O segundo livro chama-se O meio ambiente em debate[i]. O autor demonstra a relação de dependência entre as espécies e os fatores ambientais, físicos, químicos e biológicos. O homem interfere nesses fatores e gera desequilíbrio ambiental. A natureza é ameaçada constantemente através da poluição dos rios, solos e do ar, causando dano ecológico e impedindo a superpopulação do mundo, bem como a disponibilidade de alimentos no ecossistema. Apesar de toda a tecnologia, nós também somos dependentes de fatores naturais e do meio ambiente, mas a cada dia acarretamos conseqüências catastróficas para o ecossistema. O ser humano não está sujeito a algumas variedades de plantas ou de animais para a sua sobrevivência, entretanto, é condicionado ao conjunto de vegetais da terra como fonte primária para a produção de alimento, como também de todo o oxigênio existente na composição da biosfera. O autor alerta que, com um solo pobre aliado à desagregação pelas chuvas constantes, há o acumulo de areia nas depressões e vales formando extensos areais e conseqüentemente desertos. Uma das conseqüências do desmatamento que também contribui para a formação de desertos é a laterização, ou seja, é a formação de placas impermeáveis devido à eliminação da vegetação natural em contato direto com o sol, levando a uma contínua evaporação e ocasionando a formação de crostas duras e menos permeáveis. Referindo-se aos impactos causados pelas indústrias, o livro menciona de forma elucidativa sobre o crescimento populacional e a crescente necessidade de aumento da produção de bens de consumo, chamando-nos a atenção para os ‘desperdícios intencionais’ com a moda dos descartáveis, nem sempre recicláveis pela natureza. Cita o consumo de energia empregado nessas industrias e ainda a matéria prima, nem sempre reposta pela natureza. Em exemplo fala de uma fabrica de celulose que consome como matéria prima plantação de pinheiros, pinus ou eucaliptos, devastando florestas quase inteiras no Paraná. Tal consumismo não só contribui para os impactos ambientais decorrentes da necessidade crescente de energia e de processos industriais, como também pode causar outro grave problema: o esgotamento dos recursos naturais não renováveis e tão preciosos.
É essencial buscarmos formas de energia que não degradam o meio ambiente, pois com a revolução industrial existiu também uma conflagração nos processos do emprego de energia para que produzisse de acordo com a demanda exigida, permitindo a produção de bens de consumo em consonância com o crescimento populacional. As usinas termoelétricas e de petróleo não só contribuem para o aumento da poluição como também esgotam os minérios não renováveis, gerando poluição, lixo atômico e devastação florestal. As usinas hidrelétricas aproveitam as quedas naturais ou rios represados através de barragens. Esse tipo de usina não contamina o meio ambiente com fumaças, gases ou cinzas, mas podem causar outros graves impactos ambientais. Tais atuações humanas tendem a gerar um grave problema ligado ao lixo atômico e a radioatividade que pode perdurar por longo tempo prejudicando as futuras gerações. Além das diversas formas de energia e os efeitos danosos da industrialização e da urbanização descontroladas, há o acumulo de ácido sulfúrico resultante de reações com os compostos de enxofre derivados da queima de carvão mineral em fornalha industrial, formando uma solução muito ácida, e que acaba alterando o equilíbrio químico do solo, corrosão de obras de arte, desgaste de pedras dos edifícios, etc. Uma das conseqüências da poluição industrial é a morte das florestas, fenômeno que pode ser constatado na região de Cubatão (SP). Quando o pH está muito baixo (solo muito ácido), ele pode ser corrigido com a aplicação de fertilizantes, mas esse monitoramento não ocorre nas áreas verdes das grandes florestas. O mais preocupante, no entanto, é o fato de que as chuvas ácidas não ocorrem só na região geradora de poluição. Correntes de ar carregam as nuvens carregadas de poluição até regiões distantes, podendo ocorrer danos ambientais graves e florestas inteiras ficarem com suas árvores ressecadas.
Outro fenômeno também preocupante é o efeito estufa que consiste, basicamente, num processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como conseqüência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir. O que se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que desestabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenômeno conhecido como aquecimento global. O autor adverte sobre os cuidados com os oceanos que também precisam de luz solar para a fotossíntese. Informa que imensas áreas de manguezais têm sido contaminadas por petróleo derramado ao mar, ocorrendo comumente junto aos terminais de carga de petroleiros, refinarias e onde há tráfego de navios carregadores. Infelizmente os rios que transportam nutrientes garantindo a sobrevivência dos oceanos e multiplicação dos oceanos, carregam também a imundície das cidades, como resíduos de industrias e dejetos, levando poluição e contaminação, causando um verdadeiro desequilíbrio ecológico. Enfim os oceanos estão se transformando em depósitos de lixo da humanidade, profanado por toda qualidade de venenos e detritos por culpa exclusiva do homem.
Ao descrever sobre o crescimento populacional e a proporção do território habitável, o autor relata que a saída para esse impasse é o aumento da produção de alimentos por área cultivada, o que poderia ser efetuado com o uso de fertilizantes e irrigação. Também aconselha o aumento da produção através de técnicas de aclimatação e engenharia genética ou a redução das perdas ocasionadas, por pragas da lavoura e deterioração no armazenamento. Tais iniciativas têm obtido apoio dos governos, porém o controle de pragas e o uso de fertilizantes tem sido os mais aplicados devido ao grande interesse das indústrias químicas. Afirma que o fato de não serem produtos bem específicos exterminam também formigas, aranhas, e pássaros que naturalmente se alimentam das pragas nocivas, causando então um desequilíbrio do ecossistema. O acumulo desses compostos tóxicos ao longo da cadeia alimentar irá atingir o próprio homem com certeza. Talvez não seja possível o banimento do uso de inseticidas, porém existem alternativas para controlar as pragas com predadores naturais. Nenhuma espécie em principio é praga, o que a torna isso é o seu desenvolvimento descontrolado. Inúmeras experiências bem sucedidas têm sido feitas no sentido de cultivar espécies inimigas naturais das pragas, ou mesmo a seleção de iscas contendo inseticidas, o que diminuiria bastante as áreas afetadas.
Ao fazer referência sobre a poluição urbana, observa-se que a cidade corresponde a uma etapa consumidora do sistema, pois seus resíduos são lançados ao solo em aterros sanitários, aos rios, ou na atmosfera, sem a devida reciclagem dos componentes químicos. Não havendo reciclagem dessas substancias químicas há o aumento da poluição cada vez maior da água, do ar e do solo. É assegurado no livro que os esgotos podem ser tratados, e através da biodigestão, podem se transformar em combustível para motores a explosão. Quanto ao problema do lixo urbano, menciona de forma esclarecedora que a solução ideal para os resíduos de esgoto é através de processos de fermentação aeróbia controlada, fazendo retornar ao solo os elementos dele tirado, ou seja, a compostagem. Por fim, o autor conclui dizendo que a cultura de um povo é o estilo típico de adaptação ao seu próprio ambiente. Afirma que os paises realmente desenvolvidos não sacrificam sua cultura em favor do crescimento a todo custo, e seus cidadãos preservam a integração social, a dignidade e a preservação da cultura nacional. Porquê então não podemos fazer o mesmo? É isso, depois escrevo mais...”
[i] BRANCO, Samuel Murgel. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna, 2002.
É essencial buscarmos formas de energia que não degradam o meio ambiente, pois com a revolução industrial existiu também uma conflagração nos processos do emprego de energia para que produzisse de acordo com a demanda exigida, permitindo a produção de bens de consumo em consonância com o crescimento populacional. As usinas termoelétricas e de petróleo não só contribuem para o aumento da poluição como também esgotam os minérios não renováveis, gerando poluição, lixo atômico e devastação florestal. As usinas hidrelétricas aproveitam as quedas naturais ou rios represados através de barragens. Esse tipo de usina não contamina o meio ambiente com fumaças, gases ou cinzas, mas podem causar outros graves impactos ambientais. Tais atuações humanas tendem a gerar um grave problema ligado ao lixo atômico e a radioatividade que pode perdurar por longo tempo prejudicando as futuras gerações. Além das diversas formas de energia e os efeitos danosos da industrialização e da urbanização descontroladas, há o acumulo de ácido sulfúrico resultante de reações com os compostos de enxofre derivados da queima de carvão mineral em fornalha industrial, formando uma solução muito ácida, e que acaba alterando o equilíbrio químico do solo, corrosão de obras de arte, desgaste de pedras dos edifícios, etc. Uma das conseqüências da poluição industrial é a morte das florestas, fenômeno que pode ser constatado na região de Cubatão (SP). Quando o pH está muito baixo (solo muito ácido), ele pode ser corrigido com a aplicação de fertilizantes, mas esse monitoramento não ocorre nas áreas verdes das grandes florestas. O mais preocupante, no entanto, é o fato de que as chuvas ácidas não ocorrem só na região geradora de poluição. Correntes de ar carregam as nuvens carregadas de poluição até regiões distantes, podendo ocorrer danos ambientais graves e florestas inteiras ficarem com suas árvores ressecadas.
Outro fenômeno também preocupante é o efeito estufa que consiste, basicamente, num processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como conseqüência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir. O que se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que desestabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenômeno conhecido como aquecimento global. O autor adverte sobre os cuidados com os oceanos que também precisam de luz solar para a fotossíntese. Informa que imensas áreas de manguezais têm sido contaminadas por petróleo derramado ao mar, ocorrendo comumente junto aos terminais de carga de petroleiros, refinarias e onde há tráfego de navios carregadores. Infelizmente os rios que transportam nutrientes garantindo a sobrevivência dos oceanos e multiplicação dos oceanos, carregam também a imundície das cidades, como resíduos de industrias e dejetos, levando poluição e contaminação, causando um verdadeiro desequilíbrio ecológico. Enfim os oceanos estão se transformando em depósitos de lixo da humanidade, profanado por toda qualidade de venenos e detritos por culpa exclusiva do homem.
Ao descrever sobre o crescimento populacional e a proporção do território habitável, o autor relata que a saída para esse impasse é o aumento da produção de alimentos por área cultivada, o que poderia ser efetuado com o uso de fertilizantes e irrigação. Também aconselha o aumento da produção através de técnicas de aclimatação e engenharia genética ou a redução das perdas ocasionadas, por pragas da lavoura e deterioração no armazenamento. Tais iniciativas têm obtido apoio dos governos, porém o controle de pragas e o uso de fertilizantes tem sido os mais aplicados devido ao grande interesse das indústrias químicas. Afirma que o fato de não serem produtos bem específicos exterminam também formigas, aranhas, e pássaros que naturalmente se alimentam das pragas nocivas, causando então um desequilíbrio do ecossistema. O acumulo desses compostos tóxicos ao longo da cadeia alimentar irá atingir o próprio homem com certeza. Talvez não seja possível o banimento do uso de inseticidas, porém existem alternativas para controlar as pragas com predadores naturais. Nenhuma espécie em principio é praga, o que a torna isso é o seu desenvolvimento descontrolado. Inúmeras experiências bem sucedidas têm sido feitas no sentido de cultivar espécies inimigas naturais das pragas, ou mesmo a seleção de iscas contendo inseticidas, o que diminuiria bastante as áreas afetadas.
Ao fazer referência sobre a poluição urbana, observa-se que a cidade corresponde a uma etapa consumidora do sistema, pois seus resíduos são lançados ao solo em aterros sanitários, aos rios, ou na atmosfera, sem a devida reciclagem dos componentes químicos. Não havendo reciclagem dessas substancias químicas há o aumento da poluição cada vez maior da água, do ar e do solo. É assegurado no livro que os esgotos podem ser tratados, e através da biodigestão, podem se transformar em combustível para motores a explosão. Quanto ao problema do lixo urbano, menciona de forma esclarecedora que a solução ideal para os resíduos de esgoto é através de processos de fermentação aeróbia controlada, fazendo retornar ao solo os elementos dele tirado, ou seja, a compostagem. Por fim, o autor conclui dizendo que a cultura de um povo é o estilo típico de adaptação ao seu próprio ambiente. Afirma que os paises realmente desenvolvidos não sacrificam sua cultura em favor do crescimento a todo custo, e seus cidadãos preservam a integração social, a dignidade e a preservação da cultura nacional. Porquê então não podemos fazer o mesmo? É isso, depois escrevo mais...”
[i] BRANCO, Samuel Murgel. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna, 2002.
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