“Querido ‘Mateus’! Refleti muito sobre tudo o que me disse e estou me sentindo incrivelmente bem hoje. Mamãe já conversou com minha irmã e reservou o apartamento da vizinha para irmos para Caldas Novas. Creio que amanhã minha irmã estará vindo para cá a fim de efetuarmos essa viagem meio repentina. Mamãe saiu pouco depois do almoço: ela foi ao centro da cidade comprar as demais coisas da macumba de amanhã. Espero que tudo dê certo!
Enquanto fiquei em casa escutando a chuva cair lá fora, resolvi ir para meu cantinho de preces e novamente desabei-me em lágrimas ao pedir para Mãezinha do Coração proteger a mim e todos os meus irmãos. Um coração de mãe suporta tudo, perdoa tudo, ampara apesar de tudo. Eu me desabo sentimentalmente quando penso que uma gota do amor de Mãezinha nos nossos corações poderia nos fazer ser capazes de transformar o mundo em um oásis de paz e compaixão perante as dores alheias. Se pudéssemos ter um ínfimo do amor dela dentro de cada um de nós, seríamos capazes de superar nosso orgulho, a vaidade e egoísmo para viver realmente o amor, a humildade e a caridade. Fico a imaginar o quanto ainda teremos de sofrer e guerrear com nossa própria má índole para adquirir a capacidade de um cisco do amor que Ela nos exemplifica através de todos os corações maternos que se desdobram de cuidados, renúncia e amor por seus filhos. Não há uma vez que eu pense nisso e não desabe em profundo choro. Penso nos que roubam, matam, traficam e fico a imaginar o quando de amor o coração deles anseiam. Somos apenas míseras criaturas que não sabemos cativar e perante a falta de amor e compreensão alheia, turvamos nosso coração de ódio e vingança, de egoísmo e tristeza, de maldades inúmeras e pensamentos pessimistas que vão tornando nossas atitudes verdadeiras demonstrações de desespero interior. No fundo de todo o mal existe um grande desespero para encontrar o bem. No interior de toda a maldade humana existe um gemido profundo para encontrar a abonança. No intimo de cada alma que se deixa levar pelo instinto de cometer atrocidades, existe uma carência sentimental que não se deixa ser reconhecida, confessada, aceitada. Apesar de não conseguirmos distribuir amor, nosso ser não consegue viver sem uma dose diária desse sentimento mais importante do que o próprio ar que respiramos. Sem esse alimento primordial ao nosso ser espiritual, nos tornamos feras a disputar poder e a confundir o amor com o dinheiro. Passamos por cima dos sentimentos alheios sem lembrar que temos os nossos. Agimos sem medir as conseqüências. Criamos amargura e revolta ao invés de esperança e fé.
Em muitos momentos em queria ser apenas uma pequenina luz para ir aos presídios, aos sanatórios, aos hospitais, aos umbrais, aos lares conturbados, aos menores abandonados, aos deprimidos e desesperados, aos desempregados e a todos os endividados. Eu queria ser um conforto aos corações, um sorriso aos lábios, um relampejo na escuridão, um aconchego na sofreguidão, um perdão perante a ingratidão ou a ofensa, um ponto de consciência perante a dor, o sofrimento, a lamúria e a escravidão que nos atormenta diante da ilusão material. Hoje eu não consigo ser nada disso nem para mim mesma, mas como me dissestes, estarei sempre a me preparar para isso, pois um dia, em algum momento dessa eternidade , eu ainda hei de ser tudo o que o amor e o bem espera de mim, bem como tudo o que eu espero de ambos.
Depois de fazer minhas preces eu meditei um pouco lendo alguns trechos de quatro livrinhos próprios para isso, os quais resolvi abrir ao acaso*. Em compartilhamento resolvi fazer um resumo para ti: ‘A crença em algo faz com que esse algo seja possível, ou seja, faz aparecer oportunidades que permaneciam ocultas. A raiz de nossa felicidade está na nossa fé, no ânimo que dela provém, na convicção de sermos fortes, competentes e amorosos. A nossa paz depende de nossa boa conduta, do bom pensamento, da fé no poder superior que nos guia e na convicção de que somos maiores que nossos problemas. O amor é a fonte da felicidade, pois as boas obras, os bons ideais, as boas alegrias, os bons pensamentos, as boas sugestões e tudo o que é bom é também eterno e não passageiro como as conquistas materiais. Devemos olhar para nós frente ao espelho e reconhecer a presença divina dentro de nosso interior. Depois disso devemos dizer a nós mesmos que estamos bem, porque estamos com Deus. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos apreciamos num espelho. Em complemento devemos sorrir para nós mesmos e continuar dispostos a sorrir para todo o mundo, pois sorrir atrás alegria e saúde. Eu posso e todos nós podemos superar tudo com a força de Papai do Céu dentro de nós e, mediante situações que demandam tempo, podemos aguardar pacientemente fazendo dessa espera e de todos os entraves difíceis, um treinamento de nossa personalidade e um engrandecimento de nosso caráter. A partir de agora, quando eu me sentir travada perante mim mesma e o mundo, irei lembrar que estou num momento de treinar meu Eu interior para a liberdade e capacitar meu Eu exterior para expandir a moral através das atitudes’. Eis minha mensagem de hoje.
Quanto ao restante do dia, fui com mamãe à casa de vovó e de lá segui até o parque para exercitar-me. Diferente de ontem, senti-me voando de tanto pique para correr. Ao chegarmos em casa fomos ao centro de umbanda levar o material para o trabalho que era para ser amanhã, uma vez que minha irmã provavelmente vai chegar durante o dia e ficaria desagradabilíssimo ter que sair com sacolas cheias sem dar explicações as perguntas curiosas e birrentas que “Soberana” obviamente nos faria. Minha irmã é espírita mas passa longe de apreciar ou aprovar uma ginga umbanda. Ao chegarmos lá um dos pretos-velhos que estava em atendimento particular disse para adiarmos o trabalho para a próxima sexta-feira e assim ficou remarcado. Não sei o porque disso, pois sinceramente eu estava doida para cumprir com isso logo. Bem, por enquanto é tudo. Um beijo imenso e tudo de bom! De sua amada de sempre...”
* LOPES, Lourival. Gotas de Esperança. 16ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 2003.
LOPES, Lourival. Preces do coração. 10ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 1998.
LOPES, Lourival. Sempre alegre. 3ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 2003.
LOPES, Lourival. Otimismo todo dia. 8ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 1999.
Enquanto fiquei em casa escutando a chuva cair lá fora, resolvi ir para meu cantinho de preces e novamente desabei-me em lágrimas ao pedir para Mãezinha do Coração proteger a mim e todos os meus irmãos. Um coração de mãe suporta tudo, perdoa tudo, ampara apesar de tudo. Eu me desabo sentimentalmente quando penso que uma gota do amor de Mãezinha nos nossos corações poderia nos fazer ser capazes de transformar o mundo em um oásis de paz e compaixão perante as dores alheias. Se pudéssemos ter um ínfimo do amor dela dentro de cada um de nós, seríamos capazes de superar nosso orgulho, a vaidade e egoísmo para viver realmente o amor, a humildade e a caridade. Fico a imaginar o quanto ainda teremos de sofrer e guerrear com nossa própria má índole para adquirir a capacidade de um cisco do amor que Ela nos exemplifica através de todos os corações maternos que se desdobram de cuidados, renúncia e amor por seus filhos. Não há uma vez que eu pense nisso e não desabe em profundo choro. Penso nos que roubam, matam, traficam e fico a imaginar o quando de amor o coração deles anseiam. Somos apenas míseras criaturas que não sabemos cativar e perante a falta de amor e compreensão alheia, turvamos nosso coração de ódio e vingança, de egoísmo e tristeza, de maldades inúmeras e pensamentos pessimistas que vão tornando nossas atitudes verdadeiras demonstrações de desespero interior. No fundo de todo o mal existe um grande desespero para encontrar o bem. No interior de toda a maldade humana existe um gemido profundo para encontrar a abonança. No intimo de cada alma que se deixa levar pelo instinto de cometer atrocidades, existe uma carência sentimental que não se deixa ser reconhecida, confessada, aceitada. Apesar de não conseguirmos distribuir amor, nosso ser não consegue viver sem uma dose diária desse sentimento mais importante do que o próprio ar que respiramos. Sem esse alimento primordial ao nosso ser espiritual, nos tornamos feras a disputar poder e a confundir o amor com o dinheiro. Passamos por cima dos sentimentos alheios sem lembrar que temos os nossos. Agimos sem medir as conseqüências. Criamos amargura e revolta ao invés de esperança e fé.
Em muitos momentos em queria ser apenas uma pequenina luz para ir aos presídios, aos sanatórios, aos hospitais, aos umbrais, aos lares conturbados, aos menores abandonados, aos deprimidos e desesperados, aos desempregados e a todos os endividados. Eu queria ser um conforto aos corações, um sorriso aos lábios, um relampejo na escuridão, um aconchego na sofreguidão, um perdão perante a ingratidão ou a ofensa, um ponto de consciência perante a dor, o sofrimento, a lamúria e a escravidão que nos atormenta diante da ilusão material. Hoje eu não consigo ser nada disso nem para mim mesma, mas como me dissestes, estarei sempre a me preparar para isso, pois um dia, em algum momento dessa eternidade , eu ainda hei de ser tudo o que o amor e o bem espera de mim, bem como tudo o que eu espero de ambos.
Depois de fazer minhas preces eu meditei um pouco lendo alguns trechos de quatro livrinhos próprios para isso, os quais resolvi abrir ao acaso*. Em compartilhamento resolvi fazer um resumo para ti: ‘A crença em algo faz com que esse algo seja possível, ou seja, faz aparecer oportunidades que permaneciam ocultas. A raiz de nossa felicidade está na nossa fé, no ânimo que dela provém, na convicção de sermos fortes, competentes e amorosos. A nossa paz depende de nossa boa conduta, do bom pensamento, da fé no poder superior que nos guia e na convicção de que somos maiores que nossos problemas. O amor é a fonte da felicidade, pois as boas obras, os bons ideais, as boas alegrias, os bons pensamentos, as boas sugestões e tudo o que é bom é também eterno e não passageiro como as conquistas materiais. Devemos olhar para nós frente ao espelho e reconhecer a presença divina dentro de nosso interior. Depois disso devemos dizer a nós mesmos que estamos bem, porque estamos com Deus. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos apreciamos num espelho. Em complemento devemos sorrir para nós mesmos e continuar dispostos a sorrir para todo o mundo, pois sorrir atrás alegria e saúde. Eu posso e todos nós podemos superar tudo com a força de Papai do Céu dentro de nós e, mediante situações que demandam tempo, podemos aguardar pacientemente fazendo dessa espera e de todos os entraves difíceis, um treinamento de nossa personalidade e um engrandecimento de nosso caráter. A partir de agora, quando eu me sentir travada perante mim mesma e o mundo, irei lembrar que estou num momento de treinar meu Eu interior para a liberdade e capacitar meu Eu exterior para expandir a moral através das atitudes’. Eis minha mensagem de hoje.
Quanto ao restante do dia, fui com mamãe à casa de vovó e de lá segui até o parque para exercitar-me. Diferente de ontem, senti-me voando de tanto pique para correr. Ao chegarmos em casa fomos ao centro de umbanda levar o material para o trabalho que era para ser amanhã, uma vez que minha irmã provavelmente vai chegar durante o dia e ficaria desagradabilíssimo ter que sair com sacolas cheias sem dar explicações as perguntas curiosas e birrentas que “Soberana” obviamente nos faria. Minha irmã é espírita mas passa longe de apreciar ou aprovar uma ginga umbanda. Ao chegarmos lá um dos pretos-velhos que estava em atendimento particular disse para adiarmos o trabalho para a próxima sexta-feira e assim ficou remarcado. Não sei o porque disso, pois sinceramente eu estava doida para cumprir com isso logo. Bem, por enquanto é tudo. Um beijo imenso e tudo de bom! De sua amada de sempre...”
* LOPES, Lourival. Gotas de Esperança. 16ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 2003.
LOPES, Lourival. Preces do coração. 10ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 1998.
LOPES, Lourival. Sempre alegre. 3ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 2003.
LOPES, Lourival. Otimismo todo dia. 8ª Ed. Brasília: Editora Otimismo, 1999.
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