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segunda-feira, 20 de abril de 2009

ação e reação - resumo do livro - primeira parte

Ação e reação[i]. André e Hilário vão à ‘Mansão da Paz’, no umbral, para aprendizados ou complementações referentes à Lei de Causa e Efeito. Assistem a uma conferência, na qual são descritas as várias concepções das antigas civilizações sobre a vida além-túmulo, com resultantes respectivamente boas ou más, sob império implacável da Justiça, segundo as ações de cada um. No exterior da ‘Mansão da Paz’ uma ventania ululante movimentava no ar uma substância escura, qual lama aeriforme, dentro da qual rostos humanos surgiam com lamentos de horror. Eram criaturas cruéis que, segundo o instrutor Druso, ‘odeiam e aniquilam, mordem e ferem’. Tais criaturas não podiam ser abrigadas pois aniquilariam selvagemente seus eventuais acolhedores. Algumas vivem ali por séculos! Não é a primeira vez que vemos situação similar nas obras de André Luiz. O livro leciona que ao criminoso não bastam sofrimentos e purgações, em regiões infernais, sob revolta e inconformismo, mas sim, a cessação da febre de loucura e de rebelião, com o culpado entregando-se ao remorso e à penitência. Por permissão do Senhor, em tais locais, as atividades do mal, de forma direta, fustigando os maus, proporcionam que eles se curem com o próprio mal.
Em recinto confortável e amplo da ‘Mansão da Paz’ reunem-se cerca de duzentos assistidos, na maioria de semblante disforme e triste. O livro contém numerosos ensinamentos sobre o bom ânimo e à construção individual do ‘destino’, quando cada um de nós estagia ora no plano físico, ora no espiritual. Em suma: somos vítimas de nós mesmos, tanto quanto todos somos beneficiários da Tolerância Divina a nos conceder infinitas oportunidades de correção e ressarcimento. Há a informação de que para espíritos equilibrados, ao desencarnarem, retornam-lhes a memória de vidas passadas; já os espíritos intranqüilos, culpados, vêem-se acometidos de amnésia, qual sombra eclipsando-lhes a visão (do passado). Há velada crítica à regressão de memória, por hipnose. Também é relatado sobre espíritos trevosos que, munidos de canhões de bombardeio eletrônico, atacam a Instituição ‘Mansão da Paz’, mas logicamente esta possui defesas eficientes. Equipes socorristas da ‘Mansão da Paz’ atendem recém-desencarnados em desequilíbrio mental, mas credores de imediata assistência. Há várias narrações de recém-libertos da matéria e que só agora se mostram grandemente arrependidos. Um desses dolorosos casos, de grande impacto emocional, mostra a ingratidão filial, e em contraposição, o sublime amor maternal, que a tudo perdoa. O livro leciona que as sombras da consciência só desaparecerão da alma do devedor com o suor do trabalho ou sob o pranto da expiação. Vemos também como a literatura perniciosa que descreve figuras demoníacas pode impressionar espíritos frágeis, que os ideoplasmam, passando a conviver grandes tormentos com essas formas-pensamento auto-edificadas. Há proveitosa explanação sobre como as energias mentais exteriorizadas por cada espírito (na forma de pensamento, por exemplo) sempre retornam à origem, intensificadas pelos elementos - bons ou maus - que com elas se harmonizam.
[i] XAVIER, Francisco Cândido. (André Luiz). Ação e reação. 5ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1976.

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