Olá 'Pessoal do mundo todo'! Hoje acordei cedo para fazer as minhas prioridades pessoais, já que meu tempo vespertino foi todo tomado. Fiz ginástica, tomei banho, assisti metade do jogo do Brasil (que perdeu e ficou desclassificado da copa) e almocei. Por volta do meio-dia estava saindo para o trabalho. Fui rezando, sentindo um leve frio no estomago e tendo de driblar qualquer ponta de insegurança que viesse a surgir. Ao chegar lá a funcionária do período da manhã estava saindo e passou-me algumas explicações rápidas, mas logo em seguida a outra jovem (a qual cederá-me seu lugar) chegou. Ela repetiu algumas informações e passou-me outras. O serviço se divide em atender as chamadas telefônicas e efetuá-las. As atendidas podem ser resolvidas pessoalmente comigo ou então transferidas para algum ramal específico. As efetuadas são para avisar os pacientes cujas consultas ou exames foram marcados ou encaminhados (devo ter feito umas cinquenta ou mais chamadas), bem como para o pessoal interno que pede alguma ligação, a qual se faz e transfere para a pessoa no setor da mesma. O serviço não tem segredo e o que conta é a prática. Confesso que é cansativo ficar seis horas sentada com o telefone no ouvido, mas é algo tranquilo e adorei o fato de poder trabalhar isolada numa salinha só minha, sem ninguém para perturbar ou me constranger. O refeitório, bem como o sanitário, ficam próximos, sem necessitar nenhuma baldeação pelos corredores donde se encontram os quartos dos pacientes do pronto socorro. Às quatro horas da tarde é servido pão com manteiga, chá, café e leite no refeitório. Dá para tapear, embora eu preferisse ter alguma opção de quitanda doce.
A jovem que vai sair comentou que está encerrando seu período de noventa dias experimental. Ela achou o trabalho muito enfadonho e só não saiu antes por não querer pagar nenhuma multa com a rescisão do contrato. Houve um momento em que atendi uma ligação de um dos coordenadores e depois, quando a jovem foi no carro buscar sua blusa de frio, ele pediu para ela me dar umas dicas sobre dicção e entonação de voz. Por certo ele achou minha voz infantil, pois eu realmente tenho voz de criança no telefone. Além do mais, não sou acostumada a falar nem mesmo no telefone de casa. Espero que isso não seja um ponto desfavorável muito grave. Talvez com o tempo minha maneira de atender fique mais profissional. Para quem nunca trabalhou como telefonista, parabenizei-me pelo meu primeiro dia de trabalho. De tudo o que estava insuportável era a minha tosse. Ela praticamente voltou com tudo. Creio que terei de tomar algum antibiótico, pois xarope de farmácia, estrato de própolis e bebidas ou chás caseiros não me adiantaram de nada. Estou levemente abatida, algo natural por estar no início de um período de adaptação trabalhista inesperada. Se antes estava com insônia, agora minhas olheiras são por falta de tempo para dormir. Mas aos poucos eu vou me acostumar a acordar cedo diariamente sem ficar tão baqueada. É bom fazer minhas coisas pessoais pela manhã, pois assim vou trabalhar mais tranquila. Sinceramente, espero que tudo dê certo profissionalmente para mim. É um emprego massante, mas que tem sua importância e precisa de alguém simples e com paciência como eu. Permaneço confiante por um único motivo: estou fazendo o que me cabe e sei que não fui parar lá por mero acaso. Aquele pode não ser o emprego da minha vida, mas por algum motivo eu preciso ou mereço o que me foi concedido. O tempo revelará-me a resposta. De uma coisa posso afirmar: de todos os concursos que fiz (sete ao todo), esse foi o que desde o princípio julguei ser o mais favorável, mesmo que não tenha sido tão desejado, já que vontade para trabalhar fora de casa sempre me faltou. Veremos como vou lidar com essa quase nova vida.
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