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terça-feira, 16 de março de 2010

Ai, Ai, Ai, Graúda...

"Alra" acordou cedo para ir a chácara com sua mãe. Ao chegar lá, de cara notou que o serviço de piso na parede não ficara muito do seu agrado, mas estava pronto e logicamente ela jamais optaria por desmanchar tudo opinando na recolocação do mesmo, algo que demandaria um gasto financeiro desnecessário, já que o importante era a funcionalidade do piso de não deixar adentrar umidade de chuva na parede. "Alra" já era acostumada a lidar com situações desagradáveis cujo conserto variava desde impossível a bastante caro e, assim, sabia aceitar o desagradável de maneira menos sôfrega possível. Entretanto, "Graúda" parecia inconformada com o serviço, contando que já era o segundo pedreiro a lhe deixar insatisfeita com o mesmo tipo de serviço. "Graúda" falou tanto que "Alra" teve de esforçar-se ao máximo para não se irritar. À tarde ambas passaram na biblioteca, "Alra" trocou seus livros e as duas seguiram para o centro espírita Amor à Verdade, conforme costume das terças-feiras. Pois foi só sair de lá e "Graúda" voltou com o assunto dos pisos que haviam sido colocados na parede sem prumo. Outra vez "Alra" teve de exercer a profunda paciência com o falatório incansável de sua mãe que não esquecia e nem se conformava com o serviço da casa da chácara. Sem dúvida foi um dia cansativo, mas "Alra" contentou-se em perceber que tinha mais disposição a manter-se serena do que muitas pessoas, incluindo sua própria mãe. Ela também achara um absurdo à maneira não tão estética como os pisos haviam sido assentados na parede, mas ao menos ela não se deixava levar por crise de irritação fazendo ‘tempestade num copo d’água’ como "Graúda". Entre a peripécia de combater a irritação da própria mãe, mais um dia se foi na vida de "Alra".

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