Olá ‘Pessoal do mundo todo’! Que alivio não estar me coçando toda hoje. Tive uma noite tumultuada de sonhos confusos que não recordei muito bem. Lembro vagamente de algumas cenas oníricas: eu estava dançando no meio de uma classe de alunos. Parecia uma dança indiana e eu estava à cerca de dois metros do chão, ou seja, dançando no ar, sobre os demais alunos sentados. Depois disso eu já estava estudando também e parecia com preguiça de copiar a enorme quantidade de coisas que a professora escrevia no quadro branco. Eu não sabia onde estava minha caneta e enquanto procurava por ela, percebi que a professora deveria ter apagado a parte do inicio que eu ainda nem começara a copiar. Não sei que matéria era aquela da qual estava tendo aula, mas parecia gostar do assunto. Também sonhei que lavava a garagem e tirava a sujeira apenas com a força da água, mas a pressão desta não estava me ajudando muito. Tenho certeza que sonhei com minha tia falecida Anita, mas não lembro o que se passou neste em si. Sei que sonhei mais um bocado de coisas, mas realmente de nada lembro além da sensação de assim ter sido. Sonhos esquisitos e neutros, ou seja, nem bom e nem ruim.
Mudando de assunto, terminei a leitura de um livro que houvera pegado emprestado de ‘Belalú’ chamado As sete forças da umbanda[i]. O livro começa contando sobre o homem primitivo. Quando o líder do grupo morria, seu espírito era muito mais temido, pois se em vida era tão forte, como não ficava ao se tornar intangível com a morte? Assim surgiu a bajulação, a adoração, as oferendas para o chefe intocável. A adoração criou os totens sagrados protetores dos que o adoravam. O totem era um ídolo, figura animal, líder morto ou uma força natural, que era protetor da tribo e que todos acreditavam ser descendentes. Todas as religiões passaram pela fase de totemismo. Mas, não haveria em tudo isso que os historiadores descobriram, séculos mais tarde, a influencia de Deus? Concordo que sim. Quando os caçadores saíam para a busca do alimento, na luta pela sobrevivência, numa caverna escondida ficava um homem sozinho encarregado de retratar nas paredes frias da caverna, com suas tintas feitas de carvão, e com seus instrumentos de pedra, a imagem das grandes caçadas. O bisão, a rena, os caçadores com suas lanças e machados eram desenhados com força de expressão e com a pureza do primitivismo. Diz o livro que esses desenhos estão ainda na fruta de Altamira, na Espanha. Podemos ver que em todos os desenhos os caçadores sempre saem vencendo. O significado dessas pinturas não era arte, mas magia. O pintor era o mago que ao desenhar o animal abatido criava as boas influencias para a boa caçada. Ele era o protetor que ao riscar a seta penetrando o corpo animal trazia a sorte aos caçadores. Ele criava a atmosfera mágica. Foram os primeiros magos, os sacerdotes primitivos. Dos seus desenhos dependia a voa caçada, acreditavam os nossos ancestrais. Os animais, a terra e o sol se tornaram deuses no Egito. Os egípcios foram os primeiros povos monoteístas e os primeiros a aceitar a reencarnação. Com os hebreus nasceu o monoteísmo autentico, surgindo um Deus único, o qual perdoa e luta, que conduz seu povo eleito aos caminhos de Canaã, a terra prometida. O nome Jeová é um dos mais misteriosos da teologia hebraica. Entre os judeus era um nome tão respeitado que não era pronunciado para não ser profanado e como substituto o povo hebraico usava a palavra Adonai para designar o Senhor. Só o grande sacerdote tinha direito de dizer o nome Jeová ou Javé e apenas uma vez por semana.
Jesus não foi um Mestre com sistemas complicados e com idéias de fundar uma religião com templos, cerimônias, reis e chefes para levar o podo a Deus. Gostei da parte do livro que explica claramente que a religião de Jesus era o bem, sem precisar de orações decoradas, missas, pagamento de impostos. Cristo reagiu contra os vendilhões do templo e os expulsou, ensinando assim o povo a rezar a qualquer hora, em qualquer lugar, diretamente a Deus, com sentimento e sinceridade. Isso fez com que os sacerdotes do templo se revoltassem contra Jesus e o levassem para a cruz. Todos os cézares, os alexandres jazem por terra, só o Cristo continua sua obra. Porque dele é o reino, o poder e a gloria. Como diz na bíblia, o céu e a terra passarão, mas não passarão as suas palavras. Enquanto Cristo foi enviado para o Ocidente, Buda foi mandado para o Oriente. Ambos traziam a Paz, a imensa, a infinita paz interior. A doutrina de Buda resume-se nas quatro verdades da tradição budista, ditas no sermão de Benares: 1. Tudo é dor; 2. A dor nasce do desejo; 3. A dor acaba quando termina o desejo; 4. para conseguir a paz é preciso controle, boas ações e espiritualizar-se. Se fizermos um paralelo entre Buda e Cristo veremos muita coisa em comum. Muitos ensinamentos têm o mesmo conteúdo, ambos pregaram as mesmas coisas em relação a Deus e ao próximo. Em decorrência a tudo isso, verificamos também que o sincretismo ocorre entre todas as religiões, pois todas as seitas que existem no mundo são o resultado de sincretismo entre seitas já existentes e novas mensagens trazidas por novos Enviados do Senhor. Nenhuma religião nasce do nada, todas têm a mesma origem e encerram-se no mesmo propósito.
Infelizmente a doutrina cristã, uma doutrina inteiramente de amor, perdeu-se depois de vencida a luta e se tornar a religião oficial nas bizantinices, na volúpia do poder do clero, nas alianças com os reis, na venda das indulgências, enfim, na ignorância medieval. A mensagem de Cristo foi totalmente desvirtuada. Sob os muros das cidades medievais européias pairava o fantasma do medo. Rezava-se varias vezes por dia, pois sem estas acreditavam-se na peste, na guerra, a fome, etc. Além disso haviam as Cruzadas. Em busca do Santo Sepulcro partilham milhares de homens, mulheres e crianças, desordenadamente, expostos à fome e às doenças, imbuídos de uma idéia única: matar os Maometanos, os adoradores de Alá, e o profeta Maomé, que se expandiam pelo mundo, impondo sua religião, o Islamismo. A doutrina do amor universal se transformou na rigidez do ódio. O aparato da igreja, além da imposição religiosa aos escravos causou o sincretismo religioso. As grandes procissões encantaram o negro que assimilou parte do ritual católico. Em 1532 chegaram os primeiros negros ao Brasil, vindos para o cultivo da cana-de-açúcar em São Vicente e Pernambuco. Desde então a escravidão negra em nossa terra vigorou, até que em 1888 o espírito iluminado de Isabel colocou fim a essa chaga de nossa sociedade. Foram os negros que trouxeram a magia, suas rezas poderosas, seus búzios divinatórios, suas guias, seus panos da costa, sua fé contagiante em Zâmbi, o criador do mundo, o Jeová Africano. A religião negra é a mais antiga e a mãe de todas as religiões, visto que os negros são remanescentes dos Lêmures, irmãos dos pais de todas as civilizações humanas.
Os orixás no Brasil se sincretizaram com os santos católicos apenas por acharem os africanos que certos santos católicos possuíam as qualidades de determinados Orixás. Foi o subterfúgio para evitar os ataques dos feitores e do clero. Mas os orixás não são os santos católicos. Eles são semelhantes somente aos sete Senhores Irradiantes da Doutrina Secreta. O livro descreve as sete linhas da umbanda como: 1. linha de Oxalá, Jesus Cristo: encontra-se os santos católicos que encarnaram, levaram uma vida pura e foram canonizados. Os arcanjos Gabriel e Rafael também fazem parte dessa linha; 2. linha de Iemanjá, a Virgem Maria: linha das ondinas, caboclos do mar, sereias e outras entidades d’água; 3. linha do oriente, São João o Batista: fazem parte médicos, hindus, mongóis, esquimós, sacerdotes persas e magos. Entre os grandes iluminados dessa linha está José de Arimatéia; 4. linha de Oxossi, São Sebastião: linha da bondade e dos caboclos; 5. linha de Xangô-Agodô, São Gerônimo: linha da caridade e justiça. Trabalham nessa linha Santa Bárbara (Iansã), caboclos do sol e da lia, das cachoeiras e muitos das pedreiras; 6. linha de Ogum, São Jorge: trabalham vários oguns; 7. linha africana, São Cipriano: trabalham o povo da Costa, do Congo, de Angola, de Luanda, de Guiné e toda a África. Cada linha tem uma cor, uma vibração determinada e (segundo as leis da Cabala) corresponde a um planeta. Também os dias da semana são regidos pelos Orixás africanos, mas não vou aqui detalhar tais dados pois, pelo que constatei, existem controvérsias. Os sacrifícios de animais de sangue quente e os sacrifícios humanos apareceram primeiro no Egito e foram se repetindo em todas as civilizações seguintes. Sob outro aspecto, mas ainda assim um sacrifício, a crucificação de Cristo foi transmitida à humanidade como sendo Ele o cordeiro imolado para redimir os pecados, gerar paz mundial e nos oferecer salvação. Os magos (astrólogos) ao encontrarem o Menino Jesus ofertaram ouro, incenso e mirra. A Umbanda faz o mesmo que todas as religiões fizeram em relação aos oferecimentos aos deuses. Eis que isso me foi o mais importante da leitura. Um bom dia para todos e até breve...”
[i] FARELLI, M. Helena. As 7 forças da Umbanda. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Eco, 1972.
Mudando de assunto, terminei a leitura de um livro que houvera pegado emprestado de ‘Belalú’ chamado As sete forças da umbanda[i]. O livro começa contando sobre o homem primitivo. Quando o líder do grupo morria, seu espírito era muito mais temido, pois se em vida era tão forte, como não ficava ao se tornar intangível com a morte? Assim surgiu a bajulação, a adoração, as oferendas para o chefe intocável. A adoração criou os totens sagrados protetores dos que o adoravam. O totem era um ídolo, figura animal, líder morto ou uma força natural, que era protetor da tribo e que todos acreditavam ser descendentes. Todas as religiões passaram pela fase de totemismo. Mas, não haveria em tudo isso que os historiadores descobriram, séculos mais tarde, a influencia de Deus? Concordo que sim. Quando os caçadores saíam para a busca do alimento, na luta pela sobrevivência, numa caverna escondida ficava um homem sozinho encarregado de retratar nas paredes frias da caverna, com suas tintas feitas de carvão, e com seus instrumentos de pedra, a imagem das grandes caçadas. O bisão, a rena, os caçadores com suas lanças e machados eram desenhados com força de expressão e com a pureza do primitivismo. Diz o livro que esses desenhos estão ainda na fruta de Altamira, na Espanha. Podemos ver que em todos os desenhos os caçadores sempre saem vencendo. O significado dessas pinturas não era arte, mas magia. O pintor era o mago que ao desenhar o animal abatido criava as boas influencias para a boa caçada. Ele era o protetor que ao riscar a seta penetrando o corpo animal trazia a sorte aos caçadores. Ele criava a atmosfera mágica. Foram os primeiros magos, os sacerdotes primitivos. Dos seus desenhos dependia a voa caçada, acreditavam os nossos ancestrais. Os animais, a terra e o sol se tornaram deuses no Egito. Os egípcios foram os primeiros povos monoteístas e os primeiros a aceitar a reencarnação. Com os hebreus nasceu o monoteísmo autentico, surgindo um Deus único, o qual perdoa e luta, que conduz seu povo eleito aos caminhos de Canaã, a terra prometida. O nome Jeová é um dos mais misteriosos da teologia hebraica. Entre os judeus era um nome tão respeitado que não era pronunciado para não ser profanado e como substituto o povo hebraico usava a palavra Adonai para designar o Senhor. Só o grande sacerdote tinha direito de dizer o nome Jeová ou Javé e apenas uma vez por semana.
Jesus não foi um Mestre com sistemas complicados e com idéias de fundar uma religião com templos, cerimônias, reis e chefes para levar o podo a Deus. Gostei da parte do livro que explica claramente que a religião de Jesus era o bem, sem precisar de orações decoradas, missas, pagamento de impostos. Cristo reagiu contra os vendilhões do templo e os expulsou, ensinando assim o povo a rezar a qualquer hora, em qualquer lugar, diretamente a Deus, com sentimento e sinceridade. Isso fez com que os sacerdotes do templo se revoltassem contra Jesus e o levassem para a cruz. Todos os cézares, os alexandres jazem por terra, só o Cristo continua sua obra. Porque dele é o reino, o poder e a gloria. Como diz na bíblia, o céu e a terra passarão, mas não passarão as suas palavras. Enquanto Cristo foi enviado para o Ocidente, Buda foi mandado para o Oriente. Ambos traziam a Paz, a imensa, a infinita paz interior. A doutrina de Buda resume-se nas quatro verdades da tradição budista, ditas no sermão de Benares: 1. Tudo é dor; 2. A dor nasce do desejo; 3. A dor acaba quando termina o desejo; 4. para conseguir a paz é preciso controle, boas ações e espiritualizar-se. Se fizermos um paralelo entre Buda e Cristo veremos muita coisa em comum. Muitos ensinamentos têm o mesmo conteúdo, ambos pregaram as mesmas coisas em relação a Deus e ao próximo. Em decorrência a tudo isso, verificamos também que o sincretismo ocorre entre todas as religiões, pois todas as seitas que existem no mundo são o resultado de sincretismo entre seitas já existentes e novas mensagens trazidas por novos Enviados do Senhor. Nenhuma religião nasce do nada, todas têm a mesma origem e encerram-se no mesmo propósito.
Infelizmente a doutrina cristã, uma doutrina inteiramente de amor, perdeu-se depois de vencida a luta e se tornar a religião oficial nas bizantinices, na volúpia do poder do clero, nas alianças com os reis, na venda das indulgências, enfim, na ignorância medieval. A mensagem de Cristo foi totalmente desvirtuada. Sob os muros das cidades medievais européias pairava o fantasma do medo. Rezava-se varias vezes por dia, pois sem estas acreditavam-se na peste, na guerra, a fome, etc. Além disso haviam as Cruzadas. Em busca do Santo Sepulcro partilham milhares de homens, mulheres e crianças, desordenadamente, expostos à fome e às doenças, imbuídos de uma idéia única: matar os Maometanos, os adoradores de Alá, e o profeta Maomé, que se expandiam pelo mundo, impondo sua religião, o Islamismo. A doutrina do amor universal se transformou na rigidez do ódio. O aparato da igreja, além da imposição religiosa aos escravos causou o sincretismo religioso. As grandes procissões encantaram o negro que assimilou parte do ritual católico. Em 1532 chegaram os primeiros negros ao Brasil, vindos para o cultivo da cana-de-açúcar em São Vicente e Pernambuco. Desde então a escravidão negra em nossa terra vigorou, até que em 1888 o espírito iluminado de Isabel colocou fim a essa chaga de nossa sociedade. Foram os negros que trouxeram a magia, suas rezas poderosas, seus búzios divinatórios, suas guias, seus panos da costa, sua fé contagiante em Zâmbi, o criador do mundo, o Jeová Africano. A religião negra é a mais antiga e a mãe de todas as religiões, visto que os negros são remanescentes dos Lêmures, irmãos dos pais de todas as civilizações humanas.
Os orixás no Brasil se sincretizaram com os santos católicos apenas por acharem os africanos que certos santos católicos possuíam as qualidades de determinados Orixás. Foi o subterfúgio para evitar os ataques dos feitores e do clero. Mas os orixás não são os santos católicos. Eles são semelhantes somente aos sete Senhores Irradiantes da Doutrina Secreta. O livro descreve as sete linhas da umbanda como: 1. linha de Oxalá, Jesus Cristo: encontra-se os santos católicos que encarnaram, levaram uma vida pura e foram canonizados. Os arcanjos Gabriel e Rafael também fazem parte dessa linha; 2. linha de Iemanjá, a Virgem Maria: linha das ondinas, caboclos do mar, sereias e outras entidades d’água; 3. linha do oriente, São João o Batista: fazem parte médicos, hindus, mongóis, esquimós, sacerdotes persas e magos. Entre os grandes iluminados dessa linha está José de Arimatéia; 4. linha de Oxossi, São Sebastião: linha da bondade e dos caboclos; 5. linha de Xangô-Agodô, São Gerônimo: linha da caridade e justiça. Trabalham nessa linha Santa Bárbara (Iansã), caboclos do sol e da lia, das cachoeiras e muitos das pedreiras; 6. linha de Ogum, São Jorge: trabalham vários oguns; 7. linha africana, São Cipriano: trabalham o povo da Costa, do Congo, de Angola, de Luanda, de Guiné e toda a África. Cada linha tem uma cor, uma vibração determinada e (segundo as leis da Cabala) corresponde a um planeta. Também os dias da semana são regidos pelos Orixás africanos, mas não vou aqui detalhar tais dados pois, pelo que constatei, existem controvérsias. Os sacrifícios de animais de sangue quente e os sacrifícios humanos apareceram primeiro no Egito e foram se repetindo em todas as civilizações seguintes. Sob outro aspecto, mas ainda assim um sacrifício, a crucificação de Cristo foi transmitida à humanidade como sendo Ele o cordeiro imolado para redimir os pecados, gerar paz mundial e nos oferecer salvação. Os magos (astrólogos) ao encontrarem o Menino Jesus ofertaram ouro, incenso e mirra. A Umbanda faz o mesmo que todas as religiões fizeram em relação aos oferecimentos aos deuses. Eis que isso me foi o mais importante da leitura. Um bom dia para todos e até breve...”
[i] FARELLI, M. Helena. As 7 forças da Umbanda. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Eco, 1972.
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