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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mini sonhos... super diferentes e irreais!


Lembro de muitos sonhos, porém pouco de cada um. Já vou adiantar que em todos eles eu parecia muito mais uma outra pessoa do que eu mesma, principalmente pelo contexto dos mesmos. Tudo foi tão irreal perante a minha realidade! Não lembro a ordem dos sonhos, mas eis o que anotei ao acordar na sequencia das lembranças que me vinham em mente: primeiro sonhei que estava com meu marido e duas filhas (essa coincidência parece recorrência da historia de minha mãe) num shopping. Eu ia simplesmente ao cinema, mas abracei minhas filhas muito emocionada e sensível como se estivesse fazendo uma longa viagem para outro país. Elas iam ficar com o pai passeando pelo shopping. Eu não sou mãe, mas ali eu senti um amor puro e diferente que só pode ser o amor materno. Não sei por que tanta sensibilidade emocional numa despedida aparentemente tão breve, já que um filme dura no máximo de duas a três horas. Também não sei por que somente eu entraria no cinema. Enfim, foi um sonho nada a ver com minha realidade, inclusive há anos não vou ao cinema por preferir assistir filmes em casa.
Na segunda lembrança eu estava com vários idosos e abracei um velhinho com muito carinho. Ele muito sorridente, ainda abraçado comigo, disse para as senhoras que estavam perto de nós, o quanto gostava de mim, pois eu os tratava como se eles fossem da minha família, mas eu realmente os sentia como pessoas muito próximas e queridas. Sempre me simpatizei muito com os idosos e esse foi um mimoso pedaço de sonho. Na terceira lembrança o meu pai estava aqui em casa no lugar da minha mãe. Era como se ele não houvesse morrido, como se fosse ele quem houvesse ficado viúvo da minha mãe. Nos primeiros sonhos que tinha com ele eu estranhava o fato dele parecer estar vivo, mas a um bom tempo que já não sinto isso. É como se ele nunca houvesse morrido e isso obviamente é tão estranho quanto ter a sensação de estrar vendo um morto-vivo. Prosseguindo, na quarta lembrança, a minha sobrinha estava no colo da minha irmã e disse que eu era uma verdadeira filha de Deus. Ela falou isso como se fosse uma pessoa adulta, e não como uma criança de três anos. Comentei com minha irmã que via uma verdadeira filha de Deus como alguém extrovertida e comunicativa tipo minha sobrinha, e não alguém introvertida e calada feito eu. Falei isso por falar, apenas como uma modéstia minha, pois em verdade creio que todos somos filhos de Deus independente desse detalhe de personalidade. Minha irmã comentou que cada pessoa enxerga a vida e as pessoas de uma maneira e aquela era a forma da minha sobrinha perceber-me. Talvez ela me visse de tal modo exatamente pelo contraste de personalidade que existia entre nós e por geralmente acharmos que os outros são melhores. Não entendi por que minha sobrinha pensava daquela forma, mas fiquei feliz como se estivesse acreditando na sua fala. É como se eu me julgasse um monstro e percebesse-a me vendo como um ídolo. Não posso deixar de dizer que, por melhor que seja um sonho assim, também me pareceu muito estranho! É como se meu inconsciente, ou propriamente os meus sonhos, estivessem sendo bonzinhos comigo.
Na quinta lembrança eu tinha um gato muito dócil que dormia no meu colo, embaixo da coberta (eu não o via, apenas o sentia) e eu acariciava-o impressionada de ter encontrado um bichano tão manso, exatamente como muitas vezes quando criança desejara ter. Na quinta e ultima lembrança, eu estava dançando com minha prima (que está nos EUA trabalhando no programa de Au Pair). Não sei se estávamos numa festa ou num clube dançante, mas sei que, assim como um dos sonhos anteriores, nossos passos não se encaixavam. Ela dançava num ritmo bem mais rápido. No começo achei a diferença de passos chata e até mesmo constrangedora, mas depois começamos a dançar divertidamente um pouco mais separadas e uma rodopiava a outra. Eu rodava com tanta desenvoltura que era como se estivesse flutuando sobre o chão. Eis outro sonho bom, mas completamente sem sentido. O que está me fazendo ter sonhos tão distantes da minha vida real?”

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