A conturbação é que nunca encontrei justificativas para explicar aos outros o porque tudo foi importante no decorrer do meu desenvolvimento enquanto humana e eterna, pois ninguém sabe compreender como coisas que não podem me trazer um retorno material me são favoráveis. Será que eu tenho de passar a vida toda podada a fazer apenas coisas que me rendam dinheiro? Minha mãe e principalmente irmã enfoca o fato de que devemos fazer algo que tenha continuidade ou que traga no mínimo a condição de podermos sobreviver de tal feito. Mas acontece que eu quero sim continuar fazendo coisas sem comprometer-me em fazê-las para o resto da vida ou fazer delas uma profissão ou, como diz o ditado popular, o meu ganha pão. Eu quero aprender de tudo, mesmo que nada me faça sentido perante o futuro de meu viver. Meu maior problema é pagar o preço desse aprendizado. Mas será que vou ficar a vida toda quieta sem ousar pagar nada? E o pior: só porque não tenho coragem de pagar, minha mãe aprova minha vontade de mergulhar nesse tão velho ideal. O que fazer? Minha cabeça está a mil. Se com uma indecisão tão pequena é assim, pobre de mim se fosse algo mais sério. Eu tenho vontade e minha mãe se predispõe a pagar, mas lidar com dinheiro para mim é um martírio. O lazer ou aprendizado acaba se tornando um tormento, mas não quero que isso me impeça de viver e aproveitar algumas oportunidades que nunca voltarão atrás se eu não agarrá-las agora. Realmente estou confusa e não sei que decisão eu tomarei, apenas sei que vou tomar uma decisão em breve e pretendo estar em paz comigo mesma e com essa decisão. Deus me ajudará e a Ele obedecerei. A nossa vontade caminha em total união e independente do futuro ou da conseqüência dessa decisão, sei que nada abalará minha felicidade. A cada dia e a cada passo a vida me guia de acordo com a vontade de Papai do Céu e antevejo nesses pequenos detalhes e decisões algo muito maior: a conquista de meu objetivo maior, ou seja, evoluir. É nas pequenas decisões que a vida pode dar uma guinada; é nas coragens insignificantes, como talvez a de pagar um curso de hipismo, que meu Eu conseguirá se conhecer melhor e enfrentar inéditas oportunidades de enfrentar os próprios problemas traumáticos. É fazendo valer o que desejo e amo que eu pretendo provar para mim mesma que vale a pena se auto-sacrificar na tentativa de encontrar algumas respostas misteriosas sobre mim mesma. Mas por enquanto isso tudo é teoria... não sei se realmente assim será. Talvez, se assim tiver de ser...
Por hoje isso é tudo o que tenho a escrever. Tentarei acalmar meu interior para colher as sensações propícias para a decisão que preciso tomar. Um super abraço para todos e paz, muita paz a quem dela precisar!”
Minha prima perguntou:
- Porque você não faz também?
E eu: - Nao tenho coragem.
Ela: - Tem medo de cair do cavalo?
Finalisei: não, eu não tenho coragem é de pagar...
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