Obrigada pela visita!

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

A era do espírito...

Olá ‘Pessoal do mundo todo’! Acabei a leitura de mais um livro chamado A era do espírito[i]. Gostei de uma parte que fala sobre a oração citando a mensagem de Jesus sobre pedir e receber, sobre orar e vigiar. Não devemos esquecer jamais que o bem maior que temos é a vida que Deus nos outorgou para nosso crescimento espiritual. Qualquer dificuldade é tirada de letra quando estamos revestidos com o escudo da fé e da confiança. É muito bom sentir que alguém nos ama do outro lado dessa vida, ou seja, do lado da verdadeira vida. É bom sentir que estamos amparados e que amigos espirituais lutam para promover nosso sucesso como espíritos imortais. Isso nos confere leveza diante das intempéries, faz-nos sentir livres da tristeza e da depressão. Faz a vida ser linda e o amor existir dentro de nós. De resto o livro trata de assuntos bem corriqueiros da atualidade. Por momento é só. Muita luz a todos e até a próxima leitura...
[i] FERREIRA, Elsa Cândida. (Luiz Sérgio). A era do espírito. São Paulo: Panorama, 2003.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sonho (respondido) de machismo...

Inicialmente "Alra" relatou-me os seguintes sonhos ao acordar: “Primeiro eu estava com minha mãe num clube de águas quentes e passávamos de uma piscina para outra (as piscinas eram emendadas). O sol estava quente e disse que teríamos de ficar na sombra, uma vez que estávamos sem chapéu e sem óculos de sol. Nisso adentramos numa piscina que era coberta e na seqüência eu não tive como passar para a próxima piscina, pois estava escuro e eu não conseguia enxergar direito. Uma menina passou rápido perto de mim e disse que a próxima piscina estava vazia e constatei que de fato ninguém a utilizava. Tentei visualizar se o vazio que a menina falara era sem água, mas não conseguia enxergar. Pensei que talvez a mesma não estivesse sendo utilizada por conter água fria ou por ser muito funda. Preferi não arriscar.
A segunda lembrança que tenho é de estar aos beijos com um rapaz em um local público, mas não lembro exatamente que tipo de lugar era. Havia outros casais, eu estava bem tranqüila e segura de mim. Eu beijava-o apenas com os lábios de maneira lenta e longa conforme o gosto dele, mas procurava me satisfazer também. Houve um momento em que eu tentei um beijo de língua, mas ele demonstrou desagrado e respeitei-o buscando outras formas de agradar-me do beijo e realmente eu conseguia isso. Era como se estivéssemos descobrindo maneiras agradáveis de nos beijar dentro do gosto pessoal de ambos e, assim, usufruir o momento para troca de prazer. Eu não sentia existir laço de compromisso entre nós, ou seja, não existia afeto de forma mais profunda (creio que de ambas as partes). Interessante notar que eu me sentia favorecida por isso e até posso dizer que essa era a minha segurança maior. Parece contraditório dizer que sentia segurança por não haver compromisso ou amor, mas eu focava a existência de liberdade, respeito e nenhuma cobrança. Embora no sonho ele fosse um rapaz desimpedido, esses sentimentos me remetem aos relacionamentos que já tive com homens casados. Outro ponto interessante é que eu me sentia no domínio da situação, não no sentido de posse ou de autoridade sobre ele, mas no sentido de autonomia, de coragem para me satisfazer, de capacidade de autodesempenho sem medo de desagradar. Essa sensação me é falha na vida real, não só em questão de relacionamentos, mas com tudo em geral. Também notei que sendo mais ativa do que passiva eu me sentia na posição de homem, não de forma literal, mas de forma crítica ao que eu estava fazendo, ao meu comportamento. Claro que no sonho isso não me incomodou e nem deveria, mas na vida real eu não sou tão ativa e atuante assim. Sei que é besteira, principalmente no século atual, separar ativo para masculino e passivo para o feminino, mas na prática isso sempre me freou as atitudes. Raras foram às vezes que consegui tomar iniciativa perante uma figura masculina, independente da idade. Talvez isso até indique submissão, mas creio ser uma rigidez de postura passiva que joga a obrigação sobre o mais forte. É como se eu fosse antiquada por vontade ou, ao menos, por culpa própria.
Houve um momento em que tive orgasmo apenas com os beijos e senti-me estranha por ter provocado, permitido e sentido aquilo antes da hora. Nisso começou a pingar muito de um liquido azul da minha vagina como se fosse tinta bem escura. Só dava para notar que era azul quando a mesma caia no chão e esparramava. Fiquei muito assustada com aquilo pela anormalidade do fato. Questionava-me se teria feito algo errado para aquilo estar acontecendo comigo. Existia um sentimento de culpa, mas eu também pressupunha que apenas sentia aquilo por causa de crenças castradoras que existiam em mim. Em seqüência jorrou uma bola do mesmo liquido na cor vermelha e pensando ser sangue coagulado fiquei tranqüila pois, embora aquilo não fosse normal, ao menos sendo vermelho eu sabia que era sangue. Depois disso eu voltei ao normal e então acordei. Confesso que fico chocada com sonhos desse tipo, pois são muito estranhos e não sei o que representam. Pode parecer um absurdo, mas acho que eu sou machista por natureza. Estive pensando como eu seria se fosse um homem. Creio que eu buscaria uma mulher exatamente como sou, ou seja, mais recatada, caseira, que gosta de trabalhos manuais e que aprecia a natureza. Não que eu quisesse ser homem, mas sinto que enquanto sendo mulher eu sou agravada por minhas próprias crenças antiquadas. Será que o sonho representa que ainda estou na tentativa de reconciliação de anima X animus?”
Disse-lhe que seu primeiro sonho tinha simbolismo de transição e mudanças: nadar na vida, nas águas primordiais. Poder-se-ia pensar em estado de regressão ou regressivo, mas não preferi supor isso. Havia relação com a vida ligada a forte presença da mãe, seja por simbiose ou por proteção. Piscinas, conteúdo sombrio desconhecido, avanço, busca de referências, cautela, arriscar, ficar, tomar cuidados, etc. Uma menina passa rápido, ou seja, impulsos, foco de atenção, mobilização de seus filtros de referências externas. Seu estado de consciência não arisca de imediato, pois avalia o cenário para se posicionar. Eis mudanças de atitude decorrentes de novas posturas assumidas frente à realidade. O sonho demonstra que, na vida real, as pessoas se preparam para realizar mudanças externas de cenário, ou então, a psiquê se atualiza, se modifica, preparando-se para que as transformações sejam internas, e não no cenário. Daí a diferença entre o que podemos mudar fora e o que necessitamos mudar dentro. É apenas um sonho de atualização psíquica
Disse-lhe (sobre o segundo sonho) que a atitude pode, sem dúvida, chamar de pró-ativa. "Alra" se assume no seu desejo, rompe com o tradicionalismo, o conservadorismo, o modelo de mulher incorporado, por si própria, como o adequado, o valorizado, o idealizado, o aceitado pelos seus princípios e valores, e exercita a sua experiência pessoal de ser mulher, como individuo que se dá o direito de se descobrir na busca do que lhe dá prazer, na satisfação dos seus desejos e fantasias. Sua experimentação pode deixá-la desconcertada, pois rompe com o seu modelo clássico de mulher que funciona focada no prazer do homem (como objeto de prazer dele), para avançar na busca de carícias que satisfaçam a sua própria demanda afetiva.
Disse a "Alra" que conceitualmente ela estava prisioneira de uma fixação oral em decorrência de uma oralidade não satisfeita na fase de vivência simbiótica com a mãe. A vivência oral realizada no exercício da sexualidade adulta pode permiti-la viver o não vivido e se libertar ou liberar energias aprisionadas na frustração do momento passado. Para essa liberação não basta apenas viver a sexualidade de forma plena ou ter expectativa de que o outro satisfaça o seu desejo. É necessário que ela parta em busca do seu próprio prazer, siga a referência íntima de sua necessidade, dos seus desejos e de seus impulsos. Isto pode parecer assustador e chocante, primeiro por que nos coloca alinhados, ou sob o poder da força de satisfação dos desejos. Em geral nem sabemos de onde os desejos vêm e onde eles podem nos levar, mas a consciência nos guia, pois permite, nesta jornada do imponderável, exercitar-se para realizá-los dentro de princípios e limites de segurança e bom senso. Disse-lhe que é preciso se permitir ser pró-ativa, descobrir seus desejos e o caminho de saciá-los, sem colocar no outro a responsabilidade de que ele a faça feliz e realizada. Afirmei-lhe que a sexualidade está em seu corpo, na sua energia, ou seja, é preciso se conhecer para que possa se libertar ou transmutar dessa sexualidade e energia, transcendendo-a de forma plena ao seu tempo.
A sociedade já vem rompendo com os modelos puros de homem e mulher. Quase já não existe os modelos de ativo para falus e passivo para vagis. Mulheres que se responsabilizam pela satisfação do prazer permitem aos homens que se façam passivos e objetos de prazer para no momento seguinte serem ativos e que, ainda, satisfaçam as mulheres que gostam da virilidade máscula. Não há modelos pré-definidos como no passado de o homem ativo e mulher passiva. Disse-lhe para ser livre na sua busca de prazer. O sonho compensa seus desejos e mostra o caminho que deve ser seguido para encontrar a satisfação dos anseios. "Alra" precisa encontrar o seu caminho pessoal para ser feliz. Isso é seu direito e é seu dever para consigo mesma. Ela precisa refazer conceitos e deixar que essa mulher que existe em seu interior aflore e mostre a sua força, beleza e determinação.
COLABORAÇÃO ESPECIAL: M. EDUARDO
APOIO: A_LINGUAGEM_DOS_SONHOS

frase de hoje


quarta-feira, 28 de abril de 2010

frase de hoje


O diário de Anne Frank... - comentário de Mateus

Vou aprofundar mais um pouco o assunto. Quando o cristianismo surgiu, toda a prática na religião judaica havia se transformado em cerimônias, atos, rituais, sacrifícios, comemorações e simbolismos que obedeciam a um rigorismo exacerbado, onde o aspecto religioso espiritualizante cedera lugar aos interesses imediatistas da vontade política do povo hebreu. Nacionalistas, dominados pelo poderio das legiões romanas, os hebreus, submetidos à condição de escravagismo, ansiavam muito mais pela sua liberdade política, pela qual lutavam desesperadamente. A atividade religiosa entre eles tornara-se prática meramente de aparências. Daí as críticas mordazes de que eram objetos, quando Jesus os qualificava de hipócritas, túmulos caiados por fora e dentro cheios de podridão, lobos vorazes que invadiam as casas das viúvas. Foi assim que o cristianismo desvinculou-se do judaísmo tendo a grande contribuição de Paulo de Tarso. Em Romanos 3, 29-30 temos o seguinte trecho: ‘É porventura Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só...’
No início do século XVI, ao lançar as bases da Reforma Protestante, Martinho Lutero inspirou-se nas cartas de Paulo para estabelecer sua doutrina. Na época de Lutero, a Europa estava emergindo da Idade das Trevas (Idade Média), longo período histórico onde o Catolicismo, para manter sua hegemonia absolutista, impusera sobre as mentes das populações um psiquismo coletivo de pavor. Ao invés de se estimularem os fiéis na busca de valores espirituais, estimulavam-nos na delação e na caça às bruxas, infiéis e hereges. A ‘Santa e Purificadora Fogueira’ fez exalar o cheiro forte dos corpos dessas infelizes criaturas transformados em cinzas. Ao invés de Jesus, o demônio era a figura central nas discussões teológicas e do crente comum. Foi nesse clima de terror religioso, que estava chegando ao fim, mas que ainda produzia seus revérberos, que a voz de Martinho Lutero se levantou contra a opressão do clero poderoso. Sua voz ecoou forte e o Protestantismo consolidou-se como seita cristã. O ato de Lutero, além de provocar um grande cisma no seio da igreja católica, desencadeou também o surgimento de dezenas de outras seitas cristãs, que não pararam de se multiplicar, até aos dias de hoje. Desde então o Catolicismo perdeu para sempre seu exclusivismo sobre o Cristianismo. Ah, e ainda é bom lembrar que os judeus não aceitaram Jesus como ‘o enviado’, pois achavam que este teria de vir rico, poderoso e influente, mas Jesus era apenas um carpinteiro humilde que falava de amor e perdão. Tanto é que os judeus nunca deram valor ao novo testamento, escrito depois de Jesus. De momento essa é minha reflexão. Retorno na próxima leitura. Até lá!

O diário de Anne Frank...

“Olá ‘Pessoal do mundo todo’! Acabei a leitura de mais um interessante livro chamado O diário de Anne Frank[i]. Relata a autobiografia da personagem que ganha um diário no seu décimo terceiro aniversário, o qual se transformou posteriormente no livro. Anne foi uma jovem que nasceu em 12 de junho de 1929 e tinha uma irmã três anos mais velha. Sua família mudou-se de Frankfurt para a Holanda em 1933 por causa das perseguições aos judeus. Estes tinham uma série de restrições além de ter que usar o distintivo de uma estrela amarela de seis pontas bem à vista. Ela fez do diário a sua melhor amiga e inclusive nomeou-a de Kitty, escrevendo-lhe em formato de cartas para relatar e dividir os acontecimentos mais marcantes e secretos. É uma escrita chocante que emociona. Ela relata que noite após noite, os caminhões verdes e cinzentos do exército percorriam as ruas. Os alemães perguntavam em todas as portas se haviam judeus morando nas casas. Se houvesse tudo era revistado. Em algumas ocasiões cobravam caro para deixar algum judeu escapar. Ela associa o fato com as caçadas aos escravos das épocas ainda mais remotas. Nenhum judeu era poupado a trilhar a marcha para a morte. Assim se formavam as filas de crianças chorando, doentes, mulheres grávidas e idosos que caminhavam sob as ordens e maus tratos dos homens tiranos do exército. Enquanto isso ela e seus familiares mais próximos permaneciam refugiados no que ela chamou de ‘anexo secreto’, um esconderijo que ficava no edifício onde seu pai tinha um escritório de trabalho. A história transparece uma grande lição de paz obtida pela resignação de Anne: quando deixamos de fazer exigências impossíveis, todas as situações, pessoas, lugares e fatos ficam satisfatórios e muito mais harmoniosos, serenos e pacíficos. Qualquer coisa que aceitemos plenamente vai levar-nos à paz, o que inclui a aceitação inclusive daquilo que não conseguimos aceitar, daquilo a que estamos resistindo. Outra lição que ela deixa explicita: quanto mais recuamos diante da verdade por dificuldade de dizê-la, mais difícil se torna para os outros ouvi-la. Interessante notar que ela tinha dificuldade de expor seus verdadeiros sentimentos e sempre se portava de maneira diferente do que devia quando na presença de outras pessoas. Embora sem saber por qual razão, ela não confiava nas pessoas, nem mesmo nos mais próximos. Também me sinto assim. Também concordo com ela que o melhor remédio para os que sentem medo, solidão ou infelicidade é ir para um lugar ao ar livre, onde possa estar sozinha com o céu, a natureza, com Deus. Assim é mais fácil sentir que tudo está como deve estar e que Deus nos quer ver felizes na beleza simples da natureza. Enquanto a natureza existir haverá sempre consolação para todas as tristezas, sejam quais forem as circunstancias. Assim como ela, eu acredito firmemente que a natureza trás alivio a todas as aflições e que os portadores de fé e coragem jamais perecerão na desgraça.
Já ao final do livro ela escreve sobre suas esperanças de liberdade donde seriam tidos como gente de novo e não apenas como judeus condenados à morte. Ela questiona por que tanto horror para com os judeus se enquanto judeus também eram todos filhos criados por Deus. Por tanto sofrimento ela tinha esperanças de que Deus ainda os elevaria novamente enquanto nação sobre a Terra e, ao invés de condenados, um dia ainda seriam apontados como exemplos. Se formos analisar bem, os judeus sempre sofreram perseguição ao longo da história do passado, tanto que Jesus foi crucificado. Entretanto creio que a superação não se deu unicamente com leis de justa igualdade entre todos os humanos, mas também com a força cultural e religiosa dos judeus que existem no mundo atual. Não penso que os judeus sejam uma raça escolhida por Deus como diz a tradição das histórias bíblicas (começado com Abraão, depois Isaac, Jacó, Moises, Josué, etc). Isso para mim é um elitismo tolo.
Terminando a história de Anne, é relatado no livro que o ‘Anexo Secreto’ foi saqueado e destruído durante uma batida policial ocorrida em 4 de agosto de 1944. O diário de Anne seguiu no meio de jornais velhos e foi encontrado por um limpador, sendo então entregue a Miep Gies (quem ajudou a família de Anne a se refugiar durante o nazismo) e depois a Otto Frank, pai de Anne, o qual por um milagre escapou de ser morto numa câmara de gás. Otto Frank foi o único membro da família que sobreviveu e voltou para a Holanda. Ao ser libertado, soube que a esposa havia morrido e que as filhas haviam sido transferidas para Bergen-Belsen. Ele ainda tinha esperança de reencontrar as filhas vivas. Anne e sua irmã contraíram tifo em fevereiro de 1945. Annelise Maria Frank faleceu poucos dias depois da morte de sua irmã Margot. Estima-se que cerca de 17 mil pessoas morreram por causa da epidemia. Anne morreu com apenas 15 anos de idade e seu corpo junto a outros tantos foi jogado numa pilha de cadáveres e então cremados. Miep Gies, sua irmã e seus pais correram risco de vida, mas ajudaram inúmeros judeus fugidos da Alemanha para a Holanda durante o nazismo. Sua corajosa atuação na Amsterdã sob ocupação alemã começou em julho de 1942. Gies trabalhava como secretária do pai de Anne, o qual era dono de uma loja de produtos alimentícios. Em 1947 Otto publicou os diários da filha, que vieram a se tornar um dos livros mais lidos do mundo, traduzido para mais de 60 línguas. Foi bom tê-lo lido! Pois assim termina a história e de momento é isso, retorno na próxima leitura. Até lá!”

[i] FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Trad.: Élia Ferreira Edel. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 1947.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sapatinho de hoje!

Super cacho do quintal!