“Olá querido ‘Mateus’! Cheguei da minha corrida do parque agora a pouco. Hoje tive de ir cedo porque precisava despachar certa irritação que se apossou de mim. Ao menos minha ansiedade e nervosismo serve para algo positivo que é me dar vigor nas atividades físicas. Receber minha irmã aqui em casa geralmente não me é tarefa fácil. Ela e meu cunhado chegaram de viagem no meio da madrugada. Eu estava num sono tão intenso que nem vi quando eles chegaram. O mistério deles terem vindo assim repentinamente foi por causa de uma criança que surgiu para adoção em Arinos, uma cidade aqui em Minas Gerais, há cerca de 600 quilômetros daqui. Minha irmã convidou insistentemente mamãe para ir, mas ela estava cansada e recusou. Eu logicamente queria ir, pois ocasiões como estas são as únicas chances que tenho de viajar, mas infelizmente dessa vez, e como quase sempre, acabei sobrando em conseqüência à decisão de mamãe. Quando minha mãe aceita, eu vou junto de penetra, mas jamais ouso influenciar as decisões de mamãe ou dar uma de intrometida e querer ir sem ter sido convidada.
O mais difícil para mim não é ficar sem a oportunidade de sair um pouco do meu mundinho pacato, mas ter que escutar sempre minha irmã justificando o porquê de não me convidar. Novamente eu escutei-a dizer hoje que não me convidava, pois eu sou muito calada, não converso, não interajo e, portanto, nenhuma diferença faz a minha presença. Embora isso crie uma trava enorme na minha garganta, eu não tiro a razão dela. Enquanto ia para o parque escutava os conselhos carinhosos e consolativos de meu protetor espiritual ‘Ameth’. Ele disse-me que eu não devia me chatear com algo tão pequeno, pois ainda teria grandes coisas para me acontecer. Eu sinto-me muito grata quando ele faz-me voltar os sentimentos para a confiança em Papai do Céu. Sentir que Deus me ama independente da quantidade de palavras que eu pronuncio é um conforto que me faz esquecer e relevar qualquer amargura de sentir-me rejeitada pelas pessoas humanas que me rodeiam. Minha irmã, assim como qualquer pessoa humana, tem o direito de pensar o que quiser ao meu respeito e isso jamais deve me abalar ou me causar irritação, pois a opinião alheia nunca diminuirá o que sou ou o que tenho. Enquanto sou desprezada pelos humanos que não compreendem os meus defeitos e dificuldades, sou envolta por um carinho e consolo inexplicável que me vem do alto. Papai do Céu sempre se faz presente através de detalhes ínfimos que me levam a derramar lágrimas de emoção e gratidão.
Conclusão: retornei do parque como sempre me sentindo leve e renovada para continuar minha vida ao lado de Papai do Céu e de meus companheiros espirituais. Estando com Deus eu não preciso de mais nada, pois já encontro Nele tudo o que necessito para existir com plena alegria e paz. Situações que a principio me trazem más sensações, com Papai do Céu se transformam em banalidades sentimentais. Nada melhor do que dialogar com ‘o alto’ para se curar de uma ressaca emocional. Ser íntima do Pai está ao alcance de todos e eu nunca perco a chance de sentar-me a direita Dele e ser acariciada por seu amor incondicional. Não existe em todo o universo uma experiência melhor, pode apostar!
Ao chegar de volta em casa minha mãe estava mostrando a parte superior para uma segunda família interessada de alugar. Resta-me a intuição de que muita coisa ainda vai acontecer, pois, poucos a pouco, Deus dá jeito para tudo. Quanto a minha tia ‘Pituca’, as ultimas informações é de já estar no seu terceiro emprego, uma vez que não gostara do segundo e nem do primeiro. Uma hora tudo sempre melhora e se estabelece de bom grado. Essas são as minhas novidades. Agora vou almoçar e depois darei uma boa capina no quintal, já que nessa época de chuva o mato não dá trégua. Despeço-me dizendo que, embora não nos encontremos hoje, contarei os minutos para ver-te outra vez. Tenha um bom dia e continue com Deus. Com imenso carinho, "Ágape", sua eterna admiradora”.
Atualização
Há 4 anos
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