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quarta-feira, 1 de abril de 2009

transtornos mentais - resumo do livro - primeira parte

Transtornos mentais[i]. O livro elucida que o objetivo da psicanálise é o de reunificar a vida mental, trazendo o conflito do inconsciente para a consciência. A pessoa mentalmente desequilibrada tenta se defender contra o seu próprio inconsciente. Há uma intensa luta intrapsíquica e isto é muito doloroso. Colocarei em tópicos um pouco de cada tipos de transtorno:
· Ansiedade: a ansiedade normal expressa uma inquietude interior, uma expectativa ou uma grande preocupação comuns a todas as pessoas. A ansiedade tem importante função como estado de alerta, um sinal para preservação da vida diante de ameaças de danos corporais, de dor, de separação, de morte de pessoa amada, de ameaça ao sucesso ou situação social, enfim, de ameaça à integridade pessoal. O estado de ansiedade diante destas situações é a resposta orgânica e psicológica para assumir as ações necessárias para evitas a ameaça ou pelo menos, atenuar sua conseqüências. Quando a ansiedade eleva-se acima do baixo nível de intensidade característico de sua função como sinal, temos a ansiedade patológica, podendo expressar-se, neste caso, como uma crise de pânico. A ansiedade patológica é uma reação desproporcional ao perigo objetivo; envolve repressão, dissociação e outras formas de conflito intrapsíquico; é controlada mediante várias formas de supressão de atividade e consciência, como as inibições, o desenvolvimento de sintomas e os diversos mecanismos neuróticos de defesa. O sintoma característico da neurose é a ansiedade descontrolada, tornando os indivíduos tímidos e angustiados pela duvida e insegurança, excessivamente medrosos e pessimistas, enquanto se tornam desconfiados e inquietos. A ansiedade do neurótico é uma ansiedade desmantelada sem o senso de direção e conduta, divergindo da ansiedade-inquietude daqueles que têm intensa vida interna, causada pelo pronunciamento excessivo das afetividades (sentimentos, paixões, emoções, tendências).
· Transtorno Obsessivo Compulsivo: a característica do TCC é o sintoma de obsessão e compulsão recorrentes, suficientemente graves para causarem acentuado sofrimento para a pessoa. As obsessões e compulsões consomem tempo e interferem significativamente na rotina normal da pessoa. Ele ocorre aproximadamente em 1 a 2% da população e, em geral, começa a se manifestar durante a ultima fase da infância ou já na adolescência. Alguns dos mais comuns ‘rituais’ obsessivos são: pavor na contaminação de coisas sujas ou com micróbios, ser excessivamente exigente quanto à arrumação de seus objetos pessoais e de casa, pavor dos pensamentos sobre sexo não comuns, impulsos agressivos, duvidas sobre assuntos que a pessoa sabe que não tem nenhuma necessidade de preocupar-se, etc. Alguns dos mais comuns atos compulsivos são: conferir, medir, lavar, guardar, contar, evitar.
· Transtorno do pânico com agorafobia: os sintomas característicos do transtorno do pânico são períodos espontâneos, episódicos e intensos de ansiedade, geralmente durando menos de uma hora. Os sintomas mentais principais são medo extremo e uma sensação de morte e destruição iminentes, mas o paciente não é capaz de indicar a fonte do seu medo. O paciente com tal transtorno pode desenvolver agorafobia, medo de lugares públicos, o que o leva a recusar-se a sair à rua, fechando-se dentro de casa. Via de regra a agorafobia está associada ao pânico, pois o paciente passa a evitar sair da segurança do seu lar, com medo de um ataque. Alguns conseguem sair de casa, desde que em companhia de outra pessoa.
· Transtorno de estresse pós-traumático: ocorre em 0,5% para os homens e 1,2% para as mulheres, podendo também afetar crianças. A probabilidade deste transtorno em pessoas após um desastre ou trauma está correlacionada à gravidade do estressor. Quanto mais grave o estressor mais pessoas têm a síndrome e mais grave é o transtorno. Pessoas que são vitimas de atos violentos apresentam uma carga traumática maior do que as que sofrem catástrofes naturais, porque passam a sentir-se como alvo de uma maldade.
· Transtornos dissociativos: uma área mais ou menos extensa do cérebro age desvinculada da consciência normal.
· Transtorno de despersonalização: pode ser causado por doença psicológica, neurótica ou sistêmica. Pode estar associado à epilepsia, tumor cerebral, uso de drogas. Ansiedade e depressão são fatores predisponentes, também estresse severo (pós-traumas, acidentes). Há uma sensação de alteração no próprio corpo. Os pacientes acham que suas extremidades estão maiores ou menores que o normal. Pode haver o fenômeno de duplicação; o paciente sente que o ponto de consciência do seu Eu está fora do corpo, freqüentemente alguns passos adiante, de onde pode observar a si mesmo. Às vezes o paciente acredita estar em dois locais diferentes ao mesmo tempo. É importante constatar, porém, que a medicina admite que a alteração na percepção de si mesmo, a perda momentânea do senso da própria realidade, o sentir-se mecânico ou como num sonho ou até mesmo distanciado do próprio corpo pode ser visto como ligeira despersonalização, não necessariamente de cunho patológico. E ainda mais, que isto ocorre com grande número de adultos e jovens. Pode-se deduzir, portanto, que o transtorno propriamente dito, caracteriza-se por episódios recorrentes e associados ou em conseqüência de outras patologias. Transtorno de personalidade múltipla: quem sofre disso tem duas ou mais personalidade distintas e separadas, cada uma das quais determina seu comportamento e atitudes durante o período em que for a personalidade dominante. A transição de uma personalidade para outra é súbita, freqüentemente dramática. Em geral há amnésia, durante cada estado de personalidade para a existência das outras ou para fatos que ocorreram quando outra personalidade era dominante. Algumas vezes, entretanto, um estado de personalidade não é atingido por esta amnésia e retém completa consciência da existência, qualidade e atividades das demais personalidades. Em alguns casos as personalidades têm consciência de algumas ou de todas as demais podendo encará-las como amigas ou adversárias. Muito freqüentemente as personalidades têm os seus próprios nomes e podem ser de sexo oposto, de raças e idades diferentes. Na mesma pessoa uma das personalidades pode ser muito extrovertida, até sexualmente promiscua, enquanto outras podem ser introvertidas, recatadas e sexualmente inibidas.
[i] SCHUBERT, Suely Caldas. Transtornos mentais: uma leitura espírita. Araguari, MG: Minas Editora, 2001.

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