Aprender a amar não é fácil e é para isso que a vida sempre nos faz entrar em confronto com a sombra ou com a luz. Tudo de positivo ou negativo que vivemos é sentido no momento presente e pesado no futuro. Deus faz todas as anotações, sabe o que pensamos e sentimos, entende o que está escondido dentro das nossas mentes. Daí a importância de vigiar os pensamentos. Eles conduzem a essência dos atos e mais que isso: são portas abertas para a influencia do mundo espiritual em nossa vida. Nas provas do dia-a-dia, precisamos lembrar que, por maiores que sejam os sofrimentos, sempre haverá alguém sofrendo mais e chorando também, e que, às vezes, um toque leve de mão, um sorriso, um afago, uma palavra, alegre, descontraída, pode modificar todo um ambiente, pesado, difícil, penoso. Ter consciência disso aumenta a responsabilidade perante nossas dores e as alheias. Buscar realmente o crescimento espiritual, por mais difícil que seja, não é inalcançável.
Podemos ser felizes com coisas simples que nos envolvem. Dificilmente é feliz aquele que é aprisionado numa gaiola de ouro, de luxo, que deixa de ser ele mesmo, para ser aquilo que as pessoas esperam que ele seja: a etiqueta social, que faz com que a pessoa perca a espontaneidade. As pessoas aprendem desde muito cedo a julgar pelas aparências, e sabendo disso, aqueles que são astutos procuram demonstrar a fala mansa, o meio sorriso, palavras sussurradas, que escondem sempre a hipocrisia, julgam com muita facilidade os outros e se colocam sempre isentos de culpa, ou seja, cheios de justificativa. Jesus nos ensinou, sendo o Príncipe dos príncipes, que não existe principado na Terra que valha um só pedaço de chão de cada alma em que semeamos a fé cristã. Os reis passam, os impérios caem, as criaturas mudam de países, de sentimentos, mas a fé é imutável. Aquele que conquista a fé, onde quer que esteja, ela viceja e, aonde quer que ela esteja, é autentica, porque não respeita as pessoas por aquilo que elas possuem de material, mas por aquilo que elas possuem, naturalmente, na sua essência de amor e de bem. Temos de burilar nossas almas e elas não se burilam perdendo a nossa autenticidade, mas, pelas nossas ações, por aquilo que escolhemos, amamos e realizamos. Isso é que marcará os nossos rumos no além e tornará a nossa vida na Terra menos infeliz. É preciso conservar em mente (isso vale principalmente para mim) que as pessoas nascem com destinos diferentes, como os pássaros: quantas espécies de pássaros existem, uns cantam, outros não, mas, às vezes, os que não cantam são mais belos que os que cantam, as suas plumagens enfeitam mais, são mais raros, mais preciosos do que aqueles que singelamente cantam. O que nós precisamos é valorizar a posição que estamos ocupando na Terra e saber que todas as pessoas são muito importantes, por menor que seja a atuação dentro de um lar, dentro da sociedade, dentro da humanidade. O nosso papel é importantíssimo e não existe ninguém mais importante que o outro, mas sim em posições diferentes, temporariamente.
Para finalizar, também quero enfatizar que o amor pelo Cristo tem que ser uma coisa que brota de dentro, espontânea. Nenhuma religião pode ser obrigatória e ninguém deve viver enclausurado em nome de Deus ou de uma religião. Concordo com o livro: nada mais desumano do que a imposição de que os padres permaneçam solteiros e sejam necessariamente sustentados pela igreja. Como um homem vai ouvir a confissão de uma mulher se ele nunca teve uma esposa ou entender os lamentos de um filho se nunca foi pai? É desumano todo esse processo. Porque Cristo não casou e não manteve relacionamento do gênero, ao menos explicitamente, aqueles que o representam teriam que ficar todos solteiros?! Acho que isso deveria ser repensado e reestruturado, até porque, quem garante que as incríveis pedofilias já ocorridas por padres não estão ligadas diretamente à abstinência sexual? E em ultimo recado: todas as vezes que estivermos fazendo alguma coisa por alguém, estaremos fazendo por nós em dobro. Lembremos que é muito fácil errar, mas para acertar é preciso ter fibra e coragem. No combate da vida, não há pior combate do que enfrentar o egoísmo e o orgulho que impera em no intimo de nosso próprio ser; e não existe alegria maior do que adquirir tal vitória.
Atualização
Há 4 anos
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