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domingo, 8 de março de 2009

resumo do livro Cartas de uma morta



“Minha amada ‘Ágape’! Olá ‘pessoal do mundo todo”! Primeiramente quero desejar um feliz dia internacional das mulheres! Ser mulher automaticamente é ser um pouco guerreira, feminina, delicada, esperta, sensual, mãe, esposa, apaixonada, fiel, compreensiva, enfim, maravilhosa. Não que todas as mulheres sejam realmente tudo isso, mas ao menos um cadinho elas são! Segundamente, hoje acabei de ler o livro Cartas de uma morta[i] e não poderia deixar de compartilhar algumas minúcias do que mais me interessou da leitura. O livro em si é feito por varias cartas da mãe de Francisco, sendo psicografadas por ele mesmo. Ela relata seu pós desencarne. Gostei quando ela descreve os momentos de oração, dizendo que via descer das vastidões etéreas que lhe cobria a cabeça, uma profusão de pétalas de flores, as quais desapareciam assim que aspiravam os seus perfumes balsâmicos. Ela também relata que, mesmo depois de desencarnado, alguns seres (na minha opinião penso acontecer isso com a maioria dos terráqueos ao deixar o corpo) ainda precisam de se alimentar e por conta disso, embora a nutrição esteja toda presente no próprio ar, existem alimentos análogos aos da Terra. Por algum tempo, tais espíritos se alimentam ilusoriamente até se acostumarem com as novas modalidades de sua existência. Tudo o que se passa do outro lado da vida é obviamente uma continuação que vai variar conforme o grau de desprendimento material e principalmente de acordo com o nível evolutivo de cada espírito.
Outra parte infeliz fala da Terra, a qual vista de outros planetas se apresenta como um ponto obscuro que se perde na imensidade, podendo inclusive ser descrita como um furacão a envolver grande massa compacta de cinzas enegrecidas. Eis que estamos num planeta de exílio e de sombra. Mais adiante ela conta sobre Saturno: ‘avistei muito distante, como um novelo de luz, levemente azulada, o sol; todavia, só pude saber que se tratava desse astro porque me disse o esclarecido mentor e devotado guia, tal era a diferença que eu constatava. A luz se espalhava por todas as coisas, mas, o seu calor era menor, dando-me a impressão de frescura e amenidade, arrancando do cenário majestoso, que eu presenciava, tonalidades de um rosa pálido e de um azul indefinível. Vi, depois, varias habitações de estilo gracioso, onde predominavam grandes colunatas artisticamente dispostas, decoradas com uma substancia para mim desconhecida, que mudava de cor, em lindíssimas nuanças, aos reflexos da luz solar. Uma vegetação estranha coalhava o solo branco, às vezes brilhante; a clorofila, porem, que se conhece no planeta terráqueo, devia estar substituída por outro elemento, porque todas as folhagens e ramarias eram azuladas; contudo, os espécimes de flores, que eu tinha sob as vistas, eram de coloridos variegados, apresentando as mais singulares tonalidades quando refletiam a luz circunstante. Flores extraordinárias pela sua originalidade e perfume ornamentavam todo o ambiente...’
Em seqüência é analisado o fato de Saturno ter um dia de dez horas e estações que duram mais de sete anos consecutivos, segundo a contagem do tempo no planeta Terra. Fiquei a me imaginar dando uma voltinha por tantos locais inimagináveis. Se a Terra em si para mim já parece um paraíso que me atormenta dia e noite de vontade de conhecê-la canto a canto, imagine a maravilha de visitar planos ainda mais perfeitos. Acho que nunca vou conseguir deixar de sonhar e desejar profundamente isso, seja encarnada ou desencarnada, na Terra ou nos confins do infinito. Ante o assombro de Maria perante os seres ali viventes, os quais nada tinham de comum com os tipos da humanidade terrena, afigurando-se extraordinariamente feios com a sua organização animalesca e com suas membranas à guisa de asas, o instrutor a esclareceu quanto às condições de vida naquele mundo e, referindo-se aos seus habitantes, disse-lhe: ‘Essas criaturas que te parecem animais egressos das plagas terrestres, onde os zoófitos encontram os seus elementos de vida, são altamente dotados de sabedoria, sensibilidade e inteligência. Seus sentidos e percepções são muito superiores àqueles com que foram aquinhoados os homens terrenos e a preocupação máxima da sua existência é a intensificação do poder intelectual...’ Sendo Saturno um imenso mundo gasoso, os seres inteligentes que lá existam têm, forçosamente, que ter seus corpos sutis adaptados ao meio. Outra parte marcante diz exatamente que: ‘um espírito pode beneficiar-se com o que lhe provem do exterior, mas o seu verdadeiro mundo é aquele criado por seus pensamentos, atos e aspirações...’
Já ao final do livro ela relata sobre Marte. Eis alguns trechos que deixam bem nítido a superioridade de tal planeta: ‘Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas à da Terra. Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e perfumes. Percebi, perfeitamente, a existência de uma atmosfera parecida com a da Terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se-me muitíssimo mais leve... Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guisa de asas, que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas... Assegurou-me, ainda, o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das concepções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e de virtualhas de outros seres da criação... O dia ali é igual ao da Terra, pois conta 24 horas e quase 40 minutos, mas os anos constam de 668 dias, tornando as estações mais demoradas, sem transformações bruscas de ordem climática que tanto prejudicam a saúde humana...’ Muitos outros detalhes interessantes seguem-se para nos deixar realmente com imensa vontade de conhecer os marcianos. Eis que essas foram às partes que mais gostei. Um gigantesco abraço para ti, minha eterna amada ‘Ágape’ e muita luz a todos os demais! Até outra hora...”
[i] XAVIER, Francisco Cândido. (Maria João de Deus). Cartas de uma morta. 12ª Ed. São Paulo: Lake, 1995.

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