Às seis horas da tarde, “Alra” e sua mãe foram caminhando a um centro espírita chamado Casa de Amparo Nosso Lar. Inicialmente “Alra” sentiu-se mal, bocejou muito e só melhorou quando a palestra terminou e iniciaram os cantos. Como gostava bastante de cantar, isso pareceu melhorar seu estado estranho. Ao ser atendida pela médium incorporada, esta falou coisas que deixou “Alra” encucada. Ela disse que “Alra” não precisava temer, pois se coisas ruins lhe haviam acontecido antes, agora ela já era adulta, sabia dizer não e se defender. Exatamente sobre o quê ela estaria dizendo? “Alra” não soube responder. Ela também falou que “Alra” tinha uma missão de resgatar os débitos do passado, que ela tinha uma força muito grande da qual não sabia se era um tipo de mediunidade, deixando em aberto um convite para que “Alra” fosse participar do grupo de estudos da casa nas quartas-feiras para poder esclarecer melhor as suas dúvidas. Sobre não estar empregada, ela disse que “Alra” era inteligente e tinha muito a contribuir, que precisava sair mais, pois só assim poderia se interessar por algo a ponto de querer um trabalho. Nisso ela marcou vinte seções de desobsessão e vinte de leito. Que dilema: em cada local que ia “Alra” escutava algo diferente. Só mesmo o tempo e a vida poderiam lhe trazer as respostas e os fatos precisos para desvendar tantos mistérios. E assim, seu dia esvaiu-se.
Atualização
Há 4 anos
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