Obrigada pela visita!

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

E agora?


Ainda antes do almoço, “Alra” foi ao mercado com sua mãe para comprarem a canjica e as velas (Pai Marcos pedira para “Graúda” uma vela branca e outra azul, ambas também de sete dias). No final da tarde mãe e filha seguiram até o terreiro da Mãe “Cenyle”. “Alra” voltou de lá desanimada: verificaram seu orixá de cabeça a partir da data de seu nascimento, ou seja, Xangô. Ela já sabia que esse não era de fato seu orixá por uma confirmação de búzios misteriosa que 'Cristal' fizera junto do marido no dia oito de maio do ano anterior. Além disso, os banhos ficaram por sua conta (para serem feitos em casa) e ela tinha de levar apenas a canjica cozida e duas velas brancas de sete dias ao invés de uma. Como ela levara a canjica crua imaginando que seria marcado um dia especifico ainda durante tal semana, o imaginado não deu em nada e, conclusão, ela teria de esperar passar a época da lua minguante que já estava próxima. Na volta para casa “Alra” comentou com sua mãe que, por mais que gostasse dos princípios culturais da religiosidade africana, houvera saído do abaçá da Mãe “Chefe” exatamente para não querer lidar com toda essa trabalheira de banhos e despesas com oferendas. Além disso ainda lhe foi dito para fazer uma novena para Nossa Senhora Desatadora dos Nós e tomar um banho de descarrego. Sua vontade em tal momento era deixar a umbanda de lado mais uma vez e continuar indo unicamente ao centro espírita Amor à Verdade, o qual era o seu local religioso preferido por trabalhar com desobsessão sem cobrar nem precisar absolutamente nada além da boa vontade da presença da pessoa no local. Por que “Alra” não poderia ser médium num local como tal? Novamente sua lenga permanecia e só o destino, movido pelos sentimentos internos de “Alra”, poderia ditar os próximos fatos.

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