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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mais um pouco da vida de Agape

“Graúda” adiantou-se para comprar metade dos itens que lhe fora pedido pelo exu. "Ágape" sentia-se entre enfurecida e esperançosa com tal macumba. Durante a parte da tarde ela deitou o oráculo do tarô francês para si e, novamente, constatou pelas cartas seqüenciais torre, imperador e diabo sobrepostas no ultimo monte da direita, que havia um homem previsto para cruzar seus caminhos em tempo vindouro (o que significava não ser "Mateus"). Além disso as cartas inferiores mundo, carro e roda da fortuna também sobrepostas deu-lhe a sensação que uma fase nova e interessante estaria por vir. A previsão era muito positiva e "Ágape" também teve a impressão de que, caso aparecesse algum trabalho para si, este seria em contato com sua mãe, ou ao menos teria ligação com ela de algum sentido. Em muitas vezes que deitou as cartas experimentou a mesma sensação: de sentir que, conforme cumprisse alguns karmas, estes deixariam de existir dando abertura para caminhos mais leves e alegres. Em repetência disso, "Ágape" tornou a sentir que, de um segundo para outro, muita coisa poderia acontecer em sua vida e mudá-la completamente, não como um milagre, mas como um redemoinho sem saída. Para isso o oráculo aconselhava força e paciência. Seus caminhos dia após dias estavam sendo apurados e reajustados perante a justiça e o julgamento consecutivo de seus atos passados e isso ficava sempre muito visível em todas as consultas que fazia para si mesma. Além disso, seu lado espiritual continuava tendo interferência direta em seu viver e embora não compreendesse muito o que isso realmente significava, "Ágape" sabia que o principal era orar e vigiar.
Ao dar cinco horas da tarde, "Ágape" foi ao parque e enquanto corria deixou sua mãe sentada num quiosque lendo uma revista ao mesmo tempo em que apreciava tranqüilamente a vista bela da lagoa. Novamente “Graúda” fez questão de marcar o tempo e confirmou que "Ágape" fizera os dez quilômetros em vinte e seis minutos. Por pior que estivesse, aquilo denotava um fator de crescimento no seu desempenho físico, rítmico e aeróbico. Assim que retornaram, “Soberana” contou-lhes através de telefonema pela Internet, que tanto ela quanto o esposo haviam pegado sarna de "Wenda Hilar". Além disso, foi comentado algo sobre uma viagem para Caldas Novas, mas ainda era um assunto dúbio e “Graúda” ficou de perguntar sobre o aluguel do apartamento de uma das vizinhas da rua. As novidades do dia ficaram nisso e senti da parte de "Ágape" que sua própria euforia era sinal de que algo surpreso ia lhe suceder.

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