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quinta-feira, 18 de março de 2010

Despedindo-se da Terra - cap. 17 a 21

Falando sobre o sexo, o livro diz que o corpo esculpiu os respectivos instrumentos que permitem o exercício mecânico da sexualidade para as manifestações mecanizadas da vida biológica. No entanto, na estrutura intima de cada ser, o sexo acontece na dimensão da mente, estabelecendo-se, então, os seus contornos de força magnética permutada, alimento compartilhado nos atos da afetividade que, de qualquer forma, independem das constituições morfológicas para que possam ser exteriorizados. Durante o ato sexual, se entre ambos os parceiros existe afinidade de emoções, ocorre intensa troca de energias fecundantes e estimulantes, no nível vibratório de seus espíritos, saciando-os naqueles desejos de reconhecimento, de segurança afetiva, de calma interior e de serenidade na auto-estima. Ao contrário disso, na realização do sexo pelo sexo, ocorre exatamente o inverso, mesmo que em nível inconsciente não aceito conscientemente: o prazer puramente físico tende a gerar problemas afetivos, sentimento de culpa, consciência pesada e repulsa por si mesmo. Toda conduta de alguém que, com a desculpa de não tolerar o isolamento, de não ser capaz de vencer a solidão, de precisar dar vazão às necessidades da carne, usa seu semelhante como mercadoria, como oportunidade de desafogo, como objeto de prazer para, logo a seguir, descartá-lo à margem da estrada, receberá sem escapatória uma responsabilidade perante aquele que foi usado de modo físico ou emocionalmente. Não fomos criados para sermos tratados como um simples instrumentos de prazer físico e, ver ou tratar alguém de tal modo, é agredir as leis divinas.

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