No segundo livro da série, eis uma personagem adolescente trabalhando na casa de um senhor de idade cego e cujos vizinhos desprezam por julgar que ele matou a própria esposa. Isso reflete "Ágape" com facilidade, pois leva-nos a incorporá-la exatamente no papel dessa adolescente que gosta da terceira idade e busca nisso uma forma de executar a caridade e o amor, muitas vezes tolerando uma rabugice que ninguém mais quer suportar. O que se segue também é bem do gosto literário misterioso de "Ágape": a adolescente “adentra” na historia de vida relatada pelo senhor. Este sofrera amnésia ainda na juventude num acidente de ônibus e, depois de vários acontecimentos como indigente, consegue ser acolhido na casa de um casal muito simpático, mas permanece sem nenhuma lembrança do passado. "Ágape" já me dissera que muitas vezes imaginara a si mesma tendo amnésia e podendo esquecer todas as negatividades do passado, bem como podendo descobrir todos os fatores positivos ocorridos, ou então simplesmente começando a vida do zero. Em seqüência ele consegue um emprego e a história segue para a comemoração do casal com a gravidez de gêmeos, mas o final é trágico com a morte do esposo, alguns anos depois, de infarto. Logicamente o fato do pai de “Soberana” ter morrido de infarto ainda na infância desta contribuiu para esse pedaço de história. Magicamente o destino faz sua revelia na vida do personagem desmemoriado, pois este acaba se apaixonando pela mulher e assume as crianças como seus filhos. Mesmo que distante, isso tem a ver com o pai de "Ágape". Ele assumiu certa parte de paternidade com relação à “Soberana” e, embora não houvesse sofrido amnésia, houvera vindo de um país distante deixando tudo para trás. A mulher era pintora. Aqui está mais uma ligação direta com "Ágape".
De repente abre-se um choque no meio da leitura. Tudo não passara de um sonho, ou melhor, uma previsão do próprio futuro! É típico de "Ágape" querer desvendar passado e prever futuro. Do mesmo modo como ele previra a morte dos pais, dessa vez ele sonhara com o que ia lhe ocorrer e a questão era tomar uma decisão já que sua mala estava pronta a sua espera. "Ágape" nunca sonhou nada do gênero na véspera de nenhuma viagem, mas talvez ela adorasse que isso lhe ocorresse, principalmente se fosse um alerta. E qual foi à decisão do nosso personagem? Ele não embarcou. Ele escapou do acidente e da perda de memória, mas por outro lado, tempos depois se encontrou casualmente com a viúva que assim ficara ha três meses e que, conforme ele já sabia, viria a ser sua futura esposa. Depois da jovem desvendar todo o resto da vida do idoso e conseguir provar que não foi ele quem matou a esposa, eis que a retribuição acontece magicamente: ele tem uma previsão do futuro da jovem. Esta ia ganhar uma viagem de cruzeiro e nela enamorar-se-ia de um ator famoso. Belo sonho para a vida de "Ágape" e não para a saga da personagem, a qual recusa a viagem por já ter um namorado. O futuro se faz imbatível e o livro segue-se num conflito de três personagens. Dois homens ciumentos brigando pelo amor de uma mulher. Outro ponto que deve ter mexido com os sentimentos de "Ágape". De um lado o sujeito simples que trabalha como entregador de flores e mora na roça; do outro o ator famoso e rico que não larga de tentar conquistá-la. "Ágape" sempre se viu perdida entre essas duas situações extremas e nunca foi capaz de responder para si mesma qual tipo de homem lhe agradaria mais. De toda forma, nem um e nem o outro fazem parte de sua realidade. O destino não deixa por menos e, depois de muitos acontecimentos, ela acaba se casando com o ator. Como num conto de fadas o livro termina. Mas ainda fica um ponto pendente para ser tratado no livro seguinte: o senhor das previsões sonha com o ator falecendo num acidente de avião.
De repente abre-se um choque no meio da leitura. Tudo não passara de um sonho, ou melhor, uma previsão do próprio futuro! É típico de "Ágape" querer desvendar passado e prever futuro. Do mesmo modo como ele previra a morte dos pais, dessa vez ele sonhara com o que ia lhe ocorrer e a questão era tomar uma decisão já que sua mala estava pronta a sua espera. "Ágape" nunca sonhou nada do gênero na véspera de nenhuma viagem, mas talvez ela adorasse que isso lhe ocorresse, principalmente se fosse um alerta. E qual foi à decisão do nosso personagem? Ele não embarcou. Ele escapou do acidente e da perda de memória, mas por outro lado, tempos depois se encontrou casualmente com a viúva que assim ficara ha três meses e que, conforme ele já sabia, viria a ser sua futura esposa. Depois da jovem desvendar todo o resto da vida do idoso e conseguir provar que não foi ele quem matou a esposa, eis que a retribuição acontece magicamente: ele tem uma previsão do futuro da jovem. Esta ia ganhar uma viagem de cruzeiro e nela enamorar-se-ia de um ator famoso. Belo sonho para a vida de "Ágape" e não para a saga da personagem, a qual recusa a viagem por já ter um namorado. O futuro se faz imbatível e o livro segue-se num conflito de três personagens. Dois homens ciumentos brigando pelo amor de uma mulher. Outro ponto que deve ter mexido com os sentimentos de "Ágape". De um lado o sujeito simples que trabalha como entregador de flores e mora na roça; do outro o ator famoso e rico que não larga de tentar conquistá-la. "Ágape" sempre se viu perdida entre essas duas situações extremas e nunca foi capaz de responder para si mesma qual tipo de homem lhe agradaria mais. De toda forma, nem um e nem o outro fazem parte de sua realidade. O destino não deixa por menos e, depois de muitos acontecimentos, ela acaba se casando com o ator. Como num conto de fadas o livro termina. Mas ainda fica um ponto pendente para ser tratado no livro seguinte: o senhor das previsões sonha com o ator falecendo num acidente de avião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário