Ainda antes do almoço “Belalú” ligou para "Graúda" e disse que precisava falar urgente com ela e inclusive mostrou-se preocupada com relação à "Ágape". Sem querer adiantar nada por telefone ela disse que precisava falar com "Ágape" e "Graúda" juntas. Impossibilitadas de saírem por causa de “Mariposa”, foi preciso esperar esta ir embora, o que ocorreu por volta das quatro horas da tarde. Somente então puderam ir até a casa de “Belalú” para descobrir o segredo que esta guardava. Ela confessou que sentira mal nas duas ultimas vezes que fora na casa de "Graúda", principalmente no quintal. Entretanto, antes de dizer qualquer coisa, ela houvera ido a um centro de umbanda no bairro Aurora para verificar suas desconfianças e lá obteve informações que não quis revelar, mas disse que ficaria disposta a levá-las ao mesmo local religioso caso quisessem tirar suas duvidas sobre o assunto. De todo modo ela deu bem a entender que o problema misterioso tinha ligação mais direta com "Ágape" e que seria preciso fazer alguma limpeza especial. Tanto "Graúda" quanto "Ágape" ficaram acreditando sem saber até que ponto podiam dar credito a tal noticia. "Ágape" era apaixonada e encantada por seu quintal para aceitar alguém dizer que por duas vezes sentira-se mal no mesmo. Quando “Belalú” disse “Tinha algo naquele quintal que não gostou de mim nem um pouquinho” ficou entendível que algum espírito sentiu-a como uma ameaça e tratou de enxotá-la. Até que ponto isso não é algo normal? Até que ponto isso realmente tem a ver com um lado espiritual obscuro e pesado? "Graúda" disse que não se sentir à vontade com determinadas pessoas ou em alguns locais é comum e muitas vezes não é necessariamente relacionado à energia espiritual do mesmo, simplesmente é uma questão de afinidade. De toda forma ficou marcado de irem juntas ao tal centro de umbanda definir o que realmente existia por trás de tal suspense. “Belalú” não dera indícios nenhum de ter sentido mal e só depois de tanto tempo é que resolveu contar sobre isso. O caso realmente estava estranhíssimo!
Ao retornarem para casa a chuva caiu e "Ágape" nem teve como ir fazer sua corrida no parque. O dia passara sem ela se dar conta. Ao entardecer “Cinaty” ligou para "Graúda" interessada outra vez de alugar a chácara. Lá ia "Ágape" e sua mãe fazerem planos sobre alugar uma parte do local e construírem outra casita pequena para ambas na parte superior. Tudo ainda estava por decidir, mas ligado à chácara os ânimos de "Ágape" se acaloravam e ela enchia-se de esperançosa alegria. Pensar que poderia despreocupar-se de zelar do local e ainda ter uma renda por ele lhe era ótimo. Fazer sua medrosa mãe sentir-se mais à vontade para dormir lá de vez em quando também era muito bom. “Cinaty” e o pessoal do Grupo Espiritualista Caminho Interno ia construir um local maior para exercer os atendimentos na parte superior da chácara vizinha (ao lado direito da de "Ágape"). As pretensões de “Cinaty” ainda eram de colocar os pais morando de aluguel na chácara de "Ágape" para ficar mais fácil de cuidar dos dois, uma vez que ela já residia na chácara ao lado. Essas foram às novidades de tal dia. “Soberana” estava contando com a presença de "Ágape" em Campinas no próximo mês e "Wenda Hilar" já estava conformada e feliz com a situação. Em tal dia ela dissera para "Graúda" que, caso "Ágape" quisesse fazer faxina de vez em quando, era só falar e então lhe pagaria pelo serviço. O assunto assim ficou. Tudo podia acontecer e o mais precioso era ter indicativos de que ao menos algumas coisas iam realmente se fazer reais. E sem mais "Ágape" ia sentindo-se grata pela condução e resolução da vida e principalmente de “Pajib”.
Atualização
Há 4 anos
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