Embora seja uma pessoa prudente, não temerei mais a vida, ao contrário, farei dela uma cúmplice de meus desejos. Tudo é justo na vida e eu me aceito como sou, com minhas habilidades e limitações. Estarei constantemente abrindo estaco em minha vida para que o melhor continue chegando até mim. Acredito na ordem universal e deixo a fé mover minha vida. Quero deixar de lado as queixas e preocupações que emperram a vida. Continuarei desenvolvendo o meu bom-humor. Sei que ninguém pode fazer nada por mim a não ser eu mesma.
Não serei resistente à evolução e a prosperidade, pois estou tentando estar a favor das situações que, embora totalmente desagraveis, me são benéficas ou necessárias. Em exemplo posso comentar que minha mãe comprou um laptop novo e quase morri de raiva por isso, mas no fundo sei que essa resistência à tecnologia e a modernidade não é um fator positivo. Reafirmo minha peleja em não sofrer pelos gastos financeiros vendo o dinheiro como uma bênção divina e acreditando que ele nunca me faltara, pois creio na minha total capacidade de realização profissional e o trabalho virá numa simples questão de tempo oportuno. Sou saudável, amorosa em essência e posso sim construir relacionamentos sólidos, íntimos e verdadeiros. Para finalizar, tenho uma família imensamente maravilhosa porque eu assim mereço. E por falar em merecimento, de hoje em diante faço questão de crer que só sou merecedora e de todo o melhor que o universo tem para me oferecer. Depois ainda trabalharei criando uma lista dos meus merecimentos. Bem, por enquanto chega, depois continuo o assunto. Vou refletir e fazer algumas análises. Bom dia para você e tudo de bom, com muito otimismo e alegria!”.
[i] SURFISTINHA, Bruna. O Doce Veneno do Escorpião. São Paulo: Panda Books, 2005.
[ii] GASPARETTO, Luiz Antônio. Faça dar certo. São Paulo: Ed. Vida e Consciência, 2001.