Acabei de ler o terceiro livro da série de André Luiz chamado Missionários da luz[i]. O livro detalha logo no começo a participação de Espíritos protetores na reunião mediúnica, particularmente quanto à psicografia, cujos mecanismos psicossomáticos são detalhados. Muito útil aos médiuns psicógrafos. Diz que a epífise é a glândula da vida mental. Segrega hormônios psíquicos. As funções espirituais dessa glândula, denominada pineal (forma de pinha) são trazidas para os ensinos espíritas pela primeira vez. Tem potencial magnético controlador das glândulas genitais. Atua qual poderosa usina segregando unidades-força nas energias geradoras. É, sobretudo, a glândula da vida espiritual do homem encarnado. André Luiz demonstra as providências da Espiritualidade precedentes à reunião mediúnica propriamente dita. Médiuns, à visão espiritual, apresentavam: um, bacilos psíquicos (larvas) da tortura sexual; outro, intoxicação alcoólica ampla, tendo pequeninas figuras horripilantes, vorazes, ao longo da veia porta...; uma médium, com o ventre superlotado de alimentação, vítima da excessiva alimentação, trazia voracíssimas lesmas (parasitos destruidores). Foi André Luiz quem inaugurou, no Espiritismo, o emprego das palavras ‘vampiro’ e ‘vampirismo’ para denominar casos de obsessão com desencarnados ainda rudemente fixados às sensações físicas, roubando energias e sensações deletérias de encarnados viciado em alcoolismo, tabagismo, toxicomania, sexo desvairado e, de forma geral, nos demais vícios. É registrado o problema da alimentação de carne e dedica especial atenção ao tratamento do ser humano para com os animais, acenando com uma nova era, quando o homem cultivará o solo com amor e respeitará aos animais sem deles se alimentar. O livro relata os comentários de espíritos desencarnados, exploradores, que aguardam à porta dos centros espíritas a saída dos médiuns invigilantes. Também fala sobre o abandono das reuniões mediúnicas, por parte dos médiuns.
André Luiz rememora suas atividades de médico terreno e diante de um doente da alma, vampirizado, recebe orientação do seu instrutor espiritual, o qual demonstra como a prece constrói fronteiras vibratórias: a oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. Há preciosa informação sobre os bilhões de raios cósmicos que a cada minuto descem sobre a fronte humana, oriundos do solo, da água, dos metais, dos vegetais, dos animais e dos próprios semelhantes, todos, sem contar os raios solares, caloríficos e luminosos; igualmente, emanam sobre cada um de nós, os terrenos, trilhões de raios psíquicos. É lecionado que à noite há mais facilidade para ajuda espiritual, quando os raios solares diretos não desintegram certos recursos dos cooperadores espirituais. Também é à noite que os encarnados sofrem os fenômenos desastrosos mais sérios da circulação, pela invigilância na criação de fantasmas cruéis, no campo vivo do pensamento. O livro registra um caso de ‘moratória’ (enfermo grave, prestes à desencarnação, que recebe energias que lhe acrescentam mais cinco meses de existência terrena). É citado o curso espiritual ministrado por um instrutor espiritual a trezentos alunos, encarnados e desdobrados pelo sono, dos quais apenas trinta e dois assimilam as lições. É sugerido como o sono pode ser excelente oportunidade de boas realizações e de aprendizado, além da chance de reencontro com parentes ou amigos desencarnados. Há o relato singular do pavor-pesadelo de um encarnado que ao dormir depara-se com um amigo desencarnado, sobre o qual fizera alusões desabonadoras durante o dia. Em seqüência é explanado sobre a necessidade de planejamento e disciplina para todos os candidatos às atividades mediúnicas, iniciando-se com trabalhos em pequenas tarefas, para depois, progressivamente, alcançarem grandes obras. Há interessantíssimo registro: o Espírito de Verdade é Jesus!
Mostra-nos também a leitura que as Sessões de Materialização (em 1945, quando tal livro foi escrito, as reuniões de materialização aconteciam quase como rotina) são trabalhosas, expondo seus grandes riscos para os médiuns, tendo em vista que poucos reúnem as condições espirituais que elas exigem: valores morais legitimamente consolidados. Atendendo à solicitação pungente de uma viúva (encarnada, desdobrada pelo sono) o instrutor Alexandre, levando André Luiz, vai à residência dela. Lá, se deparam com inúmeros Espíritos desencarnados, familiares diversos, atraídos pelas vibrações pesadas e doentias dos encarnados. Esses Espíritos estavam envolvidos em círculos escuros, à mesa de refeições da família, absorvendo as emanações dos alimentos (pelas narinas). É explicado como tal se processa: vampirização recíproca. É-nos mostrado o terrível ambiente de um matadouro, com Espíritos desencarnados atirando-se vampirescamente ao sangue dos animais abatidos. A leitura mostra ainda o martírio de um suicida, atormentado pelo remorso de ter assassinado um amigo para roubar-lhe a noiva. André Luiz registra providências no Planejamento de Reencarnações e os mapas dos futuros corpos físicos; trata ainda do interessante e raríssimo caso dos ‘completistas’, ou seja, encarnados que aproveitam todas as oportunidades de evolução. Ainda diz o livro que a medicina do futuro, certamente levará em conta o psiquismo, identificando-o como responsável, senão por todas, mas pela maioria das patologias.
A parte mais importante de todo o livro descreve a sublimidade que é a reencarnação de um espírito, a partir da obra-prima que é a fecundação. É focalizada a interessantíssima questão das ‘fecundações físicas’ e das ‘fecundações psíquicas, aquela, nascendo das uniões físicas, no domínio das formas, e esta, das uniões espirituais, nos resplandecentes domínios da alma. Somos informados que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. É citado que muitos são os casais ‘sem a coroa dos filhos’, por terem agido egoisticamente, desde o presente ou em vidas passadas. Há a informação sobre a reencarnação, que só se completa por volta de sete anos do parto. É descrita a proteção espiritual na fase fetal e embrionária do ser humano. Também é narrado como uma gravidez é interrompida por invigilância (aborto indireto) da mulher grávida que o pratica pela terceira vez: sai pela noite, em busca de prazeres mundanos; no amanhecer, perde aquele que lhe seria filho (o aborto é-lhe incensado por espíritos que a vampirizavam e que por isso mesmo não lhe admitiam ser mãe, já que com um filho, não mais lhes daria atenção). Em seqüência é demonstrado todo o processo da psicofonia (incorporação). Um espírito desencarnado é levado à reunião mediúnica do mesmo grupo de médiuns que participava, quando encarnado. A médium que o atenderá na reunião (à noite), horas antes tem graves problemas conjugais (marido alcoólico) e é-nos demonstrado o abençoado apoio espiritual que ela então recebe, mercê do seu devotamento. É possível verificar que ao doutrinar espíritos os médiuns acabam se autodoutrinando.
Relata sobre o espírito de um sacerdote ser doutrinado por interferência de sua mãe (também desencarnada) que se responsabilizava por tê-lo induzido ao sacerdócio, quando encarnados, sendo que, ao contrário, ele renascera para elevada tarefa no campo da filosofia espiritualista. É citada uma interessante contrapartida das sessões de materialização: quando elas acontecem no Plano Espiritual, para que desencarnados sofredores sejam atendidos na doutrinação por encarnados. Há explicações sobre a ocorrência da doutrinação, nas reuniões mediúnicas, justificando porque às vezes ela precisa ser realizada por encarnados que doam seu magnetismo humano. O livro decorre sobre como a espiritualidade atende dois Espíritos necessitados: o primeiro desconhece a própria morte e vê, à distância, seus despojos em decomposição; o segundo, quer agredir aos encarnados, com auxílio da médium e vê-se diante de um esqueleto, de terrível aspecto (composto pelos espíritos instrutores), desistindo assim da agressão. Tão forte recurso de convencimento requer enorme prudência na sua aplicação por médiuns doutrinadores encarnados. André Luiz ainda trata do tema da obsessão e da desobsessão relatando como vários vingadores foram previamente doutrinados no plano espiritual antes de se manifestarem pelos médiuns. Sugere-se através desse relato, extrema cautela aos médiuns lidadores das obsessões, muitos dos quais adiantam diagnósticos apressados e fazem promessa de curas no campo físico. É narrado o caso de um encarnado, renitente na invigilância, que após ser atendido por dez vezes com socorro completo, será deixado entregue a si mesmo, só voltando a ser socorrido pela espiritualidade após adotar nova resolução: receberá, por ora, alguma melhora, apenas. Falando sobre os passes especifica a necessidade de conhecimentos especializados, além de critério e responsabilidade por parte dos passistas. São descritas várias modalidades de passes, com movimentos das mãos, de alto a baixo, rotatórios e longitudinais. Ao fim do livro, Alexandre, o instrutor espiritual, vai para estágio em esferas mais altas. Antes, promove reunião em Nosso Lar para as despedidas com seus inúmeros alunos, dentre os quais encontra-se André Luiz. Comovidos, todos, vêem o abnegado instrutor orar com infinita beleza, ‘como se conversasse com o Mestre presente, embora invisível’.
[i] XAVIER, Francisco Cândido. (André Luiz). Missionário da Luz. 21ª Ed. Brasília: FEB, 1988.
André Luiz rememora suas atividades de médico terreno e diante de um doente da alma, vampirizado, recebe orientação do seu instrutor espiritual, o qual demonstra como a prece constrói fronteiras vibratórias: a oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. Há preciosa informação sobre os bilhões de raios cósmicos que a cada minuto descem sobre a fronte humana, oriundos do solo, da água, dos metais, dos vegetais, dos animais e dos próprios semelhantes, todos, sem contar os raios solares, caloríficos e luminosos; igualmente, emanam sobre cada um de nós, os terrenos, trilhões de raios psíquicos. É lecionado que à noite há mais facilidade para ajuda espiritual, quando os raios solares diretos não desintegram certos recursos dos cooperadores espirituais. Também é à noite que os encarnados sofrem os fenômenos desastrosos mais sérios da circulação, pela invigilância na criação de fantasmas cruéis, no campo vivo do pensamento. O livro registra um caso de ‘moratória’ (enfermo grave, prestes à desencarnação, que recebe energias que lhe acrescentam mais cinco meses de existência terrena). É citado o curso espiritual ministrado por um instrutor espiritual a trezentos alunos, encarnados e desdobrados pelo sono, dos quais apenas trinta e dois assimilam as lições. É sugerido como o sono pode ser excelente oportunidade de boas realizações e de aprendizado, além da chance de reencontro com parentes ou amigos desencarnados. Há o relato singular do pavor-pesadelo de um encarnado que ao dormir depara-se com um amigo desencarnado, sobre o qual fizera alusões desabonadoras durante o dia. Em seqüência é explanado sobre a necessidade de planejamento e disciplina para todos os candidatos às atividades mediúnicas, iniciando-se com trabalhos em pequenas tarefas, para depois, progressivamente, alcançarem grandes obras. Há interessantíssimo registro: o Espírito de Verdade é Jesus!
Mostra-nos também a leitura que as Sessões de Materialização (em 1945, quando tal livro foi escrito, as reuniões de materialização aconteciam quase como rotina) são trabalhosas, expondo seus grandes riscos para os médiuns, tendo em vista que poucos reúnem as condições espirituais que elas exigem: valores morais legitimamente consolidados. Atendendo à solicitação pungente de uma viúva (encarnada, desdobrada pelo sono) o instrutor Alexandre, levando André Luiz, vai à residência dela. Lá, se deparam com inúmeros Espíritos desencarnados, familiares diversos, atraídos pelas vibrações pesadas e doentias dos encarnados. Esses Espíritos estavam envolvidos em círculos escuros, à mesa de refeições da família, absorvendo as emanações dos alimentos (pelas narinas). É explicado como tal se processa: vampirização recíproca. É-nos mostrado o terrível ambiente de um matadouro, com Espíritos desencarnados atirando-se vampirescamente ao sangue dos animais abatidos. A leitura mostra ainda o martírio de um suicida, atormentado pelo remorso de ter assassinado um amigo para roubar-lhe a noiva. André Luiz registra providências no Planejamento de Reencarnações e os mapas dos futuros corpos físicos; trata ainda do interessante e raríssimo caso dos ‘completistas’, ou seja, encarnados que aproveitam todas as oportunidades de evolução. Ainda diz o livro que a medicina do futuro, certamente levará em conta o psiquismo, identificando-o como responsável, senão por todas, mas pela maioria das patologias.
A parte mais importante de todo o livro descreve a sublimidade que é a reencarnação de um espírito, a partir da obra-prima que é a fecundação. É focalizada a interessantíssima questão das ‘fecundações físicas’ e das ‘fecundações psíquicas, aquela, nascendo das uniões físicas, no domínio das formas, e esta, das uniões espirituais, nos resplandecentes domínios da alma. Somos informados que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. É citado que muitos são os casais ‘sem a coroa dos filhos’, por terem agido egoisticamente, desde o presente ou em vidas passadas. Há a informação sobre a reencarnação, que só se completa por volta de sete anos do parto. É descrita a proteção espiritual na fase fetal e embrionária do ser humano. Também é narrado como uma gravidez é interrompida por invigilância (aborto indireto) da mulher grávida que o pratica pela terceira vez: sai pela noite, em busca de prazeres mundanos; no amanhecer, perde aquele que lhe seria filho (o aborto é-lhe incensado por espíritos que a vampirizavam e que por isso mesmo não lhe admitiam ser mãe, já que com um filho, não mais lhes daria atenção). Em seqüência é demonstrado todo o processo da psicofonia (incorporação). Um espírito desencarnado é levado à reunião mediúnica do mesmo grupo de médiuns que participava, quando encarnado. A médium que o atenderá na reunião (à noite), horas antes tem graves problemas conjugais (marido alcoólico) e é-nos demonstrado o abençoado apoio espiritual que ela então recebe, mercê do seu devotamento. É possível verificar que ao doutrinar espíritos os médiuns acabam se autodoutrinando.
Relata sobre o espírito de um sacerdote ser doutrinado por interferência de sua mãe (também desencarnada) que se responsabilizava por tê-lo induzido ao sacerdócio, quando encarnados, sendo que, ao contrário, ele renascera para elevada tarefa no campo da filosofia espiritualista. É citada uma interessante contrapartida das sessões de materialização: quando elas acontecem no Plano Espiritual, para que desencarnados sofredores sejam atendidos na doutrinação por encarnados. Há explicações sobre a ocorrência da doutrinação, nas reuniões mediúnicas, justificando porque às vezes ela precisa ser realizada por encarnados que doam seu magnetismo humano. O livro decorre sobre como a espiritualidade atende dois Espíritos necessitados: o primeiro desconhece a própria morte e vê, à distância, seus despojos em decomposição; o segundo, quer agredir aos encarnados, com auxílio da médium e vê-se diante de um esqueleto, de terrível aspecto (composto pelos espíritos instrutores), desistindo assim da agressão. Tão forte recurso de convencimento requer enorme prudência na sua aplicação por médiuns doutrinadores encarnados. André Luiz ainda trata do tema da obsessão e da desobsessão relatando como vários vingadores foram previamente doutrinados no plano espiritual antes de se manifestarem pelos médiuns. Sugere-se através desse relato, extrema cautela aos médiuns lidadores das obsessões, muitos dos quais adiantam diagnósticos apressados e fazem promessa de curas no campo físico. É narrado o caso de um encarnado, renitente na invigilância, que após ser atendido por dez vezes com socorro completo, será deixado entregue a si mesmo, só voltando a ser socorrido pela espiritualidade após adotar nova resolução: receberá, por ora, alguma melhora, apenas. Falando sobre os passes especifica a necessidade de conhecimentos especializados, além de critério e responsabilidade por parte dos passistas. São descritas várias modalidades de passes, com movimentos das mãos, de alto a baixo, rotatórios e longitudinais. Ao fim do livro, Alexandre, o instrutor espiritual, vai para estágio em esferas mais altas. Antes, promove reunião em Nosso Lar para as despedidas com seus inúmeros alunos, dentre os quais encontra-se André Luiz. Comovidos, todos, vêem o abnegado instrutor orar com infinita beleza, ‘como se conversasse com o Mestre presente, embora invisível’.
[i] XAVIER, Francisco Cândido. (André Luiz). Missionário da Luz. 21ª Ed. Brasília: FEB, 1988.
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