Medicada, mas ainda com as pernas enfaixadas...
Durante a noite "Ágape" acordou varias vezes sentindo-se impossibilitada de dormir pela coceira infernal de seu corpo cheio de calombos gigantes já amarelados e com o miolo vermelho como se fosse sangrar a qualquer momento. Sem saber de onde vinham suas idéias, "Ágape" executou uma que por fim lhe ajudou a dormir: amarrou uma faixa bem apertada no pé subindo até a altura do joelho. De certa maneira aquilo isolava os calombos de ficarem encostando ao colchão ou na coberta, além de que o aperto prendia a circulação e, sem explicação racional ou médica, isso diminuía a coceira. O levantar no dia seguinte foi cedo, mas como o sono não acabara e dormindo não sentia a desagradável coceira, "Ágape" voltou para a cama. Sua mãe também estava muito resfriada e quando se olhavam apenas resmungavam uma a outra seus males físicos. Por volta das dez horas da manhã, “Graúda” acompanhou a filha até o pronto-socorro do UAI. Primeiro marcaram a triagem com uma enfermeira de clinica geral e assim conseguiram marcar uma consulta médica para uma hora da tarde. Preferindo esperar por lá mesmo, foram até o supermercado comprar algo para comerem e depois, sem alternativa, o jeito foi sentar e aguardar. "Ágape" comeu três maças enquanto sua mãe deu uma leve lambiscada num brioche, o qual não tinha gosto de nada, embora anunciasse na embalagem ser recheado de ricota. Por fim "Ágape" foi atendida por uma medica jovem bastante simpática que observou seus pés e medicou-lhe Polaramine para ser tomado um comprimido de oito em oito horas durante cinco dias. "Graúda" perguntou se aquilo não poderia ser uma intoxicação alimentar. A medica disse que certamente não era, pois em tais casos a alergia cutânea é acompanhada de febre, vomito, diarréia, dor-de-cabeça, etc.
Por azar não tinham o remédio na farmácia do local. A atendente disse que talvez ele chegasse no dia seguinte, mas "Ágape" realmente ia ter um troço se tivesse de esperar um talvez de atendimento publico. Sem escolha passaram noutra farmácia para comprar o medicamento, entretanto, para mais falta de sorte, nesta o remédio também estava em falta. Foi então que o vendedor ofereceu outro remédio antialérgico chamado Histamin e disse ter o mesmo composto químico, ou seja, maleato de dexclorfeniramina. Não se suportando de tanta aflição e coceira, "Ágape" foi obrigada a comprar uma caixa do medicamento e iniciar seu uso assim que chegou em casa, já depois das duas horas da tarde. Ao menos agora ela estava medicada e aliviada por saber que tal problema não era relacionado à alimentação. Finalmente ela pode sentir-se mais tranqüila e confiante de que o incomodo da coceira ia passar.
Atualização
Há 4 anos
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