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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dia desanimado...


“Alra” acordou cedo para ir com sua mãe à chácara, mas seu mal estar e sono pela noite quase não dormida por conta da tosse incessante, lhe fez ficar apática, tanto que sentia cansaço só de ver sua mãe remexendo nas coisas. As mexericas e abacates apodrecidos eram tantos que parecia ter um boi putrefazendo por perto dos pés. “Alra” ajudou sua mãe a limpar o chão do pomar rastelando a sujeirada que não era pouca de frutas podres, e isso também lhe deixou desgostosa, pois por mais que soubesse ser este o básico processo de morte e refazimento da natureza, era-lhe cruel ver o desperdício ocorrido ali. Seria tão bom se houvesse condições de doarem ou venderem aquela frutaria, mas isso não estava ao alcance de nenhuma das duas. As quatro horas da tarde elas estavam chegando de volta em casa. O dia permaneceu frio e “Alra” não viu o momento de repousar para aliviar o seu desanimo total. Em tais condições ela enxergava a vida sem graça e sem vantagem como se tudo fosse tempo e trabalho perdido. Era esse pensamento que embalava sua desilusão para com quase tudo. Embora tranquila e conformada, seus sentimentos estavam para baixo como se nada lhe fosse bom o suficiente ou valesse a pena em tal circunstancia de mal estar físico. Sem mais, o exaustivo dia foi deixado para trás.

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