Li outro livro da série de André Luiz chamado Libertação[ii]. São citados vultos históricos que embora plenos de boas intenções, no entanto não lograram semear a paz e a fraternidade. É dito que a espiritualidade estuda a energia atômica (o livro foi escrito em 1949) em aspectos inimagináveis para os encarnados. Há exortação de auxílio às almas caídas (de desencarnados), agrupadas em regiões trevosas de terrível aspecto. O livro fala dos espíritos desencarnados voltados para o mal: organizam e dirigem cidades espirituais onde almas caídas se refugiam, fugindo envergonhadas de si mesmas. São ‘filhos das trevas que se aglomeram, escorando-se, aos milhares, uns nos outros...’. Sublimes lições de renúncia e gratidão são exemplificadas. Cita-se que as desarmonias da Terra são consideradas em tribunais mais altos do que possamos imaginar. A riqueza material é configurada como prova perigosa e aflitiva. Há uma descrição de tenebroso reino das trevas. Seres de terrível aspecto, gemidos lancinantes vindos de toda parte. O ambiente é sufocante. Ali ‘padecem centenas de milhares de criaturas em amargos choques de retorno à realidade’. A direção dessa região é de um espírito impiedoso que se intitulou grande juiz. Crianças, por compaixão celestial, não são levadas para ali. A lei de ação e reação está presente em toda parte. Mas naquela região das trevas os juízes hipnotizam os ‘réus’ e os condenam e martirizam, ao invés de sugerir renovação moral, única via para a liberdade, consubstanciada na paz de espírito. Vemos descrição do processo da licantropia (doença mental em que o enfermo se julga transformado em lobo). Encontramos também preciosas elucidações sobre sintonia e aura.
São citados os ‘halos vibratórios’ (revestimento de cada espírito). Simples e preciosa lição: a prece edifica barreiras às obsessões. É mostrado como a desarmonia doméstica entre cônjuges pode ser fruto da invigilância de um deles, que durante o desdobramento do sono recebe forte influenciação de obsessores vingativos. Há informação sobre ‘a segunda morte’, representada pela perda do perispírito, seja por grande mérito e ascensão a planos superiores, ou, ao contrário, por demasiada densidade mental na maldade e nos vícios. No primeiro caso, os espíritos que muito evoluem ‘alçam vôo altíssimo’; no segundo, os espíritos mergulhados no mal se transformam em esferas ovóides, quais fetos ou amebas mentais. Estes últimos, para sobreviver, imantam-se a hospedeiros, encarnados ou desencarnados, com eles sintonizados. Achei interessante ler sobre as casas revestidas de lodo e de cheiro repelente que davam o tom ao local pelo qual transitavam milhares de ‘loucos declarados’. Adiante, um brusco despenhadeiro e abaixo dele, furnas e abismos, onde milhares de ‘spíritos alienados mentais se amontoavam. Há reencarnações compulsórias, sob auspícios do Plano Superior, a beneficio de Espíritos em expiação de delitos graves. Realmente existe muito mais no invisível do que almeja nossos olhos ver ou nossa imaginação cogitar.
O bondoso instrutor espiritual dialoga com o poderoso espírito que se arvorou em ‘grande juiz’ dos culpados. O objetivo do instrutor é auxiliar a uma pessoa encarnada que está em vias de alienar-se e desencarnar, por subjugação obsessiva de sessenta espíritos auxiliares desse ‘grande juiz’. São citados os ‘dragões’, espíritos caídos no mal, operando há muito tempo em zonas inferiores da vida. O Autor Espiritual repassa o esclarecimento de que tais acontecimentos são de conhecimento da espiritualidade amiga que, longe de com eles concordar, administra-os porém na medida justa, a benefício de devedores tais, que só a dor e as dificuldades inclinam à redenção. Gúbio, André Luiz e o companheiro Elói integram-se na equipe do poderoso juiz, com o fito de auxiliar à citada vítima da tão cruel obsessão. O capítulo que fala sobre isso é de forte expressão ao mostrar como se processa incessante vampirização pelas formas ovóides, fortemente ligadas ao cérebro da vítima encarnada, cujas energias usuais do corpo físico serviam-lhes de alimento. Há ainda interessantes dissertações sobre imagens religiosas em igrejas e halo vital (aura), cujas cores demonstram o patamar moral dos espíritos (encarnados e desencarnados). Gostei da parte que fala sobre a fluidificação de hóstias. Diz adiante que a beleza física nem sempre é paralela à forma perispirítica. Temos citações sobre os perigos da mediunidade mercantilista e também os tormentos vivenciados no arrependimento pelos abusos do poder. Há excelente lição sobre o ectoplasma. Novos processos obsessivos são também exemplificados e dimensionados. É descrita a terrível influência espiritual negativa mesmo entre espíritos que se querem bem (encarnados e desencarnados), mas sintonizados em vingança. A força do perdão, associada a uma sublime prece, seguida de preciosa doutrinação, rompem duas barreiras do mal, erguida há tanto tempo por almas sedentas de vingança. E aí, assim, diante da força do amor, tais almas reconhecem a permanente caridade de Deus para com Seus filhos, dispensada por intermédio de Jesus e seus prepostos. Desdobrados pelo sono, familiares encontram-se e são orientados à reconstrução de suas existências. A Lei de Causa e Efeito e o amparo fraternal do instrutor reconstituem o passado, levando harmonia aos personagens envolvidos em até então dolorosos dramas.
Fica visível que todos os espíritos têm, no âmago, a centelha imortal do amor. Mesmo aqueles que estão provisoriamente engajados no mal. Nesse caso, sua conversão, ou melhor, seu retorno ao Bem, constitui aprendizado dos mais comoventes. É dissertado quanto ao problema da espiritualidade que se ressente de médiuns desinteressados da humildade. São citados os médiuns que têm procedimento espiritualizado apenas nas poucas horas de duração da reunião mediúnica, quase sempre semanal. Há novos apontamentos sobre o ectoplasma (cópia de ‘força nêurica’). O ciúme é descrito como verdadeira tempestade de fluidos malignos a desestabilizar (principalmente aos médiuns). Vemos aqui como os obsessores influenciam o médium preso de ciúmes, fazendo-o vacilar e perder o concurso da espiritualidade protetora. O livro coloca o centro espírita como um refúgio abençoado para espíritos sinceramente arrependidos e dispostos a mudança de rota, saindo do erro e caminhando na reconstrução. Há ainda uma importante informação: uma mãe suicida, com sua presença espiritual, inocula ‘vírus psíquico’ nos filhos (crianças, ainda), ‘envenenando-lhes a carne delicada, através da respiração’. Formas-pensamento são delineadas, demonstrando a força criadora do pensamento. A reencarnação, raramente apreciada, constitui bênção sublime, divina, face as renovadas oportunidades de progresso que oferta, oportunidades essas que, pela maioria dos que reencarnam, têm aproveitamento prometido antes, são esquecidas durante, lamentadas depois. Mais uma vez é lecionado que a ‘experiência terrena pode ser doloroso curso de renunciação pessoal mas também abençoada escola em que o espírito de boa vontade pode alcançar culminâncias’. A dor e os obstáculos constituem ferramentas de melhoria moral a nosso favor. Vemos o caso de parentesco invertido, isto é, eram mãe e filha; brevemente serão filha e mãe. Também fica claro que a compreensão e a fraternidade, consubstanciando o amor fraternal para aqueles que nos perseguem, são os verdadeiros dissolventes da vingança. O perseguidor é o irmão que tem menos a crueldade e mais a moléstia do orgulho ferido. Findando este abençoado livro André Luiz nos brinda com exemplares casos de libertação (título desta obra) graças ao infinito Amor de Deus, traduzido pela permanente ação fraternal e iluminada do amparo de Jesus.
[ii] XAVIER, Francisco Cândido. (André Luiz). Libertação. 6ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974.
São citados os ‘halos vibratórios’ (revestimento de cada espírito). Simples e preciosa lição: a prece edifica barreiras às obsessões. É mostrado como a desarmonia doméstica entre cônjuges pode ser fruto da invigilância de um deles, que durante o desdobramento do sono recebe forte influenciação de obsessores vingativos. Há informação sobre ‘a segunda morte’, representada pela perda do perispírito, seja por grande mérito e ascensão a planos superiores, ou, ao contrário, por demasiada densidade mental na maldade e nos vícios. No primeiro caso, os espíritos que muito evoluem ‘alçam vôo altíssimo’; no segundo, os espíritos mergulhados no mal se transformam em esferas ovóides, quais fetos ou amebas mentais. Estes últimos, para sobreviver, imantam-se a hospedeiros, encarnados ou desencarnados, com eles sintonizados. Achei interessante ler sobre as casas revestidas de lodo e de cheiro repelente que davam o tom ao local pelo qual transitavam milhares de ‘loucos declarados’. Adiante, um brusco despenhadeiro e abaixo dele, furnas e abismos, onde milhares de ‘spíritos alienados mentais se amontoavam. Há reencarnações compulsórias, sob auspícios do Plano Superior, a beneficio de Espíritos em expiação de delitos graves. Realmente existe muito mais no invisível do que almeja nossos olhos ver ou nossa imaginação cogitar.
O bondoso instrutor espiritual dialoga com o poderoso espírito que se arvorou em ‘grande juiz’ dos culpados. O objetivo do instrutor é auxiliar a uma pessoa encarnada que está em vias de alienar-se e desencarnar, por subjugação obsessiva de sessenta espíritos auxiliares desse ‘grande juiz’. São citados os ‘dragões’, espíritos caídos no mal, operando há muito tempo em zonas inferiores da vida. O Autor Espiritual repassa o esclarecimento de que tais acontecimentos são de conhecimento da espiritualidade amiga que, longe de com eles concordar, administra-os porém na medida justa, a benefício de devedores tais, que só a dor e as dificuldades inclinam à redenção. Gúbio, André Luiz e o companheiro Elói integram-se na equipe do poderoso juiz, com o fito de auxiliar à citada vítima da tão cruel obsessão. O capítulo que fala sobre isso é de forte expressão ao mostrar como se processa incessante vampirização pelas formas ovóides, fortemente ligadas ao cérebro da vítima encarnada, cujas energias usuais do corpo físico serviam-lhes de alimento. Há ainda interessantes dissertações sobre imagens religiosas em igrejas e halo vital (aura), cujas cores demonstram o patamar moral dos espíritos (encarnados e desencarnados). Gostei da parte que fala sobre a fluidificação de hóstias. Diz adiante que a beleza física nem sempre é paralela à forma perispirítica. Temos citações sobre os perigos da mediunidade mercantilista e também os tormentos vivenciados no arrependimento pelos abusos do poder. Há excelente lição sobre o ectoplasma. Novos processos obsessivos são também exemplificados e dimensionados. É descrita a terrível influência espiritual negativa mesmo entre espíritos que se querem bem (encarnados e desencarnados), mas sintonizados em vingança. A força do perdão, associada a uma sublime prece, seguida de preciosa doutrinação, rompem duas barreiras do mal, erguida há tanto tempo por almas sedentas de vingança. E aí, assim, diante da força do amor, tais almas reconhecem a permanente caridade de Deus para com Seus filhos, dispensada por intermédio de Jesus e seus prepostos. Desdobrados pelo sono, familiares encontram-se e são orientados à reconstrução de suas existências. A Lei de Causa e Efeito e o amparo fraternal do instrutor reconstituem o passado, levando harmonia aos personagens envolvidos em até então dolorosos dramas.
Fica visível que todos os espíritos têm, no âmago, a centelha imortal do amor. Mesmo aqueles que estão provisoriamente engajados no mal. Nesse caso, sua conversão, ou melhor, seu retorno ao Bem, constitui aprendizado dos mais comoventes. É dissertado quanto ao problema da espiritualidade que se ressente de médiuns desinteressados da humildade. São citados os médiuns que têm procedimento espiritualizado apenas nas poucas horas de duração da reunião mediúnica, quase sempre semanal. Há novos apontamentos sobre o ectoplasma (cópia de ‘força nêurica’). O ciúme é descrito como verdadeira tempestade de fluidos malignos a desestabilizar (principalmente aos médiuns). Vemos aqui como os obsessores influenciam o médium preso de ciúmes, fazendo-o vacilar e perder o concurso da espiritualidade protetora. O livro coloca o centro espírita como um refúgio abençoado para espíritos sinceramente arrependidos e dispostos a mudança de rota, saindo do erro e caminhando na reconstrução. Há ainda uma importante informação: uma mãe suicida, com sua presença espiritual, inocula ‘vírus psíquico’ nos filhos (crianças, ainda), ‘envenenando-lhes a carne delicada, através da respiração’. Formas-pensamento são delineadas, demonstrando a força criadora do pensamento. A reencarnação, raramente apreciada, constitui bênção sublime, divina, face as renovadas oportunidades de progresso que oferta, oportunidades essas que, pela maioria dos que reencarnam, têm aproveitamento prometido antes, são esquecidas durante, lamentadas depois. Mais uma vez é lecionado que a ‘experiência terrena pode ser doloroso curso de renunciação pessoal mas também abençoada escola em que o espírito de boa vontade pode alcançar culminâncias’. A dor e os obstáculos constituem ferramentas de melhoria moral a nosso favor. Vemos o caso de parentesco invertido, isto é, eram mãe e filha; brevemente serão filha e mãe. Também fica claro que a compreensão e a fraternidade, consubstanciando o amor fraternal para aqueles que nos perseguem, são os verdadeiros dissolventes da vingança. O perseguidor é o irmão que tem menos a crueldade e mais a moléstia do orgulho ferido. Findando este abençoado livro André Luiz nos brinda com exemplares casos de libertação (título desta obra) graças ao infinito Amor de Deus, traduzido pela permanente ação fraternal e iluminada do amparo de Jesus.
[ii] XAVIER, Francisco Cândido. (André Luiz). Libertação. 6ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974.
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