“Olá ‘Pessoal do mundo todo’! Hoje acordei irrequieta e irritada. Ontem já houvera amanhecido assim e bem sei o que anda me acontecendo. Estou nos dias da neurose existencial. Vou explicar o que é isso. De tempos em tempos eu dou uma enlouquecida com milhares de questionamentos que nunca encontro resposta e fico navegando num mar de indagações como: qual o sentido da vida e morte, da alegria e tristeza, da saúde e doença, do bem e do mal? Qual a razão da evolução? Qual o valor da perfeição? Por que razão todos nós somos ‘condenados’ a nos ‘arrastar’ por milênios de anos atrás de um milésimo dessa perfeição. Qual o motivo de tudo existir da forma como existe? Como posso entender um principio criador que não teve começo e nem terá fim? Qual a concepção do todo absoluto e relativo? Etc.
Num turbilhão interior eu fui aliviar as tensões psíquicas no Parque do Sabiá. Incrível como aquele pedaço de paraíso me faz bem! Caminhei e corri enquanto dialogava com ‘Ameth’. Perguntei-lhe quando ia encontrar o sentido da minha própria vida uma vez que não encontro sentido na existência humana como um todo. Nesse exato momento eu passava por uma parte do parque que tem umas lagoas pantanosas. Fui aconselhada a olhar para aquela espécie de brejo e fazer o contraste das demais lagoas do parque cujas águas são mais límpidas, ou seja, não são cheias de lodo e plantas tipicamente brejeiras. Lembrei da enorme lagoa principal cheia de peixes e patos, bem como várias outras tão bonitas existentes dentro do parque. ‘Ameth’ então explicou que, perante um rio de águas límpidas e correntes ou um mar de ondas firmes, parece difícil e quase inconcebível encontrar razão para um pântano existir. Num lapso de memória senti que não era a primeira vez que escutava isso com esse exato exemplo provindo da natureza. Assim ele frisou que para tudo existe uma razão dentro da natureza, da biosfera, do cosmos e do universo. Ele me disse que é natural de cada um de nós tentar encontrar o sentido da vida, a missão da existência, o caminho de evolução e a escada rumo a perfeição. Algumas pessoas se contentam em serem felizes, outras em suportar os sofrimentos, enquanto isso, eu tenho minha necessidade de ter certeza de que tudo não está sendo em vão.
Expliquei-lhe que, algumas vezes, a evolução me parece tão lenta que se faz exaustiva, ao mesmo tempo em que, num super contraste, é sobrenaturalmente incrível, misteriosa e excelente em seus mínimos detalhes de pequenina solidez alcançada. Depois de escutar-me ele disse que nada é em vão e que tudo tem um fundamento mesmo que nos seja desconhecido. Acalmando-me ele disse para não me perturbar em busca de respostas que não posso me dar. Se ainda não encontrei minha missão de utilidade e prazer no crivo existencial dessa vida, para isso também existe um porquê. Algumas pessoas nascem ou descobrem muito cedo o que a vida espera delas, mas outras precisam se permitir viver no vazio existencial de estar entregue as leis divinas, as forças da natureza e as razões paternas desconhecidas. Muitas pessoas têm direcionamento certo para seguirem seus caminhos rumo ao que a razão e o coração determinam, mas outras precisam estar à mercê de uma sabedoria oculta. ‘Ameth’ disse para eu não me atormentar no desespero de querer ser alguma coisa em quesito profissional, pessoal ou especial para mim ou para o mundo como um todo. Disse que a vida não precisa ser cheia de regras e justificativas sobre tudo o que se vive. Para que ter tantos porquês explicativos sobre o que se é, tem ou faz? Sem me dar tempo para respostas ele continuou a dizer: ‘Você pode abrandar ou aumentar a amargura das suas provas pela maneira que encara a vida terrestre. Seja livre para amar, viver feliz, ter saúde e paz. Você não precisa de nada além disso para cumprir seus desígnios enquanto divina e humana. Se entregue a leveza de ser pequena e seja humilde. Não se julgue menos apreciável por não ter definições claras sobre carreira, atividades de lazer, vínculos afetivos sólidos, moradia futura, perspectiva de união conjugal, etc. A sua cota de ignorância e a amplidão do que lhe é desconhecido te permite ser ainda mais cuidada, amparada e amada, não puramente criticada e julgada como muitos humanos fazem.
Não se cobre, não se atormente, não se preocupe, não se esquive de estar de bem com a vida, com o universo, com os outros e consigo mesma. Não se prenda ao que não sabe para fazer disso um motivo de inquietação ou melancolia. Saiba que você pode e deve ser tão feliz e plena quanto todos os mais realizados do universo. Para tal não é preciso ter privilégios, motivos ou justificativas, basta unicamente ter fé e gratidão. O êxtase interior é um dom que conquistamos, não um privilégio que ganhamos ao acaso da boa sorte de um fato ou momento. Cada um tem o que merece, mas lembre-se que todos nós somos susceptíveis a méritos positivos e negativos exatamente da mesma forma. A proporção muda conforme nosso livre-arbítrio de receptividade. Isso é justiça divina. Não se desanime pensando nos milênios de buscas, tentativas, esforços e derrocadas. Não se frustre por não ter definição do que te faz viver essa vida exatamente como ela é. Não se acanhe por não saber o que deve fazer com sua própria vida enquanto todos parecem viver tão dispostos com seus afazeres bem definidos e cheios de aparente sucesso. Você não é uma marionete do mundo. Viva intensamente as emoções, chore e sorria com profundidade sentimental. Faça de si uma fonte divina e deixe tudo estar sempre justo, bom e perfeito da forma como estiver.
O seu esforço e as suas necessidade de crescimento espiritual são conhecidas o suficiente para que você se permita estar consciente de que merece e terá o que lhe é de direito nessa senda infinita. Pare de se menosprezar. Pare de querer ter motivos para lamentar. Se a vida te fez pântano, reconhece que, mesmo na monotonia, na escuridão, no pegajoso, no fétido e no desprezível, existe intacta uma proporção contrária de agitação, luz, liberdade, aroma e prazer, mas de certa forma isso fica oculto por que é necessário. E antes que pergunte já vou responder: a necessidade disso está em provar que consegue ter resignação, paciência e solicitude para viver outras finalidades tão dignar quanto às de um rio corrente ou de um mar vasto de brilho e força. Será que um pântano sabe a sua própria finalidade? Será que os humanos sabem atribuir valor a um pântano tanto quanto saberiam perante um rio com cachoeira ou um oceano de águas incalculáveis? Se contente em saber que pouco lhe importa ter ciência da finalidade ou do valor. A existência cumpre essas definições em cada um de nós pelo próprio existir. Compreenda e creia nisso que lhe digo. Se tiver que ser pântano, seja-o com toda a felicidade que puder ser. Mesmo que ninguém te aprecie, você será recompensada pelo equilíbrio que proporciona ao todo unicamente por existir e ser feliz dentro das suas condições momentâneas. Lembre-se: o mundo não pode ser constituído apenas de belas, fortes e límpidas águas.
Muitas vezes o que é menos importante perante os olhos se faz mais valoroso perante os demais sentidos. Nem tudo o que é parece e muito do que parece não o é. Sendo você o que for, só saiba que nunca será pouco para poder ser tudo o que quiser ser. As limitações existem não para sermos limitados, mas para não extrapolarmos na insanidade do nosso ego. Não queira o dispensável. Viva com os seus limites e saiba que eles são a sua segurança de felicidade, tranqüilidade e consciência profunda. Aguarde o melhor com a certeza de que suas limitações são para seu próprio bem. Muito ainda há para ser desvendado, superado, vivido e aproveitado, mas cada coisa ao seu devido tempo. Não tenha pressa. Quanto maior a jornada, mais importante se faz cada passo, mesmo que sejam curtos e vagarosos. Fique bem!’
De maneira geral ainda continuo me esforçando para entrar em sintonia com o que ‘Ameth’ falou. De toda forma a ida ao parque e a atividade física me revigorou. Ao chegar em casa eu fiz mais um pouco de ginástica localizada, dei uma reorganizada na casa, fiz um desenho, meditei, comi um creme delicioso de banana congelada batida com maracujá (as sementes do maracujá fazem o creme ficar crocante), tomei banho, me perfumei, hidratei a pele e agora estou aqui tentando alinhar melhor as idéias. Permaneço serena, mas estou fazendo um baita esforço para assim estar, pois basta apenas tentar entender como a vida pode ser tão boa e, ao mesmo tempo, tão complexa, para ficar uma pilha de nervos e inquietação como se fosse um anjo decaído pela revolta de não saber os mistérios e intentos divinos. Bem, vou findar por aqui. Grande abraço a cada um e até depois”.
Num turbilhão interior eu fui aliviar as tensões psíquicas no Parque do Sabiá. Incrível como aquele pedaço de paraíso me faz bem! Caminhei e corri enquanto dialogava com ‘Ameth’. Perguntei-lhe quando ia encontrar o sentido da minha própria vida uma vez que não encontro sentido na existência humana como um todo. Nesse exato momento eu passava por uma parte do parque que tem umas lagoas pantanosas. Fui aconselhada a olhar para aquela espécie de brejo e fazer o contraste das demais lagoas do parque cujas águas são mais límpidas, ou seja, não são cheias de lodo e plantas tipicamente brejeiras. Lembrei da enorme lagoa principal cheia de peixes e patos, bem como várias outras tão bonitas existentes dentro do parque. ‘Ameth’ então explicou que, perante um rio de águas límpidas e correntes ou um mar de ondas firmes, parece difícil e quase inconcebível encontrar razão para um pântano existir. Num lapso de memória senti que não era a primeira vez que escutava isso com esse exato exemplo provindo da natureza. Assim ele frisou que para tudo existe uma razão dentro da natureza, da biosfera, do cosmos e do universo. Ele me disse que é natural de cada um de nós tentar encontrar o sentido da vida, a missão da existência, o caminho de evolução e a escada rumo a perfeição. Algumas pessoas se contentam em serem felizes, outras em suportar os sofrimentos, enquanto isso, eu tenho minha necessidade de ter certeza de que tudo não está sendo em vão.
Expliquei-lhe que, algumas vezes, a evolução me parece tão lenta que se faz exaustiva, ao mesmo tempo em que, num super contraste, é sobrenaturalmente incrível, misteriosa e excelente em seus mínimos detalhes de pequenina solidez alcançada. Depois de escutar-me ele disse que nada é em vão e que tudo tem um fundamento mesmo que nos seja desconhecido. Acalmando-me ele disse para não me perturbar em busca de respostas que não posso me dar. Se ainda não encontrei minha missão de utilidade e prazer no crivo existencial dessa vida, para isso também existe um porquê. Algumas pessoas nascem ou descobrem muito cedo o que a vida espera delas, mas outras precisam se permitir viver no vazio existencial de estar entregue as leis divinas, as forças da natureza e as razões paternas desconhecidas. Muitas pessoas têm direcionamento certo para seguirem seus caminhos rumo ao que a razão e o coração determinam, mas outras precisam estar à mercê de uma sabedoria oculta. ‘Ameth’ disse para eu não me atormentar no desespero de querer ser alguma coisa em quesito profissional, pessoal ou especial para mim ou para o mundo como um todo. Disse que a vida não precisa ser cheia de regras e justificativas sobre tudo o que se vive. Para que ter tantos porquês explicativos sobre o que se é, tem ou faz? Sem me dar tempo para respostas ele continuou a dizer: ‘Você pode abrandar ou aumentar a amargura das suas provas pela maneira que encara a vida terrestre. Seja livre para amar, viver feliz, ter saúde e paz. Você não precisa de nada além disso para cumprir seus desígnios enquanto divina e humana. Se entregue a leveza de ser pequena e seja humilde. Não se julgue menos apreciável por não ter definições claras sobre carreira, atividades de lazer, vínculos afetivos sólidos, moradia futura, perspectiva de união conjugal, etc. A sua cota de ignorância e a amplidão do que lhe é desconhecido te permite ser ainda mais cuidada, amparada e amada, não puramente criticada e julgada como muitos humanos fazem.
Não se cobre, não se atormente, não se preocupe, não se esquive de estar de bem com a vida, com o universo, com os outros e consigo mesma. Não se prenda ao que não sabe para fazer disso um motivo de inquietação ou melancolia. Saiba que você pode e deve ser tão feliz e plena quanto todos os mais realizados do universo. Para tal não é preciso ter privilégios, motivos ou justificativas, basta unicamente ter fé e gratidão. O êxtase interior é um dom que conquistamos, não um privilégio que ganhamos ao acaso da boa sorte de um fato ou momento. Cada um tem o que merece, mas lembre-se que todos nós somos susceptíveis a méritos positivos e negativos exatamente da mesma forma. A proporção muda conforme nosso livre-arbítrio de receptividade. Isso é justiça divina. Não se desanime pensando nos milênios de buscas, tentativas, esforços e derrocadas. Não se frustre por não ter definição do que te faz viver essa vida exatamente como ela é. Não se acanhe por não saber o que deve fazer com sua própria vida enquanto todos parecem viver tão dispostos com seus afazeres bem definidos e cheios de aparente sucesso. Você não é uma marionete do mundo. Viva intensamente as emoções, chore e sorria com profundidade sentimental. Faça de si uma fonte divina e deixe tudo estar sempre justo, bom e perfeito da forma como estiver.
O seu esforço e as suas necessidade de crescimento espiritual são conhecidas o suficiente para que você se permita estar consciente de que merece e terá o que lhe é de direito nessa senda infinita. Pare de se menosprezar. Pare de querer ter motivos para lamentar. Se a vida te fez pântano, reconhece que, mesmo na monotonia, na escuridão, no pegajoso, no fétido e no desprezível, existe intacta uma proporção contrária de agitação, luz, liberdade, aroma e prazer, mas de certa forma isso fica oculto por que é necessário. E antes que pergunte já vou responder: a necessidade disso está em provar que consegue ter resignação, paciência e solicitude para viver outras finalidades tão dignar quanto às de um rio corrente ou de um mar vasto de brilho e força. Será que um pântano sabe a sua própria finalidade? Será que os humanos sabem atribuir valor a um pântano tanto quanto saberiam perante um rio com cachoeira ou um oceano de águas incalculáveis? Se contente em saber que pouco lhe importa ter ciência da finalidade ou do valor. A existência cumpre essas definições em cada um de nós pelo próprio existir. Compreenda e creia nisso que lhe digo. Se tiver que ser pântano, seja-o com toda a felicidade que puder ser. Mesmo que ninguém te aprecie, você será recompensada pelo equilíbrio que proporciona ao todo unicamente por existir e ser feliz dentro das suas condições momentâneas. Lembre-se: o mundo não pode ser constituído apenas de belas, fortes e límpidas águas.
Muitas vezes o que é menos importante perante os olhos se faz mais valoroso perante os demais sentidos. Nem tudo o que é parece e muito do que parece não o é. Sendo você o que for, só saiba que nunca será pouco para poder ser tudo o que quiser ser. As limitações existem não para sermos limitados, mas para não extrapolarmos na insanidade do nosso ego. Não queira o dispensável. Viva com os seus limites e saiba que eles são a sua segurança de felicidade, tranqüilidade e consciência profunda. Aguarde o melhor com a certeza de que suas limitações são para seu próprio bem. Muito ainda há para ser desvendado, superado, vivido e aproveitado, mas cada coisa ao seu devido tempo. Não tenha pressa. Quanto maior a jornada, mais importante se faz cada passo, mesmo que sejam curtos e vagarosos. Fique bem!’
De maneira geral ainda continuo me esforçando para entrar em sintonia com o que ‘Ameth’ falou. De toda forma a ida ao parque e a atividade física me revigorou. Ao chegar em casa eu fiz mais um pouco de ginástica localizada, dei uma reorganizada na casa, fiz um desenho, meditei, comi um creme delicioso de banana congelada batida com maracujá (as sementes do maracujá fazem o creme ficar crocante), tomei banho, me perfumei, hidratei a pele e agora estou aqui tentando alinhar melhor as idéias. Permaneço serena, mas estou fazendo um baita esforço para assim estar, pois basta apenas tentar entender como a vida pode ser tão boa e, ao mesmo tempo, tão complexa, para ficar uma pilha de nervos e inquietação como se fosse um anjo decaído pela revolta de não saber os mistérios e intentos divinos. Bem, vou findar por aqui. Grande abraço a cada um e até depois”.
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