Olá ‘Pessoal do mundo todo’! Mamãe chegou de viagem ontem por volta das oito horas da noite. Essa noite eu mais revirei na cama do que dormi. Acordei antes do dia clarear e de baixo de uma chuva fina foi à feira com mamãe. Ela contou-me um monte de coisa da viagem e inclusive disse que alugou um cômodo por lá para quando resolver voltar. Ela e tia ‘Pituca’ estão com seus planos de construir por lá e estou ficando à parte nessas decisões das quais não quero meter o bedelho. Depois de dar minha volta correndo no parque, tomei banho e me arrumei. Pouco antes das oito horas o táxi chegou para nos levar ao salão do Praia Clube. A festa como sempre muito ostensiva, daquelas que nitidamente não se faz com menos de duzentos mil reais. Tudo estava o puro glamour. Na entrada estavam tocando orquestra ao vivo com piano e violino, bem como servindo champanhe. Eu e mamãe fomos vestidas simples e procuramos uma mesa qualquer. Acabamos ficando numa mesa que estavam sentadas apenas duas pessoas e que depois sentaram-se mais seis convidados estranhos. O clima festivo fez com que interagíssemos com os demais participantes da mesa, mas (diferente do ano passado) não houve ninguém especial que me valha comentar. Pouco depois de nos instalarmos, fomos servidos com salgadinhos volantes e em seguida avançamos na mesa de petiscos. Esta era composta (conforme cardápio) por uma ilha de fingers (frutas e castanhas), uma ilha de extravagância (saladas com patês e molhos variados, alimentação japonesa e pães exóticos) e também uma ilha de queijos e salames. De tudo eu só aprovei as castanhas, pois o resto não me agradou muito ao paladar. Os queijos, patês e molhos estavam salgados (ao menos para meu gosto e o de mamãe que somos acostumadas com quase nenhum sal). Como eu havia pego uma taça de champanhe na entrada, só fui buscar uma bebida no bar temático depois de terminar a refeição inicial. Pedi um coquetel de morango e peguei um bombom no meio da bancada de balas, chicletes, marshemalow, pirulitos e uma variedade interminável de guloseimas. Pouco depois eu e mamãe fomos ao banheiro, mais na tentativa de dar uma sondada nos brindes femininos, mas depois de olhar daqui e dali pegamos apenas duas presilhas para dar a ‘Wenda Hilar’. É muita bugiganga, mas nada que realmente seja viável e útil para mim, muito menos para mamãe. Além de cabeleireira e maquiador, dessa vez tinha uma mulher fazendo massagem nos pés, mas como sempre a fila ficou enorme e desanimadora.
Cantaram-se os parabéns e foi discursada qualquer coisa que nem prestei atenção. Acho que já não estava nada bem do estomago. Eu não tinha comido praticamente nada porque não havia gostado de nada até então. Resolvi ir buscar outra bebida e dessa vez escolhi um coquetel de chocolate, mas estava muito forte e demorei muito para sorvê-lo, tanto que depois nem quis nada além de água. Minha mãe pediu uma batida sem álcool de abacaxi, mas estava tão doce que ela também levou quase a festa toda intercalando água com a bebida. Não demorou e o jantar começou a ser servido. Eu não sentia vontade de colocar nada mais na boca, mas olhando os garçons servirem algo que aparentemente estava tão bonito, resolvi entrar na fila. Quando chegou minha vez só tinha arroz com lula e um molho de peixe com brócolis e alcaparras. O que eu mais queria era bobó de camarão, o qual tinha acabado e ainda demoraria uma meia hora até que fosse preparado mais para repor a bancada. Por acaso eu já estava saindo quando vi um garçom trazendo uma bandeja de reposição: resolvi colocar um pedacinho do que vi, uma espécie de enrolado de macarrão com catupiry, rúcula e tomate seco. A comida também estava um desastre. Parece que tinham temperado tudo com sal grosso. Comi empurrada: primeiro porque não gosto de desperdiçar comida deixando no prato e segundo porque para mim é horrível ir numa festa com tanta coisa de comer e voltar para casa de barriga vazia. Quando chegou a reposição das comidas que haviam acabado, nem cogitei de experimentar. Aparentemente tudo lindo e apetitoso: cada big camarão! Mas para paladar pessoal, estava o puro sal. Encantada com os doces divididos em cristalizados, frutas em compota e tortas de todos os tipos, eu resolvi provar um pedaço da torta de limão e também da de amora. Também empurrei até a ultima garfada e a cada uma meu estomago repugnava mais. Tudo estava extremamente melado, muito, mas muito doce para minha opinião. Exatamente depois disso eu comecei a realmente passar mal de toda a região abdominal e não estava podendo ver ninguém comer na minha frente. Não era sensação de estar cheia, pois em vista do que sou habituada a comer, a quantidade ingerida ali fora mínima, praticamente belisquei de um lado e de outro nas iguarias. O problema era a qualidade que estava péssima para meu paladar. Meu estomago começou a fazer uns barulhos e tinha a sensação de que o abdômen estava inchando como se fosse explodir. Pensei que fosse ter um desarranjo intestinal ou até mesmo vomitar no meio da festa, mas inda bem que nada disso aconteceu. Entretanto a festa nesse momento já acabara para mim.
Começaram a tocar e dancei umas duas musicas com mamãe, mas realmente não estava me sentindo bem. Eu sentia meu estomago dolorido por dentro e duro por fora como se eu houvesse ingerido pedra. Eu sou daquelas que gosta de aproveitar as oportunidades para comer coisas diferentes e ate abusar quando está gostoso, mas dessa vez só sofri irritação por tanta fartura e o fato de não conseguir saciar a gula dos meus olhos. Fui à mesa de café e as trufas que lá peguei foram para trazer para casa. Foi com custo que fiz isso, pois não estava conseguindo olhar para nada de comer. Pensei que realmente fosse ter um troço e mil coisas passaram pela minha cabeça: teria alguma coisa estragada na comida? Teriam posto laxante nas bebidas? Será que alguém teria posto alguma droga no meu copo de água enquanto fui servir-me? Obviamente nada disso acontecera, mas diante do desconforto estomacal que eu sentia, até pensar em veneno de rato no meio da comida a minha mente foi capaz de fantasiar. Mamãe comeu ainda menos do que eu e reclamou exatamente do mesmo: a comida estava salgada e seu estomago estava enjoado. Só ao final da festa que ela fui buscar uma cocada, mas deu uma mordida e resolveu guardar para trazermos para casa. Como sobra de tudo é normal o pessoal sair de mãos e bolsas cheias. Teve gente que enrolou guloseimas e doces até no guardanapo de pano. Embora eu e mamãe não estivéssemos mais aproveitando a festa, ficamos olhando os dançarinos no palco, as roupas das demais pessoas e a música com o ambiente em si nos distraiu. Já eram quase duas horas da madrugada quando finalmente concordamos em vir embora. Peguei algumas rosas e gérberas dos arranjos das mesas, nos despedimos do ‘Jopi’ e a ‘Patroinha’ e na saída ganhamos de lembrancinha um vidrinho de cachaça (até isso achei péssimo, pois aqui em casa o liquido não servirá para nada). Esperamos uns quinze minutos pelo táxi e chegando em casa eu e mamãe continuamos a concordar sobre os aspectos negativos da festa. Tanto exagero! Tanta comida salgada! Tanto doce melado! Tanto gasto financeiro por tão pouco tempo... dava para distribuir no mínimo umas mil e quinhentas cestas básicas e ainda sobraria para fazer uma comemoração de aniversário mais simples. Só de pensar nisso fico desgostosa com o mundo e as pessoas que querem tanto ostentar sua pompa. Eu nunca desejaria, nem muito menos aceitaria uma festa de tal porte para mim se tivesse condições ou me fosse concedida enquanto aniversariante, noiva, ou seja lá o que for. Simplicidade é a alma de meu Eu.
Tenho um detalhe a comentar: toda a minha região abdominal estava realmente inchada e dura quando fui traçar de roupa ao chegar em casa. Minha mãe ficou preocupada comigo, mas só podíamos esperar que tudo voltasse ao normal. Eu não comi praticamente nada e do pouco que provei fiquei inchada igual mulher grávida que retém muito liquido. Só espero conseguir dormir agora e acordar melhor amanhã. De todo modo, acho que comer, tão cedo, não vou conseguir. O ‘Jopi’ realmente está cada vez fazendo parte apenas do passado, pois nem suas festas de aniversário são válidas com antes. De todo modo, eu o desejo sinceras alegrias nesse completar de setenta e oito anos! Que Papai do Céu abençoe a ele e a cada um de seus convidados...
Cantaram-se os parabéns e foi discursada qualquer coisa que nem prestei atenção. Acho que já não estava nada bem do estomago. Eu não tinha comido praticamente nada porque não havia gostado de nada até então. Resolvi ir buscar outra bebida e dessa vez escolhi um coquetel de chocolate, mas estava muito forte e demorei muito para sorvê-lo, tanto que depois nem quis nada além de água. Minha mãe pediu uma batida sem álcool de abacaxi, mas estava tão doce que ela também levou quase a festa toda intercalando água com a bebida. Não demorou e o jantar começou a ser servido. Eu não sentia vontade de colocar nada mais na boca, mas olhando os garçons servirem algo que aparentemente estava tão bonito, resolvi entrar na fila. Quando chegou minha vez só tinha arroz com lula e um molho de peixe com brócolis e alcaparras. O que eu mais queria era bobó de camarão, o qual tinha acabado e ainda demoraria uma meia hora até que fosse preparado mais para repor a bancada. Por acaso eu já estava saindo quando vi um garçom trazendo uma bandeja de reposição: resolvi colocar um pedacinho do que vi, uma espécie de enrolado de macarrão com catupiry, rúcula e tomate seco. A comida também estava um desastre. Parece que tinham temperado tudo com sal grosso. Comi empurrada: primeiro porque não gosto de desperdiçar comida deixando no prato e segundo porque para mim é horrível ir numa festa com tanta coisa de comer e voltar para casa de barriga vazia. Quando chegou a reposição das comidas que haviam acabado, nem cogitei de experimentar. Aparentemente tudo lindo e apetitoso: cada big camarão! Mas para paladar pessoal, estava o puro sal. Encantada com os doces divididos em cristalizados, frutas em compota e tortas de todos os tipos, eu resolvi provar um pedaço da torta de limão e também da de amora. Também empurrei até a ultima garfada e a cada uma meu estomago repugnava mais. Tudo estava extremamente melado, muito, mas muito doce para minha opinião. Exatamente depois disso eu comecei a realmente passar mal de toda a região abdominal e não estava podendo ver ninguém comer na minha frente. Não era sensação de estar cheia, pois em vista do que sou habituada a comer, a quantidade ingerida ali fora mínima, praticamente belisquei de um lado e de outro nas iguarias. O problema era a qualidade que estava péssima para meu paladar. Meu estomago começou a fazer uns barulhos e tinha a sensação de que o abdômen estava inchando como se fosse explodir. Pensei que fosse ter um desarranjo intestinal ou até mesmo vomitar no meio da festa, mas inda bem que nada disso aconteceu. Entretanto a festa nesse momento já acabara para mim.
Começaram a tocar e dancei umas duas musicas com mamãe, mas realmente não estava me sentindo bem. Eu sentia meu estomago dolorido por dentro e duro por fora como se eu houvesse ingerido pedra. Eu sou daquelas que gosta de aproveitar as oportunidades para comer coisas diferentes e ate abusar quando está gostoso, mas dessa vez só sofri irritação por tanta fartura e o fato de não conseguir saciar a gula dos meus olhos. Fui à mesa de café e as trufas que lá peguei foram para trazer para casa. Foi com custo que fiz isso, pois não estava conseguindo olhar para nada de comer. Pensei que realmente fosse ter um troço e mil coisas passaram pela minha cabeça: teria alguma coisa estragada na comida? Teriam posto laxante nas bebidas? Será que alguém teria posto alguma droga no meu copo de água enquanto fui servir-me? Obviamente nada disso acontecera, mas diante do desconforto estomacal que eu sentia, até pensar em veneno de rato no meio da comida a minha mente foi capaz de fantasiar. Mamãe comeu ainda menos do que eu e reclamou exatamente do mesmo: a comida estava salgada e seu estomago estava enjoado. Só ao final da festa que ela fui buscar uma cocada, mas deu uma mordida e resolveu guardar para trazermos para casa. Como sobra de tudo é normal o pessoal sair de mãos e bolsas cheias. Teve gente que enrolou guloseimas e doces até no guardanapo de pano. Embora eu e mamãe não estivéssemos mais aproveitando a festa, ficamos olhando os dançarinos no palco, as roupas das demais pessoas e a música com o ambiente em si nos distraiu. Já eram quase duas horas da madrugada quando finalmente concordamos em vir embora. Peguei algumas rosas e gérberas dos arranjos das mesas, nos despedimos do ‘Jopi’ e a ‘Patroinha’ e na saída ganhamos de lembrancinha um vidrinho de cachaça (até isso achei péssimo, pois aqui em casa o liquido não servirá para nada). Esperamos uns quinze minutos pelo táxi e chegando em casa eu e mamãe continuamos a concordar sobre os aspectos negativos da festa. Tanto exagero! Tanta comida salgada! Tanto doce melado! Tanto gasto financeiro por tão pouco tempo... dava para distribuir no mínimo umas mil e quinhentas cestas básicas e ainda sobraria para fazer uma comemoração de aniversário mais simples. Só de pensar nisso fico desgostosa com o mundo e as pessoas que querem tanto ostentar sua pompa. Eu nunca desejaria, nem muito menos aceitaria uma festa de tal porte para mim se tivesse condições ou me fosse concedida enquanto aniversariante, noiva, ou seja lá o que for. Simplicidade é a alma de meu Eu.
Tenho um detalhe a comentar: toda a minha região abdominal estava realmente inchada e dura quando fui traçar de roupa ao chegar em casa. Minha mãe ficou preocupada comigo, mas só podíamos esperar que tudo voltasse ao normal. Eu não comi praticamente nada e do pouco que provei fiquei inchada igual mulher grávida que retém muito liquido. Só espero conseguir dormir agora e acordar melhor amanhã. De todo modo, acho que comer, tão cedo, não vou conseguir. O ‘Jopi’ realmente está cada vez fazendo parte apenas do passado, pois nem suas festas de aniversário são válidas com antes. De todo modo, eu o desejo sinceras alegrias nesse completar de setenta e oito anos! Que Papai do Céu abençoe a ele e a cada um de seus convidados...
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