No quarto e ultimo livro escrito, "Ágape" também se projeta em uma das filhas gêmeas que é uma arquiteta e pesquisadora. Essa descobre um manuscrito antiguíssimo cuja história secretamente é traduzida e incorporada à realidade do livro. Enquanto isso outros personagens adentram na história e armam uma emboscada para desvendar e roubar o manuscrito julgando-o ser muito valioso. Um policial corrupto entra no meio da saga, o qual por fim acaba se envolvendo afetivamente pela personagem principal. Esta sabe se safar por varias vezes e num imaginário fértil, "Ágape" escreve o motivo de ter sido exatamente tal personagem a encontrar o manuscrito, algo diretamente ligado ao seu passado bastante remoto. Com tal manuscrito percebe-se que a tradição de escrever a própria vida se fazia milenar. "Ágape" aqui se retratou na imaginação do quanto seria bom se também tivesse como saber a historia de vida de seus antepassados até longínquas gerações. Um seqüestro é feito donde a personagem sabe se livrar dos próprios tiras que continuam envolvidos na trama de querer a todo custo o manuscrito. Aqui a vítima que se torna sua própria heroína, fato também típico de "Ágape". Por fim a personagem consegue transformar a vida do policial deixando este em suas mãos e dando o toque de romantismo necessário a história. "Ágape" já confessara para si mesma que tinha certa atração por homens de farda, mas a moral, conforme explorada no livro, sempre vale mais do que a profissão. Ter domínio sobre o vilão significa o feitiço que vira contra o feiticeiro e revela os sentimentos de "Ágape" contra aqueles que cruzam seu caminho com más intenções. Não se trata de vingança, mas ação e reação proporcionada pela própria vida. Por fim, depois de variados acontecimentos, a personagem acaba falecendo ao embarcar num vôo dominado por terroristas. Outra vez a morte surge como uma espécie de alivio recompensador, pois é isso que ela representa para "Ágape". Mais do que alívio é também uma passagem a principio misteriosa e depois adaptável. É isso o que a falecida relata em suas psicografias. O reencontro com os pais se faz de forma imperceptível ao começo e saudosa depois. Assim segue a história com a vida num mundo quase paradisíaco para "Ágape". Isso foi tudo o que consegui relacionar de "Ágape" e suas escritas. Poderia fazer muitas outras ligações entre ela e os personagens ou os acontecimentos, mas creio ter captado o mais importante de suas projeções.
Agora "Ágape" vive a realidade de sua vida e a devoção de seus sonhos, mas não separa isso em duas partes distintas, pois se molda na personagem real e ao mesmo tempo na imaginária. Hoje ela não escreve mais livros, pois sua vida é a única historia que deseja fazer ser real o suficiente para ser escrita a cada dia. E que Papai do Céu guarde cada ano de biografia para esta ser também uma real tradição familiar de se escrever a própria vida.
Agora "Ágape" vive a realidade de sua vida e a devoção de seus sonhos, mas não separa isso em duas partes distintas, pois se molda na personagem real e ao mesmo tempo na imaginária. Hoje ela não escreve mais livros, pois sua vida é a única historia que deseja fazer ser real o suficiente para ser escrita a cada dia. E que Papai do Céu guarde cada ano de biografia para esta ser também uma real tradição familiar de se escrever a própria vida.
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