Obrigada pela visita!

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

ALMOÇO ESPECIAL COM ABOBORA, MANJAR, GELATINA E PUDIM DE SOBREMESA!




Mateus em Caldas!

Às sete horas de tal dia, "Graúda" e sua mãe estavam acordando. O cômodo que fora alugado continha apenas uma pia, um banheiro, uma mesa com um pé quebrado encostada de apoio na parede, duas camas e nada mais. Razoavelmente dava-se para um improviso temporário. Depois de comerem algo improvisando um café da manhã, "Ágape" e "Graúda" foram para o clube Di Roma donde ficaram até horário de almoço. No retorno deste para casa, "Graúda" comprou um salgado e comendo pelo caminho, enquanto "Ágape" comia sua maçã, foram até o salão de beleza da proprietária do cômodo alugado. "Graúda" pagou-lhe mais um mês (o de maio) e assim as duas seguiram de volta para casa, chegando nesta às três horas e meia da tarde. Somente então puderam apetecer o estomago. "Graúda" comeu uma sobra de arroz com atum e "Ágape" alimentou-se de seu abacate com limão, banana e linhaça, rebatendo com mexerica. Por fim ambas acabaram dormindo um cochilo enquanto uma chuva grossa desabou do céu. Em seqüência, tomaram banho frio e foram outra vez ao supermercado da rua de baixo para comprarem uns itens necessários para a sopa que "Graúda" pretendia fazer de janta. Ao retornarem, enquanto "Ágape" rezava sua novena, "Graúda" preparou a comida que lhes foi merenda final do dia. O tempo dera uma leve esfriada e tudo aparentava estar tranqüilamente bem.Por volta das oito horas da noite, "Mateus" ligou no celular de "Graúda" para dizer que estava em Caldas Novas. "Ágape" lhe passou o endereço e algum tempo depois ele chegou de moto-táxi. "Mateus" resolvera fazer tal viagem de ônibus, pois o seu carro estava sendo utilizado na empresa paterna. "Ágape" foi receber seu amado no portão com imensa alegria. Pouco depois começou a chover novamente. Sem nada de especial para fazer, ficaram conversando os três enquanto "Ágape" e "Mateus" matavam as saudades depois de quase um mês separados. Uma coisa surpreendia "Ágape" e no entanto ela preferia nada comentar: "Mateus" fazia viagens internacionais para lá e para cá como se estivesse indo de um estado para outro. Isso para "Ágape" ainda era quase um espinho entalado na goela por causa das despesas financeiras. Em alguns momentos, visualizando toda a sua simplicidade de viver e o seu enorme problema com gastos financeiros, ela duvidava que fosse realmente uma mulher condizente para enamorar-se de "Mateus". De todo modo, os sentimentos lhe falavam mais que os pensamentos atordoantes e surpresos. Juntos numa cama de solteiro, "Ágape" se aconchegou nos deliciosos braços fortes de "Mateus" e inutilmente tentaram dormir. "Mateus" ficou acariciando o corpo de "Ágape" como sempre fizera numa maneira terna de lhe apagar os sentidos, mas ao invés de sono, ela foi sentindo-se excitada. Assim que "Graúda" começou a roncar, dando a entender que dormira, "Ágape" e "Mateus" se amaram silenciosamente e sem nenhuma pressa. No êxtase do maravilhoso momento de magia e prazer entre ambos, "Ágape" beijou o corpo de seu amado enquanto ele continuava acariciando-a carinhosamente por completo. Ambos continuaram a conversar na tentativa de colocar a conversa em dia, pois "Mateus" realmente tinha muito a relatar sobre seus estudos e a vida dinâmica e às vezes corrida, tão diferente do dia-a-dia de "Ágape". Enquanto isso, "Ágape" foi sentindo-se excitada novamente com as caricias de "Mateus". Ela ainda se surpreendia com a maneira respeitosa, carinhosa, cuidadosa e especial com que ele a tocava, fazendo-a sentir-se muito aconchegada, feliz, protegida, amada e excitada com facilidade. Sem conseguir segurar seus desejos físicos, "Ágape" lhe revelou sua vontade intima e calmamente se amaram outra vez, tomando todo o cuidado com o silencio necessário para "Ágape" não acordar. Depois disso, "Ágape" e "Mateus" finalmente procuraram dormir verdadeiramente, mas foi difícil conciliar o sono de tanto regozijo por estarem juntos. "Mateus" continuou acariciando "Ágape" até que a sonolência veio tomar conta dos dois amores que agarrado um ao outro dormiram sentindo o perfume e o calor do corpo alheio. Lá fora a chuva permanecia confabulando o clima romântico.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A dar com o pau

Significado: Com abundância, em quantidade.
Histórico: O substantivo “pau” figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, para isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu para o estômago dos infelizes, a dar com o pau.

Viagem para Caldas

Ainda cedo, "Ágape" recebeu a ligação de "Mateus" na Internet. Ela lhe contou que pegaria o ônibus do meio dia para Caldas Novas junto de sua mãe. "Mateus" lhe perguntou o que ela sentiria se ele pudesse estar junto dela em tal viagem. Cheia de boas imaginações, ela deixou a resposta expressar-se num amplo sorriso e sem demora perguntou se existia alguma possibilidade disso acontecer. Quando ele respondeu que ia pensar, "Ágape" sentiu que aquilo era um “sim” confirmado, mas não quis encher-se de expectativas. De toda forma isso lhe atribuiu um inicio de viagem todo especial e mais alegre. Depois de arrumar as pendências das malas (com algumas coisas de comer), "Ágape" e “Graúda” foram para a rodoviária de ônibus, lá chegando por volta de uma hora antes do embarque. Depois de "Graúda" comprar as passagens, ambas sentaram-se para aguardar o embarque. Depois deste, às uma hora da tarde, o ônibus fez uma parada em Araguari. Após passarem na divisa de Minas Gerais com Goiás, o motorista parou num posto fiscal e embora não fosse para ninguém sair do ônibus, algumas pessoas desceram para fumar. Nisso a mulher que estava sentada ao lado de "Graúda" (na outra fileira), reclamou do mal-cheiro de cigarro, uma vez que o motorista voltou rápido da cabine e não deu tempo suficiente para ninguém terminar de expirar o ar tóxico dos pulmões. Uma das fumantes que havia entrado carregando a catinga de cigarro sentiu-se ofendida pela reclamação da outra senhora e mandou ela ir comprar um carro para andar por conta própria. Foi uma tamanha baixaria e as duas quase se estapearam dentro do ônibus. O trajeto seguiu com mais algumas paradas a fim de pegar passageiros e ainda antes das quatro horas da tarde, "Ágape" e "Graúda" estavam desembarcando na rodoviária de Caldas Novas. Ambas foram caminhando até o cômodo alugado. No caminho "Ágape" parou para comer um pedaço de bolo que ficara todo amassado com o carregar da mala cheia de abacates e mexericas. Depois de deixarem as malas no cômodo, as duas saíram inda até o terreno de "Ágape", passando em seguida a um supermercado e na casa de um encanador para ser instalado o chuveiro que "Graúda" achava que tinha levado. Quando o homem apareceu para fazer o serviço, eis que "Graúda" revirou as malas todas e constatou que havia esquecido o chuveiro para trás. Ela ficou toda desconsolada, pois fora o primeiro objeto que arrumara para levar na viagem, cujo cano até comprara no dia anterior. o banho acabou tendo de ser frio. "Graúda" cozinhou no mini-fogão que já fora levado por “Pituca” e o dia encerrou-se sem maiores aventuras. "Ágape" estava tranqüila e feliz com seu passeio. Dormir fora de casa como sempre era complicado para "Ágape" pela falta de seus travesseiros e o cheiro de mofo dos colchões velhos que se encontravam nas camas. Além disso, o clima estava muito calor e os pernilongos não lhe deixava ficar descoberta, de modo que dormir ficou bem difícil. Depois de horas pelejando enquanto virava de um lado para outro, "Ágape" teve sonhos esquisitos com sua irmã e demais pessoas de sua família. Não foi uma noite de sono muito agradável, mas isso também já fazia parte da vida de "Ágape".