Em tal dia "Ágape" madrugara para ir com sua mãe até a chácara. Como todas às vezes, ambas chegaram mui
to cedo ao terminal do Planalto e após mais de uma
hora esperando, o ônibus finalmente passou.
"Ágape" dispensara todo e qualquer co
mpromisso para passar o dia bem tranqüilo na chácara e sobrou tempo até para um cochilo depois do cansaço de capinar uma tir
a de mato próximo ao brejo, local donde havia plantado algumas mudas de árvores com "Graúda". Por "Ágape" ambas dormiam por lá, mas sua mãe disse que tin
ha pendências a resolver logo cedo no dia seguinte e assim ambas retornaram ao final do dia.
Diferente das demais idas, dessa vez elas esta
vam indo num dia de domingo e estavam voltando já ao anoitecer.
E nesse diferencial algo inédito ocorreu. Alguns pontos de parada do ônibus adiante no trajeto de retorno, entrou um pessoal de uma clinica de recuperação de drogados. "Ágape" e s
ua mãe nã
o tiveram certeza sobre qual religião professavam, mas visivelmente eram crentes.
Elas já sabiam da existência de tal local religioso que abrigava e ajudava jovens dependentes químicos. O trajeto se tornou totalmente diferente e "Ágape" disse-me que nem se sentia dentro de um ônibus. O pessoal começou a tocar violão
e cantar musicas de letra belamente apelativa e de maneira tão fervorosa que "Ágape" sentiu-se emocionada o tempo todo. Ela identificou-os como sendo da Assembléia de Deus, mas não pode comprovar sua desconf
iança.
O retorno com esse diferencial foi tão maravilhoso e divertido que "Ágape" sentiu vontade de voltar a freqüentar alguma religião ligada aos cultos crentes. Por volta das sete horas da noite ambas estavam chegando em casa.
Depois de um bom banho e uma sopa quente, "Ágape" relaxou do extenso dia que tivera.
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