Vou aprofundar mais um pouco o assunto. Quando o cristianismo surgiu, toda a prática na religião judaica havia se transformado em cerimônias, atos, rituais, sacrifícios, comemorações e simbolismos que obedeciam a um rigorismo exacerbado, onde o aspecto religioso espiritualizante cedera lugar aos interesses imediatistas da vontade política do povo hebreu. Nacionalistas, dominados pelo poderio das legiões romanas, os hebreus, submetidos à condição de escravagismo, ansiavam muito mais pela sua liberdade política, pela qual lutavam desesperadamente. A atividade religiosa entre eles tornara-se prática meramente de aparências. Daí as críticas mordazes de que eram objetos, quando Jesus os qualificava de hipócritas, túmulos caiados por fora e dentro cheios de podridão, lobos vorazes que invadiam as casas das viúvas. Foi assim que o cristianismo desvinculou-se do judaísmo tendo a grande contribuição de Paulo de Tarso. Em Romanos 3, 29-30 temos o seguinte trecho: ‘É porventura Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só...’
No início do século XVI, ao lançar as bases da Reforma Protestante, Martinho Lutero inspirou-se nas cartas de Paulo para estabelecer sua doutrina. Na época de Lutero, a Europa estava emergindo da Idade das Trevas (Idade Média), longo período histórico onde o Catolicismo, para manter sua hegemonia absolutista, impusera sobre as mentes das populações um psiquismo coletivo de pavor. Ao invés de se estimularem os fiéis na busca de valores espirituais, estimulavam-nos na delação e na caça às bruxas, infiéis e hereges. A ‘Santa e Purificadora Fogueira’ fez exalar o cheiro forte dos corpos dessas infelizes criaturas transformados em cinzas. Ao invés de Jesus, o demônio era a figura central nas discussões teológicas e do crente comum. Foi nesse clima de terror religioso, que estava chegando ao fim, mas que ainda produzia seus revérberos, que a voz de Martinho Lutero se levantou contra a opressão do clero poderoso. Sua voz ecoou forte e o Protestantismo consolidou-se como seita cristã. O ato de Lutero, além de provocar um grande cisma no seio da igreja católica, desencadeou também o surgimento de dezenas de outras seitas cristãs, que não pararam de se multiplicar, até aos dias de hoje. Desde então o Catolicismo perdeu para sempre seu exclusivismo sobre o Cristianismo. Ah, e ainda é bom lembrar que os judeus não aceitaram Jesus como ‘o enviado’, pois achavam que este teria de vir rico, poderoso e influente, mas Jesus era apenas um carpinteiro humilde que falava de amor e perdão. Tanto é que os judeus nunca deram valor ao novo testamento, escrito depois de Jesus. De momento essa é minha reflexão. Retorno na próxima leitura. Até lá!
No início do século XVI, ao lançar as bases da Reforma Protestante, Martinho Lutero inspirou-se nas cartas de Paulo para estabelecer sua doutrina. Na época de Lutero, a Europa estava emergindo da Idade das Trevas (Idade Média), longo período histórico onde o Catolicismo, para manter sua hegemonia absolutista, impusera sobre as mentes das populações um psiquismo coletivo de pavor. Ao invés de se estimularem os fiéis na busca de valores espirituais, estimulavam-nos na delação e na caça às bruxas, infiéis e hereges. A ‘Santa e Purificadora Fogueira’ fez exalar o cheiro forte dos corpos dessas infelizes criaturas transformados em cinzas. Ao invés de Jesus, o demônio era a figura central nas discussões teológicas e do crente comum. Foi nesse clima de terror religioso, que estava chegando ao fim, mas que ainda produzia seus revérberos, que a voz de Martinho Lutero se levantou contra a opressão do clero poderoso. Sua voz ecoou forte e o Protestantismo consolidou-se como seita cristã. O ato de Lutero, além de provocar um grande cisma no seio da igreja católica, desencadeou também o surgimento de dezenas de outras seitas cristãs, que não pararam de se multiplicar, até aos dias de hoje. Desde então o Catolicismo perdeu para sempre seu exclusivismo sobre o Cristianismo. Ah, e ainda é bom lembrar que os judeus não aceitaram Jesus como ‘o enviado’, pois achavam que este teria de vir rico, poderoso e influente, mas Jesus era apenas um carpinteiro humilde que falava de amor e perdão. Tanto é que os judeus nunca deram valor ao novo testamento, escrito depois de Jesus. De momento essa é minha reflexão. Retorno na próxima leitura. Até lá!
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