Ágape" acordou cedo e foi à chácara com sua mãe. Enquanto lá esteve buscou uma revista para ler e achou um artigo interessante sobre timidez numa revista do mês de maio de 2005 da revista Você S/A (escrito por Max Gehringer) Por fim ela criou o seguinte texto para publicar em seu blog: “Há duas maneiras de encarar a timidez. Começando pelo lado sombrio, a palavra timidez veio do latim timere, que significa ter medo. O tímido é alguém com receio. Receio de quê? A lista é enorme: de ser criticado em público; de não ser o melhor; de não atingir as expectativas dos outros (principalmente dos pais); de tomar decisões que possam ser mal interpretadas; ou, simplesmente, de ouvir um não. Ou seja, a solução para os males do tímido não está nele, está nos outros. E os outros, em vez de colaborar, acham divertido chamar o tímido de acanhado, envergonhado, enrustido, rótulos que só ajudam a piorar a situação. Assim, a defesa natural do tímido é se isolar e se calar, para evitar o contato e o confronto com outras pessoas. E aí começa a ficar altamente emocional em suas reações, criando um mundo particular em que a regra é ‘ninguém me entende’. Quanto mais isolado se torna, menos confiança adquire em si mesmo. Essa insegurança levará gradativamente à dificuldade para decidir o que fazer. O passo seguinte é a perda da auto-estima. E, daí em diante, tudo vai ladeira abaixo. Logo, o importante é deixar a timidez de lado? Seria, se fosse assim tão fácil. Porque o tímido não escolheu ser tímido. Ele se tornou tímido. Se alguém escarafunchar seu passado, vai encontrar algum fato que talvez ajude a explicar essa retração, como, por exemplo, críticas ou pressões para ser o melhor em tudo; ou uma mudança brusca de cidade ou de conciliação de vida; ou pais muito afetivos, mas dados à superproteção. Agora, a parte boa. Timidez não é uma doença, é uma característica de personalidade. Não existe uma norma dizendo que crianças tímidas irão se transformar em adultos tímidos. E tampouco a timidez vai necessariamente gerar insatisfação pessoal: existe muita gente tímida com grande auto-estima. Muitas pessoas famosas, milionárias, inteligentes e corajosas foram, ou são, tímidas. Esse povo, simplesmente, aprendeu a usar a timidez a seu favor, por conta própria ou por meio de alguma ajuda especializada.
O melhor tímido é aquele que sabe que é tímido, que aceita o fato de ser tímido e que faz da sua timidez a sua vantagem competitiva. Porque qualquer pessoa normal prefere mil vezes trabalhar com alguém tímido, porém atencioso e prestativo, disposto a ouvir, do que com alguém auto-suficiente, que despreza as opiniões alheias e tem resposta pra tudo. Pessoas tímidas têm dentro de si, ao mesmo tempo, o acelerador que lhes permite contribuir com grandes sugestões e o freio que as impede de simplesmente levantar a mão em uma reunião para fazer uma pergunta. Dentro de cada tímido, há um artista esperando a hora de brilhar. E, de dentro de cada artista, há um tímido que encontrou a válvula de escape. O único empecilho para o tímido é ele mesmo, quando se propõe a deixar de lado o possível no curto prazo, para tentar fazer planos inatingíveis de longo prazo. No fundo, os tímidos são os melhores entre nós, mas boa parte de nós ainda não percebeu”. Se alguém tinha preconceitos para com seu jeito tímido e simples de ser, o problema era dos outros e não seu. Muitas vezes para ela era difícil sentir-se “sem boca”, mas de certa maneira isso a colocava em contato mais intimo consigo e com Deus. Se a incomodante timidez e sovinice fazia ela ser mal vista pelos outros e sentir-se desnorteada muitas vezes para consigo mesma, era seu refugio e fortaleza consolar-se na repetição constante e mental dos salmos 23 e 91 que já havia decorado.
Além do mais, é bom realçar que o silêncio é doçura quando não respondes às ofensas, quando não reclamas os teus direitos, quando deixas à Deus a defesa da tua honra. O silêncio é misericórdia quando te calas diante das faltas de teus irmãos, quando perdoas sem remoer o passado, quando não condenas, mas intercedes em segredo. O silêncio é paciência quando sofres sem te lamentares, quando não procuras consolação junto aos homens, quando não intervéns, esperando que a semente germine lentamente. O silêncio é humildade quando te apagas para deixar aparecer teu irmão, quando, na discrição, revelas dons de Deus, quando suportas que tuas ações sejam mal interpretadas, quando deixas os outros a glória da obra inacabada. O silêncio é fé quando te apagas, sabendo que é Ele quem age, quando renuncias às vozes do mundo para permanecer na Sua presença, quando te basta que só Ele te compreenda. Era isso o que "Ágape" sentia para traduzir todo o seu silencio por trás de sua total personalidade tímida. Sua vida assim ia sendo levada adiante.
O melhor tímido é aquele que sabe que é tímido, que aceita o fato de ser tímido e que faz da sua timidez a sua vantagem competitiva. Porque qualquer pessoa normal prefere mil vezes trabalhar com alguém tímido, porém atencioso e prestativo, disposto a ouvir, do que com alguém auto-suficiente, que despreza as opiniões alheias e tem resposta pra tudo. Pessoas tímidas têm dentro de si, ao mesmo tempo, o acelerador que lhes permite contribuir com grandes sugestões e o freio que as impede de simplesmente levantar a mão em uma reunião para fazer uma pergunta. Dentro de cada tímido, há um artista esperando a hora de brilhar. E, de dentro de cada artista, há um tímido que encontrou a válvula de escape. O único empecilho para o tímido é ele mesmo, quando se propõe a deixar de lado o possível no curto prazo, para tentar fazer planos inatingíveis de longo prazo. No fundo, os tímidos são os melhores entre nós, mas boa parte de nós ainda não percebeu”. Se alguém tinha preconceitos para com seu jeito tímido e simples de ser, o problema era dos outros e não seu. Muitas vezes para ela era difícil sentir-se “sem boca”, mas de certa maneira isso a colocava em contato mais intimo consigo e com Deus. Se a incomodante timidez e sovinice fazia ela ser mal vista pelos outros e sentir-se desnorteada muitas vezes para consigo mesma, era seu refugio e fortaleza consolar-se na repetição constante e mental dos salmos 23 e 91 que já havia decorado.
Além do mais, é bom realçar que o silêncio é doçura quando não respondes às ofensas, quando não reclamas os teus direitos, quando deixas à Deus a defesa da tua honra. O silêncio é misericórdia quando te calas diante das faltas de teus irmãos, quando perdoas sem remoer o passado, quando não condenas, mas intercedes em segredo. O silêncio é paciência quando sofres sem te lamentares, quando não procuras consolação junto aos homens, quando não intervéns, esperando que a semente germine lentamente. O silêncio é humildade quando te apagas para deixar aparecer teu irmão, quando, na discrição, revelas dons de Deus, quando suportas que tuas ações sejam mal interpretadas, quando deixas os outros a glória da obra inacabada. O silêncio é fé quando te apagas, sabendo que é Ele quem age, quando renuncias às vozes do mundo para permanecer na Sua presença, quando te basta que só Ele te compreenda. Era isso o que "Ágape" sentia para traduzir todo o seu silencio por trás de sua total personalidade tímida. Sua vida assim ia sendo levada adiante.
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