lidando com os pormenores da vida

"Ágape" estava no incurso de realizar suas viagens astrais de modo consciente. Ela sempre tentara isso, mas nada de obter sucesso. De todo modo, sua insistência e vontade de conseguir tal intento falava mais alto e pensando nisso, ela acabou tirando um cochilo enorme depois do almoço. Continuava não tendo nenhuma vitória, mesmo que em muito de seus sonhos tivesse consciência dentro deles de estar apenas sonhando, geralmente nos sonhos em que está voando. Depois de ir a sua avó e de lá seguir para o parque cumprir o costume persistente e disciplinado de correr, neste dia também tendo a companhia de "Mateus", tomou um banho com folhas de manga, goiaba, romã e sal. Para completar purificou-se com um banho de chá de rosas amarelas róseas e alfazema. Restaurada de suas forças ela agradeceu a Deus a oportunidade de tais banhos e ficou pensando na conversa que sua mãe relatara ter com uma das filhas de “Pituca”, a qual desde muito tempo fazia equitação, algo que "Ágape" sempre tivera vontade. Houve uma época em que "Ágape" até andou fazendo algumas ligações para verificar se encontrava aulas de quitação, mas nenhuma pista do assunto teve. Foi na época em que sua prima foi tirar umas fotos de quinze anos no Camaru que descobriu as aulas de montaria, cavalgada e pulo com obstáculos. "Ágape" já pensara de conversar com a prima, mas a primeira informação obtida certa vez foi o preço e isso a tirou novamente de idéia. Dessa vez sua prima perguntara a sua mãe porque "Ágape" não fazia equitação também. Ela bem que gostaria, mas se dispor a pagar o preço era o problema. Sua mãe chegou a comentar que caso ela quisesse poderia lhe pagar, mas para "Ágape" não era nada simples responder um aceito e ir a busca de suas realizações quando dependia de um misero tostão. Ah vida! Ah traumas! Só Deus mesmo para arrancar-lhe das fadigas de nada se permitir viver por conta de um bloqueio perante a essência que comanda o mundo material: o dinheiro. Até quando sua vida assim seria? A resposta o tempo traria.